Navegando por Autor "Paiva, Amanda Santos de"
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Dissertação Barbárie ecológica, direito à saúde e dengue: (des)configurações de uma doença socioambiental na cidade do Natal-RN(2016-09-30) Paiva, Amanda Santos de; Costa, Maria Dalva Horácio da; ; http://lattes.cnpq.br/1927931527903510; ; http://lattes.cnpq.br/3382741468248215; Rocha, Márcia Maria de Sá; ; http://lattes.cnpq.br/5769236400167147; Lima, Rosa Maria Cortês de; ; http://lattes.cnpq.br/2545477925999979Esta dissertação tem como objetivo analisar criticamente a relação entre a ocorrência do dengue e as condições socioambientais no município de Natal-RN. Sua preocupação central consiste em investigar em que medida a politica de saúde adotada para o combate ao dengue (des) considera-o como enfermidade socioambiental considerando o modelo hegemônico e o seu (des)controle no cenário potiguar. O processo investigativo combinou pesquisa bibliográfica, documental e pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica possibilitou a apreensão de categorias teóricas e empíricas. Enquanto, a pesquisa documental consistiu na análise de notícias veiculadas por mídias locais e/ou nacionais, dados do IBGE e documentos produzidos pela Prefeitura do Natal no período de 2014 a 2015. Ademais, a pesquisa de campo foi efetivada por meio da técnica de grupo focal (GF) composto por Agentes de Controle de Endemias (ACE) representantes dos 5 (cinco) diferentes distritos sanitários (DS) da cidade do Natal sendo dois oriundos do DS Leste, totalizando 6 (seis) ACE, além de 1 (um) supervisor técnico do Centro de Controle de Zoonoses. Constatou-se que tais profissionais de saúde atribuem à falta de consciência sanitária como um dos principais entraves para o controle do dengue. Ficou evidenciado que apesar de iniciativas nas medidas de controle do dengue buscar ir além do setor de saúde, as ações direcionam-se para ações emergenciais. E, principalmente que há forte focalização no ―combate ao mosquito‖ reduzido ao uso de venenos ao mesmo tempo em reitera-se a ―culpabilização‖ do indivíduo por seu adoecimento. Constatou-se que o abastecimento intermitente de água, e a insuficiente e ineficiente da coleta de esgoto e de resíduos sólidos são determinantes centrais para a consolidação do dengue como doença endêmica no município do Natal. Conclui-se que a política de saúde implementada no município do Natal desconsidera a realidade socioambiental e as macrodeterminações do capital, expressa no aprofundamento das desigualdades sociais que se traduzem em precárias condições de moradia, acesso à água, esgoto e informação, em geral, elementos desprezados no cotidiano do combate ao dengue. Portanto, ignora que tais determinações repercutem no aprofundamento da ruptura da dinâmica harmônica entre humanidade e o restante da natureza agravando o cenário de barbárie socioambiental.TCC Saúde ambiental e serviço social: uma análise das condições socioambientais população como constituinte da garantia do direito à saúde na concepção ampliada do SUS(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013) Paiva, Amanda Santos de; Nascimento, Juliana Maria do; Hoffmann, Edla; Silva, Andréa Lima daO presente trabalho discute aspectos acerca da política pública de saúde a partir da mudança paradigmática do conceito da saúde que permitiu ultrapassar seu entendimento como ausência de uma enfermidade, assumindo uma ampla dimensão. Em seu conceito ampliado, a saúde é resultante das condições de vida da população e por tal, engloba a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, entre outros condicionantes contidos no conceito ampliado de saúde, elencado pelo projeto sanitarista nos anos 1980 e legitimada na legislação brasileira em vigor. Nesta perspectiva, este trabalho tem como objetivo fomentar a discussão sobre a saúde ambiental, prevista pelo SUS, a qual considera a interferência das condições socioambientais no processo saúde/doença da população. Esta investigação evidencia a atuação do assistente social como um profissional estratégico para a luta da efetivação dos ideários da reforma sanitária nos serviços de saúde em que a educação popular é uma prerrogativa para o fortalecimento da saúde ambiental. O trabalho foi desenvolvido a partir de uma pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa para a análise da garantia da saúde a qual para sua efetivação implica genuinamente na defesa do meio ambiente e, portanto, questiona o modelo de sociedade capitalista. Isto porque a lógica do capital é predatória em relação aos recursos naturais, e intensificada em um panorama de crise estrutural do capital. Destaca-se a gravidade desta situação como limite ao sistema vigente por a devastação ao meio ambiente provocar um desequilíbrio ecológico que atinge todos os seres vivos. Todavia, pela própria lógica do capitalismo, os impactos desta crise atingem com maior gravidade a população pauperizada ferindo determinantemente a garantia do direito à saúde. Por fim, revela a saúde ambiental como estratégica para a garantia ao direito à saúde em que se impõe mudanças estruturais seja para o fim da crise socioambiental como para a garantia plena da democracia.