Navegando por Autor "Oliveira, Roselia Cristina de"
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Tese A educação made in Rio Grande do Norte: entre as políticas desenvolvimentistas e o projeto hegemônico da Aliança para o Progresso (1961-1971)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-05-27) Oliveira, Roselia Cristina de; Paiva, Marlucia Menezes de; http://lattes.cnpq.br/2624591870785039; https://orcid.org/0000-0002-9969-5839; http://lattes.cnpq.br/4853704836448136; Loureiro, Felipe Pereira; Pereira, Henrique Alonso de Albuquerque Rodrigues; https://orcid.org/0000-0002-5720-5942; http://lattes.cnpq.br/9609541796507055; Lima, Jailma Maria de; Bittencourt Júnior, Nilton Ferreira; Medeiros Neta, Olivia Morais de; https://orcid.org/0000-0002-4217-2914; http://lattes.cnpq.br/7542482401254815; Barbosa Júnior, Walter PinheiroEsta tese analisa os programas educacionais implementados pelos governos de Aluízio Alves e Monsenhor Walfredo Gurgel (1961-1971), destacando a política desenvolvimentista e o financiamento do Programa Aliança para o Progresso no Estado do Rio Grande do Norte. Este programa, pautado pela política de ajuda externa dos Estados Unidos para a América Latina, tinha em sua proposta a ideia de consolidar a democracia e preservar a liberdade; ideias que se vinculavam a um amplo projeto hegemônico. Para tanto, o desenvolvimento econômico e social seriam incentivados visando o controle e dominação. Para forjar esse desenvolvimento, tais governos, alinhados às recomendações internacionais, utilizaram como estratégia o planejamento, a organização administrativa, o financiamento em projetos e a educação como fator de desenvolvimento. Nesse sentido, abordamos uma série de acordos de cooperação técnica e financeira e as recomendações das Conferências Interamericanas que geraram políticas públicas envolvendo a educação nacional. Na pesquisa documental foram utilizados os arquivos do governo estadual, Ministério das Relações Exteriores, Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), bem como documentos do departamento norteamericano e periódicos nacionais e locais. Nosso trabalho procurou demonstrar o uso político da Aliança para o Progresso mediante o robusto aporte de recursos investidos nos programas de governo, assim como a influência da cultura americanista na educação através da colaboração, cooperação e assessoria técnica da Agência Internacional de Desenvolvimento dos Estados Unidos (USAID), Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e do Conselho Estadual de Educação que através de orientações e prescrições controlaram a produção do conhecimento dos programas educacionais revelando um processo de amoldamento identificado nas diretrizes do Programa Cooperativo de Educação e nas prescrições do Regimento Interno das Escolas Primárias de 1964, do Sistema de Educação de 1966 e do Plano de Educação de 1971 e nas práticas implementadas no projeto-piloto de alfabetização e desenvolvimento de comunidade do bairro das Quintas. Com isso percebemos que por trás do discurso desenvolvimentista, recomendações dos organismos internacionais e do financiamento estadunidense adotados pelos governantes apresentavam-se formas sutis de dominação eivadas pelos interesses políticos e econômicos que visavam forjar uma educação direcionada para a formação de mão de obra para atender às demandas do mercado internacional e conter o avanço dos movimentos da esquerda no Estado do Rio Grande do Norte.Dissertação Falas silenciadas: relatos de mulheres/educadoras sobre a campanha de pé no chão também se aprende a ler(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2005-01-21) Oliveira, Roselia Cristina de; Silva, Rosália de Fátima e; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794938U8; ; http://lattes.cnpq.br/4853704836448136; Paiva, Marlúcia Menezes de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790180Z4Ao longo desta pesquisa, tratamos da reinterpretação da Campanha de Pé no Chão Também se Aprende a Ler. Para o alcance desse objetivo, utilizamos fragmentos de discursos pronunciados por cinco mulheres/educadoras, que atuaram no projeto de alfabetização, desenvolvido pela Prefeitura de Natal no início dos anos 1960. A unidade de referência principal desta pesquisa se constitui das falas desses cinco sujeitos participantes do referido projeto. Partindo de seus relatos, buscamos compreender a rede de relações que circunda a equipe da Prefeitura, e principalmente que configura e desvela os sentidos do projeto tal como é percebido na atualidade por essas protagonistas. Procuramos perceber de que forma essas mulheres visualizavam sua prática educativa e os motivos que as levaram a participar de um projeto considerado, na época, como popular e democrático. Desenvolvemos este trabalho a partir da metodologia compreensiva do discurso (KAUFMANN,1996), entrelaçando a fala das mulheres entrevistadas com estas teorias. As considerações finais revelam o quanto o preconceito, o medo e a violência rondaram a década de 1960, fazendo-se presente no cotidiano local, particularmente através do olhar dessas cinco mulheres/educadoras. E como a gestão do Prefeito Djalma Maranhão era caracterizada como aberta, popular e subversiva e foi considerada como de grande ameaça à ordem política e social do Estado.Seus olhares nos apontam ainda caminhos para que possamos ampliar o debate acerca da educação popular na década de 1960