Navegando por Autor "Santos, Elizabete Rodrigues Gurgel dos"
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Dissertação O processo de urbanização e o uso agrícola do território na região metropolitana de Natal/RN – 1990 a 2015(2016-04-29) Santos, Elizabete Rodrigues Gurgel dos; Locatel, Celso Donizete; ; ; Dantas, Eustógio Wanderley Correia; ; Azevedo, Francisco Fransualdo de;Não são raros estudos sobre o rural e o urbano, a cidade e o campo, na Geografia brasileira. No entanto, analisar a urbanização enquanto um processo que ocorre em todo o território, e o rural e o urbano enquanto conteúdos que coexistem no espaço geográfico é desafiador. Assim, essa dissertação busca fugir da dicotomia, outrora empreendida nas análises do rural e do urbano, a partir de uma visão integrada do espaço, objetivando analisar o uso agrícola do território na Região Metropolitana de Natal e o processo de urbanização do mesmo. Para isso, elaborou-se um índice de urbanização a partir de variáveis pré-selecionadas que considera os diferentes níveis técnicos e permite visualizar as densidades da urbanização em cada município da RMN, de acordo com a realidade do estado, e proporcional ao tamanho da população e suas demandas. Dois dos municípios da RMN são considerados, pelo poder público e pelo próprio IBGE, como 100% urbanos. No entanto, a pesquisa de campo revelou a presença marcante do conteúdo rural nesses municípios e áreas em que o conteúdo urbano é rarefeito, com ocorrência de uso agrícola de parte desses municípios. Essa normatização traz consequências para os agricultores, que além de não terem acesso a algumas políticas e programas governamentais, por residirem em municípios 100% urbano, ainda não recebem assistência técnica, e, precisam pagar IPTU, quando, de acordo com a natureza da atividade desenvolvida e as características da localidade, deveria ser cobrado o ITR. Além disso, a atividade agrícola é responsável pela geração de muitos empregos na RMN, havendo municípios em que há um percentual considerável de trabalhadores vinculados ao setor primário, e também em grande parte dos municípios a terra utilizada para plantação e pastagens é bastante considerável, daí a importância de se estudar o uso agrícola do território na RMN. Com a pesquisa constatou-se que é no município de Natal onde é encontrado uma maior densidade urbana, já que é nesse município onde há uma maior materialidade desse conteúdo. O que pode ser atribuído tanto a demanda interna da população desse município, quanto a demanda gerada por outros municípios do estado, culminando na ocorrência de uma forte centralidade de Natal. Os municípios de Parnamirim e São Gonçalo do Amarante tem aumentado sua centralidade, sendo o primeiro, o segundo município com maior índice de urbanização. Contudo, mesmo com os maiores níveis de urbanização, há, nesses municípios, áreas de rarefações do conteúdo urbano e de densidade do conteúdo rural, que podem ser percebidos seja no modo de vida da população ou até mesmo na prática agrícola com características de ruralidades que comprovam a coexistência do conteúdo rural e urbano em um mesmo espaço.TCC Produção do espaço, planejamento e mobilidade urbana: o uso da bicicleta como meio de transporte em Natal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-12-11) Torres, Leo Selva Ortencio Silva; Locatel, Celso Donizete; Costa, Ademir Araújo da; Santos, Elizabete Rodrigues Gurgel dosEste trabalho busca evidenciar a produção do espaço no município de Natal, numa perspectiva histórica, e sua relação com a mobilidade urbana, para compreender a inserção do modal cicloviário nesse contexto. Para tanto, foi feita uma análise da evolução urbana de Natal, dos transportes no âmbito mundial, nacional e local, e do planejamento urbano brasileiro, com ênfase nos planos diretores de Natal. Para o entendimento do uso da bicicleta no ambiente urbano, foi feita uma pesquisa bibliográfica buscando compreender como esse veículo foi usado, desde a sua invenção, nas principais cidades do mundo e do Brasil. Em Natal a abordagem sobre o cicloativismo foi acompanhada a partir de um espaço temporal mais recente, através de entrevistas, análise de documentos e fontes bibliográficas, contagem de ciclistas em pontos estratégicos da cidade e avaliação das infraestruturas cicloviárias espalhadas pelo município de Natal. Constatou-se que a produção do espaço urbano segue uma lógica para atender aos interesses dos grupos hegemônicos e, da mesma forma, a infraestrutura viária e a mobilidade urbana segue essa lógica. Sendo assim, no contexto de Natal, o uso da bicicleta como meio de transporte urbano e sua inserção na política de mobilidade ocorreu somente a partir dos anos 2010, ainda de forma muito tímida. Mesmo com o aumento na implantação de infraestruturas cicloviária nos últimos dois anos, muitas estão aquém do desejável quanto a sua qualidade, além de serem insuficientes. Diante disso, o uso da bicicleta como meio de transporte em Natal é muito limitado. Por fim, constatou-se que é necessário maior investimento em infraestruturas e campanhas educativas voltadas aos ciclistas, assim como a elaboração de um plano cicloviário para Natal e as principais cidades da Região Metropolitana.Tese A urbanização do território no Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-21) Santos, Elizabete Rodrigues Gurgel dos; Locatel, Celso Donizete; http://lattes.cnpq.br/2047387364725653; http://lattes.cnpq.br/0634600652669009; Soares, Beatriz Ribeiro; Barbosa, Jane Roberta de Assis; http://lattes.cnpq.br/7545246014722591; Arroyo, Maria Mônica; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; http://lattes.cnpq.br/3188665123953039A urbanização é um processo antigo da humanidade e umas das temáticas mais discutidas na Geografia. No entanto, ainda são frequentes os trabalhos que tem discutido a urbanização enquanto um processo formador de cidades e o rural e o urbano como excludentes, reproduzindo assim algumas dicotomias que inviabilizam à compreensão do espaço enquanto totalidade. Essa concepção dicotômica rural-urbana gera rebatimentos territoriais quando se consideram as concepções teórico-metodológicas adotadas por instituições e firmas que trabalham com planejamento. Parte-se do pressuposto de que a urbanização de uma determinada parcela do território está diretamente relacionado aos usos e às técnicas que nele existem e, nesse sentido, ao analisar empiricamente a realidade do Rio Grande do Norte percebe-se uma rarefação da urbanização em muitas áreas. Além disso, é notório um processo de capilarização do conteúdo urbano pelo território, tanto no campo quanto na cidade, mas em diferentes níveis. O poder público municipal tem atribuído aos municípios do Rio Grande do Norte um nível de urbanização maior do que eles apresentam de fato e em alguns casos ignorado a coexistência do conteúdo rural. A aceitação de um nível de urbanização maior do que o estado apresenta de fato, tem servido de estratégia para o aumento da lucratividade do setor imobiliário. E, tem provocado o encarecimento do solo em diferentes áreas, a exclusão de trabalhadores rurais de políticas econômicas e sociais e a inserção precária no território de parte considerável da população norteriograndense. Nessa perspectiva, o objetivo geral dessa pesquisa consiste em analisar os diferentes níveis técnicos da urbanização do território no Rio Grande do Norte, considerando a complementaridade rural-urbano, e os rebatimentos territoriais de se considerar diferentes áreas do mesmo com uma densidade de urbanização maior do que elas apresentam de fato. Para isso, criou-se um índice de urbanização com base nos elementos indicativos da urbanização para aferir seus diferentes níveis técnicos. Também foi realizada pesquisa de campo e documental, análise de dados primários e secundários e análise descritiva espacial com classificação de imagens de satélite, a fim de identificar a evolução da urbanização no Rio Grande do Norte ao longo de três períodos préselecionados, bem como as diferenças intramunicipais. Com isso, pode-se constatar que, apesar do conteúdo urbano ter se capilarizado pelo território norteriograndense, sobretudo a partir da emergência do meio técnico científico informacional, que vem se efetivar no Estado, de fato, a partir da década de 1990, grande parte dos municípios do Rio Grande do Norte ainda apresentam baixa densidade técnica, e portanto, uma rarefação do conteúdo urbano. Tal fato revela que apenas classificar as parcela do território em rural e urbano não são suficientes para fins de planejamento e gestão do território, é preciso avaliar a densidade dessa urbanização para se pensar em políticas sociais e territoriais que contribuam para promoção da justiça social, do desenvolvimento e para amenização do grande abismo resultante da acentuada desigualdade social historicamente reproduzida e negligenciada pelas políticas públicas implantadas no estado.