Navegando por Autor "SANTOS NETO, Anselmo"
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TCC Diversidade sexual e de gênero na escola: das fontes históricas à etnografia da sala de aula(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-14) SANTOS NETO, Anselmo; https://orcid.org/0000-0002-8852-6212; http://lattes.cnpq.br/4438529628551741; http://lattes.cnpq.br/6961738362544545; Rêgo, Francisco Cleiton Vieira Silva do; https://orcid.org/0000-0002-8852-6212; http://lattes.cnpq.br/4438529628551741Este artigo apresenta uma estratégia pedagógica voltada para a diversidade sexual e de gênero, implementada em duas turmas do primeiro ano do ensino médio da Escola Estadual Professor Anísio Teixeira, em Natal/RN. O propósito do estudo é investigar como as fontes históricas podem ser empregadas em oficinas para estimular debates sobre gênero e sexualidade, utilizando a pesquisa histórica e a oficina como instrumentos para a análise da diversidade sexual no ambiente escolar. O termo “diversidade sexual e de gênero” é usado para englobar temas ligados a corporalidades, sexualidades e expressões de gênero que desafiam o binarismo de gênero e a normatividade heterossexual. A metodologia adotada envolveu a criação de uma oficina utilizando notícias do jornal Folha de São Paulo da década de 1970, época caracterizada por um crescimento no número de notícias sobre indivíduos não-heterossexuais. O jornal, devido à sua relevância histórica na formação da opinião pública, foi usado como recurso para a construção de narrativas que estabelecessem conexões entre eventos passados e questões atuais. Quatro dinâmicas foram desenvolvidas para abordar a perspectiva clínico-cirúrgica sobre 'mudança de sexo', o caráter artístico dos indivíduos não-heterossexuais nos anos 1970, a política higienista contra travestis em São Paulo, a violência policial e a organização política desses sujeitos contra a repressão. Através da oficina, os estudantes puderam questionar conceitos pré-estabelecidos e levantar questões como o uso do banheiro por pessoas trans e a possibilidade de mudança de sexo. Por fim, eles demonstraram reconhecer a escola como um espaço de sociabilidade LGBTQIA+, o que reforça a importância de discutir essas questões dentro desse ambiente.