Navegando por Autor "Santos, Renata Nayane Fernandes dos"
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Dissertação Avaliação do efeito da nanoencapsulação na solubilidade e potencial antioxidante do óleo pigmentado com astaxantina extraída da farinha do resíduo de camarão (Litopeneaus vannamei)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-27) Santos, Renata Nayane Fernandes dos; Assis, Cristiane Fernandes de; Passos, Thais Souza; https://orcid.org/0000-0003-2054-1544; http://lattes.cnpq.br/9685790797554876; https://orcid.org/0000-0001-7595-5395; http://lattes.cnpq.br/0034694007210837; http://lattes.cnpq.br/1309033817270972; Queiroz, Jaluza Luana Carvalho de; Oliveira Júnior, Sérgio Dantas deO camarão cinza (Litopenaeus vannamei) é uma das espécies marinhas de grande importância econômica, e o beneficiamento produz resíduos que são descartados no meio ambiente. Nesses resíduos, há a presença de compostos bioativos como a astaxantina, que é o principal carotenoide encontrado no camarão e apresenta elevado potencial antioxidante. Entretanto, a estabilidade e funcionalidade do carotenoide é perdida durante as etapas de processamento e armazenamento de alimentos. A encapsulação é uma técnica efetiva para promover a proteção de compostos bioativos como a astaxantina. Este trabalho teve como objetivo encapsular o óleo pigmentado com astaxantina obtida a partir da farinha do resíduo do camarão, visando melhorar a solubilidade e o potencial antioxidante. A técnica de encapsulação utilizada foi a emulsificação óleo/água (O/A), empregando gelatina suína e proteína de soja, como agentes encapsulantes, e Tween 20 como tensoativo. As formulações desenvolvidas foram: óleo pigmentado com astaxantina encapsulado em gelatina suína (EAG), óleo pigmentado com astaxantina encapsulado em proteína de soja (EAS), óleo pigmentado com astaxantina encapsulado em gelatina suína e proteína de soja na proporção 2:2 p/p (EAGS 2:2) e na proporção 3:1 p/p (EAGS 3:1). A caracterização das partículas foi realizada por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espalhamento Dinâmico da Luz Dinâmico (DLS), Difração de raio de X (DRX), Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), Potencial Zeta (PZ), Dispersão em água, Eficiência de Incorporação (EI) do óleo e de astaxantina nos encapsulados. Para determinação da atividade antioxidante foram realizados os testes de Capacidade Antioxidante Total (CAT) e Quelação de Íons Ferro. A formulação EAS apresentou extravasamento de óleo e não seguiu as etapas de caracterização. As demais formulações apresentaram formato esférico e superfície lisa com base nas micrografias. As médias de tamanho de partícula pelo DLS foram iguais a 159,68 (14,42) nm para EAG, 192,72 (10,44) nm para EAGS 2:2, e 95,41 (17,83) nm para EAGS 3:1. Os encapsulados apresentaram estrutura amorfa com base no DRX. Pela FTIR, observou-se acentuação das bandas do estiramento O-H e C-H em 3314 cm-1, 3291cm-1, 3318cm-1 em EAG, EAGS 2:2 e EAGS 3:1, respectivamente, revelando interações químicas entre óleo pigmentado com astaxantina e os materiais utilizados. A EI do óleo foi de 89,20% (0,31) (EAG), 87,60% (0,13) (EAGS 2:2) e 89,10% (0,30) (EAGS 3:1), onde as amostras EAG e EAGS 3:1 não apresentaram diferença significativa (p > 0,05). O percentual de astaxantina incorporado aos encapsulados foi de aproximadamente 68%, e a dispersibilidade em água apresentou valores em torno de 50%. A determinação do potencial antioxidante indicou que todas as formulações apresentaram efeito de preservar e potencializar a atividade antioxidante do óleo, com destaque para EAGS3:1, que aumentou em quase três vezes o potencial antioxidante nos ensaios realizados. Portanto, os materiais de parede gelatina suína e/ou combinação com proteína de soja foram eficazes para encapsulação do óleo pigmentado com astaxantina, visto que aprisionaram o óleo e aumentaram a solubilidade e potencial antioxidante, características que viabilizam a incorporação em matriz alimentar.