Navegando por Autor "Sales Neto, Francisco Firmino"
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Dissertação Amélia Duarte Machado, a Viúva Machado: a esposa, a viúva e a lenda na Cidade do Natal (1900-1930)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-12-20) Medeiros, Ariane Liliam da Silva Rodrigues; Rocha, Raimundo Nonato Araújo da; ; http://lattes.cnpq.br/2731237954780451; ; Viana, Helder do Nascimento; ; http://lattes.cnpq.br/7276445057059197; Sales Neto, Francisco Firmino; ; http://lattes.cnpq.br/3836760295812952A pesquisa em questão analisa as representações elaboradas sobre Amélia Duarte Machado, imagens que foram construídas em um determinado espaço: a Cidade do Natal. Amélia, uma mossoroense de vida simples, passou a ter uma vida luxuosa ao casar com o rico comerciante português Manoel Machado, em 1904. Ela levou uma vida de dama da sociedade, residia em uma residência suntuosa, viajou para a Europa, frequentava o Teatro da cidade e cuidava da imagem social de seu esposo, abrindo as portas da sua casa para a promoção de jantares e recepções. Vivenciou as transformações ocorridas em Natal nas primeiras três décadas do século XX, quando por iniciativa de uma elite política e intelectual a cidade passou a incorporar valores burgueses e a dotar de uma estrutura técnica voltada para os melhoramentos trazidos pela Revolução Industrial. Em 1934, com a morte do marido, assumiu os negócios da família. Além de viúva, tornou-se também uma mulher empreendedora. A viúva Amélia Machado também passou a ser alvo de suspeitas da população, boatos sobre sua vida. A partir daí emerge uma figura amedrontadora em Natal, um ser que capturava e comia o fígado de crianças, o papa-figo da Cidade do Natal, a Viúva Machado. Na presente pesquisa, iremos relacionar diferentes imagens que circularam sobre essa mulher, que foi dama da sociedade, viúva arrojada e papa-figo, articulando essas representações com o discurso sobre o feminino que circulava na Natal das décadas 1900 a 1930. Ainda levantaremos hipóteses sobre a criação da Lenda da Viúva MachadoDissertação Atenas em ruínas, sertão e persistência: novas e velhas representações de Assú na escrita de Celso Dantas da Silveira entre as décadas de 1980 a 1990(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-04) Oliveira, Ericlis Dantas de; Fernandes, Paula Rejane; https://orcid.org/0000-0002-6273-2229; http://lattes.cnpq.br/6472282774896644; https://orcid.org/0000-0001-8237-5655; http://lattes.cnpq.br/6636531146430464; Andrade, Joel Carlos de Souza; https://orcid.org/0000-0003-2141-0212; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; Sales Neto, Francisco Firmino; https://orcid.org/0000-0001-9647-4638; http://lattes.cnpq.br/3836760295812952Esta pesquisa objetiva problematizar as representações de Assú/RN a partir da produção intelectual do jornalista Celso Dantas da Silveira (1929-2005). Nos propomos a analisar como o mesmo buscou se apropriar das representações para salvaguarda-las e em seguida se construir como herdeiro de um sertão de poesia. Enfatizamos que não buscamos investigar como as representações sobre Assú foram construídas, tendo em vista que a escrita de Celso da Silveira possui um caráter de preservação. Dito isto, buscamos pesquisar como Celso da Silveira se apropriou das representações de Terra dos Poetas, Terra dos Verdes Carnaubais e Atenas Norte-Rio-Grandense, colocando em circulação novas e antigas representações sobre a cidade e sobre si, essa última, emerge à medida que ele vai tentando fazer da urbe a base que legitima suas ações intelectuais. Nossas fontes foram livros escritos por Celso da Silveira, a análise foi embasada no Esquema Conceitual de Roger Chartier (2002), representação, apropriação, prática e circulação. Para responder nossos questionamentos, dialogamos com a História dos Sertões, História Cultural e História Intelectual.Dissertação A cidade jurídica da República da Bruzundanga: a burocracia e o espaço em Lima Barreto (1900-1922)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-02-18) Costa, Thiago Venícius de Sousa; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; ; http://lattes.cnpq.br/7585947992338412; ; http://lattes.cnpq.br/3120096076562584; Sales Neto, Francisco Firmino; ; http://lattes.cnpq.br/3836760295812952; Sousa, Ana Cristina Meneses de; ; http://lattes.cnpq.br/8467477383770313Esta pesquisa propõe-se a discutir as criações ficcionais do país da Bruzundanga na obra de Lima Barreto, que refletem os acontecimentos históricos da cidade do Rio de Janeiro, nos quadros do Brasil da Primeira República. São tratados, sobretudo, a dimensão jurídica e as espacialidades deste país, as dificuldades que, segundo o escritor, foram enfrentadas para dar carnalidade aos sonhos da cidade ordenada e republicana. A partir daí mostram-se os empecilhos vivenciados pelos homens de Estado que fizeram pouco ou quase nada para tirar do papel os sonhos republicanos de um país e de uma cidade ideal. O objeto desta pesquisa são as referências constantes que Barreto fez acerca do Direito, que permitem que sejam criadas visibilidades e dizibilidades sobre sobre a história do corpo e das sensibilidades norteiam as discussões teóricas deste trabalho, e ao longo da pesquisa constroem-se pontos de diálogo com David Le Breton, Georges Vigarello, Erving Goffman, Jean Jacques Courtine e Claudine Haroche. As fontes mobilizadas para desenvolver a discussão são os artigos, as crônicas, os contos, os romances, as correspondências (ativa e passiva), e os diários de Barreto. O método cartográfico é utilizado para a leitura e estudo das fontes, em particular o debate desenvolvido por Suely Rolnick em sua Cartografia sentimental. O recorte temporal desta pesquisa inicia-se em 1900, com base no tempo de escrita das primeiras notas de Lima Barreto em seu Diário íntimo, e encerramos a nossa investigação em 1922, ano que marca a morte do escritor.Dissertação Configurando espaços e sujeitos: o sertão e o sertanejo nos escritos de Ademar Vidal (1940-1950)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-11-28) Marques, Maria Joedna Rodrigues; Andrade, Joel CArlos de Souza; https://orcid.org/0000-0003-2141-0212; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; https://orcid.org/0000-0003-2434-0600; http://lattes.cnpq.br/2992106020459166; Fernandes, Paula Rejane; https://orcid.org/0000-0002-6273-2229; http://lattes.cnpq.br/6472282774896644; Sales Neto, Francisco FirminoO estudo analisa a produção folclórica do paraibano Ademar Vidal e foca, especialmente, nos seus escritos das décadas de 1940 e 1950 para problematizar a sua elaboração das categorias de sertão e sertanejo. Como ponto de partida, discute-se a sua atuação intelectual vinculada a instituições destinadas aos estudos culturais e literários acerca da identidade paraibana, como a Sociedade Paraibana de Folclore (SPF) e o Instituto Histórico Geográfico Paraibano (IHGP), na década de 1940. Estas inserções foram importantes na formulação de um discurso sobre caracterizações do povo e do espaço sertanejos, elencados em sua obra como elementos compositores de uma identidade paraibana, a partir de três espacialidades: litoral, brejo ou várzea e sertão. O recorte temporal justifica-se pelo fato de ser o período de maior circulação de sua escrita e as pesquisas culturais realizadas através de colaboradores sertanejos paraibanos, que foram utilizadas como fontes na produção de sua obra. Neste sentido, para mapear os estudos realizados sobre o sertão e sertanejo paraibanos, a tipologia documental foi as produções de sua autoria, os inéditos disponíveis no IHGP, a bibliografia e as correspondências enviadas ao potiguar Luís da Câmara Cascudo disponibilizadas no Instituto Câmara Cascudo (Ludovicus). Em termos teórico-metodológicos, dialogou-se com a categoria sertão a partir de Souza (2015), a história da historiografia com Certeau (1982) e o conceito de intelectual a partir de Sirinelli (2003).Livro Conhecer Arez: histórias, memórias e culturas(Arribaçã Editora, 2022-06-22) Sales Neto, Francisco Firmino; Diniz, Aldilene Marinho César Almeida; Chacon, Diego FirminoO livro problematiza a memória social de Arez, no estado do Rio Grande do Norte, apresentando capítulos que analisam a história e a cultura da cidade. O escrito traz um compilado de produções acadêmicas que tratam sobre o nosso município na esfera histórica, cultural, ambiental etc. Um arcabouço de saberes, conhecimentos e fenômenos que envolvem Arez.Dissertação Corpos que falam: mulheres perseguidas, mas não silenciadas pela Ditadura Militar em Pernambuco (1968-1974)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-09-25) Cavalcanti, Luíza Vieira; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; https://orcid.org/0000-0003-4153-9240; http://lattes.cnpq.br/7585947992338412; https://orcid.org/0000-0003-0047-2481; http://lattes.cnpq.br/9609455791933620; Rosa, Susel Oliveira da; Sales Neto, Francisco Firmino; https://orcid.org/0000-0001-9647-4638; http://lattes.cnpq.br/3836760295812952Este trabalho objetiva discutir sobre o processo de resistência das mulheres diante da Ditadura Militar e quais os principais mecanismos utilizados pelo estado para reprimir os corpos femininos, tanto política como culturalmente, no estado de Pernambuco entre os anos de 1968 e 1974. Dessa maneira, consideramos o corpo como um espaço onde se fundem carnes, físicas, com o subjetivo, impalpável, resultando em seres humanos que são simultaneamente mente e materialidade. Neste espaço se operam relações de poder, gênero e linguagem, e são essas relações que buscamos estudar ao longo da pesquisa. Através dos documentos oficiais, nos concentramos em definir uma amostragem para a realização da pesquisa e a partir dela realizar um panorama de quem eram as mulheres que estavam sob a mira da repressão e de que forma o sistema se empenhou para penalizálas. Apesar disso, apenas o estudo com a documentação não seria suficiente para que pudéssemos alcançar nossos objetivos com o trabalho de pesquisa. Isso porque apenas a partir de relatos seria possível analisar a perspectiva de quem estava do outro lado do documento: as mulheres. Realizamos, portanto, entrevistas com algumas das sujeitas que foram presas e perseguidas durante o período e acessamos testemunhos dados à Comissão Nacional da Verdade (CNV) e Comissão Estadual Memória e Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC). A História Oral permite um movimento de cruzamento entre dados oficiais documentados por órgãos e instituições com tudo aquilo que não foi escrito; os sentimentos, as violências, os pensamentos, as sensações e dores vivenciadas pelos corpos femininos.Dissertação De tocaia com o meu som: banda Tocaia da Paraíba e a construção de uma paisagem sonora híbrida no Alto Sertão paraibano (1995-2010)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-02) Albuquerque Júnior, Francisco Didier Guedes; Sales Neto, Francisco Firmino; https://orcid.org/0000-0001-9647-4638; http://lattes.cnpq.br/3836760295812952; https://orcid.org/0000-0002-6955-9676; http://lattes.cnpq.br/2284531670321279; Fenerick, José Adriano; Paranhos, Adalberto de Paula; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; https://orcid.org/0000-0003-4153-9240; http://lattes.cnpq.br/7585947992338412Este trabalho tem como objetivo historicizar a composição de novas paisagens sonoras no Alto Sertão paraibano, particularmente através dos hibridismos musicais empreendidos pela banda Tocaia da Paraíba, entre os anos de 1995 a 2010. Para tanto, compreende-se que o grupo é fruto de uma complexa cena musical alternativa formada na cidade de Cajazeiras (Paraíba), em finais dos anos 1980. Nesse ritmo, como uma ramificação dessa cultura musical local, a banda Tocaia da Paraíba se tornou um dos principais expoentes do circuito musical paraibano durante as décadas de 1990 e 2000, destacando-se, sobretudo, por dois motivos: primeiramente, pela estrutura híbrida de sua sonoridade, que, instaurada em pleno Alto Sertão paraibano, trouxe para suas práticas culturais novas referências musicais do rock às bandas de pífano, do jazz ao coco de roda, do samba ao repente sertanejo, unindo a esfera local ao global e levando o grupo a compor canções autorais que tensionaram as pétreas concepções tradicionalistas da musicalidade nordestina, particularmente a do espaço sonoro do sertão paraibano; em seguida, pela notoriedade conquistada nos eventos musicais dos quais participou, espalhados por praticamente todas as regiões do território nacional, bem como pela aparição em matérias jornalísticas de destacados meios da imprensa nacional. Em vista dessa temática, a presente análise histórica busca compreender o fazer cultural que esse grupo cajazeirense propôs a partir de suas concepções estéticas e da configuração de uma paisagem sonora híbrida, marcada por uma postura de independência artística alternativa ao mainstream musical. Como fontes, utilizam-se do encarte (capa, contracapa) e das canções inseridas nos discos Tocaia (2000) e Botando pra quebrar (2005), além de periódicos que noticiaram o grupo (a exemplo da Folha de S. Paulo, Tribuna da Imprensa e Gazeta do Alto Piranhas), blogs, materiais de divulgação física (panfletos e cartazes dos shows), registros fotográficos, gravações audiovisuais e entrevistas – tanto com os integrantes da banda Tocaia como de outros grupos da cena alternativa local (Gonzalez, 2013). Em relação ao embasamento teórico, realiza-se através da operacionalização dos conceitos de: paisagem sonora, perspectiva espacial edificada por Murray Schafer (2011a; 2011b) e Tim Ingold (2015); sertões, discutido por Janaína Amado (1995) e Durval Muniz de Albuquerque Júnior (2014); canção popular, instrumentalizado por Marcos Napolitano (2002), José Geraldo Vinci de Moraes (2000), Adalberto Paranhos (2015) e Luiz Tatit (2012); e de hibridismo cultural, trabalhado por Néstor García Canclini (2019) e Peter Burke (2003).Dissertação Do Centro Popular de Cultura ao Globo Repórter: a centralidade do Nordeste na formação fílmica de Eduardo Coutinho (1962-1979)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-11-06) Araújo, Bruno Wesley Soares da Costa; Sales Neto, Francisco Firmino; https://orcid.org/0000-0001-9647-4638; http://lattes.cnpq.br/3836760295812952; http://lattes.cnpq.br/0087053329102664; Santiago Júnior, Francisco das Chagas Fernandes; https://orcid.org/0000-0003-2690-5222; http://lattes.cnpq.br/8893350729538284; Uhle, Ana RitaEsta dissertação investiga a centralidade do Nordeste, em especial do Sertão nordestino, na produção fílmica do cineasta Eduardo de Oliveira Coutinho (1933-2014), centrando a análise no recorte temporal de sua atuação junto ao Centro Popular de Cultura e ao Globo Repórter (1962-1979). Em um primeiro momento, situo o cineasta nos espaços da arte engajada dos anos 1960 e no seu contato inicial com o Nordeste. No segundo e terceiro momento, dimensiono como o Sertão nordestino se tornou uma espacialidade central para a sua formação e representação do outro sertanejo. Demarcando sua movimentação pela região, trabalho conceitualmente com as categorias de espaço e lugar, de Yi-Fu Tuan (2013); e com uma concepção social de Sertão formulada por Candice Vidal e Souza (2015). Metodologicamente, analiso as representações do Sertão no longa ficcional Faustão (1970), a partir da narrativa clássica e da segmentação do filme propostas por David Bordwell e Kristin Thompson (2005, 2013); e do narrador formulado por Ismail Xavier (2019). Ao analisar os documentários-reportagens Seis dias de Ouricuri (1976), O pistoleiro de Serra Talhada (1977), Theodorico, o imperador do Sertão (1978) e Exu, uma tragédia sertaneja (1979), mobilizo a categoria de voz e os modos expositivo, observativo e participativo propostos por Bill Nichols (2005, 2016). Deste modo, a pesquisa evidenciou que a trajetória cinematográfica de Eduardo Coutinho esteve relacionada, diretamente, a suas relações sociais e culturais com o Sertão e o Nordeste, espacialidades que estavam no centro de seus interesses ao longo das décadas de 1960 e 1970. Este movimento o aproxima e o insere em um modo de pensar e ver a região no pensamento social brasileiro.Dissertação "Experiências de inverno": a prática do roubo de santo e a sacralização de espaços sertanejos em comunidades rurais de Pombal-Paraíba (1950-2015)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-06-18) Sousa, Emerson José Ferreira de; Sales Neto, Francisco Firmino; http://lattes.cnpq.br/3836760295812952; Andrade Júnior, Lourival; http://lattes.cnpq.br/2227836576507822; Santos, Magno Francisco de Jesus; http://lattes.cnpq.br/9046069221784194; Rocha, Raimundo Nonato Araújo da; http://lattes.cnpq.br/2731237954780451; Melo, Rosilene Alves de; http://lattes.cnpq.br/9242930558858891Este trabalho investiga como o roubo de santo, prática realizada em prol das chuvas no Nordeste, constitui os sertões como espaços sagrados. A partir do roubo de imagens católicas, em especial a do padroeiro das chuvas, São José, em comunidades rurais do munícipio de Pombal, analisamos essa experiência de inverno, seus significados e interesses cotidianos para compreendermos a sacralização dos espaços rurais no sertão paraibano. No campo teórico – com base em Certeau (1998), Segaud (2016), J. Assmann (2016), A. Assmann (2011), Dubar (2006), Hall (2006), Tuan, (1983), Hobsbawm (1997), Geertz (2008), Ingold (2012), Descola (2015), Haesbaert (2007) e Zambrano (2001) – a pesquisa operacionaliza os conceitos de espaço, memória, identidade, experiência, tradição e território, a fim de perscrutar os aspectos socioculturais mobilizados junto à prática para configurar essa espacialidade sertaneja. Como metodologia, a partir das análises de Meihy e Holanda (2011) e Delgado (2006), utilizamos a história oral para analisar as memórias em torno dessa prática religiosa, constituídas pelas narrativas daqueles que vivenciam o cotidiano local, percebendo como essas memórias atuam na formação de espaços da recordação e estabelecem identidades que territorializam as vivências sociorreligiosas nessas localidades. A análise iconológica de imagens e de artefatos da fé ligados ao roubo, baseada em Meneses (2003), e a apreciação de documentos escritos a respeito da vida de pessoas que ali habitaram complementam o aporte metodológico da pesquisa. Portanto, ao evidenciarmos que o roubo de santo ressignificou saberes, memórias e identidades comunitárias, constatamos que os sertões estudados constituem espacialidades sagradas.Dissertação Um lugar de produção e a produção de um lugar: a construção da centralidade do eixo Rio-São Paulo na historiografia Acadêmica Brasileira (1990-2021)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-11-22) Ramos, Matheus Pinheiro da Silva; Albuquerque Júnior , Durval Muniz de; https://orcid.org/0000-0003-4153-9240; http://lattes.cnpq.br/7585947992338412; https://orcid.org/0000-0002-0074-7572; http://lattes.cnpq.br/9146248916240347; Sales Neto, Francisco Firmino; https://orcid.org/0000-0001-9647-4638; http://lattes.cnpq.br/3836760295812952; Ohara, João; Santos, Wagner Geminiano dosEste trabalho tem como objetivo principal produzir um estudo acerca da hierarquização espacial do saber histórico no Brasil através dos lugares de produção e das narrativas historiográficas em que o eixo Rio-São Paulo emerge como espacialidade generalizada e difusa no território nacional. Esse acontecimento se deu em tessitura com o delineamento de uma Historiografia brasileira profissional e acadêmica, bem como num ambiente – a partir dos anos 80 e 90 – em que houve a emergência nos periódicos acadêmicos e na literatura especializada de reflexões historiográficas de maneira generalizada. Isso se deu, em grande medida, pela discussão em torno de renovações historiográficas, surgimento de novos programas de pós-graduação nas distintas regiões do país e pela produção de uma memória historiográfica das instituições. Desse modo, este empreendimento de pesquisa se situa entre a história da historiografia e uma história cultural dos espaços. Isso significa enfatizar a construção espacial como aspecto resultante de operações discursivas que atribuem sentido ao espaço nacional por meio de imagens e representações historiográficas, bem como através de lugares de produção e enunciação do saber histórico em constante litígio na narrativa dos historiadores. Essas camadas de tensões se expressam entre narrativas, problemas vistos como falibilidades metodológicas no trato com a documentação, erros no recorte espacial das pesquisas, de disputas institucionais e/ou entre grupos de historiadores e através de um paradigma nacional. Nessas disputas, o discurso histórico se mostra como um aspecto relevante, pois é através dele que as fronteiras são erigidas e os territórios se materializam, assim como as identidades e os lugares sociais e de sujeito. As fontes mobilizadas foram os escritos dos historiadores e os escritos sobre e em torno das disputas institucionais no âmbito da história no sentido perspectivar um empreendimento cujo próprio objeto seja o mapeamento das tensões de caráter espacial existentes. A cartografia é a metodologia pensada no sentido de sugerir a coexistência de diferentes percursos, caminhos e trajetórias históricas que acabaram circunscrevendo regimes espaciais na escrita dos historiadores que atuam em território nacional. Sendo assim, problematizaremos a construção histórica de dados recortes espaciais na narrativa dos historiadores, proporcionando o avanço nas pesquisas sobre as hierarquizações espaciais na historiografia brasileira.Dissertação Luís Natal ou Câmara Cascudo: o autor da cidade e o espaço como autoria(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-08-28) Sales Neto, Francisco Firmino; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787535A2; ; http://lattes.cnpq.br/3836760295812952; Rocha, Raimundo Nonato Araújo da; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723382T8; Peixoto, Renato Amado; ; http://lattes.cnpq.br/4329353374197075; Neves, Margarida de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/2037911313100593O objetivo deste trabalho é problematizar uma forte identificação do escritor norte-riograndense Luís da Câmara Cascudo (1898-1986) com a cidade do Natal, analisando a constituição de uma espacialidade que toma esse escritor como expoente intelectual e como monumento cultural natalenses: o que nomeio de uma Natal cascudiana. Nesse sentido, investigo o processo de monumentalização de Câmara Cascudo pela cidade do Natal, questionando como sua vida foi sendo articulada ao local de produção de sua obra. Com essa intenção, estruturei o trabalho em três partes: na primeira delas, examino a emergência dessa relação identitária a partir da formação intelectual do jovem Cascudinho e do início de sua atividade literária, verificando os motivos que o fizeram permanecer em Natal; na segunda parte, investigo a sua nomeação ao cargo de historiador da cidade do Natal, em 1948, discutindo como esta função intelectual institucionalizou a obra cascudiana e dotou a cidade de um conhecimento histórico sobre si mesma; e, por fim, analiso a constituição de uma memória citadina sobre Cascudo que o transformou em marcos espaciais e em toponímia urbana: nome de rua, de museu, de biblioteca, de livraria etc. Nesses termos, lido com o gênero biográfico para empreender uma história dos espaços da cidade, problematizando a monumentalização cascudiana em Natal , ou seja, interrogando o surgimento dessa Natal cascudianaTese Na tua cor tem luta: a luta anticolonial em Angola e os espaços do narrar de Mário Pinto de Andrade (1928-1990)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-31) Teixeira, Rannyelle Rocha; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; https://orcid.org/0000-0003-4153-9240; http://lattes.cnpq.br/7585947992338412; https://orcid.org/0000-0002-1998-384X; http://lattes.cnpq.br/4503843318957815; Sales Neto, Francisco Firmino; https://orcid.org/0000-0001-9647-4638; http://lattes.cnpq.br/3836760295812952; Domingos, Susana Isabel Marcelino Guerra; Silva, Mairton Celestino da; Rocha, Olívia Candeia LimaA proposta da tese é produzir uma nova visão sobre o colonialismo português em Angola a partir da perspectiva do intelectual Mário Pinto de Andrade e sobre os espaços pelos quais circulou em vida. Meu objetivo é abordar o tema na contramão da visão dominante, comprometida em apresentar o processo de descolonização que parte da trajetória do escritor, político e ensaísta Mário Pinto de Andrade. Esta tese inicia a partir das primeiras vivências coloniais de Mário Pinto de Andrade (1928) até sua morte em 1990. Durante esse período Angola viveu as facetas do colonialismo português. A cidade de Luanda se apresenta como um espaço em que se concentrava populações mestiças, negras e pelos brancos o que provocou um aumento da segregação racial e social. Nessa conjuntura, Mário Pinto de Andrade assume um lugar privilegiado por pertencer a uma das famílias tradicionais de Luanda. Por esse motivo Mário Pinto de Andrade tem a oportunidade de estudar na metrópole portuguesa - Lisboa. E é em Portugal que os novos laços de amizade, os novos espaços de sociabilidades contribui para o seu crescimento intelectual e revolucionário. Mário Pinto de Andrade deixa Portugal e parte para Paris que passa a ser um espaço territorial cheio de significados. Sua participação na Présence Africaine representava uma nova forma de pertencer a um novo mundo que promova a entrada do homem africano. Ao lado dos acontecimentos pessoais, do processo de desterritorialização afetiva de Angola, Mário Pinto de Andrade vive a onipresença e a dissidência do Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA). Mário Pinto de Andrade vive os conflitos identitários no contexto da luta de libertação nacional, sendo elas, a luta pela independência de Angola e a Revolta da Ativa, em 1974. Ao passo, que se viu silenciado ou preferiu silenciar dentro do seu eterno exílio. Todo esse contexto histórico está inserido no Pós Segunda Guerra Mundial. A abordagem metodológica de leitura, análise e investigação dessas fontes dar-se-á por meio do método cartográfico, em particular, utilizando-se da abordagem de Suely Rolnick. Para melhor articulação desta pesquisa, será mantido diálogo com as proposições teóricas de Yi-Fu Tuan, Luís Alberto Brandão, Elizabeth Jelin e Maurice Agulhon.Dissertação Um novo ciclo folclórico para o Conselheiro? A "continuação" do processo de folclorização de Antônio Conselheiro (1940-1960)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-28) Santos, Arthur Ebert Dantas dos; Andrade, Joel Carlos de Souza; https://orcid.org/0000-0003-2141-0212; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; https://orcid.org/0000-0002-8150-0706; http://lattes.cnpq.br/1007717507239191; Fernandes, Paula Rejane; Sales Neto, Francisco Firmino; Falcão, Marcilio LimaA presente dissertação pretende-se como uma análise e continuação do processo de folclorização de Antônio Conselheiro, categoria explicativa presente na obra O Ciclo Folclórico do Bom Jesus Conselheiro (1950) de autoria do pesquisador José Calasans. Utilizando-se da ideia de um Ciclo Folclórico, relativo ao chefe do Arraial de Canudos, analisarei de que maneira se seguiu tal processo, através da problematização e análise discursiva das novas peças folclóricas, entendidas aqui como discursos e produções acerca do Conselheiro que foram produzidas posteriormente ao referido estudo inicial. Articulando temas transversais como o messianismo, sebastianismo, folclore, e partindo dos aportes teórico-metodológicos advindos da Sociologia e do Materialismo Histórico, serão utilizadas enquanto fontes as obras O Messianismo no Brasil e no Mundo (1965), da socióloga Maria Pereira Isaura de Queiroz, e Cangaceiros e Fanáticos (1963), do marxista Rui Facó, produzidas durante as décadas de 40 e 60, identificadas aqui como as novas peças folclóricas, para as novas fases do Ciclo, dando ênfase à temporalidade destacada. Desta forma, esta pesquisa é um estudo acerca das inúmeras faces e imagens folclóricas atribuídas a Antônio Conselheiro, assim como uma análise do impacto destas representações para a formação do perfil imagético-cultural de uma das identidades que foram atribuídas ao povo nordestino sertanejo.Dissertação (Re)cantos de saudade da terra natal: a construção sonora do nordeste na obra de Luiz Gonzaga (1941-1968)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-05-31) Souza, Paulo Higor Duarte de; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; https://orcid.org/0000-0003-4153-9240; http://lattes.cnpq.br/7585947992338412; https://orcid.org/0000-0002-9630-9023; http://lattes.cnpq.br/3617419783978164; Sales Neto, Francisco Firmino; https://orcid.org/0000-0001-9647-4638; http://lattes.cnpq.br/3836760295812952; Paranhos, Adalberto de PaulaO presente trabalho propõe discutir de que forma se organizou um dado regime de audibilidade atrelado a região nordeste a partir da instrumentalização de um arquivo sonoro ligado a esta região na obra do sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga (1912 – 1989). Para tanto, concentraremos a análise na atuação do artista no rádio, mais especificamente no programa “No Mundo do Baião” (1950-1951), estrelado por ele e seus principais parceiros de composição – Humberto Teixeira (1915- 1979) e Zé Dantas (1921 – 1962) – na Rádio Nacional. Partindo desta documentação e recorte, buscaremos mostrar de que forma a construção de dadas espacialidades está ligada a uma apreensão e composição simbólica do espaço, que no caso em questão envolve a articulação de elementos, marcos sonoros e sons fundamentais atribuídos ao Nordeste e que conferem à região uma pretensa pureza estética, cultural e formal. Uma análise mais aprofundada sobre a obra de Luiz Gonzaga nos permitirá entender as condições históricas de possibilidade do surgimento do baião e dos outros ritmos agenciados por Gonzaga nessa enunciação de uma paisagem sonora nordestina através dos mecanismos da produção radiofônica no Rio de Janeiro da década de 50. Nesse sentido, este trabalho buscará narrar o processo de composição dessa espacialidade na obra gonzagueana através da articulação dos elementos formais, estéticos e do “arquivo sonoro” que tentaram fixar à região sua pretensa autenticidade e pureza, com as condições materiais de produção, recepção e circulação da música nos grandes centros do Brasil no recorte exposto, bem como a própria trajetória do artista, seus percursos e percalços até a consagração como “artista do Nordeste”.Dissertação "Verduras frescas com um mágico efeito como se estivessem na horta": as propagandas de geladeiras e os desejos de refrigeração nos lares burgueses cariocas (1928-1940)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-11-13) Dutra, João Fernando Correia; Rocha, Raimundo Nonato Araújo da; https://orcid.org/0000-0001-6246-6138; http://lattes.cnpq.br/2731237954780451; http://lattes.cnpq.br/6345890565879966; Silva Filho, Antonio Luiz Macedo e; Sales Neto, Francisco Firmino; Viana, Helder do Nascimento; https://orcid.org/0000-0003-3578-870X; http://lattes.cnpq.br/7276445057059197Este trabalho pretende discutir o processo de implantação de geladeiras no ambiente doméstico carioca nos anos de 1928 a 1940. Com o estabelecimento dos ideais de modernização no país, os primeiros locais que puderam vivenciar toda uma série de eventos modificadores no seu cotidiano, foram as grandes cidades brasileiras, em especial o Rio de Janeiro, capital federal. Essas transformações, dotadas de uma dúbia visão entre um futuro promissor e um presente controverso, a luz do progresso e da ciência, resultaram em inúmeras mudanças, desde o ambiente urbano tomando novas formas com as reformas empreendidas pelos agentes públicos, passando pelo cotidiano e os hábitos, até o surgimento de novos meios de comunicação, ou o seu aprimoramento. As invenções e os equipamentos domésticos renovavam-se, e um desses aparelhos, considerada uma das técnicas de conservação mais importantes e usadas até hoje, é a geladeira. Diante desse contexto, traçando um breve histórico sobre essa evolução, buscamos analisar as propagandas deste aparelho elaboradas pelas empresas que fabricavam o equipamento doméstico, utilizando do arcabouço teórico-metodológico encontrado em Meneses (2000) para análises de imagens publicitárias. Concluímos que esses anúncios retratavam o processo de modernização e racionalização do espaço da casa, a partir dos valores relativos ao período da modernidade doméstica, como conforto, simplicidade, saúde, estética e status. Além disso, identificamos os ideais de redução do tempo e do esforço necessários para as atividades do lar, como estratégias persuasivas das propagandas. No decorrer da pesquisa, observamos uma caraterística peculiar relativa às publicidades, que diz respeito ao uso de certos valores sociais e técnicos atribuídos aos gêneros masculino e feminino como forma de categorizá-los.Dissertação Virgulino cartografado: relações de poder e territorializações do cangaceiro Lampião (1920-1928)(2019-08-30) Sarmento, Guerhansberger Tayllow Augusto; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; ; ; Martinello, André Souza; ; Sales Neto, Francisco Firmino;Este trabalho investiga as relações de poder e os processos de territorialização que o cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião (1898-1938), construiu por meio do estabelecimento de uma rede de protetores e coiteiros e em contraponto a uma rede de opositores, entre os anos de 1920 e 1928, nos estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Aqui o espaço do cangaço lampiônico não é entendido como dado e preestabelecido, mas como resultado dos jogos de poder e das múltiplas relações que esse cangaceiro agenciou com sujeitos de destaque da política sertaneja dentro do contexto da chamada Primeira República. O território é aqui percebido em sua dimensão processual, possibilitando interpretar as ações de Lampião como produtoras de múltiplos territórios, que ganharam configurações espaciais diversas, como: territórios em rede, territórios em zona ou territórios em movimento. Três tipos de fontes foram explorados nesta pesquisa: os jornais, que divulgaram notícias sobre Lampião, entre os anos de 1920-1928; os relatos policiais; e a bibliografia memorialística sobre o cangaço e o bando de Lampião. Partindo da problematização dessas produções e do diálogo com a historiografia do tema, busco entender como se deram as múltiplas territorializações do cangaceiro Lampião.Dissertação Voar, dançar e jogar: a organização do Aeroclube do Rio Grande do Norte e cidade do Natal nos anos 1920(2015-08-24) Dias, Leonardo Silva; Rocha, Raimundo Nonato Araújo da; ; http://lattes.cnpq.br/2731237954780451; ; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; ; http://lattes.cnpq.br/7585947992338412; Sales Neto, Francisco Firmino; ; http://lattes.cnpq.br/3836760295812952Este trabalho trata de uma instituição social, desportiva e aviatória, o Aeroclube do Rio Grande do Norte. Estudamos as relações que as atividades desenvolvidas pelo Clube tiveram com os valores da cultura natalense e com o projeto político de fomento à aviação do Rio Grande do Norte. Além disso, discutimos como gradativamente o Clube passou a ser referido, por seus sócios e pela imprensa local. Para isso, aproximamo-nos das concepções sistêmicas da antropóloga Mary Douglas e das concepções sobre o espaço e a identidade de grupo de Maurice Halbwachs. Investigamos o jornal A República, o periódico A Cigarra e algumas cartas pessoais do período de 1900 até 1930, para explicar como o Clube se organizou “por dentro”; como os valores da cultura natalense se apresentavam internamente, qual a relação do Aeroclube com o projeto de fomento à aviação de Juvenal Lamartine, quais foram os principais sócios, e a imagem o Clube tinha na cidade?