Navegando por Autor "Pacheco, Maria Carolina de Oliveira"
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Dissertação Ambientes com maior variação de temperatura selecionam corais mais resistentes ao estresse térmico?(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-03-01) Pacheco, Maria Carolina de Oliveira; Longo, Guilherme Ortigara; http://orcid.org/0000-0003-2033-7439; http://lattes.cnpq.br/3947302863354812; http://lattes.cnpq.br/6456782308123960; Faria, Samuel Coelho de; Garrido, Amana GuedesAs mudanças climáticas têm tornado o branqueamento de corais mais frequente e intenso, contribuindo para a mortalidade em massa desses organismos e a degradação dos recifes. Apesar disso, corais em alguns recifes têm mostrado diferentes suscetibilidades ao branqueamento e diferentes capacidades de recuperação após eventos de estresse, com alguns corais branqueando menos e sobrevivendo mais. Esse padrão pode estar relacionado à variabilidade natural da temperatura no habitat de origem dos corais, que pode influenciar diferentes mecanismos dos corais para lidar com o estresse térmico, seja por adaptação ou aclimatização. Diante disso, realizamos experimentos, em laboratório e em campo, com colônias de Siderastrea stellata de habitats com alta (poças de maré), média (recifes rasos; 2m) e baixa variação de temperatura (recifes fundos; 28m). Em laboratório, avaliamos a resposta dos corais de diferentes origens ao estresse térmico, medindo sua eficiência fotossintética e analisando mudanças na sua coloração. Em campo, investigamos a capacidade de aclimatização dos corais por meio de um experimento de transplante recíproco entre esses ambientes com diferentes dinâmicas de temperatura. Corais de poça de maré branquearam menos e não sofreram grande diminuição da eficiência fotossintética quando expostos ao estresse térmico, ao passo que corais de ambientes com temperaturas mais estáveis (raso e fundo) se mostraram mais vulneráveis ao estresse térmico, branqueando mais e sofrendo grande diminuição da eficiência fotossintética. Os corais do fundo também apresentaram branqueamento e diminuição da eficiência fotossintética ao serem transplantados para ambientes mais termicamente variáveis. Nossos resultados revelaram que corais de poça de maré são mais resistentes que os de recifes rasos e fundos, sugerindo que ambientes com grande variação térmica favorecem mecanismos de tolerância que favorecem a persistência dos corais nesses locais, tornando-os também mais preparados para lidar com as mudanças climáticas.TCC Saúde dos corais Siderastrea stellata e Montastraea cavernosa e seus preditores ambientais em recifes tropicais costeiros e oceânicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-14) Pacheco, Maria Carolina de Oliveira; Longo, Guilherme Ortigara; Longhini, Cybelle Menolli; http://lattes.cnpq.br/9860249629296525; Mello, Thayná Jeremias; http://lattes.cnpq.br/9172625490436543Os recifes têm sido ameaçados pelas mudanças globais que causam o aumento da frequência e severidade dos eventos de branqueamento de corais. No oceano Atlântico-Sul, os corais são mais resistentes e resilientes a esses eventos, o que provavelmente está relacionado às suas adaptações às condições marginais dos diferentes recifes aqui encontrados. Avaliar a saúde dos corais brasileiros e a dinâmica das condições ambientais em campo nos ajuda a entender quais fatores determinam a saúde desses corais e como o ambiente pode influenciar sua resistência e resiliência frente às ameaças globais. Durante cerca de dois anos, monitoramos a saúde dos corais Siderastrea stellata, dominante em ambientes rasos (até 3m), e Montastraea cavernosa, dominante em ambientes mais fundos (até 30m), por meio de modelos 3D gerados por fotogrametria. Este monitoramento ocorreu no litoral do Rio Grande do Norte e na ilha de Fernando de Noronha, e foi feito por meio de modelos 3D nos quais medimos a porcentagem dos indicadores de saúde em cada uma das colônias. Compilamos dados gerados por satélites, referentes a ondas de calor e coeficiente de atenuação da luz na água (KD) e associamos sua variação ao perfil de saúde das colônias observadas. Os preditores ambientais dos corais mostraram-se diferentes nos recifes costeiros e oceânicos, com a turbidez sendo mais relevante nos recifes rasos costeiros. Nos recifes rasos oceânicos, os corais sofrem maior influência das dinâmicas próprias desses locais e não respondem à turbidez, mas sim à temperatura. S. stellata, que habita recifes mais rasos e instáveis, apresentou saúde mais variável que M. cavernosa, que habita recifes mais fundos e, por isso, menos expostos a variações nas suas condições ambientais. De modo geral, o principal preditor da variação da saúde dos corais foram as ondas de calor, o que nos mostra que os corais brasileiros estão bem adaptados às condições adversas locais, mas seguem susceptíveis aos efeitos das mudanças climáticas.