Navegando por Autor "Sales, Willame Santos de"
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Tese O cronotopo do ciclo do algodão seridoense e a tecitura estilística dos romances rurais de José Bezerra Gomes(2019-07-19) Sales, Willame Santos de; Alves, Maria da Penha Casado; ; ; Azevedo, Isabel Cristina Michelan de; ; Palhano, João Maria Paiva; ; Faria, Marilia Varella Bezerra de; ; Melo Júnior, Orison Marden Bandeira de;Esta tese tem por objetivo central criar inteligibilidades acerca das implicações do Ciclo do Algodão seridoense na tecitura estilística dos seguintes romances de temática rural do escritor currais-novense José Bezerra Gomes: Os Brutos (1938), Ouro Branco (inédito) e A Porta e o Vento (1974). Para tanto, assume, do ponto de vista teórico-metodológico, os postulados do Círculo de Bakhtin, especialmente, as concepções de linguagem, de enunciado literário, de cronotopo, de vozes sociais, de estilo e de autor-criador. A pesquisa situa-se no escopo da Linguística Aplicada, em diálogo com a Literatura, e adota, como fundamento metodológico, o paradigma indiciário-interpretativista de base sócio-histórica. Durante o percurso investigativo, as análises dos três romances possibilitaram perscrutar diversas vozes sociais e diversos discursos estratificados, atravessados por (e refratários de) visões de mundo em constante embate dialógico e ideológico, os quais contribuem para a tecitura do estilo bezerriano nos romances, principalmente: 1) vozes defensoras do casamento e do modelo patriarcal de família e vozes contestadoras desses discursos; 2) imagens antagônicas de sertão, negação de estereótipos e assunção de descrições de sertão valoradas positivamente; e 3) dialogizações em torno do título das obras e a poetização da linguagem prosaica. A pesquisa revela, em sede de conclusão: 1) o gerenciamento e o acabamento dados pelo autor-criador ao coro de vozes e de discursos presentes nas obras imprime aos enunciados um tom social-individual, um posicionamento socioideológico-estilístico diferenciado frente aos discursos circulantes na cadeia discursiva de que fazem parte; e 2) essa tecitura estilística das obras é perpassada pelo ideário do cronotopo do Ciclo do Algodão seridoense, configurando o que se nomeou de Poética do Algodão.Dissertação Dialogização de vozes: o fio construtor do estilo de José Bezerra Gomes no romance A porta e o vento(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-07-28) Sales, Willame Santos de; Alves, Maria da Penha Casado; ; http://lattes.cnpq.br/7377731555637172; ; http://lattes.cnpq.br/9170290171203190; Palhano, João Maria Paiva; ; http://lattes.cnpq.br/5179045269982593; Puzzo, Miriam Bauab; ; http://lattes.cnpq.br/6898954739357029A presente pesquisa tem por objetivo investigar o processo de construção estilística na prosa romanesca do escritor norte-rio-grandense José Bezerra Gomes, tomando, como corpus, o romance A porta e o vento. Os fundamentos teóricos sobre os quais se assenta esta empresa estão relacionados às ideias difundidas pelo chamado Círculo de Bakhtin, especialmente, as noções de linguagem dialógica, palavra literária, enunciado concreto, vozes sociais e estilo/estilística sociológica. Quanto à orientação metodológica, o trabalho caracteriza-se por adotar o paradigma interpretativista de base sócio-histórica, situando-se, ainda, no grande campo da Linguística Aplicada, área de investigação indisciplinar e fronteiriça cujo foco primordial é a linguagem concretamente situada. A análise dos discursos presentes na obra A porta e o vento possibilitou-me escutar diversas vozes sociais ali encarnadas, enxergar diversas formas de diálogo, inúmeras visões de mundo em embate constante que, em razão do gerenciamento e do acabamento dados pelo autor, acabam por conferir-lhe um tom, um estilo peculiar frente aos demais discursos e estilos circulantes em seu meio. Os embates ideológicos são evidentes: voz da tradição versus voz particular do personagem Santos, no que respeita à instituição do casamento; confronto entre imagens de sertão antagônicas – um sertão vivo (rico e diverso) em contraposição à noção estereotipada de sertão (pobre e estéril); e A porta e o vento como metáfora de uma arena de combate e indício de uma poetização da linguagem da prosa. A característica principal do estilo bezerriano, em A porta e o vento, está relacionada aos modos de dialogização das aludidas vozes presentes no romance. Nesse sentido, tem-se, com frequência, o uso de polêmicas veladas, réplicas dialógicas e diálogos velados, que são categorias já discutidas na teoria bakhtiniana, mas também outros modos de dialogização novos, alicerçados na dinâmica da linguagem viva e concreta