Navegando por Autor "Silva, Alyne Karollayne Melquiades Souza da"
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Dissertação A construção de um pensamento geográfico periférico na perspectiva de Euclides da Cunha(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-15) Silva, Alyne Karollayne Melquiades Souza da; Morais, Hugo Arruda de; http://lattes.cnpq.br/9546392459265148; http://lattes.cnpq.br/4403031821161244; Dantas, Eugênia Maria; http://lattes.cnpq.br/6296149707446296; Castilho, Cláudio Jorge Moura deEsta pesquisa debruça-se sobre a temática do Pensamento Geográfico Periférico, tendo a obra de Euclides como referência de análise. Com a Independência do Brasil, em 1822, surgia a necessidade de um sentimento nacionalista que justificasse a ideia do novo Estado-Nação, assim como, que fosse responsável por gestar elementos que configurassem uma certa brasilidade. Nesse caminho, diversos intelectuais, intitulados de “escritores-cidadãos”, tomaram para si a responsabilidade de constituir uma interpretação da formação da sociedade e do território, apontando a singularidade nacional. Dentre várias obras e literatos do período, se destacam os livros Os Sertões e À Margem da História, de Euclides da Cunha, uma vez que foram responsáveis por gerar uma perspectiva de saber histórico e geográfico, além de carregarem em seu cerne uma leitura do Brasil, a partir de seu território e suas diferenciações. Ao mesmo tempo, compreende-se que esses escritos carregam um saber centrado em uma forte dimensão espacial. Tendo em vista tais observações, chamamos a atenção para a questão central que norteia a presente pesquisa: em que medida a dimensão espacial presente em Euclides da Cunha possibilitou a construção de um Pensamento Geográfico Periférico no Brasil? Com base neste questionamento norteador, tem-se como objetivo principal analisar a dimensão espacial na literatura possibilitou a construção de um Pensamento Geográfico Periférico no Brasil, em específico, nas obras de Euclides da Cunha. Os procedimentos metodológicos assumidos pautaram-se, principalmente, em pesquisas bibliográfica e documental. Nesse processo, ainda destacamos que a análise das obras Os Sertões e À Margem da Histórica tomou como caminho interpretativo os “elementos de compreensão” apontados por Cândido (2000; 2006), os quais consistem em um estudo aprofundado sobre os aspectos referente aos fatores externos, ao autor, e, por fim, à obra. Como resultado desta pesquisa, observou-se que o literato discorreu de forma profícua sobre elementos que perpassavam a formação territorial do Brasil a partir de duas regiões centrais, o Sertão nordestino e a Selva Amazonense, representados respectivamente por Canudos e pelo Alto Purus, assim como contemplou uma visão da formação territorial do Brasil. Nessa perspectiva, percebeu-se que havia uma profunda disparidade entre as regiões do Norte e do Sul, que perpassava os aspectos sociais, econômicos e geográficos do país.TCC O discurso geográfico no livro Os Sertões: as contribuições para a interpretação da formação territorial do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-11) Silva, Alyne Karollayne Melquiades Souza da; Morais, Hugo Arruda de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4244590P7; http://lattes.cnpq.br/4403031821161244; Castilho, Cláudio Jorge Moura de; http://lattes.cnpq.br/0107090882082784; Dantas, Eugênia Maria; http://lattes.cnpq.br/6296149707446296A análise entre o espaço e sociedade, a partir da relação entre o povo e seu território, foi uma problemática existente na literatura brasileira no século XIX e início do século XX. Interpretar a vida econômica, política e cultural do país passou a ser o objetivo de vários intelectuais, permitindo não só a formação de um sentimento de nacionalidade, mas também, de uma representação do território e de sua população, durante o processo conjuntural vivenciado pelo país naquele momento. Dentre as várias obras que se destacam no período, o livro Os Sertões de Euclides da Cunha, chama a atenção. Considerado um dos principais autores da literatura brasileira, Euclides, ao retratar os fatos da Guerra de Canudos, deflagrada no interior da Bahia, no ano de 1896, expõe não somente o contexto da guerra civil que se desencadeou em Canudos, mas um sertão desconhecido e desintegrado do restante do espaço nacional. Dividido em três partes, A Terra, O Homem e a Luta, o livro, Os Sertões, estabeleceu uma perspectiva de saber histórico e geográfico que foi capaz de contribuir para abertura de um caminho que possibilita a leitura do Brasil. Essas observações introduzem a questão central da presente pesquisa: Quais as principais contribuições geográficas do livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, para a interpretação da formação territorial do Brasil? Com base neste questionamento norteador, tem-se como objetivo central analisar as principais contribuições geográficas do livro, Os Sertões, de Euclides da Cunha para a interpretação da formação territorial do Brasil. Para tal, parte-se do entendimento teórico de que o conhecimento geográfico, como uma forma de interpretação da história do homem na ocupação do espaço, pode ser visto em diversas ideologias e discursos que emergem em várias esferas do entendimento, tais como: o acadêmico, o literário, os discursos políticos, a ensaística e/ou relatos de viagem. À vista disso, presencia-se na Literatura desse período o debate das representações sobre o território e a sociedade brasileira, permitindo serem interpretados como discursos geográficos, dado que eles exerceram um papel social e que consistia em manifestar a dinâmica presente no contexto responsável por delimitar e definir território e povo. O procedimento metodológico deu-se por meio dos elementos de compreensão da obra e por uma análise crítica do discurso presente no livro. Por conseguinte, a investigação permitiu a construção de uma percepção do discurso geográfico em Euclides da Cunha, por meio do livro Os Sertões, e como esse discurso desencadeou um pensamento sobre a representação espacial do território do Brasil.