Navegando por Autor "Pereira, Wani Fernandes"
Agora exibindo 1 - 20 de 23
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação A ação do coordenador pedagógico e as suas contribuições a vivência compreensiva sob a perspectiva conscienciológica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-04-10) Nascimento, Andréa Silva do; Aragão, Ana Lúcia Assunção; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795184P6; ; http://lattes.cnpq.br/4216710188399694; Jesus, Sônia Meire Santos Azevedo de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786254J9; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400; Pereira, Francisco de Assis;O presente trabalho tem como base a reflexão da trajetória de minha vida pessoal e profissional como professora e coordenadora pedagógica em duas escolas públicas do município de Natal/RN e o quanto essa trajetória é relevante ao desenvolvimento de uma proposta de formação continuada no espaço escolar em que estão presentes estratégias diferenciadas de ação-reflexão. Nestes contextos de atuação, identifico diversos traços de minha personalidade como sendo os possíveis facilitadores ou dificultadores que contribuem ou não para a geração de situações de incompreensão. A experiência de autopesquisa e a identificação de novas dimensões de auto-avaliação, de auto-observação e de atenção servem de base para se pensar na importância da vivência de compreensão, no âmbito escolar. As reflexões sobre as minhas ações e do professorado levantam a hipótese de que as incompreensões no processo ensino-aprendizagem e nas relações afetivas são frutos de um pensar fragmentado, ingênuo e egoísta. Nesse sentido, não contribuem para uma vivência compreensiva. Assim, precisam ser investidas novas estratégias de autopesquisa e diálogo, no espaço de reunião pedagógica, que venham ajudar a todos os educadores na análise, identificação e busca de soluções não só para os seus problemas, mas para os do outro, também. Nesta perspectiva, a questão que orienta este estudo, parte do pressuposto que o educador, ao ter uma visão de conjunto crítico-reflexiva de si mesmo e do processo pedagógico escolar, pode investir na auto e heteroformação pedagógica com qualidade e significado. O objetivo desta pesquisa é explorar, discutir e fomentar novas reflexões sobre a ação pesquisadora na função de coordenação pedagógica, observando se essa ação gera contribuições no processo de auto e heteroformação pedagógica no contexto escolar, em uma perspectiva conscienciológica em que se valoriza a manifestação dos pensenes dos educadores. Aproximamos-nos de Paulo Freire (1921 1997), na compreensão do diálogo para o desenvolvimento deste trabalho de pesquisa, bem como para fomentar a possibilidade do diálogo consciencial. A pesquisa empírica foi no período de 04/06/2004 a 26/11/2004, com 08 encontros pedagógicos e com a participação de 02 coordenadores pedagógicos, além de 08 professores. A aplicação dessa nova metodologia, no espaço de reunião pedagógica, trouxe consideráveis contribuições à interpretação dos elementos dos pensenes dos educadores, caracterizando-os como pensamentos acríticos, ingênuos e críticos; sentimentos de afetividade assistencial e não assistencial; e ações possíveis ou não de serem realizadas a vivência compreensiva. A ação do coordenador pedagógico e suas contribuições à compreensão suscitaram reflexões sobre novas maneiras de investimento no processo de formação contínua no espaço escolarDissertação Alimento como metáfora, metáfora como alimento : a arte de nutrir uma educação complexa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-12-10) Lima, Analwik Tatielle Pereira de; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400; ; http://lattes.cnpq.br/8951250852073511; Baitello Junior, Norval; ; http://lattes.cnpq.br/7181181691875740; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; Porpino, Karenine de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/5255588024266396Esta narrativa descreve o percurso de uma pesquisa e as reflexões dela decorrentes aqui anunciadas como uma odisséia gastronômica e uma geografia gulosa , cujos elementos interpretativos tornem possível conceber que uma leitura da metáfora e da estética alimentar possam contribuir para se pensar uma educação sensível, complexa, uma educação guiada por uma experimentação estética da condição humana, que aciona os sentidos, permitindo evocar e rememorar conhecimentos e saberes pertinentes, e que reitera a indissociabilidade do sujeito em seus vários pólos constituintes: natureza e cultura, emoção e razão. Como contribuição epistemológica, a dissertação, busca ampliar a compreensão de estudos que abordam o Corpo, o Alimento, a Metáfora, a Estética e a Educação, acionando inter-relações, entre os espaços acadêmico e cotidiano, experimentando outras formas de sentir, pensar e estar no mundo. Impulsionada por uma razão gulosa, e como num ritual de preparação do alimento, escolho transversalizar saberes; construo um diálogo entre autores de áreas de conhecimentos múltiplos, como a Filosofia, a Antropologia, a Etologia e a Educação, operando uma ressignificação de conceitos. Para a empreitada dessa odisséia gastronômica, descubro a aproximação entre um programa enquanto método e um livro de receitas culinárias herméticas. Optei por construir estratégias metodológicas que indicassem caminhos nos quais a imaginação, a criatividade e a reinvenção possam e devam servir como especiarias, impregnando de odores, sabores e cores o conhecimento, sem abrir mão do rigor, princípio inegociável a uma ciência aberta. Escolhi para me acompanhar sábios, cientistas e poetas, entre os quais destaco Michel Onfray, Boris Cyrulnik, Merleau-Ponty, Edgar Morin e Conceição Almeida. Com eles, desenhei mapas, provei geografias, terras, céus. Convivi com histórias e personagens concretos e imaginários; convoquei lembranças acumuladas na infância, com suas tramas, texturas, sabores, aromas, cores, imagens, gestos, palavras e silêncios, em que o corpo torna-se um mediador de acesso ao conhecimento. Como artifício complementar para prosseguir viagem, apostando na relação fundamental entre corpo, alimento, metáfora, estética e educação, recorro ao cinema, buscando apreender nessa arte uma existencialidade humana por meio da relação entre vida, alimento e personagens. Por fim, reafirmo a importância de nutrir afetos através de uma formação e de um modo de pensar capazes de solidarizar conhecimentos separados, e que contribuam para uma consciência da condição humana e para o aprendizado de uma educação da vida e para a vidaDissertação Dadi e o teatro de bonecos: memória, brinquedo e brincadeira(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-11-05) Pereira, Maria das Graças Cavalcante; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780134H6; ; http://lattes.cnpq.br/7793374432344714; Alcure, Adriana Schneider; ; http://lattes.cnpq.br/9776980598490379; Coradini, Lisabete; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785895Z8; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400O teatro de bonecos é a temática desta dissertação de mestrado, com um recorte para tratar da Memória, Brinquedo e Brincadeira, focado especialmente em uma Calungueira, fazedora de bonecos, Maria Ieda da Silva Medeiros, conhecida por Dadi. Atualmente com 71 anos, Dadi reside em Carnaúba dos Dantas/RN e não se restringe apenas a botar os bonecos para brincar, a encenar histórias pelos diversos personagens. Constrói os bonecos, veste, dá vida, movimento. No Rio Grande do Norte, o Teatro de Bonecos, denominado João Redondo , é marcado por um caráter historicamente masculino da tradição, representada por alguns mestres já falecidos ou por seus multiplicadores, ou mesmo por brincantes que não possuem linhagem de mestres em suas famílias, mas aprenderam com vários deles e, aos poucos, foram inseridos nesse universo lúdico. Dadi transgride essa genealogia potiguar e vai sugerindo uma diversidade de transgressões, extrapolando, com sua inventividade, tanto em suas apresentações como em sua vida, o que me fez elegêla e a constituí-la como objeto singular no decorrer das minhas inquirições. Nesta pesquisa, utilizo o aporte teórico-metodológico das Ciências Sociais, em especial as referências vindas dos estudos da Cultura, como as abordagens sobre a Memória e Tradição de autores como Halbwachs e Paul Zumthor, entre outros. O trabalho de campo foi sistematizado, priorizando a observação participante e o diálogo permanente. Utilizei diferentes estratégias de registro, como: entrevistas semiabertas, vídeo-documentário, áudio das narrativas, registro fotográfico e videográfico, proporcionando ao trabalho uma atualidade relevante, ao dialogar com seus diversos elementos, ampliando o projeto inicial, que se transformou em pesquisa para a dissertaçãoDissertação A dança dos neurônios: ensaio para uma educação complexa(2017-02-20) Pereira, Lídia Borba; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://lattes.cnpq.br/9961862139964562; ; http://lattes.cnpq.br/0887469450183410; Carvalho, Edgard de Assis; ; http://lattes.cnpq.br/5615241034525485; Oliveira, Josineide Silveira de; ; http://lattes.cnpq.br/5439210347544379; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400Por meio da via dialógica, este trabalho possibilita pensar uma articulação de áreas do conhecimento, em que neuroplasticidade e educação, em dança, se interconectam para uma compreensão ampliada de homem e das ações educativas. Reconheço na vasta obra de Edgar Morin e de seus interlocutores, significativas contribuições sobre a questão cerebral sob lentes polifônicas. Reflito para além das concepções que separam e fragmentam o corpo, o homem, o conhecimento e seus desdobramentos para a vida do indivíduo e para a educação. É no intuito de unir não só áreas, mas o próprio ser humano que trago a neuroplasticidade em três entradas: como conceito, como ato político e como metáfora. Considero que a dança pode propiciar a criação de novos circuitos neurais ao permitir a experimentação, o incerto e o novo e assim, propiciar também mudanças de atitudes, de pensamentos, valores e ações tanto nos educadores quanto nos educandos. Tomo como referência o método complexo que sugere princípios reorganizadores do pensamento. O texto se constitui numa narrativa ensaística, onde há continuidade da composição textual, evitando-se a organização em capítulos, embora haja uma sequência de ideias que se interligam numa tessitura com os autores, com as pesquisas do GRECOM, com as orientações e com minhas vivências de dança. Compreendo o inacabamento e a incompletude deste trabalho, mas sei que a plasticidade do mesmo ocorrerá como que numa espiral de ideias.Dissertação Dersu Uzala Hibridação Homem-Natureza(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-09-02) Condorelli, Antonino; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; http://lattes.cnpq.br/4832910631790845; Petraglia, Izabel Cristina; http://lattes.cnpq.br/6460862782566101; Pereira, Wani Fernandes; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400Esta dissertação explora de que forma as hibridações entre ser humano e ambientes naturais não-urbanos contribuem a configurar as estratégias de atenção, de construção de conhecimento e de interação com o mundo do sujeito e como, recursivamente, as atitudes perceptivo-cognitivas e as maneiras de se aproximar ao real, de imputar sentido aos fenômenos e de interagir com o ambiente praticadas pelo sujeito condicionam e contribuem a definir as hibridações entre humanos e não-humanos. Norteia essa exploração o conceito de híbrido que, inspirando-me em Bruno Latour (2008), concebo como uma associação entre elementos sem características inerentes, mutuamente imbricados e que o tempo todo se redefinem, recriam e reconfiguram reciprocamente. Utilizo como operadores cognitivos para realizar essa exploração uma narrativa literária e uma cinematográfica: o livro autobiográfico Dersu Uzala do escritor e explorador russo Vladimir Klavdievich Arseniev (1872-1930), publicado pela primeira vez em 1923, e o filme homônimo do diretor japonês Akira Kurosawa (1910-1998), lançado em 1975. Estas obras reconstroem três expedições realizadas por Arseniev no começo do século XX na região siberiana do Uçuri tendo como guia o caçador nômade de etnia gold Dersu Uzala, com quem o escritor travou uma profunda amizade. A escolha de fazer dialogar no mesmo plano dois registros complementares de conhecimento, arte e ciência, fundamenta-se na concepção de Edgar Morin (2003b) da literatura e o cinema como escolas de vida e de complexidade humana e na visão de Claude Lévi-Strauss (2007) da arte como modelo reduzido que favorece um olhar mais abrangente sobre os fenômenos. Inicialmente, relaciono minha pesquisa com os trabalhos de Silmara Lídia Marton (2008) e Samir Cristino de Souza (2009), que analisaram as estratégias de construção de conhecimento e interação com o mundo de um habitante da Lagoa do Piató (Município de Assu, Rio Grande do Norte), Francisco Lucas da Silva, e mostro algumas analogias entre estas e as de Dersu Uzala, ambas produtos de determinadas hibridações com o ambiente. Em seguida, exploro as implicações cognitivas da amizade de Arseniev com o caçador gold, metáfora/encarnação do diálogo possível entre saberes de matriz diferente. Em um terceiro momento, dialogando com pensadores que se interrogaram sobre o trinômio homem-natureza-representações e com as narrativas de Arseniev (1997) e Kurosawa (1975), reflito sobre as idéias de híbrido, de humano e nãohumano, de vivo e não-vivo, de proximidade e afastamento de outros sistemas leitores do mundo, de relação direta e mediada com o real, de ambientes naturais urbanos e não-urbanos. Em seguida, incursiono no livro de Arseniev e no longa-metragem de Kurosawa tentando identificar quais fatores mais contribuíram a configurar as estratégias de conhecimento e de interação com o ambiente manifestadas pelo explorador e o caçador gold e, recursivamente, de que forma tais estratégias contribuíram a definir suas hibridações com o ambiente siberiano. Por último, a partir das reflexões tecidas ao longo do trabalho, me interrogo sobre o que elas podem nos dizer acerca da nossa forma de interagir com a natureza não-humana e sobre o diálogo entre diversas formas de perceber, conhecer e relacionar-se com o mundoTese O discurso formativo do Biólogo sobre a morte: matizes e metáforas do saber que o sujeito não deseja saber(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-09-18) Santos, Valdecí dos; Silva, Rosália de Fátima e; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794938U8; ; http://lattes.cnpq.br/9891044070786713; Holanda, Helena Cláudia Frota de; ; http://lattes.cnpq.br/3885325851011727; Macedo, Roberto Sidnei Alves; ; http://lattes.cnpq.br/4548303459275924; Pereira, Francisco de Assis; ; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400Este estudo - O discurso formativo do biólogo sobre a morte. Matizes e metáforas do saber que o sujeito não deseja saber - evidencia uma construção cognitiva marginal na formação científica do biólogo - a morte. Considera como evidente que a morte é um tema que abrange, simultaneamente, a formação científica do biólogo e a cisão do sujeito, e diz respeito à cisão do duplo vida-morte e aos princípios de inclusão e de exclusão do sujeito. Parte da questão sensibilizadora: Qual a tessitura epistêmica que fundamenta o discurso do biólogo sobre a morte? Constitui objeto de estudo o discurso do biólogo sobre a morte. Defende a tese que: A morte é um obstáculo epistemológico anunciador de que algo, sempre, escapará na perspectiva objetiva do conhecimento, especialmente do conhecimento científico, visto que, compreendida como a construção cognitiva sobre a ruptura do fenômeno biológico vida, está implicada na tessitura de construções imaginárias e simbólicas sobre a finitude da vida; constitui-se um saber metafórico fomentado pelo silêncio ruidoso -, que não se permite conhecer por inteiro, mobilizando, assim, o sujeito à busca/procura de verdades transitórias que reduzam a angústia ontológica de ser-mortal nucleada na dimensão subjetiva implicada no ato de conhecer. É nesse movimento de busca/procura que o objeto mental vida pós-morte ganha um valor simbólico-real que requer um olhar multirreferencial para o objeto de estudo da Biologia a vida e a sua implicação: a finitude da vida, especialmente, por deslocar a onipotência da objetividade científica expressa por signos e símbolos que procuram dizer da completude do conhecimento científico -, sinalizando, assim, a existência da dinâmica da incompletude implícita na subjetividade que fundamenta a construção de saberes relativos ao duplo vida-morte e à temporalidade da existência do Homo sapiens sapiens, tendo como eixo norteador o desejo do sujeito, de não desejar saber sobre a morte, implícito nos mecanismos objetivos-subjetivos fundamentados pelo não-dito da morte que constitui a epistemologia da existência do sujeito objetivo-subjetivo, cujo núcleo é a negação da morte. A teia epistêmica teórico-metodológica ancora-se na Multirreferencialidade que favorece um trânsito por correntes teóricas, como, a Psicanálise, a filosofia bachelardiana, a epistemologia da complexidade, a Tanatologia, a Psicologia Social, e a Etnocenologia, e na Entrevista Compreensiva. O desvelamento do objeto de estudo parte da análise dos discursos orais de onze biólogas que atuam no Ensino Médio da Educação Básica, a partir de três eixos norteadores: A morte na história de vida, A morte na formação acadêmica do biólogo e, Concepções sobre conceitosTese Uma ecologia de base complexa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-09-05) Tabosa, Wyllys Abel Farkatt; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; ; http://lattes.cnpq.br/3596040894249041; Carvalho, Edgard de Assis; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780806E2; Silva, Valdenildo Pedro da; ; http://lattes.cnpq.br/7841947038984958; Pernambuco, Marta Maria Castanho Almeida; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780490E9; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400Esta tese objetiva sistematizar e discutir o conhecimento ecológico construído por meio de saberes da tradição com base numa ecologia complexa (MORIN, 2002b). A concepção de saberes da tradição (ALMEIDA, 2001c) corresponde a uma diversidade de conhecimentos, de homens e mulheres, construídos a partir de elementos heteróclitos do meio geográfico, fazendo uso de analogias e homologias e que serve de base para essa investigação científica. Esses conhecimentos são extremamente ligados ao contexto em que estão inseridas essas pessoas. Construir uma ecologia de base complexa é compreender que a realidade não está dada previamente, e que sua construção supõe indissociabilidade entre os elementos que a compõem, ou seja, entre natureza e sociedade, elementos materiais e imateriais. Incorporar a desordem, a incerteza, a imprevisibilidade e a auto-ecoorganização como princípios reitores de uma nova ecologia se constitui numa abertura da ciência biológica e da ecologia científica rumo a uma ciência da complexidade. O trabalho focaliza os conhecimentos ecológicos da lagoa do Piató, município de Assu, no Estado do Rio Grande do Norte, tendo como interlocutor dessa abordagem o Senhor Francisco Lucas da Silva (conhecido localmente por Chico Lucas), pescador e agricultor, que nasceu, e vive até hoje, na comunidade de Areia Branca, no entorno da lagoa. Tendo por base o método como estratégia (MORIN, 2001a), a construção da pesquisa foi sendo erguida ao longo de mais de 10 viagens realizadas entre os anos de 2005 e 2007. Nessas viagens os aspectos ecológicos dos ambientes, a flora e a fauna, bem como os impactos ambientais negativos que sofre a lagoa foram externados em diálogos realizados com Chico Lucas, os quais foram gravados, e posteriormente transcritos. As informações daí advindas fizeram emergir uma realidade natural e social complexa, pouco conhecida pela ciência cartesiana, visto que traz uma riqueza de detalhes da vida cotidiana permeada, sobretudo, por saberes da tradição dos que aí viveram e dos moradores que ali permanecem. A tese procura compreender as estratégias de pensamento e a produção do conhecimento referentes aos saberes da tradição e à sua habilidade de articulação entre diferentes operadores cognitivos. O conhecimento ecológico que emerge desses saberes revela uma percepção mais sistêmica do ambiente, vez que apresenta os seres e fenômenos em suas peculiaridades e em seus graus de complexidade, mas inabaláveis em sua indissociablidadeDissertação Educar para a vida: uma pedagogia da resiliência na escola(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2005-08-04) Bezerra, Gilson de Medeiros; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400; ; http://lattes.cnpq.br/5349990845144346; Souza, Elizeu Clementino de; ; http://lattes.cnpq.br/3968241717391173; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4Este estudo e tema de dissertação se fez necessário a partir das nossas inquietações como educador e das práticas pedagógicas desenvolvidas nas aulas de educação física com alunos do ensino noturno, da Escola Municipal Professor Veríssimo de Melo que atende uma clientela formada por jovens e adultos moradores do bairro de Felipe Camarão. Os jovens moradores convivem com um forte estigma de violência que ronda essa comunidade, localizada na zona oeste da cidade de Natal e que apresenta entre os matriculados na escola diversas trajetórias de vida interrompidas por fatores de risco presentes, tais como criminalidade, gravidez na adolescência e experiências com drogas. Tais fatores agravam diretamente os processos de integração social e fomentam o aumento da violência reproduzindo os ciclos de pobreza e limitando as possibilidades de ascensão social. Os resultados das estratégias pedagógicas utilizadas durante as aulas sinalizaram para a necessidade de aprofundar esse estudo, problematizando essa realidade e instigando através de práticas corporais e discussões, a reflexão acerca de temas como fatores de risco, temporalidade, projeto de vida e auto-conhecimento. Aproveitando o interesse desses jovens pela linguagem cinematográfica como forma de implementarmos estas reflexões, e relacionando o conhecimento formal com os saberes e as experiências do grupo, decidiu-se pela produção de um curta metragem de quinze minutos sobre o bairro, idealizado e produzido coletivamente. Para isto realizamos dez aulas-oficinas com os alunos que aceitaram o desafio de participar dos encontros e que ficaram conhecidos como A turma do cinema. As oficinas pedagógicas que servem aqui ao mesmo tempo como referência de pesquisa e prática educativa reafirmam a noção de resiliência: a capacidade do indivíduo transformar um obstáculo, uma adversidade ou uma tragédia pessoal em situação positiva ou potencializadora do que temos de melhor. Nesse sentido, esse estudo pode colaborar com professores de todas as áreas, e mais especificamente de educação física, que atuam nas escolas públicas e que estão as voltas com esse contexto considerado vulnerável, podendo se tornar uma referência para abordarmos conceitos e valores que conduzam a ressignificações de uma visão de mundo fechada e determinista, responsável pela reprodução dos ciclos de pobreza e violência. Fundamentam esse estudo, autores como Edgar Morin, Bóris Cyrulnik e Conceição Almeida dentre outrosDissertação Ensinamentos do barro : conversas com Francisco Brennand(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-03-28) Ferreira, Rosane Felix; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400; ; http://lattes.cnpq.br/2619243150912403; Oliveira, Josineide Silveira de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796363D5; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; Pereira, Francisco de Assis;O conceito de paisagem, caracterizado pela colaboração de diferentes domínios cognitivos, perpassa campos disciplinares e formas de estruturar a produção de conhecimento por meio da Arte. Para Cauquelin (2007), a representação ocidental do olhar paisagístico é sempre um olhar estético que indica uma conexão inseparável da forma percebida com a forma sentida. Esse olhar estético recorda ao homem sua condição bioantropológica. Nesse sentido, compreendo que uma paisagem se apresenta como um meio em que o humano pode exercer sua singularidade poética, transitando, assim, por campos ou camadas de conhecimentos diversos capazes de ampliar sua visão rearticuladora do mundo. Motivada por essa percepção, escolhi como campo empírico o Museu Oficina Cerâmica Francisco Brennand, em Recife/ PE. Reconstruído pelo artista, o lugar, enxertado de lembranças da infância, passa a abrigar, a partir de 1971, o conjunto de sua obra cerâmica e pictórica. A proximidade com o próprio artista transformou a estratégia metodológica da entrevista em sábias e deliciosas conversas, que me proporcionaram experimentar outras vias de abordagem durante a realização da pesquisa. O objetivo da pesquisa é ampliar as relações conceituais entre paisagem e representação, no sentido de privilegiar a imaginação criativa. Tomei a paisagem como uma metáfora e como um operador cognitivo, imprescindíveis à aprendizagem da condição humana. Compartilhar estratégias ao mesmo tempo complementares e recíprocas é o que propõem Almeida (2009) e Morin com vistas a religar cultura cientifica e cultura humanística, num método mestiço e bricoleur que é necessária a uma reforma do pensamento que leva em conta o devaneio da matéria proposta por Bachelard (2008). A arte torna-se, assim, um operador cognitivo capaz de promover mudanças no contexto da educação, em direção a uma pedagogia de base complexa, como propõe Pereira (1999)Tese Escafandristas do tempo: narrativas de vida e regeneração da memória em São Rafael-RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-04-01) Souza, Francisco das Chagas Silva; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; ; http://lattes.cnpq.br/7340894360051987; Carvalho, Edgard de Assis; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780806E2; Oliveira, Josineide Silveira de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796363D5; Dantas, Alexsandro Galeno Araújo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703941Y0; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400; Assunção, Luiz Carvalho de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780134H6Em fins da década de 70 do século XX, o semiárido do Rio Grande do Norte foi o cenário do Projeto Baixo-Açu, cujo ponto alto seria a construção da barragem Engº Armando Ribeiro Gonçalves, projetada para acumular 2,4 bilhões de m³ de água. Considerava-se que tal iniciativa traria desenvolvimento econômico e social para milhares de potiguares que sofriam as agruras da seca. Entretanto, a barragem atingiria várias cidades da região, chegando a cobrir totalmente uma delas: São Rafael. Em função disso, nos primeiros anos da década de 1980, próximo dali, uma nova cidade foi edificada pelo DNOCS. A presente tese visa discutir como, após três décadas, a população de São Rafael rememora esse fato e reconstrói a sua história por meio da oralidade, da escrita e da informática. Tendo por base a perspectiva moriniana de método como estratégia, foram realizadas visitas à cidade de São Rafael e entrevistas abertas (individuais e coletivas) com dois grupos de sujeitos: um composto por aqueles que viveram na sua antiga terra natal, e outro, por jovens que já nasceram na nova cidade. Além dos relatos desses sujeitos, foram observadas as narrativas visuais apresentadas pelas imagens, sobretudo fotográficas, disponibilizadas num perfil criado para a cidade na rede social Orkut. Também foram considerados como fontes para esse estudo os diálogos entre os rafaelenses que acessam o referido perfil. Tendo como centralidade a observação de Edgar Morin de que o que não se regenera, degenera , essa tese tem como argumento central a ideia de que o orkut de São Rafael cumpre hoje um duplo e interdependente papel: ser uma ferramenta que potencializa uma inteligência coletiva, por meio da cooperação, da troca de ideias e de reconstituição de narrativas visuais e escritas. Distante de uma concepção congelada do que seja a perspectiva histórica, defendemos a tese de que o orkut regenera, repara, reproduz, restaura, reorganiza e renova a memória e a história de uma cidade que sucumbiu à imensidão das águas de uma barragem há quase trinta anosDissertação A Fogueira do conhecimento: religação de saberes e formação(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2005-08-04) Araújo, Maria de Fátima; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; ; http://lattes.cnpq.br/8483730716076321; Souza, Elizeu Clementino de; ; http://lattes.cnpq.br/3968241717391173; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400As narrativas sobre experiências de vida se constituem em aprendizagens significativas no processo de autoformação dos educadores. A formação é um fenômeno que extrapola o âmbito escolar, incluindo as experiências que servem de matriz para a construção de conhecimento ao longo da vida. Dessa perspectiva, o conhecimento de si , tal como proposto por SOUZA, NÓVOA e JOSSO, é a noção central em torno da qual de desenvolve esta dissertação. A pesquisa tem como foco principal transpor para a realidade dos professores o exercício reflexivo de sua docência, mediante a redescoberta de suas vivências através de histórias de si que, potencializadas, pode transformar suas práticas em sala de aula. Tomo como ponto de partida minhas próprias experiências como educadora, assumindo a convicção da indissociação entre sujeito e objeto do conhecimento, como propõe Edgar Morin para falar da ciência da complexidade. Lanço mão também das narrativas de formação de seis professores da rede pública de ensino, reveladoras da construção de conhecimento pautada na coerência do fazer pedagógico com seu modo de compreender e sentir o mundo. As obras Meus Demônios de Edgar Morin, O Tempo e EU de Luís da Câmara Cascudo e O Banquete dos Deuses de Daniel Munduruku, alargam o escopo das narrativas de experiências que se constituem em matrizes dos processos de formação. O trabalho com narrativas de formação demonstra que, a partir da reflexão do sujeito sobre sua própria experiência, é possível projetar novas configurações do conhecimento com base na religação entre vida, idéias e práticas pedagógicas. A partir da metáfora da fogueira é possível compreender a força da combustão das experiências de vida na formação docenteTese Frankenstein, o prometeu moderno ciência, literatura e educação(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-09-15) Figueiredo, Renato Pereira de; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; ; http://lattes.cnpq.br/9683671328241934; Carvalho, Edgard de Assis; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780806E2; Petraglia, Izabel Cristina; ; http://lattes.cnpq.br/6460862782566101; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400; Silva, Josimey Costa da; ; http://lattes.cnpq.br/7619869688485452A partir sobretudo dos estudos do antropólogo Bruno Latour, nos quais se mostra a importância da retórica e das estratégias institucionais na fabricação das verdades científicas; das hipóteses a respeito do caráter ambíguo das ciências levantadas por Isabelle Stengers, e das ideias de Edgar Morin sobre a necessidade de se combater o pensamento fragmentador e religar cultura científica e cultura humanística, a tese discute a relação do homem com seus artefatos; o desafio das descrições dos fenômenos e de suas propriedades; do diálogo entre os humanos e as várias dimensões da matéria, e da responsabilidade que deveria vir com todos os avanços científicos. Victor Frankenstein, sua criatura, Brown- Séquard e a testosterona sintética são atores que ajudam a compor o panorama cognitivo da pesquisa que estende os limites da ciência e do social ao coletivo de não-humanos e reivindica uma reforma do pensamento e da educação que os incluaTese Histórias de idosos: sementes para cultivarmos uam educação para uma velhice bem-sucedida(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-11-30) Andrade, Everaldo Robson de; Melo, José Pereira de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4720550J4; ; http://lattes.cnpq.br/6867804094360342; Simões, Regina Maria Rovigati; ; http://lattes.cnpq.br/7770158896621784; Porpino, Karenine de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/5255588024266396; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400Compreendemos que a velhice bem-sucedida não se resume unicamente na análise de aspectos quantitativos referentes à situação econômica do sujeito que envelhece, mas sim que este modo especial de envelhecer encontra-se relacionado a outros valores, como por exemplo, a dignidade, a felicidade, a auto-estima, a disposição, a autonomia, a independência, o envolvimento social com a família e com os amigos, dentre outros. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo investigar o processo de envelhecimento humano, considerando a história de vida de dez idosos que se enquadram no perfil de velhice bem-sucedida, buscando identificar elementos que contribuam para pensarmos ações educativas favorecedoras de um envelhecimento bem-sucedido. Nessa perspectiva, defendemos, neste estudo, a idéia de que necessitamos aprender a nos envolver em experiências que, além de nos proporcionar satisfação e bem-estar no momento em que as realizamos, nos sirvam como potencializadoras para uma velhice bem-sucedida. Deste modo, ao longo dessa tese questionamos: quais os indicativos presentes nas histórias de vida de idosos considerados bem-sucedidos que podem contribuir para uma educação que permita as pessoas vivenciarem sua velhice de maneira mais satisfatória? Trata-se de estudo de caráter qualitativo, que teve como universo metodológico a História Oral, no qual utilizamos como técnica de pesquisa a entrevista semi-estruturada, no âmbito da história de vida, com ênfase para a análise das seguintes categorias: rotina diária, com destaque para a convivência social na família, no trabalho e nos grupos de amizade e de lazer e de atividade física; o autoconhecimento e as aprendizagens vivenciadas ao longo da vida. Para atendermos os objetivos traçados, bem como dissertamos sobre as categorias analisadas, apoiamos nossa reflexão na teoria do curso de vida, a qual compreende o envelhecimento humano como sendo uma realidade contextualizada, histórica e cultural. Nossa pesquisa revelou, entre outros aspectos, que o envelhecimento bem-sucedido encontra-se atrelado a um estilo de vida ativo, onde o envolvimento em atividades físicas, recreativas e sociais, vivenciadas ao longo da vida é fundamental para ampliar a auto-estima, a autonomia e alegria de viver, condições necessárias para viabilizar a velhice bemsucedida Nosso estudo, também revelou que a educação para avelhice bem-sucedida encontra-se atrelada ao oferecimento, ao longo da vida, de ações educativas que alarguem as possibilidades de convivência social entre os indivíduos, inclusive entre pessoas de diferentes gerações, posto que o convívio é importante para que possamos aprender a aceitar nossas possibilidades e limitesDissertação Lagoa do Piató: a educação como uma obra de arte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-02-29) Ramalho, Ivone Priscilla de Castro; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; ; http://lattes.cnpq.br/9324448505588492; Souza, Samir Cristino de; ; http://lattes.cnpq.br/3098320102942173; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400A partir da concepção da educação como uma obra de arte, a dissertação traz à tona os estudos realizados em uma escola da comunidade de Areia Branca Piató, na Lagoa do Piató em Assu‐RN. Como uma forma de fazer dialogar conhecimentos científicos e saberes da tradição, a pesquisa estabelece a troca de saberes e afetos, principalmente por meio do intelectual da tradição Francisco Lucas da Silva. Para construir um conhecimento pertinente (Edgar Morin), aquele que está inserido num contexto, busca‐se aqui a compreensão de uma pedagogia viva e da imaginação. A dissertação teve na Lagoa um laboratório vivo para pensar um ensino educativo e para exercitar o pensamento complexo. A partir de estudos e pesquisas anteriores pude organizar o que considero se constituir em constelações de saberes que permitem dar continuidade a esse eixo de pesquisa que se iniciou desde 1986 no Grupo de Estudos da Complexidade GRECOM. No percurso de construção deste trabalho, pude aprender valores que acredito serem importantes para uma educação complexa: a humildade diante da vida; a abertura para diversas linguagens do mundo; o diálogo com a natureza; a aposta nas nossas crenças; o sonho para ressignificar a realidade a partir da ligação entre a profundeza do nosso ser e o mundo; o pleno uso das nossas potencialidades imaginativas e criativas; e por fim, a vivência intensa dos sentidos. Partindo dessa aprendizagem, a pesquisa teórico‐prática teve por centralidade o desenvolvimento de oficinas por meio da temática da água com alunos do ensino fundamental multisseriado, e com a participação ativa das duas professoras da comunidade de Areia Branca Piató. Foram desenvolvidas experiências que contemplaram a visão sistêmica da natureza, as fotografias, os ateliês, as aulas‐passeio, a arte de educar, a narração de histórias, e principalmente os ensinamentos do intelectual da tradição Francisco Lucas da SilvaTese As lições do vivo: a natureza e as ciências da vida(2010-12-13) Bosco Filho, João; ; ; Pereira, Francisco de Assis; ; Pereira, Wani Fernandes; ; Germano, Raimunda Medeiros; ; Oliveira, Josineide Silveira de; ; Moraes, Maria Cândida Borges;As ciências da saúde, apoiadas nos argumentos das ciências modernas, assumem em grande parte o conhecimento científico em sua linearidade. Como consequência desse modelo, a condição humana é reduzida ao domínio mecânico e biológico. Essa matriz de conhecimento fomenta um processo de formação dos profissionais de saúde que dificulta uma prática integral, capaz de visualizar a saúde de forma ampliada, conforme preconizam os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, atual política pública de saúde do Brasil. Nesse contexto, torna-se urgente a formulação de estratégias reunificadoras, capazes de construir um olhar ampliado para a formação em saúde. Esta tese tem por suporte as ciências da complexidade e reconhece o homem como parte integrante da natureza, da qual é dependente. Daí porque, talvez, seja urgente reconhecer que a natureza estendida - para além do propriamente humano - é pródiga em mensagens para as quais os profissionais da saúde precisam estar atentos. Identificar e ouvir as lições do vivo podem ajudar a entender o domínio da vida e possibilitar intervenções mais sensíveis no cuidar do humano. A proposição de uma nova prática em saúde foi influenciada pelos macroargumentos filosóficos, antropológicos e epistemológicos de Claude Lévi-Strauss. De igual forma, as hipóteses do limite difuso entre vivo e não-vivo e de uma comunicação ampliada entre o homem e todas as coisas do mundo redimensionam na tese concepções levistraussianas. Henri Atlan, Jean-Marie Pelt e Francisco Lucas da Silva são aqui operadores cognitivos que dão atualidade às ideias de Lévi-Strauss. São sobretudo essas quatro matrizes de pensamento que compõem, nesta tese, a estratégia de operar o pensamento complexo na área das Ciências da Vida. Autorizar as lições da natureza viva permite refletir sobre a cegueira e a surdez que são impressas na formação, acionando canais para a escuta de outras linguagens para religar os conhecimentos e operar efetivamente a integralidade na formação em saúde.Tese Uma odisséia em busca de Héstia: do turismo à hospitalidade pelos caminhos das representações sociais(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-09-22) Almeida, Juliana Vieira de; Carvalho, Maria do Rosário de Fátima de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/index.jsp; ; http://lattes.cnpq.br/9272504166025931; Camargo, Luiz Octávio de Lima; ; Melo, Marileide Maria de; ; http://lattes.cnpq.br/9221161063153417; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400; Ferreira, Lissa Valeria Fernandes;Esta tese é resultado de uma pesquisa sobre as representações sociais do acolhimento, da alimentação, do entretenimento e da hospedagem, considerados, nesse estudo, como tempos sociais da hospitalidade. A pesquisa é realizada entre profissionais e estudantes do setor de turismo da cidade do Natal. A pesquisa parte do ponto de vista de que identificar a noção de hospitalidade, implícita em seus tempos sociais, e as suas implicações teóricas e práticas, é essencial para o êxito de qualquer destinação turística. Existe alguma pertinência no uso crescente desta palavra como sinônimo de turismo? Como os ritos ancestrais da hospitalidade, internalizados, inicialmente, no contexto doméstico e, posteriormente, no contexto das cidades são representados na aprendizagem e no exercício profissional relativos ao setor? Para responder a essas questões, inicialmente optou-se por um breve estudo da noção de hospitalidade no decorrer do tempo até a sua atualidade acadêmica, tendo como referência a linha de estudos da escola francesa, a qual vincula a hospitalidade à perspectiva maussiana da dádiva, além de outros estudiosos atuais do tema, com destaque para as pesquisas realizadas no âmbito do Programa de Mestrado em Hospitalidade da Universidade Anhembi Morumbi, cuja filosofia imprime ao conceito de hospitalidade o mesmo sentido que pretendemos auferir neste estudo. Para tanto, recorreu-se ao aporte teórico das representações sociais, à luz da metodologia de Moscovici. Constatou-se que a hospitalidade, presumidamente inserida nas palavras-induras: acolher, alimentar, entreter e hospedar apresenta um referencial notadamente marcado pela matriz doméstica e, ainda muito difuso quando analisado pelo prisma da hospitalidade comercial. Se aceitas as implicações teóricas e práticas desta pesquisa, as instituições públicas e privadas voltadas à profissionalização de pessoas para esse setor ainda terão um longo caminho a percorrer se desejarem ofertar a Cidade do Natal, que se diz naturalmente hospitaleira , profissionais capazes de auferir à hospitalidade comercial (aqui considerada como sinônimo de turismo receptivo) reais condições de hospitabilidade, enquanto arte, ciência e técnica de receber, alimentar, entreter e hospedarDissertação O olhar das instituições de previdência sobre a casa e a cidade: promoção, financiamento e avaliação de imóveis(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-10-16) Lima, Luiza Maria Medeiros de; Ferreira, Angela Lúcia de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/9858859733008515; ; http://lattes.cnpq.br/3474258452559849; Dantas, George Alexandre Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/9782385817332156; Azevedo, Marlice Nazareth Soares; ; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400Os investimentos em moradia realizados pelas Caixas e Institutos de Aposentadoria e Pensões em Natal, entre as décadas de 1930 e 1960, viabilizou a liberação de crédito para construção e compra de casas, que contribuíram para dinamizar o mercado imobiliário natalense, em processo de consolidação à época. Inseridas numa primeira proposta de política pública com abrangência nacional delineada para habitação social no país, essas ações demandaram a criação de uma série de estruturas descentralizadas, sobretudo nas capitais, vinculadas aos Escritórios Centrais no Rio de Janeiro. Nas agências locais, uma rede de profissionais desenvolviam atividades variadas, que iam desde a concepção e construção de empreendimentos até o estudo rotineiro de propostas de financiamento de unidades isoladas. Esse contexto traz à lume a avaliação de imóveis, operada na escala local, como elemento essencial à efetivação da política, permitindo a produção e a troca de dados sobre o valor de mercado das propriedades, fundada sobre a observação e interpretação dos espaços de residência de diferentes grupos sociais, da cidade e de seus bairros. Dessa forma, objetiva-se contribuir para o entendimento da operacionalização dessas ações imobiliárias na legitimação de ponderações sobre o espaço urbano e as residências disponibilizadas aos trabalhadores na capital potiguar. As fontes primárias principais foram as fichas de avaliação imobiliárias dos processos prediais das CAP/IAP, arquivados no INSS-RN e sistematizados em parte no Banco de Dados Empreendimentos do HCURB. Tendo como fontes auxiliares jornais da época, entrevistas e registro fotográfico in loco, foi possível refletir sobre a construção de imagens fragmentadas da cidade, em função dos interesses de investimentos particulares, dos associados, e com a produção direta das instituições - enquanto autarquias corporativas de seguro social. Isso converge para um entendimento do papel dos engenheiros avaliadores no âmbito dessas instituições. As técnicas e os profissionais de avaliação vinculados a ela podem ser vistos, nesse sentido, como parte de um sistema técnico-operacional que se estrutura sobre uma matriz de valores preconcebidos acerca dos significados da “casa”. A busca por essa “essência científica” da avaliação, mais a eficiência para a manipulação de sistemas de crédito e investimento, mostram como estes órgãos, tanto marcam como representam, até certo ponto, as faces contraditórias de um grande esforço coletivo de construção de um “Brasil moderno-industrial” e do “novo homem trabalhador brasileiro”.Tese Pedagogia da fraternidade ecológica e formação transdisciplinar para um ensino educativo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-09-22) Souza, Samir Cristino de; Almeida, Maria da Conceição Xavier de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787342H4; ; http://lattes.cnpq.br/3098320102942173; Pereira, Francisco de Assis; ; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400; Oliveira, Josineide Silveira de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796363D5; Rangel, Lúcia Helena Vitalli; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767230H4A separação entre as duas culturas (SNOW, 1995) fragmentou a compreensão do mundo, influenciou a educação em todos os níveis e tornou os seres humanos fragmentados em sua forma de pensar e produzir conhecimento. O acúmulo de conhecimento herdado desde o nascimento das ciências modernas no século XVII, não tem sido suficiente para enfrentar os novos desafios do mundo atual (MORIN, 2000; 2001; 2002a). É momento de buscar uma nova compreensão do mundo e referenciais para compreender os grandes acontecimentos e problemas que enfrentamos desde o início do que denominamos de Idade Moderna. A Pedagogia da Fraternidade Ecológica é aqui defendida e construída a partir de um novo referencial cosmológico, fundamentado na Grande Narrativa do Universo, e inspirada no modo de vida fraterna, no amor, na poesia e na sabedoria de São Francisco de Assis (Itália, séc. XII-XIII) e da vivência dos saberes tradicionais e da lógica do sensível (Lévi-Strauss) de Francisco Lucas da Silva, morador da comunidade de Areia Branca, às margens da Lagoa do Piató, no município de Assu no Rio Grande do Norte. Uma epistemologia fundada a partir da Grande Narrativa do Universo resgatará a relação fraterna entre homem e natureza. A partir desses referenciais e inspiração apontados, elaboro uma proposta de formação para os educadores: Formação Transdisciplinar para o Ensino Educativo , na qual desenvolvo o que denomino Arquitetura Transdisciplinar de Saberes para o Ensino Educativo , fundada nos princípios da complexidade e da transdisciplinaridade. Compreendemos que descobriremos o nosso papel mais amplo integrando o homem à história do universo, pois o bem-estar da Terra e o bem-estar do ser humano na comunidade terrestre pode ser o ponto que unificará a educação do futuroArtigo Por uma pedagogia da complexidade: cartografia das idéias de Clarival Prado Valladares(Centro de Educação, 2001) Pereira, Wani FernandesTema de tese de doutoramento trata da obra do historiador, crítico de arte e educador patrimonialista, Clarival do Prado Valladares, e, a partir daí, visualiza indícios que antecipam proposições atuais acerca de um pensamento/conhecimento complexos, multi e transdisciplinar. Diante da monumentalidade da obra dispersa em instituições, idealizamos uma cartografia, circunscrita nas cidades do Natal, Salvador, Recife, São Paulo e Rio de Janeiro. O uso da imagem através da documentação fotográfica pelo autor torna-se aporte e suporte da iconografia como método, configura um 'museu de imagens', instaura uma epistemologia narrativa mestiça, poética, e aporte imprescindível na constituição de uma pedagogia da complexidade, a partir de um processo recursivo entre arte/ educação/arteTese Prototexto, narrativa poética da ciência: uma estratégia de construção do conhecimento e religação de saberes no ensino de física(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-10-19) Araujo, Valmir Henrique de; Passeggi, Maria da Conceição Ferrer Botelho Sgadari; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798436D6; ; http://lattes.cnpq.br/4346583412934295; Freitas, Jacira Cristina Batista; ; http://lattes.cnpq.br/1727484562495837; Freire Júnior, Olival; ; http://lattes.cnpq.br/5534156006634736; Pereira, Wani Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/7582203887381400; Martins, Andre Ferrer Pinto; ; http://lattes.cnpq.br/2557880242678680Nesta tese apresento a noção de prototexto e a fundamento como um sistema complexo enquanto estratégia de construção de conhecimento e religação de saberes no ensino de física. Prototexto é uma narrativa poética da ciência, proposta e utilizada inicialmente como instrumento de aprendizagem criativa para estudantes do ensino técnico e médio, do CEFET-Vitória da Conquista-BA, no período de 1997-2004. Concebida a partir de 2001 como uma estratégia de construção de conhecimento, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia UESB, a noção de prototexto configura um complemento à operacionalidade matemática. A proposta de uma narrativa poética da ciência supõe que o estudante, aprendiz de ciência, passe a organizar os seus conhecimentos em uma matriz literária complexa. Esta matriz procura fazer conviver tanto os aspectos do formalismo matemático quanto a discursividade da ciência necessários para a formação de um aprendizado que almeje aos múltiplos aspectos do conhecimento, dispersos em disciplinas, a partir de um tema da física. Tal proposta emerge das minhas práticas em sala de aula e reflexões acerca do ensino de física com ênfase matemática, na maioria das escolas, limitando o ensino a um padrão de ordem com a ausência de erro. São operações do prototexto: a linguagem poética, estratégia de construção do conhecimento, inacabamento da argumentação e a inclusão do aprendiz de ciência como sujeito implicado na construção do conhecimento. Na fundamentação teórica assumo a proposição de Edgar Morin do método como estratégia, o princípio da complementaridade de Niels Bohr em conceber categorias excludentes como face de um mesmo fenômeno e a concepção de tempo criativo de Ilya Prigogine que enuncia a aliança entre a natureza e o homem que a descreve