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Navegando por Autor "Oliveira, Joaquim Adelino Dantas de"

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    Dissertação
    Antropoceno, arte, tecnologia: um olhar (po)ético sobre a investida de Augusto de Campos no suporte computador
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-05-30) Passos, Rafael Ferreira de Aquino; Barbosa, Márcio Venicio; https://orcid.org/0000-0003-2363-1326; http://lattes.cnpq.br/5996363930384781; https://orcid.org/0000-0002-7289-3739; http://lattes.cnpq.br/2860350113911211; Marcolino, Francisco Fábio Vieira; Oliveira, Joaquim Adelino Dantas de
    Cartografar, mapear, traçar rotas: este é o objetivo deste trabalho. A partir da incursão do poeta, tradutor e ensaísta Augusto de Campos naquilo que Virilio (1999) nomeou de tecnocultura, investigamos, ao mesmo tempo, literatura e sociedade, corpo e máquina, criador e criatura, mundo social e mundo natural, numa perspectiva epistêmica que questiona o regimento de desenvolvimento moderno, em parentesco com vozes teóricas diversas, situadas num escopo que vai desde a teoria/crítica literária (Burgüer, 2000; Paz, 1990; Pound, 1990; Risério, 1998; Schwartz, 1983, 2022), a filosofia (Benjamin, 1997; Deleuze e Guattari, 2010; Haraway, 2009, 2023; Latour, 2009, 2014; Lyotard, 2021), a antropologia (Danowsky e Viveiros, 2017) e a teoria da comunicação (Machado, 2010; McLuhan, 1971) até a economia (Tavares e Belluzzo, 2002; Fonseca, 2014) e a semiótica (Peirce, 2008). Utilizando como ponto de partida os pressupostos da etapa ortodoxa do concretismo brasileiro, analisamos a trajetória de Campos até o momento pós-concreto (Aguilar, 2005; Vieira, 2015) de sua atuação, observando o distanciamento do autor da fase primeira do concetismo em face da convergência desta po-ética com os fenômenos do mundo social, daí que o conceito de Antropoceno nos serve de plataforma para a reflexão da trajetória do artista. Identificamos, então, que o corpo de Campos se desconcretiza, contrariando a retórica determinista segundo a qual a sua atividade crítico/criativa arregimenta a tradição dos precursores (Santaella, 2004), de modo a tutelar uma incursão sob signo da antecipação. Para a elaboração dessa perspectiva, utilizamos como corpus o livro Despoesia (2016), no qual nos detemos especificamente sobre os poemas “coraçãocabeça” e “poema bomba”, em suas versões expressas no suporte computador e na disposição sobre a folha do papel, atentando para as particularidades de cada inscrição sígnica e o referido paradigma ético de incorporação do contexto ciber nas criações. Além disso, desenvolvemos uma avaliação sobre as produções mediadas pela eletrônica enquanto geradoras de um registro experimental inscrito na contemporaneidade, de modo a situar o corpo poético de Campos no tempo presente. Trata-se, portanto, de uma reflexão pós-moderna acerca da investida digital de Augusto de Campos, contemplando os incontornáveis problemas e afetações por que o termo incorre (ou carrega consigo).
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    Tese
    “Com as bestas no vale das sombras”: a questão do subterrâneo na obra de Lourenço Mutarelli
    (2018-07-06) Oliveira, Joaquim Adelino Dantas de; Oliveira, Andrey Pereira de; ; ; Medeiros Júnior, Antonio Fernandes de; ; Welter, Juliane Vargas; ; Alves, Alexandre Bezerra; ; Souza Júnior, Juscelino Neco de;
    O presente trabalho tem como proposta geral sondar o universo estético do escritor Lourenço Mutarelli e, a partir dessa sondagem, discutir as “questões do subterrâneo” na obra desse autor. Tomando como foco a romanesca mutarelliana, buscamos enxergar metonimicamente as questões, as problemáticas e a estética de Lourenço Mutarelli. Nosso corpus analítico fundamental é o romance O cheiro do ralo, de 2002. Essa obra funciona aqui não como elemento exclusivo, mas como elemento centralizador, pedra angular de nossa análise, ao redor da qual orbitam as nossas discussões. Desenvolvemos uma abordagem triádica para discutir as questões do subterrâneo em Mutarelli: a leitura literária – e somente a partir dela –, a reflexão filosófica e a crítica social. Tomamos por base, para tanto, além da própria literatura mutarelliana, as perspectivas filosóficas de Platão (2011) e Nietzsche (2005); a crítica filosófico-social de Adorno & Horkheimer (1985); e ainda as teorias e metodologias de Auerbach (2011) e Candido (2006). Num primeiro momento, ancorados pela leitura comparativa de elementos da filosofia platônica – com ênfase na “alegoria da caverna” – e do que aqui denominamos de “alegoria mutarelliana do poço”, discutimos o conceito e as simbologias do subterrâneo: as sombras, os ecos e anti-razão. Esse conceito é, posteriormente, utilizado como chave de análise da obra de Lourenço Mutarelli. Em seguida, voltamo-nos ao comentário sobre a construção formal da linguagem, os elementos narrativos e as discussões temáticas da prosa desse autor. Por fim, nossa crítica se alça ao nível da discussão das representações da realidade. Passamos então a comentar a crítica da realidade desenvolvida na obra romanesca de Lourenço Mutarelli através das questões do subterrâneo.
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    TCC
    O Duplo em Frankenstein ou o Prometeu Moderno
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-07-15) Santos, Ewelyn Roanne Melo dos; Araújo, Rosanne Bezerra de; https://orcid.org/ 0000-0003-4308-3881; http://lattes.cnpq.br/7328556088478313; http://lattes.cnpq.br/0882442117944871; Cooper, Jennifer Sarah; https://orcid.org/ 0000-0001-7799-6633; http://lattes.cnpq.br/6919670149148157; Oliveira, Joaquim Adelino Dantas de; http://lattes.cnpq.br/2256473449144313
    De complexa definição, o romance do século XVIII é considerado um gênero que trouxe “novidade”. No século XIX é criada a primeira obra de ficção científica: Frankenstein ou o Prometeu Moderno (1818), escrita por Mary Shelley (1797 – 1851). O romance gótico em questão traz discussões relevantes na atualidade de problemáticas contemporâneas, como a moralidade, a ética e o reconhecimento da responsabilidade pelo que criamos, e aborda como uma de suas características o duplo. Assim, esta pesquisa tem como objetivo compreender até que ponto a temática do duplo é apresentada em Frankenstein através da linguagem, ações e comportamentos das personagens Victor Frankenstein e monstro. Para tanto, os objetivos específicos desta pesquisa são (i) analisar a materialidade do texto em Frankenstein; (ii) explorar as principais características que denotam a presença do duplo na obra; e (iii) mapear as evidências linguísticas da relação entre o cientista e a criatura, tornando evidente o tema do duplo no romance. Esta é uma pesquisa qualitativa de caráter bibliográfico, a partir do qual foram realizados estudos, leituras e revisões de livros, artigos e ensaios, e conta com a perspectiva da pesquisadora visando expandir a área de estudo a partir de uma análise da obra dentro da temática do duplo. Os resultados mostram que o aspecto do duplo está presente na obra por meio da sua estrutura epistolar de escrita, da maneira com que um terceiro (Capitão Robert Walton) percebe os personagens Victor Frankenstein e monstro, do fato de o monstro não ser nomeado, e do tipo de relação que o cientista Victor e sua criatura desenvolvem um para com o outro.
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    Livro
    Império do desentendimento humano: representações da realidade em texto de Dalton Trevisan
    (Editora da UFRN, 2018-02-19) Oliveira, Joaquim Adelino Dantas de
    O presente trabalho tem como proposta geral estudar a composição do universo ficcional trevisaniano, a expressão estética engendrada para formular esse universo, e, em última instância, as representações da realidade que emanam dessa construção estético-narrativa. Pareceu-nos, no entanto, que seria impossível dar conta, mesmo que superficialmente, de tão vasto e volumoso conjunto de textos como o é o trevisaniano. Portanto, para que pudéssemos realizar tal tarefa, e ainda fazê-lo de um modo que fosse, a um só tempo, plausível e mais aprofundado, fez-se necessário um recorte objetivo dentro dessa biblioteca. Selecionamos então um livro, representativo de toda a obra trevisaniana, que nos serviu como objeto de estudo: Cemitério de elefantes, de 1964, um dos primeiros livros de contos desse autor. Dentro desse, ainda focalizamos mais o nosso olhar, voltando-nos então para o que denominamos de uma realidade bifurcada em “mundo paralítico” e “mundo em violência”.
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    Dissertação
    O império do desentendimento humano: representações da realidade em textos de dalton trevisan
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-06-07) Oliveira, Joaquim Adelino Dantas de; Oliveira, Andrey Pereira de; ; http://lattes.cnpq.br/9422139982124228; ; http://lattes.cnpq.br/2256473449144313; Medeiros Júnior, Antônio Fernandes de; ; Sousa, Elri Bandeira de; ; http://lattes.cnpq.br/6780232680640790
    O presente trabalho tem como proposta geral estudar a composição do universo ficcional trevisaniano, a expressão estética engendrada para formular esse universo, e, em última instância, as representações da realidade que emanam dessa construção estético-narrativa. Pareceu-nos, no entanto, que seria impossível dar conta, mesmo que superficialmente, de tão vasto e volumoso conjunto de textos como o é o trevisaniano. Portanto, para que pudéssemos realizar tal tarefa, e ainda fazê-lo de um modo que fosse, a um só tempo, plausível e mais aprofundado, fez-se necessário um recorte objetivo dentro dessa biblioteca. Selecionamos então um livro, representativo de toda a obra trevisaniana, que nos serviu como objeto de estudo: Cemitério de elefantes, de 1964, um dos primeiros livros de contos desse autor. Dentro desse, ainda focalizamos mais o nosso olhar, voltando-nos então para o que denominamos de uma realidade bifurcada em mundo paralítico e mundo em violência . Amparados pelas teorias e metodologias de Auerbach (2011), Candido (2002, 2006), Adorno (2003), Gennete (1995), Friedman (2002), e ainda movidos pelo espírito do Formalismo russo (1973), construímos nossa crítica. Nossa abordagem fundamentou-se, então, em três passos: primeiramente nos dedicamos a comentar o contexto geral da obra trevisaniana, suportados fortemente pela leitura de dois dos maiores críticos da literatura desse autor, Miguel Sanches Neto e Berta Waldman; em segundo lugar, voltamo-nos ao comentário minucioso sobre a construção formal da linguagem e dos elementos narrativos da prosa trevisaniana; por fim, alçamos nossa crítica ao nível da leitura das representações da realidade, e passamos a comentar a construção do universo ficcional trevisaniano, focando na bipartição desse universo em mundo paralítico e mundo em violência
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    TCC
    “Nas pontas dos pés”: a representação da infância feminina nos contos “Luciana” e “Minsk”, de Graciliano Ramos
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-07) Silva, Mariana Batista; Oliveira, Andrey Pereira de; https://orcid.org/0000-0002-7086-0511; http://lattes.cnpq.br/9422139982124228; https://orcid.org/0009-0009-4845-1429; https://lattes.cnpq.br/1499061596238847; Machuca, Jaqueline Castilho; https://orcid.org/0000-0001-9753-6829; http://lattes.cnpq.br/2607443259820653; Oliveira, Joaquim Adelino Dantas de; https://orcid.org/0009-0003-6019-859X; http://lattes.cnpq.br/2256473449144313
    Este trabalho analisa os contos “Luciana” e “Minsk”, publicados em Insônia (1947), terceira coletânea de contos Graciliano Ramos, a fim de compreender como se constrói, nas narrativas, a representação da infância feminina. A partir da observação de aspectos estruturais como caracterização e ponto de vista, investiga-se de que maneira o autor mobiliza elementos narrativos para dar voz a uma personagem criança marcada por traços de subjetividade, imaginação e resistência. O estudo articula teoria literária e abordagem histórico-social, fundamentando-se, principalmente, nos estudos de Antonio Candido (1968) e Norman Friedman (2002), no que tange à construção narrativa, e nas contribuições de Marisa Lajolo (2003), Mary Del Priore (2006) e Simone de Beauvoir (1980), no que se refere à infância e à perspectiva de gênero. A análise mostra que, ao narrar a infância sob o ponto de vista da menina, Ramos tensiona os limites entre submissão e agência, revelando uma personagem que, embora situada em um contexto de controle e expectativas, expressa uma subjetividade própria e afirma seu desejo de liberdade.
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    Tese
    A pequena temporalidade: o cronotopo da cidade em Master of None
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-02) França, Arthur Barros de; Alves, Maria da Penha Casado; https://orcid.org/0000-0003-1762-5210; http://lattes.cnpq.br/7377731555637172; http://lattes.cnpq.br/3962624952367282; Oliveira, Gilvando Alves de; http://lattes.cnpq.br/6994697361234308; Oliveira, Joaquim Adelino Dantas de; Paula, Luciane de; Neder, Marco Antônio Villarta; Araújo, Wellington Medeiros de
    O tempo é objeto de análise desde os filósofos da natureza, sendo entendido, de início, como ordem mensurável do movimento. Pela Física, muito depois, passou a ser tratado no período que se confunde com o próprio estabelecimento da área enquanto ciência. O conceito de espaço, por sua vez, apesar de seguir um itinerário semelhante, sempre gozou, ao menos na filosofia, de menor prestígio. Com Einstein, protagonista no abalo à mecânica clássica, os dois conceitos foram entendidos conjuntamente, um constituindo o outro. Bakhtin, valendo-se à época do abalo paradigmático, projeta o que denominou cronotopo para, dentre outras significações, explicar as estabilidades nos gêneros da literatura. Alargando a categoria, esta tese lida com outro material de análise: o seriado. Neste gênero, assim como o é na vida, determinados atos têm tempos e espaços distintos, de forma que a escolha por um ou outro recurso fílmico valora ideologicamente o acontecimento fictício, dando-lhe o acabamento que desejarem os profissionais responsáveis pela produção. Esses recursos constroem, ao retomar índices emotivo-volitivos, cronotopos menores (motivos cronotópicos ou pequenos cronotopos), podendo demonstrar, no conjunto, um tempo-espaço predominante. Nesse sentido, investiga-se, sob ângulo dialógico – isto é, ancorando-se na Análise Dialógica do Discurso (ADD) –, o tempo-espaço na formação da cidade, tendo como corpus cenas das duas (2) temporadas do seriado Master of None, produzido pela Netflix. Objetiva-se, ao identificar, analisar e discutir os cronotopos menores mais regulares – as coordenadas do tempo no espaço –, compreender o cronotopo dominante da cidade no universo da série, de maneira a revelar as relações mobilizadas na cidade fictícia, manifestando, assim, os centros organizacionais basilares dos acontecimentos e, por sua vez, a representação particular de homem e de vida. Para tal, os seguintes objetivos específicos são requeridos: (i) interpretar os cronotopos menores, identificando padrões; (ii) relacionar os cronotopos menores, problematizando a imagem de homem sugerida e a cultura inerente a sua atuação; (iii) discutir as relações dialógicas implícitas. A presente pesquisa insere-se na Linguística Aplicada (LA), com abordagem qualitativa, enfoque sócio-histórico e paradigma indiciário.
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    Dissertação
    A prefiguração do Absurdo nos escritos de juventude de Albert Camus
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-20) Pinto, Ulysses Araújo; Bulhões, Fernanda Machado de; Oliveira, Joaquim Adelino Dantas de; http://lattes.cnpq.br/1213107957524166; http://lattes.cnpq.br/7561516953541279; Souza Júnior, Juscelino Neco de; Uchôa, Mateus Vinícius Barros
    A presente pesquisa tem por objetivo refletir acerca do Absurdo, conceito central do ensaio filosófico O Mito de Sísifo: Ensaio sobre o Absurdo (1942), em diálogo com os escritos de juventude, O Avesso e o Direito (1937) e Bodas em Tipasa (1939), obras do filósofo franco-argelino Albert Camus (1913-1960). A filosofia camusiana é marcada pela limitação da razão em apreender a realidade, restringindo-se a descrever aparências, mudanças e movimentos do Devir. A imagem é designada para a representação do entrave racional, funcionando como recurso argumentativo a fim de construir o conceito filosófico, por meio de sucessivas imagens que ilustram a transitoriedade do real. Dessa forma, o conceito de Absurdo é formado a partir das representações imagéticas que ilustram a condição negativa da existência humana. As imagens se referem as formas que o Absurdo afeta o ser humano. Primeiramente, na forma sensível chamada “sentimento de Absurdo”, em seguida na forma intelectiva, nomeada “noção de Absurdo”, expressão camusiana que denota o conceito de Absurdo. Por fim, o trabalho se encaminha à análise dos escritos de juventude à luz do Absurdo, a fim de desvelar a presença do conceito desde os primeiros escritos de Albert Camus.
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    Dissertação
    Toda distopia começa com uma faísca: as centelhas discursivas na construção da heroína distópica na trilogia Jogos Vorazes
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-23) Oliveira, Mikaela Silva de; Alves, Maria da Penha Casado; https://orcid.org/0000-0003-1762-5210; http://lattes.cnpq.br/7377731555637172; http://lattes.cnpq.br/8833853912168346; Santos, Gabrielle Leite dos; Oliveira, Joaquim Adelino Dantas de
    A distopia é um gênero discursivo que apresenta uma sociedade opressiva e oposta ao ideal utópico. Sua história remonta ao século XVII, com obras como Utopia, de Thomas More, que apresentam uma sociedade imaginária baseada na igualdade e justiça. No século XX, com o advento de regimes totalitários e guerras mundiais, a distopia se popularizou como forma de alerta sobre os perigos da opressão e do controle do Estado sobre a sociedade, representado por obras como 1984, de George Orwell, que retratam sociedades controladas pelo Estado, nas quais a individualidade e a liberdade são suprimidas em nome da estabilidade e da segurança. Nos anos 2000, a distopia ganhou ainda mais popularidade, principalmente entre os jovens, com obras como a trilogia Jogos Vorazes, de Suzanne Collins, apresentada como uma distopia juvenil que se passa em uma sociedade opressiva chamada Panem, em que jovens são selecionados para lutar até a morte nos Jogos Vorazes. A protagonista, Katniss Everdeen, destaca-se como uma personagem feminina forte e subversiva que desafia os estereótipos de gênero e lidera uma revolução contra o governo opressivo de Panem. A importância de protagonistas femininas em livros de distopia é discutida nessa pesquisa, bem como o papel da literatura na construção de representações de gênero e juventude na sociedade. A pesquisa utiliza-se das discussões do Círculo de Bakhtin sobre linguagem e gênero discursivo para analisar como a subversão da personagem feminina na trilogia Jogos Vorazes é construída através do diálogo entre diferentes vozes na obra e como as obras contemporâneas renovam o gênero distopia. Para tratar dos conceitos de distopia e herói, a dissertação utiliza-se dos conceitos de distopia de Tom Moylan (2016) e a Jornada do Herói, de Campbell (2007), em um cotejamento com a representante clássica distópica 1984, para analisar a personagem Katniss Everdeen e destacar a importância da representação de heroínas e de temáticas atuais em livros de distopia. Essa interseção de áreas é facilitada pela inserção dessa pesquisa na área de Linguística Aplicada, interdisciplinar e híbrida (Moita Lopes, 2006), que abre caminhos para esta análise ancorar-se também nos estudos de gênero e sexualidade de Heleieth Saffioti e Michele Perrot, e de cultura e atualidade de Byung-Chul Han. Através, também, da perspectiva qualitativo-interpretativista e do paradigma indiciário de Carlo Ginzburg (1989), esta pesquisa aponta a subversão da caracterização e da jornada heroica de protagonistas distópicos na atualidade em relação as distopias clássicas, trazendo elementos convergente que as qualificam como distópica, mas divergindo, positivamente, ao elencar sinais de esperança, feminismo e juventude ativa nas distopias juvenis com a protagonista Katniss.
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