Navegando por Autor "Oliveira, Joyce Lorena"
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Dissertação Geologia e petrogênese do vulcanismo alcalino miocênico da região de Serra Preta, Pedro Avelino/RN, NE do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-26) Oliveira, Joyce Lorena; Souza, Zorano Sérgio de; http://lattes.cnpq.br/1259445348649589; http://lattes.cnpq.br/5578237373636081; Vilalva, Frederico Castro Jobim; http://lattes.cnpq.br/6227637633613443; Sial, Alcides Nóbrega; http://lattes.cnpq.br/7239767187507584O magmatismo Cenozoico intracontinental que ocorre no Rio Grande do Norte é caracterizado por pequenos volumes de rochas basálticas na forma de plugs, necks, diques e derrames. Esse conjunto constitui uma ampla província tectono-magmática, fazendo parte do extremo NW do Alinhamento Macau – Queimadas. Parte desse vulcanismo afeta também rochas sedimentares da Bacia Potiguar, gerando auréolas térmicas de contato e contribuindo para a remobilização e maturação de hidrocarbonetos. À leste de Pedro Avelino/RN, três corpos ígneos de diferentes geometrias em mapa intrudem arenitos e carbonatos cretáceos da Bacia Potiguar. O objetivo dessa pesquisa é caracterizar seus aspectos petrogenéticos e investigar o mecanismo de colocação associado, utilizando dados de mapeamento geológico, petrográficos e geoquímicos de rocha total (elementos maiores, menores e terras raras). A expressão superficial do corpo maior, nomeado Serra Preta, é explicada por alojamento magmático com controle tectônico de um sistema de diques de direções NNW-SSE e NE-SW. Em termos petrográficos, são rochas vulcânicas e subvulcânicas classificadas como olivina basaltos (predominante) e diferenciados tardios de nefelina microgabros. A matriz cripto a microcristalina é composta por micrólitos de augita, plagioclásio (~An50), opacos e vidro intersticial. Os dados litoquímicos mostram a natureza relativamente primitiva e alcalina desses magmas, marcada por altos valores de #mg (65-79), MgO (12-19%) e Ni (>200 ppm), além de baixo SiO2 (39-43%) e nefelina + olivina ± leucita normativas. Essa composição resulta em basanitos, melanefelinitos e olivina basaltos fortemente insaturados em sílica. A distribuição das amostras em diagramas do tipo Harker e AFM sugere fracionamento de olivina rica em forsterita e clinopiroxênio cálcico. Em diagramas multielementares, mostram enriquecimento em terras raras leves (LaN/YbN ~36-18) e em elementos incompatíveis de grande raio iônico, além de anomalias negativas de Rb, K e Hf. Modelamento de fusão parcial em equilíbrio de fonte peridotítica indica baixas taxas de fusão parcial (<10%) de granada lherzolito enriquecido em elementos incompatíveis e com diferentes proporções de flogopita e anfibólio (<4%). Modelamento geoquímico de elementos maiores indica taxa de cristalização fracionada de aproximadamente 80% e cumulato contendo olivina, clinopiroxênio, nefelina, magnetita, apatita, perovskita, leucita e plagioclásio cálcico. O mecanismo de colocação de magmas, interpretado como um sistema de diques e não em derrames/platôs, como assumido na literatura, foi favorecido por abertura de espaço em função de tensões locais no Mioceno, reativando estruturas rúpteis que atuaram como condutos de magmas derivados do manto superior.TCC Magmatismo basáltico miocênico de Pedro Avelino (RN): mecanismo de colocação e efeito termal na Bacia Potiguar(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-12-05) Oliveira, Joyce Lorena; Souza, Zorano Sérgio de; Srivastava, Narendra Kumar; Vilalva, Frederico Castro JobimO magmatismo cenozoico no extremo nordeste do Brasil ocorre como plugs, necks e derrames básicos de afinidade alcalina a subalcalina; sendo referido na literatura como magmatismo Macau – Queimadas. Um desses corpos, alvo do presente estudo, localiza-se na região de Pedro Avelino, 150 km a oeste de Natal/RN. Trata-se de basaltos e diabásios do Corpo Serra Preta, com idade 40Ar/39Ar em rocha total de 14,1 ± 0,7 Ma, intrusivos nas formações Jandaíra (sequência carbonática com predomínio de calcários) e Açu (sequência siliciclástica com arenitos e níveis pelíticos) da Bacia Potiguar. Publicações anteriores interpretam essa ocorrência como composta por derrames na porção central e plugs nas extremidades, controlados por falha na sua borda leste. O trabalho ora reportado caracteriza a geometria, o mecanismo de colocação e a composição modal e texturas dessas rochas; além do efeito térmico provocado nas encaixantes. Foram utilizados produtos de sensores remotos, observações de campo e microscopia de luz transmitida. As rochas básicas apresentam-se em afloramentos in situ e blocos desmoronados que, em parte, mascaram seus contatos. São olivina basaltos e nefelina diabásios com textura fina a média e comumente microporfirítica. A matriz, cripto a microcristalina, é composta por micrólitos de plagioclásio e grânulos de augita, forsterita, minerais opacos e vidro intersticial; sendo comuns amígdalas com preenchimento de zeólitas. Ocorrem, também, venulações tardias em contato interdigitado com a matriz basáltica criptocristalina, compondo-se de nefelina, anortoclásio, biotita vermelha, opacos, zeólitas, clinopiroxênio (Ti-augita) e abundantes acículas de apatita. Nas rochas encaixantes, os calcários termalmente afetados apresentam matriz carbonática parcial ou completamente modificada por recristalização estática, chegando a transformar-se em mármores de granulação fina a média. Em arenitos e siltitos, nota-se o aspecto túrbido de feldspatos, neoformação de mosaicos poligonais de quartzo, crescimento fibrorradial de calcedônia e vidro intersticial; o conjunto sendo denominado buchito. Também se observam cavidades parcialmente preenchidas por calcita, quartzo ou calcedônia, resultantes de processos de dissolução e precipitação pós-evento térmico. Essas rochas mostram comportamento maciço e extrema compactação, tornando-se difíceis de fragmentar. Em termos geométricos, é notável a influência da tectônica na forma e no alinhamento dos corpos ígneos observado em imagens de sensores orbitais. Para o Serra Preta, a geometria semelhante a um Y invertido é interpretada como um sistema de diques, onde o conduto principal seria resultado do preenchimento de transcorrências dextrógiras NNW e, os secundários, fraturas de segunda ordem NE. Este arranjo é condizente em tempo, cinemática e estruturas com a deformação neoterciária-pleistocênica descrita na literatura, onde se posiciona compressão horizontal N-S (σ1) e extensão E-W (σ3). Para além disso, a presença de fraturas-conduto é corroborada pela orientação de fenocristais de olivina e ripas plagioclásio, indicando direção de fluxo magmático aproximadamente de NNE a NNW.