Navegando por Autor "Ribeiro, Carlos Vinícius Alves"
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TCC Evolução estrutural e metamórfica da porção sul do Domínio São José do Campestre, Província Borborema, NE do Brasil: do Arqueano ao Neoproterozoico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-11-12) Ribeiro, Carlos Vinícius Alves; Souza, Zorano Sérgio de; Motta, Rafael Gonçalves da; Medeiros, Vladimir Cruz deLocalizado na Província Borborema, nordeste do Brasil, o Domínio São José do Campestre foi formado por uma longa história tectono-magmática. No seu interior encontra-se o Núcleo Arqueano São José do Campestre (NASJC), composto por ortognaisses e metasupracrustais arqueanas (~ 3,4 a 2,7 Ga). No entorno, ocorrem ortognaisses paleoproterozoicos (~2,3 a 2,0 Ga). Estas duas unidades compõem o embasamento da região, que sofreu diversas intrusões plutônicas durante o Neoproterozoico. Com base em sensores remotos, dados bibliográficos, produtos geofísicos, mapeamento geológico e análises petrográficas, o limite entre essas unidades foi estudado, bem como a sua evolução tectono-metamórfica e sua correlação com processos geodinâmicos. A litoestratigrafia do NASJC na área de estudo é composta pelas unidades: ortognaisses com biotita ou clinopiroxênio do Complexo Serra Caiada (~3,36 Ga), piroxenitos e serpentinitos do Complexo Riacho das Telhas (~3,1 a 3,06 Ga), biotita-granada paragnaisses (~3,0 Ga?), incluindo lentes de mármore dolomítico, hornblenda-sienogranito São José do Campestre (~2,7 Ga). No seu entorno, ocorrem ortognaisses paleoproterozoicos (~2,3 a 2,0 Ga), cortados por granitóides, dioritos e carbonatitos ediacaranos, além de diques basálticos mesozoicos de direção E-W. O arcabouço estrutural da região é marcado por cinco eventos deformacionais, que ocorreram do Arqueano ao Neoproterozoico. Os dois primeiros, restritos as unidades arqueanas, apresentam caráter tangencial de alta temperatura e são responsáveis pela formação de dobras recumbentes (Sn+1), que paralelizam Sn+1 a Sn. O terceiro evento (Dn+2), que ocorre também nas rochas paleoproterozoicas, é caracterizado por dobras recumbentes (Sn+2) formadas em temperaturas moderadas. O quarto evento deformacional, que possivelmente ocorreu no Ediacarano, é caracterizado por antiformes e sinformes com plano axial NW-SE (Sn+3). O último evento deformacional (Dn+4) é responsável por sinformes e antiforme suaves, com plano axial N-S subvertical (Sn+4). Foram identificados dois principais eventos metamórficos associados a estas deformações. O primeiro (Mn+1), associado a Dn+1, atingiu a fácies granulito de baixa pressão. É marcado pela presença de espinélio nos paragnaisses de Serra Caiada e nos mármores dolomíticos. O segundo evento identificado (Mn+3), associado a Dn+3, é marcado por sillimanita associada a zonas de cisalhamento no interior do NASJC e nas unidades paleoproterozoicas, atingindo a fácies anfibolito. O contexto tectônico da região, interpretado anteriormente como uma colisão continental paleoproterozoica, não é corroborado pelas condições metamórficas e deformacionais observadas. As informações apresentadas remontam a um contexto de movimentação de blocos crustais através de zonas de cisalhamento dextrógiras durante o Neoproterozoico.