Navegando por Autor "Oliveira, Thereza Marinho Lopes de"
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TCC Seria Bowdichia virgilioides uma importante aliada da restauração florestal em cenários de mudança climática?(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-07) Oliveira, Thereza Marinho Lopes de; Vieira, Fábio de Almeida; Fajardo, Cristiane Gouvêa; https://orcid.org/0000-0001-6202-7143%22; http://lattes.cnpq.br/8855331070248107; https://orcid.org/0000-0003-3347-255X; http://lattes.cnpq.br/1649941101614454; http://lattes.cnpq.br/6004157515129417; Pinheiro, Luciana Gomes; http://lattes.cnpq.br/4656980571849905; Chagas, Kyvia Pontes Teixeira das; https://orcid.org/0000-0003-1361-3204; http://lattes.cnpq.br/0078499186084521; Neves, Abidã Gênesis da Silva; http://lattes.cnpq.br/9942394866565583As florestas apresentam uma importante função na mitigação e adaptação ao aquecimento da superfície terrestre. Diante disso, no Brasil, assumiu-se o compromisso de promover a recuperação de 12 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030. No entanto, selecionar espécies para programas de reflorestamento torna um desafio nas mudanças climáticas. Com base nesse problema, propõe-se o emprego de modelos de distribuição de espécies para avaliar o impacto das mudanças climáticas na distribuição de uma espécie com potencial de uso para reflorestamento no Brasil. Utilizou-se como estudo de caso Bowdichia virgilioides Kunth. (Fabaceae), uma espécie relevante com uma grande variedade de produtos florestais madeireiros e não madeireiros, a fim de avaliar a sua capacidade em tolerar as mudanças previstas e indicar as áreas mais adequadas para fins de restauração. Para avaliar a resposta dessa espécie às mudanças climáticas, usou-se a abordagem de Entropia Máxima (MaxEnt), prevendo sua distribuição em dois períodos: presente e futuro (2070). Foram utilizados dois modelos de circulação geral da atmosfera (MCGA) do Projeto de Intercomparação de Modelo Acoplado 6 (CMIP6): MRI-ESM2- 0 e MIROC-ES2 L, seguidos dos cenários de emissão: SSP1-2.6; SSP2-4.5; SSP3- 7.0; SSP5-8.5. Os resultados dos modelos foram avaliados pelo índice de AUC (área sob a curva) e pelo índice de Boyce. O modelo apresentou índice de AUC igual a 0,839 e índice de Boyce igual a 0,972, indicando bom ajuste do modelo utilizado. O modelo de adequabilidade climática previsto para o período presente corroborou com a distribuição conhecida da espécie, evidenciando que as áreas mais climaticamente aptas para a espécie compreende dois hotspots brasileiros, Cerrado e Mata Atlântica. Comparando a predição do presente com o modelo preditivo do futuro, houve expansão da área de alta adequabilidade climática para o bioma Amazônia. Além disso, a espécie possui uma tendência de tolerar as alterações climáticas previstas para o norte do Cerrado e Mata Atlântica. Portanto, os resultados deste estudo sugerem que a distribuição potencial de B. virgilioides sofrerá alterações, mas não haverá redução significativa na área de aptidão climática. Nesse sentido, a espécie tem potencial para uso na restauração ecológica do leste da Amazônia e norte do Cerrado e Mata Atlântica. Desse modo, este estudo de caso destaca a relevância do uso de modelos preditivos para otimizar a seleção de espécies nativas adequadas para cada bioma brasileiro, considerando o cenário futuro.