Navegando por Autor "Santos, Larissa dos"
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Dissertação Pirometamorfismo nos arenitos da Formação Açu, Bacia Potiguar, NE do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-12-19) Santos, Larissa dos; Souza, Zorano Sergio de; ; http://lattes.cnpq.br/1259445348649589; ; http://lattes.cnpq.br/2797372056708012; Moraes, Renato de; ; http://lattes.cnpq.br/3666520216687501Pirometamorfismo ígneo resulta de condições de altas temperaturas e baixíssimas pressões provocadas pela colocação de corpos básicos hipabissais em encaixantes sedimentares ou metassedimentares. A Bacia Potiguar (NE do Brasil), em sua parte continental, oferece exemplos deste tipo de metamorfismo nas proximidades e contatos de plugs, soleiras e diques de diabásios do Paleógeno e Néogeno, intrusivos em arenitos e folhelhos da Formação Açu (Albiano-Cenomaniano). O efeito termal nestas rochas se reflete em texturas e associações minerais que caracterizam a fácies sanidinito, com frequente fusão parcial da matriz feldspática a micácea. O líquido formado pela fusão é potássico e peraluminoso, formando um vidro riolítico de cores variadas (incolor, amarelo, marrom) englobando microcristais de tridimita, clinoenstatita e sanidina, além de clastos de quartzo e raramente zircão, estaurolita e granada. Lentes de folhelho, intercaladas nos arenitos, contêm cristalitos de Fe-cordierita (secaninaíta), mullita, sanidina, armalcolita (óxido de Fe e Ti) e espinélio marrom. As rochas formadas devido ao efeito termal das intrusões se chamam buchitos, sendo aqui descritos os tipos claros (protólito arenito e siltito feldspático) e escuros (protólito folhelho escuro). Texturas indicativas de que houve fusão parcial e minerais tais como sanidina, mullita, tridimita e armalcolita demonstram que foram atingidas temperaturas da ordem de 1000-1150°C, seguido por arrefecimento ultrarrápido. O resfriamento do líquido intersticial tem como consequência o fechamento de poros e a diminuição da permeabilidade dos protólitos, passando de 17-11% nas rochas não afetadas a zero naquelas mais transformadas. Apesar de essas rochas serem observadas apenas nos contatos ou a pouca distância dos mesmos, o grande número de corpos básicos intrusivos na Bacia Potiguar, tanto na parte emersa como na porção oceânica, deixa em aberto a possibilidade de fortes implicações do efeito termal na exploração de hidrocarbonetos nesta área como também em outras bacias cretáceas e paleozoicas no Brasil