Navegando por Autor "Pereira, Mayara Luíza Alves"
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Dissertação Morfologia e função ecológica de lenticelas em espécies arbóreas da Caatinga(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-31) Pereira, Mayara Luíza Alves; Ganade, Gislene Maria da Silva; Versieux, Leonardo de Melo; 05070986686; http://lattes.cnpq.br/9905184321288831; http://lattes.cnpq.br/3024078007563102; http://lattes.cnpq.br/0421755634824568; Fontes, Clarissa Gouveia; http://lattes.cnpq.br/2853176690029350; Marinho, Felipe Pereira; http://lattes.cnpq.br/2510972877932677; Lichston, Juliana Espada; http://lattes.cnpq.br/0727435909982933As lenticelas são estruturas semelhantes a poros, comumente originadas na cavidade subestomática através de uma atividade meristemática mais intensa do felogênio. Ao contrário das células da cortiça, compactamente arranjadas e de paredes suberificadas, as lenticelas são constituídas de células de formato arredondado e paredes delicadas, conferindo a presença de amplos espaços intercelulares, os quais estão diretamente relacionados às funções conhecidas para essas estruturas. As lenticelas estão presentes em uma variedade órgãos e espécies de plantas terrestres, apresentando adaptações distintas que auxiliam o estabelecimento dos indivíduos diante de mudanças nas condições ambientais experienciadas. Apesar das lenticelas terem sido descritas há dois séculos, existem muitas lacunas de conhecimento envolvendo essas estruturas. Essa dissertação busca esclarecer a importância das lenticelas e entender como estas estruturas ocorrem em espécies de plantas de ambientes semiáridos. O primeiro capítulo tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre as lenticelas a fim de se entender como as diferentes abordagens e estudos vêm se desenvolvendo ao longo do tempo, procurando também mapear campos específicos de conhecimento que ainda precisam ser preenchidos. Especificamente, buscamos: 1) Descrever como se dá a ocorrência de lenticelas nos diferentes grupos filogenéticos das plantas; 2) Descrever em quais estruturas das plantas as lenticelas podem ser encontradas; e 3) Descrever as principais funções que são conferidas às lenticelas. Para isso, fizemos a revisão da literatura específica por meio de buscas em repositórios científicos, leituras e referências cruzadas. Constatamos que as lenticelas não são exclusivas de caules e raízes, ocorrendo em diversos órgãos, estando presentes em espécies de “pteridófitas” (monilófitas), gimnospermas e angiospermas. Além de trocas gasosas, as lenticelas desempenham outras funções, como absorção de água, servindo também como pontos de transpiração. Essas estruturas podem responder aos estressores ambientais, apresentando adaptações ao meio. Embora o conhecimento sobre lenticelas tenha crescido ao longo dos anos, ainda há lacunas a serem preenchidas, principalmente em climas áridos e semiáridos, visto que a maioria dos estudos publicados até os dias atuais tratam de espécies de plantas de ambientes alagados e úmidos. No segundo capítulo, buscamos descrever a morfologia das lenticelas e caule de 14 espécies lenhosas da Caatinga, de maneira a retratar possíveis padrões morfológicos e separá-las em tipos funcionais. Foram coletadas amostras de indivíduos para cada espécie e preparadas lâminas histológicas para descrição anatômica. Adicionalmente, as lenticelas foram analisadas através de microscopia eletrônica de varredura e material fresco sob estereomicroscópio para descrições da morfologia externa. Encontramos uma diferença entre as características morfológicas das lenticelas, assim como da morfologia geral do caule. Também observamos dois padrões de alternância estrutural e construção de camadas de oclusão nas lenticelas, o que indica ao menos duas possíveis estratégias adotadas pelas espécies adaptadas às condições semiáridas, sugerindo que as lenticelas de espécies vegetais podem evoluir características distintas em resposta à seca. A presença de camadas de oclusão pode favorecer as espécies em florestas tropicais sazonalmente secas, reduzindo as taxas de transpiração e ainda permitindo trocas gasosas na ausência de folhas em espécies decíduas nas estações secas.TCC Morfologia e potencial adaptativo das lenticelas e características da madeira de espécies lenhosas da Caatinga(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-11-28) Pereira, Mayara Luíza Alves; Versieux, Leonardo de Melo; Gislene Maria da Silva Ganade; Moreira, Ana Sílvia Franco Pinheiro; Voigt, Eduardo LuizGeralmente originadas sob os estômatos, durante o crescimento secundário da planta, as lenticelas são massas de células frouxas, dispostas horizontal ou verticalmente na periderme, que evoluíram como regiões arenquimatosas, garantindo um maior espaço intercelular em meio a células compactamente arranjadas e altamente suberificadas do felema e permitindo a entrada de ar no caule. Em ambientes secos como a Caatinga, não se sabe ao certo o papel que estas estruturas desempenham no desenvolvimento de plantas lenhosas e se possuiriam algum valor adaptativo além da já documentada aeração do caule. O objetivo desse trabalho foi caracterizar morfologia, número e área média das lenticelas de 15 espécies da Caatinga (sete dessas pertencentes à família Fabaceae) e discutir seu possível papel adaptativo com base em dados de sobrevivência, capacidade de armazenamento de água no lenho e densidade da madeira, além de fornecer dados dendrológicos que permitam uma melhor caracterização da periderme de espécies de árvores nativas em fase juvenil. As plantas utilizadas nas análises foram indivíduos jovens cultivados em casa de vegetação em canos de PVC, recebendo água via aspersão duas vezes por semana, e os dados de sobrevivência foram obtidos por meio de experimento de campo. Uma ampla diferença com relação à morfologia das lenticelas, ao número e a área média foi encontrada entre as espécies. Nas leguminosas, a área da lenticela (poro) influencia na quantidade de lenticelas presentes no caule e a área total dessas estruturas apresenta um efeito significativo na sobrevivência.