Navegando por Autor "Russo, Gláucia Helena Araújo"
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postGraduateThesis.type.badge O castigo físico na infância: a perspectiva das mães do município de Currais Novos-RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-12-11) Bezerra, Beatriz Dantas Gomes; Russo, Gláucia Helena Araújo; Kleylenda Linhares da Silva; Ferreira, Maria Dilma Felizardo; Nogueira, Jéssica Lima Rocha; Medeiros, Jéssica Farias DantasEste artigo traz considerações sobre a utilização do castigo físico na educação de crianças por meio da percepção das mães participantes das consultas de crescimento e desenvolvimento da Unidade Básica de Saúde Enfermeira Maria das Dores. Com base em aportes teóricos e subsidiado por uma pesquisa de campo, que utilizou a técnica de Grupo focal, este estudo tem como objetivo apreender a percepção das participantes da pesquisa sobre a vivência dos castigos físicos na sua infância; identificar a opinião das participantes sobre o uso castigo físico no processo educativo de seus filhos e discutir sobre a importância da política de saúde na prevenção da violência física, especialmente o castigo físico. Os resultados indicaram que, embora tenhamos avançado na legislação, uma vez que a utilização do castigo físico atualmente é coibida nas leis que regem o direito das crianças e adolescentes, as questões culturais e a vivência deste método no processo educativo na infância, ainda seguem sendo utilizados como argumento para o seu emprego na atualidade.Tese Códigos de sustentação da linguagem no cotidiano prisional do Rio Grande do Norte: penitenciária estadual de Parnamirim(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-04-09) Oliveira, Hilderline Camara de; Fortes, Lore; ; http://lattes.cnpq.br/4596655243422487; ; http://lattes.cnpq.br/2137840381302297; Xavier, Yanko Marcius de Alencar; ; http://lattes.cnpq.br/2551909246317077; Silva, Vanderlan Francisco da; ; http://lattes.cnpq.br/0640011315166109; Ferreira, Ruth Vasconcelos Lopes; ; Russo, Gláucia Helena Araújo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4773965P6A discussão, neste estudo, versa sobre a linguagem como prática social no cotidiano da Penitenciária Estadual de Parnamirim, integrada ao Sistema Penitenciário do Rio Grande do Norte - SISPERN, destinada para homens em cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado. Para a realização da pesquisa, os objetivos delimitados foram analisar os repertórios linguísticos tecidos no cotidiano prisional, buscando identificar como se configuram em distintas formas de resistência aos mecanismos de controle do sistema penitenciário; investigar quais são os repertórios linguísticos criados a partir das novas formas de sociabilidade desenvolvidas entre os apenados e identificar como os repertórios linguísticos no cotidiano prisional se expressam nas relações/exercícios de poder nãoinstitucionalizado. No aspecto metodológico, o estudo se situa numa abordagem qualitativa, que tem como instrumento principal a entrevista. A investigação foi possível mediante a utilização de instrumentos de coleta de dados, como: a observação direta no cotidiano prisional devidamente registra no diário de campo como procedimento etnográfico do pesquisador, a análise documental dos prontuários dos internos e a aplicação de entrevista semi-estruturada, junto aos sujeitos da pesquisa. A construção e compreensão do objeto de estudo fundamentaram-se em autores que discutem sobre a prisão, como: Foucault, Goffman, Carvalho Filho e, em particular buscou-se o referencial teórico que aborda a linguagem numa perspectiva social e cultural: Orlandi, Manfredo, Bastos e Candiotto, dentre outros. Além do respaldo normativo da legislação brasileira, através da Lei de Execução Penal, do Código Penal e da Constituição Federal do país e do aparato legal em âmbito estadual. Ainda na perspectiva metodológica da pesquisa, após a coleta, os dados, foram submetidos a uma análise do discurso a partir da teoria foucultiana e na perspectiva de Orlandi e de cunho qualitativa e quantitativa. Os resultados evidenciaram que o perfil sociojurídico da população do locus de investigação não se apresenta diferente das demais prisões brasileiras, composta por homens, em sua maioria, com faixa etária entre 21 e 30 anos, presos pela prática de crimes contra o patrimônio, contra a vida, dentre outros, e, em especial, reincidentes criminais. Evidenciou, ainda, que o cotidiano prisional da PEP se caracteriza por uma diversidade sociocultural expressa nas relações de poder não institucionalizado, que contribui para a formação e divisão dos grupos, que cada um dispõe de um conjunto de códigos/repertórios de sustentação da linguagem. Por isso, a linguagem, no cotidiano prisional, é um dos caminhos para compreender a singularidade das relações de sociabilidade e como prática social mediada por relações/exercícios de poder e de interesses antagônicos, nos quais cada grupo visa, a prior, atender aos seus interesses. Ela representa a complexidade das relações sociais, no espaço prisional, com efeitos de sentidos diversos, em função da situação e do momento. A linguagem na prisão, além da função de comunicação, assume e representa elemento central para a sociabilidade humana, contribui para a sua dinâmica e se configura como uma das formas de resistência dos reclusos contra os mecanismos de controle, disciplina e vigilância do sistema penitenciárioDissertação Concepções e práticas dos profissionais que atuam na educação infantil diante da violência doméstica contra crianças de zero a cinco anos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-07-29) Silva, Luisa de Marilac de Castro; Lima, Rita de Lourdes de; ; http://lattes.cnpq.br/4393150155693864; ; http://lattes.cnpq.br/3495125329916018; Guerra, Eliana Costa; ; http://lattes.cnpq.br/4235304768982007; Russo, Gláucia Helena Araújo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4773965P6O estudo apresenta a problemática da violência doméstica contra crianças de zero a cinco anos no contexto dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) no município de Natal-RN. Constitui-se em uma análise sob o enfoque teórico-metodológico de base qualitativa, na perspectiva de totalidade, tendo como pressuposto a violência doméstica contra crianças nas suas dimensões sociais, legais, histórico-culturais que norteiam o tema. Objetiva investigar se os profissionais que atuam na Educação Infantil são capazes de identificar possíveis situações de violência doméstica contra crianças que se encontram sob sua responsabilidade e ainda se, em casos de suspeita ou identificação de casos concretos sabem quais encaminhamentos devem ser adotados. O percurso estabelecido entre conhecimento e método envolve: análise conceitual sobre a infância, a educação infantil e a violência doméstica contra crianças, além da realização de grupos focais com os participantes da pesquisa com os respectivos registros em diário de campo. Apreendem-se nesse estudo as contradições existentes no enfrentamento da violência doméstica contra crianças. Mesmo tendo conhecimento teórico sobre a temática, os profissionais não conseguem dar os encaminhamentos adequados no sentido de proteger a criança e fazer cessar a violência. Identifica-se que as condições objetivas de trabalho dos profissionais que atuam nos CMEI, associadas ao pouco conhecimento sobre a temática, contribuem para os não encaminhamentos. Conclui-se que se faz necessário o envolvimento da Secretaria Municipal de Educação, sem esquecer de que todas as ações têm limites, visto que a violência doméstica contra a criança está também relacionada a questões estruturais da sociabilidade capitalista.Dissertação A dimensão educativa do serviço social: uma análise do processo interventivo da profissão no âmbito da política de assistência social do município do Natal/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-03-26) Cavalcante, Suzanny Bezerra; Oliveira, Iris Maria de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701351Z3; ; http://lattes.cnpq.br/1601954764159859; Lima, Rita de Lourdes de; ; http://lattes.cnpq.br/4393150155693864; Russo, Gláucia Helena Araújo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4773965P6Afirma que ao longo da trajetória histórica do Serviço Social brasileiro, o assistente social em seu fazer profissional, apresenta uma dimensão educativa que perpassa diversos espaços sócio-ocupacionais, sobretudo, no espaço da política de assistência social. Com base nessa premissa, o presente trabalho problematiza a dimensão educativa presente no processo interventivo do Serviço Social no âmbito da política de assistência social no município do Natal-Rio Grande do Norte (RN), na cena contemporânea. Teve como objetivos norteadores a caracterização do processo interventivo do Serviço Social na política de assistência social; a análise da compreensão dos profissionais de Serviço Social acerca da dimensão educativa no seu cotidiano profissional; e a análise da relação entre a dimensão educativa do fazer profissional do assistente social e a concretização dos direitos sociais no âmbito da política de assistência social. Os procedimentos teórico-metodológicos utilizados se fundamentam numa perspectiva crítica-dialética e numa abordagem qualitativa e quantitativa, a partir da utilização da observação não-participativa, de entrevistas semi-estruturadas, da revisão da literatura e documental. Assim, considerando que o assistente social é um intelectual orgânico, e que em seu cotidiano profissional, contribui para a reforma intelectual e moral dos seus usuários, os resultados desta pesquisa apontam que a dimensão educativa no fazer profissional no âmbito da política de assistência social possuem vínculos sócio-históricos, cuja imbricação permite, contraditoriamente, de um lado, uma reafirmação da cultura dominante; e, de outro, uma direção vinculada à construção da emancipação humana, em articulação com os movimentos sociais na busca pela universalização e concretização dos direitos sociais e de uma nova sociabilidadeDissertação “Eu quero ver se a justiça vai funcionar mesmo”: a resolubilidade dos casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes no município de Natal/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-08-26) Ferreira, Adeilza Clímaco; Oliveira, Carla Montefusco de; ; http://lattes.cnpq.br/8840103320001811; ; http://lattes.cnpq.br/9831161239117503; Lima, Rita de Lourdes de; ; http://lattes.cnpq.br/4393150155693864; Russo, Gláucia Helena Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/4354258494126959Este estudo apresenta a problemática da violência sexual Infanto-juvenil a partir de um olhar crítico sobre a avaliação das ações dos órgãos de defesa e proteção nos casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes do município de Natal/RN. Objetivamos realizar esta avaliação a partir da investigação de 05 casos de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual que foram atendidas pela Delegacia Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente (DCA), considerando o fluxo de atendimento dos casos, a articulação entre os órgãos que compõem o Sistema de Garantia de Direitos (SGD), o registro da denúncia, bem como o tempo percorrido entre o registro da denúncia e a responsabilização do agressor. Para tanto, o presente estudo constitui-se em uma análise sob o enfoque teórico-metodológico quantitativo e qualitativo tendo como pressuposto a violência sexual nas suas dimensões sociais, históricas, culturais, legais e econômicas. O percurso estabelecido entre o conhecimento sobre o objeto e o método de análise envolveu: pesquisa bibliográfica acerca da discussão conceitual sobre a violência sexual, análise de dados quantitativos disponibilizados pela DCA, bem como entrevistas semiestruturadas junto aos responsáveis pelas vítimas e aos profissionais que atuam em instituições dos órgãos de defesa. Apreende-se neste estudo que as situações de violência contra crianças e adolescentes é um fenômeno multifacetado que tem expressões desde a sociedades antiga, assumindo uma particularidade na sociedade contemporânea ao considerar a população infanto-juvenil enquanto sujeitos de direitos. Além disso, foi possível identificar a ausência de efetividade, no que diz respeito às ações dos órgãos de defesa na intervenção das situações de abuso sexual ora investigadas já que ainda não se configura de fato um processo de articulação entre os referidos órgãos na perspectiva da garantia de direitos e do rompimento do ciclo de violência.Dissertação A organização sindical dos assistentes sociais no Brasil: dilemas e desafios contemporâneos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-02-22) Santos, Tassia Rejane Monte dos; Ramos, Sâmya Rodrigues; ; http://lattes.cnpq.br/9992250638318014; ; http://lattes.cnpq.br/4477516247061576; Santos, Silvana Mara de Morais dos; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728268A0; Russo, Gláucia Helena Araújo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4773965P6Este trabalho discute os dilemas e desafios da organização sindical dos assistentes sociais no Brasil contemporâneo. O estudo da temática está respaldo em uma pesquisa bibliográfica, com destaque para as produções que tratam sobre o movimento sindical dos trabalhadores na realidade brasileira; bem como, numa pesquisa de campo, que consistiu de entrevistas com dirigentes sindicais nacionais da CUT e CONLUTAS, como também de representantes nacionais das entidades representativas da categoria profissional de assistentes sociais, notadamente, CFESS, ABEPSS e ENESSO e da entidade sindical nacional da categoria, FENAS. A análise do objeto se orienta na perspectiva de totalidade, considerando os seus aspectos fundantes e contraditórios na dinâmica sócio-histórica atual. As inflexões ocorridas no Movimento Sindical brasileiro, no início da década de 1990, período no qual a ofensiva do capital, caracterizada pela fusão da acumulação flexível e dos ditames da política neoliberal se instala no país causou um profundo abalo na vida e organização da classe trabalhadora. Os principais rebatimentos desse processo se evidenciam atualmente, na forma defensiva da organização das lutas sindicais, notadamente fragilizada e fragmentada. No caso da categoria dos assistentes sociais é sintomático o retrocesso político, vivenciado pelo processo de reabertura dos seus sindicatos e da criação da FENAS. Esta definição, parte da análise que considera mais estratégica a perspectiva de organização classista, anticorporativista do sindicalismo de massa dos anos 1980, incorporada, majoritariamente, pela categoria e expressa pela extinção dos seus sindicatos e unificação às lutas mais gerais dos trabalhadores com a transição para a sindicalização por ramo de atividade. Diante desta realidade, analisamos as perspectivas políticas de atuação do movimento sindical brasileiro, partindo da caracterização das modalidades de organização das lutas sindicais e situamos nesse processo, o movimento de reabertura dos sindicatos de assistentes sociais, a partir do surgimento da FENAS. Com isso, objetivamos identificar as particularidades e as perspectivas ideo-políticas que conformam o dilema da organização sindical a partir deste movimento de reabertura, já que corresponde a uma tendência política, majoritariamente, superada no interior do Serviço Social brasileiroDissertação Prostitutas entendidas: o que entender?(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-03-20) Bezerra, Danieli Machado; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703249P4; ; http://lattes.cnpq.br/7862246009685300; Russo, Gláucia Helena Araújo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4773965P6; Gomes, Ana Laudelina Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/7178264870931102Nesta pesquisa, propomos uma discussão a partir do que observamos em nosso trabalho de campo, que são mulheres prostitutas e que se autodefinem entendidas. Verificamos se essas mulheres praticam sexo com homens através de uma relação de trabalho e com mulheres a partir da relação de afeto. Analisamos esta prática da atividade sexual como sendo mais uma possível expressão da sexualidade. Há muitos estudos que tratam de questões em torno da temática sobre a prostituição e a homossexualidade, no que diz respeito a vários aspectos e disciplinas. Nossa proposta de estudo com essas mulheres é um tema que está na ordem do dia, pois, hoje, a temática sobre prostituição e homossexualidade está bastante discutida no âmbito das Ciências Humanas em geral. Esses novos estudos sobre a sexualidade nos apontam um lugar privilegiado, discutindo valores associados à intimidade da pessoa moderna, como também apontam discussões que permeiam elementos que fundamentam a identidade de mulheres que fazem sexo com mulheres e com homens, sendo, esta última, a atividade sexual mediada através da relação de trabalho pelo interesse financeiro, pois segundo nossas informantes, a prostituição é um trabalho. A partir do relato de nossas participantes/informantes, verificamos que suas respostas se coadunam às diferentes marcas sociais que delimitam o campo de possibilidades das práticas sexuais dos indivíduos, levantando questões sobre a origem e classe social, história familiar, etapa do ciclo de vida em que se encontram as relações de gênero estatuídas no universo em que habitam. Todos esses elementos fornecem as balizas para o processo de modelação da subjetividade, entendido como as circunstâncias sociais e biográficas que delimitam o sentido do eu diante desta nova constituição do sujeito, nisso que é definido, por muitos teóricos das Ciências Humanas, como pós-modernidade ou modernidade; e as insurgências que temos com a liberação que os movimentos gays e lésbicos tiveram em problematizar e tornar público à politização da sexualidadeTese Rodando a bolsinha: dinheiro e relações de prostituição(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2006-07-07) Russo, Gláucia Helena Araújo; Miranda, Orlando Pinto de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787396U5; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4773965P6; Teixeira, Maria Lina Leão; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792670A9; Maldonado, Simone Carneiro; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781512J5; Lopes Júnior, Edmilson; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703249P4; Dantas, Alexsandro Galeno Araújo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703941Y0Neste trabalho realiza-se uma discussão sobre a relação entre dinheiro e prostituição de forma a superar seus aspectos meramente econômicos, percebendo a ambos como fenômenos sociais, culturais e históricos e tomando-os como símbolos, cujo estudo ajuda a desvendar a realidade. Como tal busca-se revelar suas formas e conteúdos de maneira que seja possível entendê-los para além da racionalidade, calculabilidade e elementos matemáticos neles presentes; para além do aparente, tomando-os em sua complexidade. A discussão contempla elementos teóricos, pautados especialmente nas análises teóricas de Georg Simmel, aliados a um quadro empírico específico, que toma a vivência das mulheres da Praia do Meio, pedaço da cidade de Natal-RN no qual foi realizada a coleta de dados. Fundamentalmente, a prostituição é percebida como uma troca, que não se esgota nos elementos econômicos, mas, ao contrário, parte deles e os supera em diversos aspectos. Trata-se de uma relação entre seres humanos mediada pelo dinheiro que possui em si toda uma complexidade, exigindo um olhar atento e perspicaz para sua compreensão. Ao longo do texto, diversas discussões são realizadas de forma a tentar cercar e compreender a relação entre dinheiro e prostituição. O dinheiro transformou o mundo e os homens e mulheres que o compõem. A prostituição, por sua vez, ajuda a compreender tal transformação à medida que é também um símbolo da nossa época e nos faz deparar com a verdadeira essência da nossa sociedade: a transformação do homem em mercadoria, em objeto comercializável. Na sociedade do dinheiro é possível perceber o fenômeno da dupla prostituição: a mercantilização do ser humano, através do trabalho, e a mercantilização do sexo, sendo este último fortemente estigmatizado e o primeiro intensamente incentivado. Isto pode estar demonstrando que o sexo pago é, na sociedade do dinheiro, um limite de comercialização, sendo largamente aceito, desde que camuflado e rodeado de uma aura de sensualidade e legitimidade