Navegando por Autor "Oliveira, Naasson Victor Laurentino de"
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TCC Fungos micorrízicos arbusculares (Glomeromycota) em dois brejos de altitude na Caatinga(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-04-22) Oliveira, Naasson Victor Laurentino de; Goto, Bruno Tomio; Freire, Eliza Maria Xavier; Vista, Xochitl MargaritoA Caatinga é um mosaico de arbustos espinhosos e floresta sazonalmente seca e sustenta uma considerável riqueza de espécies. A maior parte deste bioma está localizado nas depressões interplanalticas, entretanto, este tipo de vegetação pode se manifestar também nos planaltos, apresentando fisionomias diversificadas, como os Brejos de altitude. Esses brejos formam “ilhas” de florestas úmidas cercadas por uma vegetação seca e são entendidos como refúgios de florestas úmidas e caracterizadas como parte da Mata Atlântica. Estudos fitofisionômicos no nordeste sugerem 64 áreas como Brejos de altitude na Caatinga e essas regiões quando comparados às regiões circundantes, possuem condições privilegiadas quanto à umidade do solo e do ar, temperatura e cobertura vegetal, fatores esses que influenciam o crescimento de microrganismos. Contudo, em relação a microbiota do solo, essas áreas são escassas de estudos, notadamente os Fungos Micorrízicos Arbusculares. Esses fungos fazem parte do filo Glomeromycota que formam ampla simbiose com raízes de plantas, são de grande importância por aumentar a zona de absorção de nutrientes e permitir o crescimento vegetal, são cosmopolitas e estão entre os microrganismos do solo mais onipresentes. Sabendo que a composição das espécies e a estrutura da comunidade são moduladas por diferentes microhabitats, os brejos de altitudes trazem perspectivas novas sobre esse grupo tão particular de fungos e são necessários para compreender aspectos biológicos desses microrganismos. Por isso, esse trabalho tem como objetivo comparar as comunidades de FMA entre diferentes brejos de altitude do bioma Caatinga. Para isso, foram coletadas 20 amostras de solo na Floresta Nacional do Araripe e 20 amostras de solo na Área de Proteção Ambiental da Serra de Baturité, na estação chuvosa de junho/2018. As amostras foram levadas ao Laboratório de Biologia de Micorrizas para a extração dos glomerosporos para identificação. Para a análise taxonômica, o material foi manipulado com auxílio de estereomicroscópio e montados em lâminas para microscopia com PVLG (álcool polivinílico e lactoglicerol) e PVLG + reagente de Melzer (1:1) e identificado seguindo literaturas pertinentes. Os dados obtidos foram submetidos a índices ecológicos, como Simpson, Shannon-Wiener, Margalef e Equitabilidade. Foram encontradas 84 espécies de FMA, distribuídas em oito famílias e 15 gêneros. O maior número de espécies, 63, foram encontrados na APA Serra de Baturité, enquanto que na FLONA Araripe foram encontradas apenas 34, sendo apenas 13 espécies compartilhadas. A comunidade das áreas foram caracterizadas como tendo mais espécies raras do que espécies dominantes. Os índices de Shannon, Simpson e Margalef foram maiores nas APA Serra de Baturité, enquanto que a Equitabilidade foi similar e a FLONA teve maior dominância. Esse estudo mostrou alta diversidade, revelando que inventários são importantes para o conhecimento da microbiota dessas áreas e revelam que o Brasil abriga elevada riqueza de espécies de FMA, mas que permanece inexplorada. Logo, à medida que os estudos são desenvolvidos, principalmente em locais ainda não explorados, a tendência é aumentar a quantidade de registros de ocorrência desses fungos, assim como novas espécies tendem a serem descobertas.Dissertação Fungos Micorrízicos Arbusculares (Glomeromycota) em vegetações distintas em um brejo de altitude no nordeste brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-04-17) Oliveira, Naasson Victor Laurentino de; Goto, Bruno Tomio; https://orcid.org/0000-0001-6157-4954; http://lattes.cnpq.br/5968043766728580; http://lattes.cnpq.br/0955019581696336; Fiuza, Patrícia Oliveira; Nobre, Camila PinheiroOs brejos de altitude são entendidos como “ilhas” de florestas úmidas cercadas por uma vegetação seca e são caracterizadas como parte da Mata Atlântica, dentro do Domínio Caatinga. Esses ambientes geralmente são áreas com características particulares e condições privilegiadas quanto à umidade do solo e do ar, temperatura e cobertura vegetal. Esses fatores influenciam os desenvolvimentos dos microrganismos, contudo, em relação a microbiota do solo, essas áreas são escassas de estudos sobre diversidade, notadamente os Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA). Esses fungos, que formam ampla simbiose com raízes de plantas, são importantes por aumentar a absorção de nutrientes e promover o crescimento vegetal. Entretanto, o conhecimento da diversidade, riqueza e estratégias ecológicas desses fungos em áreas de altitude é insipiente e requer mais pesquisas. Assim, esse trabalho tem como objetivo comparar as comunidades de FMA entre diferentes fitofisionomias e substratos em um brejo de altitude do Domínio Caatinga. Para isso, foram coletadas amostras de solo e serapilheira durante a estação chuvosa de janeiro/2022, no Parque Nacional de Ubajara, Ceará. Duas abordagens foram utilizadas para acessar a riqueza e diversidade de FMA nas diferentes vegetações, (i) extração de glomerosporos por peneiramento úmido e centrifugação em água e sacarose (70%) para o solo e (ii) catação de glomerocarpos, utilizando pinça e auxílio de uma lupa de mão para a serapilheira. As espécies foram avaliadas quanto à frequência de ocorrência e abundância e classificadas em dominantes, comuns, muito comuns ou raras. Foram submetidas a índices de diversidade, além de avaliar diferenças na composição das comunidades com uma PERMANOVA e ANOVA para testar diferenças na riqueza absoluta de espécies. Foram encontradas 54 espécies de FMA, das quais 39 ocorreram no solo da mata úmida e 39 no solo na mata seca. Apenas 14 espécies ocorreram na serapilheira; sendo 10 na mata úmida e sete na mata seca. Algumas espécies foram identificadas apenas para um tipo de vegetação e/ou substrato. A comunidade predominante foi de espécies raras e poucas dominantes. A PERMANOVA mostrou que as comunidades de FMA diferem entre os tipos de vegetação, entre os tipos de substrato e nas suas interações. Isso indica que os FMAs têm preferência por ambientes e/ou faixas do substrato terrestre. Também demonstra a importância de ambientes como os brejos de altitude como reservatórios de biodiversidade. Além disso, novos métodos podem ampliar o conhecimento sobre a ecologia do grupo.