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    Dissertação
    Conhecimento ecológico local e biologia reprodutiva do Lagarto-de-folhiço Coleodactylus natalensis Freire, 1999, em área protegida da Mata Atlântica: subsídios à conservação desta espécie ameaçada
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-04-27) Silva, Holda Ramos da; Freire, Eliza Maria Xavier; Sales, Raul Fernandes Dantas de; https://orcid.org/0000-0001-6546-8956; http://lattes.cnpq.br/6331550036188115; https://orcid.org/0000-0001-9486-6347; http://lattes.cnpq.br/6388455734228621; http://lattes.cnpq.br/8525706955585776; Passos, Daniel Cunha; Bonifácio, Kallyne Machado
    A dificuldade de inserção de comunidade local nas estratégias de conservação, é amplamente discutida, porém é ainda mais preocupante quando se refere a espécies de pequeno tamanho corporal e de coloração críptica. Nesse contexto, levando em consideração que o lagarto-de-folhiço é uma espécie oficialmente ameaçada, endêmica de fragmentos da Mata atlântica potiguar, críptica e com pequeno tamanho corporal, utilizá-la como modelo para entender quais os conhecimentos das pessoas sobre espécies de pequeno tamanho corporal pode constituir dados de relevância global que embasam estratégias de etnoconservação. Nesse cenário, este estudo teve como objetivos analisar o Conhecimento ecológico local (CEL) dos funcionários de um Parque urbano no município de Natal/RN sobre a fauna de répteis, especialmente sobre o lagarto Coleodactylus natalensis, espécie-bandeira desta área protegida e ameaçada de extinção, bem como investigar o ciclo reprodutivo desta espécie, em prol de sua conservação e da biodiversidade associada. Os dados sobre CEL foram coletados através de questionários semiestruturados aplicados para 39 funcionários do Parque sobre conservação, herpetofauna, e ecologia do lagartinho-de-folhiço. Os funcionários demonstraram conhecimentos mais específicos sobre a flora local do que sobre fauna, e reconhecem a importância do parque para conservação das espécies. Os funcionários com maior tempo de trabalho no parque possuem maior CEL sobre a espécie críptica e ameaçada de extinção, C. natalensis; este dado é de grande relevância, pois não é o padrão observado em outros estudos de CEL. Também se destacaram as ameaças às quais parques urbanos estão submetidos, inclusive as diferenças entre estes e os parques rurais. As coletas dos dados reprodutivos de C. natalensis foram efetuadas durante excursões mensais, de janeiro a dezembro de 2021, totalizando 12 meses de amostragem, sendo que em todos os meses os ovos foram monitorados com 15 dias de intervalo. Os resultados demonstram ocorrer reprodução contínua em C. natalensis, com ninhada fixa de um ovo. O conjunto dos dados obtidos constitui subsídio importante e valioso para o monitoramento e conservação da espécie ameaçada, bem como para a gestão dessa Unidade de conservação, além de corroborar a relevância do CEL para a conservação de espécies ameaçadas na perspectiva da etnoconservação.
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    Dissertação
    Ecologia alimentar e comportamento de forrageamento de Ameivula aff. ocellifera (Squamata: Teiidae) em área de caatinga do nordeste do Brasil
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-03-27) Sales, Raul Fernandes Dantas de; Freire, Eliza Maria Xavier; ; http://lattes.cnpq.br/6388455734228621; ; http://lattes.cnpq.br/6331550036188115; Bellini, Bruno Cavalcante; ; http://lattes.cnpq.br/8609476121598138; Dias, Eduardo José dos Reis; ; http://lattes.cnpq.br/8426855028199294
    Este estudo investigou a influência de fatores intrínsecos e extrínsecos sobre a ecologia alimentar e o comportamento de forrageamento do lagarto cauda-de-chicote (whiptail) Ameivula aff. ocellifera, uma espécie nova com ampla distribuição na Caatinga, e que está em fase de descrição. Em atendimento aos objetivos, a Dissertação foi estruturada na forma de dois capítulos, os quais correspondem a artigos científicos, um já publicado e o outro a ser submetido à publicação. No Capítulo 1 são analisadas a composição geral da dieta, a relação entre o tamanho corporal dos lagartos e o tamanho das presas consumidas, e a ocorrência de diferenças sexuais e ontogenéticas na dieta. O Capítulo 2 contempla a composição da dieta em termos sazonais, durante duas estações chuvosas intercaladas por uma estação seca, e análise quantitativa do comportamento de forrageamento durante dois períodos distintos. A composição da dieta foi identificada através da análise do conteúdo estomacal de lagartos (N = 111) coletados mensalmente por busca ativa entre setembro de 2008 e agosto de 2010, na Estação Ecológica do Seridó (ESEC Seridó), estado do Rio Grande do Norte. O comportamento de forrageamento foi investigado durante um mês chuvoso e um mês seco do ano de 2012 também na ESEC Seridó, avaliando-se a porcentagem do tempo gasta em movimento (PTM), o número de movimentos por minuto (MPM) e taxa de captura de presas pelos lagartos (N = 28) durante o forrageamento. A principal categoria de presa na dieta de Ameivula aff. ocellifera foi Larvas de insetos, seguido por Orthoptera, Coleoptera e Araneae. Térmitas (Isoptera) foram importantes somente em número, com contribuição volumétrica desprezível (<2%) e baixa frequência de ocorrência, um traço incomum entre os lagartos whiptails. Machos e fêmeas não diferiram nem na composição da dieta nem no comportamento de forrageamento. Adultos e juvenis se alimentaram de categorias de presa similares, mas diferiram no tamanho das presas. Os tamanhos máximo e mínimo das presas foram positivamente correlacionados com o tamanho dos lagartos, sugerindo que na população estudada os indivíduos sofrem uma mudança ontogenética na dieta, consumindo itens alimentares maiores à medida que crescem, e ao mesmo tempo excluindo presas menores. A dieta apresentou diferenças sazonais significativas; durante as duas estações chuvosas (2009 e 2010), as presas predominantes na dieta foram Larvas de inseto, Coleoptera e Orthoptera, enquanto na estação seca as presas predominantes foram Larvas de inseto, Hemiptera, Araneae e Orthoptera. O grau de mobilidade das presas consumidas durante as estações chuvosas foi menor, principalmente devido ao maior consumo de larvas (presas altamente sedentárias) durante esses períodos. A largura de nicho da população foi maior na x estação seca, confirmando a predição teórica de que quando o alimento é escasso, as dietas tendem a ser mais generalizadas. Considerando a amostra total, Ameivula aff. ocellifera apresentou 61,0 ± 15,0% PTM, 2,03 ± 0,30 MPM, e capturou 0,13 ± 0,14 presas por minuto. O modo de forrageamento foi similar ao encontrado para outros lagartos whiptails quanto a PTM, mas MPM foi relativamente superior. Diferenças sazonais foram verificadas quanto a PTM, que foi significativamente maior na estação chuvosa (66,4 ± 12,1) que na estação seca (51,5 ± 15,6). É possível que essa diferença represente um ajuste comportamental em resposta à variação sazonal na abundância e tipos de presas disponíveis no ambiente nas diferentes estações
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    Dissertação
    Ecologia comparativa e ecomorfologia de espécies de Gymnodactylus (Squamata: Phyllodactylidae) em áreas de Mata Atlântica e Caatinga de região setentrional do nordeste brasileiro
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-11-24) Furtado, Olyana da Silva; Freire, Eliza Maria Xavier; Sales, Raul Fernandes Dantas de; https://orcid.org/0000-0001-9486-6347; http://lattes.cnpq.br/6388455734228621; http://lattes.cnpq.br/4222542127790160; Nunes, Pedro Murilo Sales; Ávila, Robson Waldemar
    O gênero Gymnodactylus é endêmico do Brasil e compreende atualmente cinco espécies, duas destas registradas para o estado do Rio Grande do Norte, Gymnodactylus geckoides, predominante na Caatinga, e Gymnodactylus sp. nov., endêmica da Mata Atlântica nordestina. Em algumas áreas do Nordeste brasileiro, a exemplo dos ecossistemas de dunas e restingas do Domínio Atlântico no Rio Grande do Norte, essas espécies ocorrem em simpatria, o que torna relevante conhecer como estas coexistem e/ou segregam seus nichos ecológicos, comparativamente ao uso desses nichos em áreas onde ocorre apenas uma destas espécies. Nesse sentido, analisou-se a ecologia alimentar e uso de hábitats de G. geckoides e de Gymnodactylus sp. nov. em duas áreas do Domínio da Mata Atlântica e uma de Caatinga. Em uma das áreas de Mata Atlântica (Parque Estadual Dunas do Natal - PEDN), as espécies ocorrem em simpatria, enquanto na outra, Área de Proteção Ambiental Jenipabu (APAJ) ocorre apenas G. geckoides, à semelhança da área de Caatinga da Estação Ecológica Seridó (ESEC Seridó). Por utilizarem diferentes hábitats nessas áreas, analisou-se a influência dos hábitats na morfologia de G. geckoides. Os espécimes foram capturados manualmente para análise do conteúdo estomacal, e registrados dados sobre o hábitat e microhábitat onde foram primeiramente avistados. Para conhecer a dieta, foram analisados 105 estômagos, 37 de G. geckoides da ESEC Seridó, 23 de G. geckoides da APAJ, 14 de Gymnodactylus sp. nov. e 31 de G. geckoides do PEDN. Para análise de variação ecomorfológica, foram utilizadas 10 variáveis morfométricas das populações de G. geckoides. Na ESEC Seridó e APAJ, térmitas (Isoptera) foram as presas mais importantes na dieta de G. geckoides. Já no PEDN, a dieta de G. geckoides foi composta principalmente por Hemiptera, enquanto para Gymnodactylus sp. nov., Isoptera e Formicidae. Quanto à eletividade, das 27 categorias de presas disponíveis na ESEC Seridó, as preferidas pela população de G. geckoides foram Dermaptera, Diplopoda e Isopoda; as outras categorias foram consideradas rejeitadas. Para a população da APAJ, de 20 categorias de presas disponíveis, Blattodea, Coleoptera, Isoptera, Larvas de Insetos, Pseudoscorpiones e Scorpiones foram preferidas; Araneae e Hemiptera foram preferidas levemente e as demais foram rejeitadas. Para o PEDN, dentre as 20 categorias disponíveis, a população de G. geckoides demonstrou preferência por Hemiptera, Larvas de Insetos e Lepidoptera, enquanto Gymnodactylus sp. nov. demonstrou preferir presas como Coleoptera, Dermaptera, Diptera e Isoptera. Constatou-se alto índice de sobreposição quanto ao nicho alimentar e total segregação no nicho espacial entre as duas espécies em simpatria no PEDN: Gymnodactylus sp. nov. habita áreas de mata alta e mata baixa, enquanto G. geckoides esteve restrito às áreas abertas de dunas da praia. A população de G. geckoides da APAJ foi registrada na vegetação de restinga e em áreas antropizadas, enquanto na ESEC Seridó a vegetação arbóreo-arbustiva e afloramentos rochosos foram os hábitats mais utilizados. Devido à ocorrência restrita a microhábitats associados ao solo, ambas as espécies foram consideradas terrícolas, mas, em simpatria, segregam quanto ao uso dos habitats. Constataram-se variações morfológicas entre as populações de G. geckoides da Caatinga e da Mata Atlântica; para o PEDN e APAJ, os perfis morfométricos demonstraram similaridade. Os membros posteriores das populações de Mata Atlântica são mais alongados que os da Caatinga, demonstrando que o hábitat utilizado pelas espécies influencia na sua morfologia.
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    Tese
    Ecologia comportamental de mabuya agmosticha (MABUYIDAE) na bromeliaceae encholirium spectabile: relevância desta associação e da bromélia hospedeira para o semiárido brasileiro
    (2019-09-13) Jorge, Jaqueiuto da Silva; Freire, Eliza Maria Xavier; ; ; Silva, Adriano Caliman Ferreira da; ; Sales, Raul Fernandes Dantas de; ; Passos, Daniel Cunha; ; Ribeiro, Leonardo Barros;
    Introdução: O sucesso de uma espécie em determinado hábitat ou ecossistema depende de uma gama de comportamentos, cada um com finalidade específica, sempre levando em conta a maximização do ganho energético e a diminuição dos custos. O hábitat onde a espécie vive norteia seus comportamentos, boa parte destes voltados ao modo de vida nestes locais. As Bromélias, por exemplo, constituem hábitats importantes para muitas espécies, inclusive de répteis, dentre as quais Mabuya agmosticha, uma espécie de lagarto da família Mabuyidae, de hábito bromelícola e endêmica do Nordeste do Brasil. Considerando sua estrita relação com a bromélia macambira Encholirium spectabile no semiárido brasileiro, este estudo abordou a ecologia comportamental de M. agmosticha em associação com E. spectabile na região Agreste do estado do Rio Grande do Norte, além de analisar a importância destas plantas hospedeiras para a biodiversidade e para a socioeconomia do semiárido nordestino. Metodologia: O trabalho de campo foi realizado durante excursões mensais, por quatro dias consecutivos, ao longo de um ano, quando foram observados e registrados os comportamentos da referida espécie de lagarto em associação com as bromélias, tais como, período de atividade, dieta, comportamento de forrageio, comportamento termorregulatório e detecção e fuga de predadores. Toda esta parte deste estudo em campo foi apenas observacional; para analisar a dieta, os dados foram coletados durante parte da pesquisa do Mestrado. Para os comportamentos de forrageio, as atividades de cada indíviduo foram categorizadas em Proporção do Tempo gasto em Movimento (PTM), número de Movimentos Por Minuto (MPM), número de ataques bem-sucedidos sobre presas por minuto, e tempo em Vigília. Também foi testada a influência da sazonalidade sobre a dieta e comportamentos de forrageio. Utilizaram-se estatísticas circulares para avaliar a relação entre a posição dos lagartos e o ângulo de incidência dos raios solares e das horas. O período de atividade foi testado através do número de indivíduos ativos ao longo das horas e dos dias, além dos efeitos da sazonalidade e variações interespecíficas na população. Os comportamentos de fuga foram expressados pelo índice FID (Flight Intiation Distance ou distância inicial de fuga), e a simulação do potencial predador foi feita por um observador humano. Também foram testados outros modelos de predadores, tais como serpentes, ontogenia nos valores do FID, além dos efeitos da sazonalidade, da temperatura do substrato, da autotomia caudal e entre os sexos. Para avaliar a importância de E. spectabile para a biodiversidade do semiárido e seu papel socioeconômico, realizou-se trabalho de campo ao longo de nove anos, aliado a extensa pesquisa bibliográfica. Resultados: A dieta foi composta basicamente por pequenos artrópodes; pouco consumo de material vegetal e nenhuma presa vertebrada. Térmitas compõem 23.63% da dieta, seguidos por aracnídeos (14.93%) e baratas (7.52%), sem diferenças sazonais significativas. Também não houve diferenças na dieta de machos e fêmeas. Mabuya agmosticha apresentou PTM de 18.3 ± 2.8 %, e o MPM de 0.38 ± 3.8 segundos por minuto, e passou em média 81.7 % do tempo parada; capturou cerca de 1.72 ± 1.4 presas por minuto, e passou em média 22.2 ± 7,62% do tempo em vigília. Diferenças siginificativas quanto aos movimentos foram constatadas entre machos e fêmeas, e fêmeas e juvenis. Mabuya agmosticha mostrou relações significativamente positivas tanto com o ângulo de incidência dos raios solares, quanto com as horas do dia. Esta espécie permaneceu ativa durante todo o dia, embora tenha demonstrado preferência pelos horários iniciais e finais do dia. Apresentou um FID médio de 3.1 ± 0.7 metros. As fêmeas apresentaram um FID maior que os machos e os juvenis. Constatou-se efeito significativo da temperatura do substrato sobre o FID total, porém não em relação aos sexos. Conclusões: A dependência de Mabuya agmosticha a bromélias macambiras a diferencia das demais espécies simpátricas do gênero, sendo sua ecologia alimentar diretamente relacionada ao uso das bromélias. Sua dependência dessas bromélias rupícolas constitui grande ameaça à sua sobrevivência, diante da sobre exploração e possível desaparecimento destas bromélias; políticas socioambientais visando a conservação de ambas as espécies são imprescindíveis. Quanto à importância das bromélias macambiras para a biodiversidade do semiárido e interesse socioeconômico, estas demostraram relevância significativa, por abrigar grande diversidade de espécies associadas e inúmeras interações ecológicas e sociais. Consequentemente, propõe-se a bromélia rupícola E. spectabile como Espécie-chave para a região semiárida, e sugerem-se políticas ambientais mais eficazes para a conservação destas plantas, que tanto contribuem com esta região do Brasil.
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    Tese
    Ecologia comportamental do lagarto Ameivula ocellifera (Squamata: Teiidae) em diferentes fitofisionomias do nordeste do Brasil
    (2018-04-30) Sales, Raul Fernandes Dantas de; Freire, Eliza Maria Xavier; ; ; Pessoa, Daniel Marques de Almeida; ; Miranda, Maria de Fátima Arruda de; ; Ribeiro, Leonardo Barros; ; Menezes, Vanderlaine Amaral de;
    Os lagartos da família Teiidae são reconhecidos como forrageadores ativos que mantêm temperaturas corpóreas elevadas em atividade, e que não defendem territórios, de modo que machos e fêmeas possuem oportunidades de acasalar com vários parceiros durante a estação reprodutiva. Entretanto, são escassos os estudos que analisaram quantitativamente o comportamento de teídeos, especialmente na América do Sul. Nesse contexto, os objetivos deste estudo foram investigar os comportamentos de forrageio, de termorregulação e de reprodução do lagarto cauda-de-chicote Ameivula ocellifera, espécie conspícua e amplamente distribuída na região Nordeste do Brasil, e assim contribuir para o conhecimento acerca da ecologia comportamental dos teídeos sul-americanos. As excursões para observações e coleta de dados em campo foram realizadas em duas épocas do ano (estações seca e chuvosa) em três localidades com fitofisionomias distintas no estado do Rio Grande do Norte, sendo duas no Domínio da Caatinga (Lagoa Nova: área de Caatinga serrana; Acari: área de Caatinga antropizada por atividades agrícolas), e uma no Domínio da Mata Atlântica (Nísia Floresta: floresta estacional e tabuleiros costeiros). Para complementar a análise do comportamento reprodutivo, utilizou-se também dados comportamentais de duas localidades adicionais de Mata Atlântica (Natal) e Caatinga (Serra Negra do Norte). As observações focais foram registradas com filmadora digital, cujos vídeos foram posteriormente analisados pelo método animal focal contínuo. Alguns animais foram capturados após as filmagens para análise da dieta e temperaturas corpóreas. As dietas das populações de Caatinga foram compostas predominantemente por térmitas (Caatinga serrana) e larvas de inseto (Caatinga antropizada), enquanto a população de Mata Atlântica apresentou uma dieta mais generalizada. O comportamento de forrageio caracterizou-se por índices elevados de movimentação e busca ativa por presas, mas a população de Mata Atlântica apresentou um índice menor de busca ativa em relação às duas populações de Caatinga, e diferenças sazonais ocorreram na população de Caatinga serrana. Registrou-se diferença também quanto ao principal modo de descoberta de presas entre a população de Mata Atlântica (busca visual e quimiossensorial em movimento) e as populações de Caatinga (cavando o substrato). Ajustes comportamentais em resposta a variações na disponibilidade de presas e diferenças no tempo de vigilância contra predadores são explicações plausíveis paras as diferenças sazonais e populacionais registradas no comportamento de forrageio. As temperaturas corpóreas em atividade (TC) variaram entre 32,4 e 43,4 °C, com valores médios semelhantes entre as três populações, na faixa de 38-39 °C. Apesar da similaridade em TC, valores mais amenos de temperaturas do substrato (TS) e do ar (TA) foram registrados para a área de Caatinga serrana. Ao comparar-se as três populações durante a estação chuvosa, verificou-se que os animais da área de Caatinga serrana se expuseram mais tempo ao sol e menos tempo à sombra do que as outras duas populações. Além disso, TS e TA variaram sazonalmente na área de Caatinga serrana, com menores valores na estação chuvosa, e os animais nesta área passaram mais tempo expostos ao sol e menos tempo expostos ao sol filtrado na estação chuvosa do que na estação seca. Verificou-se uma relação positiva nas três populações entre o tempo exposto a condições nubladas e o tempo realizando aquecimento termorregulatório (basking), e os lagartos da área de Caatinga antropizada passaram mais tempo realizando basking em comparação às outras duas populações. Estes resultados sugerem que a manutenção de TC semelhantes entre as populações, e ao longo do ano na área de Caatinga serrana, ocorreu por flexibilidades no comportamento de termorregulação. O sistema de acasalamento em A. ocellifera é caracterizado por cópulas consensuais precedidas por cortejo do macho, e acompanhamento pós-copulatório da fêmea, com o macho companheiro repelindo machos rivais, e guardando a entrada da toca da fêmea quando ela encerra a atividade diária. Adicionalmente, alguns machos podem copular oportunisticamente com uma fêmea sem cortejo prévio. O acompanhamento possui custos de sobrevivência para os machos, pois estes permaneceram por mais tempo em vigília, menos tempo realizando busca ativa por presas, capturaram menos presas, e iniciaram 75% mais interações agonísticas contra outros machos quando comparados com machos solitários. Já as fêmeas podem se beneficiar através de cortejo pós-copulatório e acesso a machos de alta qualidade. Cópulas oportunísticas, por outro lado, podem ser uma estratégia condicional adotada por machos menos dominantes para conseguir acasalamentos.
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    TCC
    História natural e repertório acústico de dendropsophus branneri (cochran, 1948) (anura, hylidae) no Nordeste brasileiro
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-07-19) Baracho, Érica Bianca de Oliveira; Garda, Adrian Antônio; São Pedro, Vinícius de Avelar; Sales, Raul Fernandes Dantas de
    Neste trabalho nós descrevemos o repertório acústico, a biologia reprodutiva e analisamos se existe dimorfismo sexual em Dendropsophus branneri em uma área de transição entre Mata Atlântica e Caatinga no nordeste brasileiro. Durante as observações focais, foram registrados: 1) aspectos comportamentais dos casais ou individuoso, 2) contexto em que as vocalizações e sinalizações ocorreram, 3) local utilizado pelo macho como sítio de vocalização, e 4) temperatura do ar. Os machos de D. branneri vocalizaram em vegetação aquática composta por gramíneas. Doze indivíduos realizaram sinalizações visuais no comportamento de defesa de território e corte. Em três ocasiões os machos entraram em combate físico. O canto de anúncio é formado por notas de 2 a 8 pulsos, com frequência dominante variando de 6,4 a 7,6 kHz, duração do canto de 0,007 a 0,027s, e a taxa de emissão de pulsos de 133,3 a 666,7. Adicionalmente, descrevemos outras vocalizações identificadas como territorial, agressiva e de soltura emitidos em contexto de combate e defesa de território. A espécie apresentou dimorfismo sexual para o tamanho do corpo (fêmeas são maiores que os machos), bem como na forma do corpo, as variáveis que mais representaram as diferenças entre são: o comprimento da coxa, distância interorbital e diâmetro do olho. Além da importância taxonômica, estudos de história natural de anuros representam uma importante base de dados sobre a biologia dessas espécies. Apesar das informações sobre história natural de D. branneri apresentadas aqui, novas pesquisas são essenciais pois estudos sobre essa espécie amplamente distribuída na Mata Atlântica brasileira são escassos
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    TCC
    Impactos sobre a fauna associados à fase de instalação de empreendimentos eólicos no Estado do Rio Grande do Norte
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-18) Lima, Elisson Ygours Costa de; Freire, Eliza Maria Xavier; Sales, Raul Fernandes Dantas de; 0000-0001-6546-8956; http://lattes.cnpq.br/6331550036188115; 0000-0001-9486-6347; http://lattes.cnpq.br/6388455734228621; 0009-0001-5782-3185; http://lattes.cnpq.br/6467970419527531; Pichorim, Mauro; 0000-0002-9340-9010; http://lattes.cnpq.br/5696697654544552; Jorge, Jaqueiuto da Silva; 0000-0003-4887-3647; http://lattes.cnpq.br/7651436848651543
    As emissões de Gases de Efeito Estufa intensificaram as alterações climáticas, impulsionando a busca por fontes energéticas sustentáveis globalmente, como a energia eólica onshore. Esta forma de energia está em expansão, especialmente no Brasil, notadamente na região Nordeste, geograficamente propícia para a captação de ventos. Apesar de ser considerada não poluente, a energia eólica pode causar danos ambientais durante a instalação de complexos eólicos, como perda de habitats, mortalidade da fauna por atropelamento e soterramento na supressão vegetal, e terraplenagem. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivos investigar e identificar os grupos de fauna mais afetados em termos de mortalidade pelas ações ocorridas nas etapas de instalação de complexos eólicos no Rio Grande do Norte, bem como se estes impactos estão previstos nos Estudos de Impacto Ambiental (EIA’s) que subsidiam o licenciamento ambiental. Foram analisados dados dos programas de resgate e afugentamento de fauna de dois empreendimentos e, para o segundo objetivo, realizou-se análise documental de 20 EIA’s desenvolvidos para complexos eólicos no RN nos últimos quatro anos. As maiores taxas de mortalidade foram encontradas para os répteis não-avianos, os quais representaram 99,2% e 94,3% dos óbitos reportados, e atingiram taxas de óbito de 31,1% e 17,8% nos dois empreendimentos, respectivamente. Em ambos os complexos eólicos, constataram-se maiores incidências de mortalidade para os indivíduos de hábito fossorial e terrícola, devido à alta especificidade de habitat e baixa capacidade de fuga e dispersão. Quanto à análise documental dos EIA’s, 55% dos estudos foram considerados satisfatórios quanto à previsão dos impactos de mortalidade sobre a fauna, 25% foram considerados fracos, e 20% insatisfatórios. Portanto, em virtude dos impactos constatados sobre a fauna, especialmente sobre os répteis terrícolas e fossoriais, recomenda-se que os estudos de impacto ambiental que subsidiam o licenciamento de parques eólicos incluam nas análises de avaliação de impactos um maior peso para o impacto de mortalidade sobre a fauna.
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    Dissertação
    Percepção ambiental de comunidades locais sobre a herpetofauna de área protegida na Mata Atlântica setentrional brasileira
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-05-30) Xavier, Lucas da Silva; Freire, Eliza Maria Xavier; Sales, Raul Fernandes Dantas de; https://orcid.org/0000-0001-9486-6347; http://lattes.cnpq.br/6388455734228621; http://lattes.cnpq.br/9258165403962886; Castro, Felipe Nalon; http://lattes.cnpq.br/2785988303092060; Ribeiro, Leonardo Barros
    Os répteis são animais de grande importância ecológica e cultural, porém despertam frequentemente aversão e medo nas pessoas, promovendo relações conflituosas originárias de mitos, lendas e crenças locais. Nesse contexto, este estudo objetivou identificar a percepção ambiental sobre os répteis pelos habitantes de comunidades do entorno da Área de Proteção Ambiental de Jenipabu (APAJ), município de Extremoz, Rio Grande do Norte, Brasil, bem como caracterizar os usos destes animais e os graus de biofilia e biofobia em relação a este grupo nesta Unidade de Conservação. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas em uma amostra de 120 residentes de 4 comunidades do entorno da APAJ, aos quais foram mostradas fotos de répteis que vivem na região para reconhecimento e questionamento acerca da percepção sobre as espécies locais. As entrevistas foram transcritas e analisadas pelos discursos que apontaram para as categorias biofílicas de Kellert: valor utilitário, naturalista, ecológico-científico, estético, simbólico, humanista, moralista, dominionista e negativista. Também foram realizados testes para avaliar se as variáveis como frequência de visita a áreas de mata, proximidade das comunidades com as áreas de mata, tempo de moradia, grau de escolaridade e gênero influenciam no nível de conhecimento dos entrevistados, bem como se havia interferência dos graus de biofilia e biofobia dos participantes. Os resultados mostraram que, embora os habitantes conheçam as espécies mais comuns ou adaptadas ao ambiente urbano, não conheciam espécies crípticas e de menor porte, como o lagartinho Coleodactylus natalensis, espécie endêmica e ameaçada de extinção da Mata Atlântica do RN. Valores estéticos e negativistas foram mais citados pelos participantes, sendo que os animais do grupo controle (concriz e sagui) foram relacionados mais frequentemente aos valores estéticos e as serpentes aos valores negativistas. Os homens e mulheres da APAJ diferiram nos graus de biofilia e biofobia, e uma maior frequência de visitação a áreas de mata pelas pessoas contribui para um menor grau de biofobia em relação aos répteis. Ficou demonstrado que estudo etnobiológico é relevante para identificar o nível de conhecimento acerca da biodiversidade local, inclusive sobre espécie endêmica ameaçada, bem como para detectar o nível de aversão aos répteis, podendo constituir uma ponte entre a percepção local sobre este grupo de animais e a educação ambiental, desmitificando informações negativas em prol de ações de conservação.
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    Dissertação
    Primos, Pets ou Pestes? A relação entre Humanos e macacos-prego dentro e fora da Internet
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-06-28) Nunes, Vitória Fernandes; Lopes, Priscila Fabiana Macedo; Ferreira, Renata Gonçalves; 90501420444; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; http://lattes.cnpq.br/0025274238475995; http://lattes.cnpq.br/9196059484651733; Sales, Raul Fernandes Dantas de; http://lattes.cnpq.br/6331550036188115; Montano, Romari Alejandra Martinez
    Atualmente mais da metade de todas as espécies de primatas do mundo estão ameaçadas de extinção devido a interferências antropogênicas. Entre as maiores ameaças estão o desmatamento para avanço da monocultura/pasto e urbanização e a caça e/ou apanha ilegal para o comércio de pets. Os macacos-prego são um dos primatas mais traficados no Brasil, e a erradicação de seu ciclo de apreensões requer uma abordagem multifacetada que busque analisar as variadas escalas da relação humanos-primatas. Esta dissertação teve o objetivo de primeiramente traçar um quadro geral da relação interespecífica entre humanos e gêneros de primatas brasileiros através de uma revisão de artigos de cunho Etnoprimatológico realizados em território nacional. Estudos realizados em ambiente rural e urbano mostram diferenças nos tipos de interações que descrevem: forrageio em lixo por primatas e oferta de alimentos por humanos acontecem em áreas mais urbanizadas e relações simbólicas e crenças místicas acerca de primatas não-humanos são descritos mais em assentamentos rurais e indígenas. Macacos-prego, sendo generalistas e semi-terrestriais, foram os mais citados e com a maior diversidade de interações, incluindo a de conflito, com seres humanos, tais como forrageio em lixo, invasão de casas e lavouras, caça e envenenamento. Em seguida, através de palavraschaves e ferramentas de Crowdsourcing em três dos maiores aplicativos de mídias sociais da Internet, foi feito um levantamento de todas as notícias e reportagens envolvendo estes primatas no Google, assim como a descrição dos contextos de exposição mais comuns e populares em vídeos e fotos no YouTube e Instagram. Encontramos que o tipo de conteúdo com maior engajamento nas Redes Sociais apresenta indivíduos em ambiente doméstico e como animais de estimação (70,97%), e que notícias envolvendo o comércio (legal e ilegal) destes primatas em sites de reportagens apresenta curva de crescimento exponencial ao longo dos anos. Destacam-se os impactos negativos que a conjunção dos quadros de proximidade urbana crescente, interações conflituosas (e.g., invasão domiciliar), comércio de pets exóticos e exposição nas redes sociais podem ter no engajamento público em futuras estratégias de divulgação científica, educação ambiental e conservação destas espécies.
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    Dissertação
    Riqueza de avifauna e atividade reprodutiva de Chroicocephalus cirrocephalus (Vieillot, 1818) - Aves, Laridae (gaivotas-de-cabeça-cinza) em salina artificial no litoral da Costa Branca do Rio Grande do Norte, Brasil
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-10-29) Sousa, Pedro Henrique Pierote de; Carvalho, Adriana Rosa; Pichorim, Mauro; 50373625987; http://lattes.cnpq.br/5696697654544552; http://lattes.cnpq.br/1951710128353552; http://lattes.cnpq.br/1450342772870756; Silva, Marcelo da; Sales, Raul Fernandes Dantas de; http://lattes.cnpq.br/6331550036188115
    Neste trabalho foi feito um monitoramento de uma colônia de gaivota-de-cabeça-cinza (Chroicocephalus cirrocephalus) estabelecida em área de salina artificial do Rio Grande do Norte no período de julho/2019 a junho/2020. Neste período foi registrada a presença de todas as aves que frequentavam a área amostral e seus arredores, e foram monitorados indivíduos da espécie C. cirrocephalus em atividade reprodutiva. Elaboramos dois capítulos. No primeiro capítulo foram anotadas informações sobre início o período de nidificação e postura, dique utilizado na salina, número de ovos e ninhegos, de morfometria dos ovos e de variáveis que influenciam na quantidade de ovos depositados. As principais hipóteses testadas foram (i) a quantidade de ovos é determinada pela abundância de gaivotas e pelo mês do ano que indicaria o pico da atividade reprodutiva da espécie; (ii) diques mais próximos ao mar e ao estuário e portanto, ao ambiente natural das gaivotas e à fonte alimentar são mais utilizados pelas gaivotas para nidificação e postura; e (iii) que as medidas morfométricas dos ovos variam de acordo com o estádio reprodutivo e o tamanho da ninhada. Os resultados indicaram oito meses de atividade reprodutiva e que não apenas o número de gaivotas e o mês amostrado determinam a quantidade de ovos, mas também a temperatura média mensal, a pluviosidade total mensal, a proporção de cobertura vegetal bem como o dique utilizado. Em particular os diques mais utilizados para postura não são aqueles próximos ao mar e ao estuário (refutando a segunda hipótese), mas aqueles centrais na salina, provavelmente por estarem menos expostos e serem maiores. A morfometria dos ovos indicou diferença apenas de peso dos ovos entre os 3 estádios reprodutivos. Esta diferença pode indicar maior viabilidade da postura, maior sucesso reprodutivo de ovose ninhegos nos estádios médio e final de postura, tamanho do corpo das fêmeas ou da disponibilidade de alimentos que seria menor no estádio inicial. Foi identificada a presença de outras 3 espécies em atividade reprodutiva, uma delas em colônias mistas com as gaivotas de cabeça-cinza e outras 80 espécies foram registradas forrageando no entorno da área amostrada. Estes registros resultaram no capítulo 2, que é um documento técnico em formato de guia fotográfico da avifauna registrada na salina artificial.
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