Navegando por Autor "Silva, Antônio Vladimir Félix da"
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Tese Cartografia de Judith Butler e dos estudos queer no Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-02-25) Silva, Marcos Mariano Viana da; Bento, Berenice Alves de Melo; ; http://lattes.cnpq.br/9597756345795906; ; http://lattes.cnpq.br/9434299989093837; Silva, Anaxsuell Fernando da; ; http://lattes.cnpq.br/5102487999559634; Silva, Antônio Vladimir Félix da; ; http://lattes.cnpq.br/0054246163352476; Colling, Leandro; ; http://lattes.cnpq.br/9841032316581104; Pereira, Pedro Paulo Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/1474930426841995A tese trata de uma investigação sobre como se deu a recepção da teoria queer e, especialmente, da obra de Judith Butler no Brasil. Para tanto, foi elucidado como os conceitos explorados por Butler foram importantes para o desenvolvimento dos estudos queer e como a sua incorporação no país tornou possível conceber novos olhares sobre categorias de análise para as Ciências Sociais brasileiras. Metodologicamente, o trabalho é de caráter bibliográfico e adota uma postura cartográfica baseada nas contribuições de Deleuze & Guattari (1995), Guattari & Rolnik (1996), Rolnik (2011), Eduardo Passos, Vírginia Kastrup e Liliana da Escóssia (2009) a fim de desvelar as possibilidades de antropofagização do pensamento de Butler e da teoria queer no Brasil. A pesquisa possibilitou, por meio de uma exploração no Banco de Teses e Dissertações da CAPES e na Plataforma Scielo, traçar um mapa rizomático dos estudos queer e butlerianos em solo brasileiro e visibilizar produções originais que dialogaram com o queer no país de forma pioneira. Com isso, a tese visa contribuir para o debate sobre como as possíveis tensões, rupturas e problemáticas propostas pelo pensamento de Butler e pelos estudos queer podem ser relevantes para as discussões sobre relações de gênero, sexualidades, violência, precariedade, vulnerabilidade e reconhecimento.Artigo “Colocando as miçangas na guia”: o pesquisar em saúde nos terreiros de umbanda(Educação em Perspectiva, 2019) Severo, Ana Kalliny de Sousa; Rocha, Matheus Barbosa da; Silva, Antônio Vladimir Félix da; https://orcid.org/0000-0002-9548-6394O campo da saúde historicamente tem possibilitado pouca participação dos povos de terreiros tanto das suas práticas de planejamento, implementação, avaliação e gestão do cuidado em saúde como também das suas atividades de pesquisa. O presente artigo tem como objetivo discutir as estratégias metodológicas, e também os desafios na execução, de uma pesquisa realizada em três terreiros de Umbanda da cidade do interior do Piauí e nas consequentes Equipes de Saúde da Família que fazem cobertura dos referidos estabelecimentos sagrados. Pretende-se, com esse estudo, que a partir do compartilhamento de uma experiência investigativa contrária às perspectivas que sustentam a ideia do “pesquisador-perito”, sejam estabelecidos diretrizes a futuros acadêmicos e pesquisadores do campo da saúde que se proponham em realizar estudos em terreiros de UmbandaDissertação Corpos em mutações – Cartografia das sexualidades nômades na praça mits(2016-01-29) Oliveira, João Batista Figueredo de; ; ; Gomes, Ana Laudelina Ferreira; ; Silva, Antônio Vladimir Félix da;Esta pesquisa é uma cartografia, que tem por fundamento as abordagens de Deleuze e Guattari, realizada na Praça Mits, na cidade de Natal-RN, composta por juventudes LGBTTI. Nas reflexões que compõem o texto, pensamos aquela realidade, como espaço de práticas nômades, fazendo uso do conceito de nomadismo formulado por Deleuze e Guattari. Quanto à construção do objeto - “corpos em mutações” - ela se deu a partir das leituras de teóricas/teóricos e dos efeitos das afetações em campo sobre nós próprios. Por essa construção, buscamos compreender os corpos como uma amplitude que abriga subjetividade, organismo, multidão etc., na medida em que íamos constatando, através da empiria que, de algum modo, essas dimensões se atravessam. Utilizamos o termo mutações, baseados nos relatos e observações de campo e focando as transformações que as/os jovens se permitem experimentar. A hipótese norteadora é que a Praça Mits se constitui em um espaço que possibilita essas mutações e que favorece a busca por expressões socioculturais das juventudes, que ocupam semanalmente aquele espaço que, por sua vez, se constitui em um lugar de multiplicidades/diversidades em constantes movimentos de conexões.Dissertação Educação popular em saúde mental e práticas integrativas grupais: amorosidade e empoderamento na produção de cuidado entre mulheres do Seridó Potiguar(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-02-13) Silva, Renata Cristina Dantas da; Severo, Ana Kalliny de Sousa; Silva, Merces de Fátima dos Santos; ; ; ; Silva, Antônio Vladimir Félix da; ; Vasconcelos, Michele de Freitas Faria de; ; Lima, Núbia Maria Freire Vieira;A política de saúde mental no Brasil institui a necessidade de uma prática de cuidado de base territorial e comunitária que supere a lógica manicomial de isolamento e exclusão da loucura. Neste contexto, o debate sobre a saúde mental das mulheres ainda é incipiente, o que nos impulsionou a buscar, por meio do exercício da coletividade e da amorosidade nas práticas de saúde, ampliar a discussão do cuidado, dando visibilidade as mulheres em sofrimento psíquico, em suas interseccionalidades de gênero, raça e classe. Assim, o objetivo da pesquisa é analisar a repercussão das Práticas Integrativas e Complementares Grupais (PIC’s Grupais) entre essas mulheres a partir de um grupo de dançaterapia com usuárias do Espaço TERAPICS em Currais Novos-RN, região do Seridó Potiguar. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, lançando mão da pesquisa intervenção e perspectiva metodológica da Análise Institucional e da Educação Popular, que dialogam entre si por partirem de uma prática transversal de pesquisa, centrada nas ações e nos discursos dos atores envolvidos. Utilizamos o diário de pesquisa, a análise documental e os Círculos de Cultura, adaptados aos que chamamos de Círculos de Cuidados para construção dos dados que, analisamos pelo olhar da Análise de Implicação. Entendemos que pesquisa e intervenção são inseparáveis, e o campo é feito pelos sujeitos da pesquisa e também pelo pesquisador. Alçamos assim, alguns questionamentos no tocante à produção de vida em um grupo de mulheres em sofrimento psíquico, a partir de ações pautadas no referencial teórico da educação popular, no diálogo, na amorosidade e no incentivo à autonomia. Incitamos a discussão sobre o impacto das PIC’s Grupais e dos novos modos de cuidado na relação entre feminino e saúde mental. A partir de alguns conceitos da Análise Institucional, apresentamos cinco categorias analíticas, organizadas com base nos analisadores e no movimento de análise ao decorrer da leitura e transcrição dos diários de pesquisa, das falas das participantes e do referencial teórico utilizado. Identificamos a potencialidade das atividades que promovem relações interpessoais e apoio mútuo, como foi o caso do grupo de dança, agenciando novas configurações de cuidado para além dos espaços de saúde, dos profissionais e dos atendimentos individuais. Além disso, o desafio de desconstrução das cenas de opressão e preconceito entre as mulheres na sociedade seridoense, que, carregam uma herança de preconceito racial, social e de gênero, em especial na relação com a doença mental. Consideramos que as PIC’s Grupais estudadas aqui, respondem à questão da pesquisa e aos objetivos apresentados com relação ao cuidado de si e do outro. A Análise Institucional nos ensinou sobre a importância de provocar movimentos instituintes, de analisar nossas implicações na pesquisa e considerar o campo do sensível, sem deixar com isso, o compromisso ético da produção científica. Por fim, conscientes de sermos seres inconclusos e da necessidade de contínuo aprendizagem, deixamos um fio solto para novas produções de diferença, de subjetividade, de práticas de saúde que sejam críticas, políticas e reflexivas, e de ampliação das possibilidades de se fazer e acessar as pesquisas científicas.Tese Entre dados e dúvidas: uma análise do transfeminicídio no Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-02-22) Pinheiro, Tarcísio Dunga; Bento, Berenice Alves de Melo; ; ; http://lattes.cnpq.br/7384766086984570; França, Fagner Torres de; ; Lopes, Paulo Victor Leite; ; Silva, Antônio Vladimir Félix da; ; Jesus, Jaqueline Gomes de;A pesquisa se move no sentido de entender quais os fatores primordiais para compreensão do transfeminicídio no Brasil. As categorias analíticas fundamentais são ‘gênero’ e ‘violência’, além de suas conexões com outras esferas teóricas, como ‘humanidade’, ‘reconhecimento’, ‘precariedade’, ‘vulnerabilidade’ e ‘luto’. A hipótese principal está calcada na ideia de que o próprio Estado é um dos agentes centrais – se não for o mais importante – na produção de níveis desiguais de humanidade(s) e que políticas de morte são válvulas propulsoras de sua estrutura. O contexto empírico é caracterizado pela observação dos relatórios sobre violência letal transfóbica nacional produzidos no quadriênio 2016-2019, possibilitada por meio da análise de conteúdo (BARDIN, 1977). Além disso, foi utilizada a análise do discurso (FOUCAULT, 1996) de travestis e mulheres transexuais que, de alguma forma, estiveram inseridas em condições sociais de violências, realizada através de entrevistas semiestruturadas. Autoras como Berenice Bento (2014, 2016, 2018), Judith Butler (2006a, 2006b, 2011, 2014, 2015, 2016) e Jaqueline Gomes de Jesus (2013, 2014, 2015, 2016) compõem o bojo teórico medular que alicerça a investigação.Dissertação Entre elas: políticas públicas e cidadania de travestis e mulheres transexuais de uma ONG em Natal/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-01-29) Pinheiro, Tarcísio Dunga; ; http://lattes.cnpq.br/9597756345795906; ; http://lattes.cnpq.br/7384766086984570; Silva, Antônio Vladimir Félix da; ; http://lattes.cnpq.br/0054246163352476; Cabral, Carla Giovana; ; http://lattes.cnpq.br/9681270352056303O cerne dessa investigação ancora-se na análise da relação entre as experiências e vivências de travestis e mulheres transexuais e a categoria cidadania na cidade de Natal. Para isso, foram analisados, num primeiro momento, os desdobramentos incutidos na pauta de atuação de uma Organização Não Governamental da cidade, a Atransparência. Num segundo, e mais importante, momento, foram acompanhados os reflexos dessas ações no cotidiano de travestis e mulheres transexuais da cidade que pertenciam a ONG. Metodologicamente, o trabalho é caracterizado como sendo uma pesquisa qualitativa, com desdobramento etnográfico, possibilitada através de entrevistas com questionários semiestruturados. A análise dos achados da pesquisa foi possibilitada a partir da análise do discurso (Foucault, 1996), assim como da análise qualitativa de conteúdo (Caregnato e Mutti, 2006). Teoricamente, foi feito o exercício de pensar a teoria queer coadunando-a com a perspectiva da crítica ao eucorêntrismo do poder e do saber, com destaque basilar à relação entre teóricos queers nacionais - Bento (2014), Miscolci (2014), Pelúcio (2014) e Pereira (2012) -, e autores descolonialistas, tais como Mignolo (2008) e Quijano (2005)Dissertação Entre lembranças, desejos e moralidades - Narrativas de travestis e suas famílias em Natal-RN(2016-02-22) Silva, Marcos Mariano Viana da; Bento, Berenice Alves de Melo; ; ; Silva, Antônio Vladimir Félix da; ; Lopes Junior, Edmilson;A dissertação tem como objetivo estudar como se desdobram as experiências trans nos modos de vida de suas famílias a partir das narrativas de vida das colaboradoras de pesquisa em Natal-RN. Para isso, metodologicamente o trabalho constitui-se como uma pesquisa qualitativa ancorada pela realização de entrevistas com questionários semiestruturados com três famílias. Será usado também, como método analítico das narrativas de vida das colaboradoras de pesquisa, a análise do discurso (FOUCAULT, 1996). Almejamos articular as noções de moral em sociologia com os casos relatados no processo de pesquisa, com o intuito de problematizar a transfobia familiar e desvelar as mudanças geracionais das relações familiares das travestis e transexuais relacionando os estudos da pesquisa com as etnografias produzidas sobre o tema no Brasil. A partir da análise das narrativas de vida pôde-se alcançar temas e conceitos que foram problematizados nesta pesquisa, como por exemplo: a imposição do gênero na infância; a moral no ambiente familiar; o uso dos termos cis e trans; o desejo pela manipulação das identidades; a adoção pelo saber médico e por algumas colaboradoras de pesquisa da categoria classificatória disforia de gênero para diagnosticar as experiências trans, a existência de casos de evitação nas relações familiares e a moral nos relacionamentos amorosos das pessoas trans. Pretendemos, com isso, oferecer um trabalho que forneça conteúdo técnico, teórico e metodológico para os campos da sociologia e teoria queer.Tese Escola: lugar político da diversidade sexual e de gênero(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-25) Duarte, Maria Leuca Teixeira; ; http://lattes.cnpq.br/9597756345795906; ; http://lattes.cnpq.br/0597073329224878; Silva, Antônio Vladimir Félix da; ; http://lattes.cnpq.br/0054246163352476; Lopes Júnior, Edmilson; ; http://lattes.cnpq.br/7706483469232827; Jesus, Jaqueline Gomes de; ; http://lattes.cnpq.br/0121194567584126; Lima, Rita de Lourdes de; ; http://lattes.cnpq.br/4393150155693864Pretende-se, nesse trabalho, compreender como a escola pública vem se constituindo enquanto instituição do fracasso para diversidade sexual e de gênero. Parte-se do princípio de que o sistema escolar realiza uma operação de classificação social, deixando fora de seus muros quase todos e todas que não dialogam com a “normalidade” heterossexual requerida pela ordem social vigente. Em um primeiro momento, ancoro-me nas vivencias de Profissionais da Educação do Ensino Fundamental da Rede Pública Municipal da cidade do Natal-RN, considerando suas narrativas enquanto resultado das práticas cotidianas, que denunciam as regras que as governam e que as produziram em um contexto mais amplo. Em seguida, procuro estabelecer dialogo com estudantes vítimas de xingamentos, chacotas e maus tratos por não atenderem ao padrão de gênero tido como “normal” a ser vivenciado dentro da escola. Nessa essa etapa da pesquisa, transito em uma Escola Estadual de Ensino Médio do Rio Grande do Norte. A problematização investigativa do trabalho é norteada a partir das seguintes questões: quais desafios precisam ser enfrentados no sentido de reconhecer e garantir a permanência e aprendizagem daqueles e daquelas, desde sempre excluídos do espaço escolar, ou que nele estiveram apenas por breves passagens, sendo logo excluídos por diferenças de orientação sexual e/ou de gênero? Em que ponto a escola se encontra no itinerário de construir uma educação que valorize e reconheça as diferenças sexuais e de gênero?Os objetivos da pesquisa foram: analisar como a escola e seus profissionais lidam com a diversidade sexual e de gênero,investigando quais práticas/fazeres pedagógicos silenciam, congelam e/ou interditam identidades plurais escolarizáveis que continuam fazendo parte da exclusão escolar; verificar como a escola e seus sujeitos atuam na construção de novos sentidos para o aprendizado, para a convivência, para a produção e transmissão de conhecimento diante de “novas” demandas sociais como é o caso da homoafetividade; observar as fissuras que são abertas com a presença e com a voz de estudantes que demandam o reconhecimento de suas existências nesses espaços.Tese A estética do oprimido na atenção à saúde mental no Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-25) Joca, Emanuella Cajado; Pereira, Maria Teresa Lisboa Nobre; https://orcid.org/0000-0002-5085-4296; http://lattes.cnpq.br/1234091318043836; http://lattes.cnpq.br/4218119905245265; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; https://orcid.org/0000-0002-1343-9341; http://lattes.cnpq.br/9847082748841264; Silva, Antônio Vladimir Félix da; Freire, Flávia Helena Miranda de Araújo; Paiva, Ilana Lemos deA Estética do Oprimido é uma elaboração de Augusto Boal (1931-2009), teatrólogo brasileiro que sistematizou esta proposta artístico-política a partir das formulações com o Teatro do Oprimido, que consiste em uma metodologia de diálogo cênico problematizadora das relações sociais opressivas. A peculiaridade deste método consiste em três transgressões: 1- a divisão entre palco e plateia; 2 - entre espetáculo e vida real; e 3 - entre artistas e não-artistas. Nos anos 2000, com a efetivação da Política Nacional de Saúde Mental brasileira (PNSM), o Ministério da Saúde (MS) estabeleceu parceria com o Centro de Teatro do Oprimido do Rio de Janeiro (CTO-RJ) para formar trabalhadores da saúde no uso dessa metodologia. A pesquisa aqui proposta tem como objetivo geral analisar o uso da Estética do Oprimido na Atenção à Saúde Mental no Brasil. Tendo os seguintes objetivos específicos: a) identificar atores sociais que utilizam ou utilizaram o Teatro do Oprimido como instrumento de atenção à saúde mental; b) descrever atividades desenvolvidas nas Políticas de Saúde Mental com esta perspectiva estética; c) discutir as produções subjetivas do trabalho em saúde a partir do pensamento teórico-prático de Augusto Boal; d) promover a reflexão crítica do uso da Estética do Oprimido para o cuidado em saúde mental; e, por fim, e) construir referencial teórico-prático acerca da Estética do Oprimido no campo da saúde mental. Tem como referencial epistemológico o pensamento de Augusto Boal, que busca o fortalecimento cultural dos grupos e povos oprimidos, manipulados ou excluídos, construindo uma proposição para o desenvolvimento humano focado na análise dos conflitos sociais a partir dos atravessamentos e fluxos de intensidades produzidos na arte. Os procedimentos metodológicos adotados constam de intervenções através do uso de questionários on-line autoaplicáveis, disponibilizados nas redes sociais, e entrevistas individuais com profissionais da rede de saúde que utilizam ou utilizaram o Teatro do Oprimido como ferramenta de trabalho, além de gestores do projeto e ligados ao CTO-RJ, quando em parceria com MS. Os questionários autoaplicáveis foram analisados de forma descritiva e as entrevistas individuais propuseram uma conversação/relação dialógica entre pesquisadora-pesquisadas/os. A partir desses instrumentos foi possível delinear quatro temas geradores de análises: 1) Projeto Teatro do Oprimido na Saúde Mental; 2) CAPS e a Reforma Psiquiátrica; 3) Arte e Saúde Mental; 4) Percursos profissionais e o Teatro do Oprimido. Atuações com esta metodologia teatral foram observadas na promoção e atenção à saúde mental, sendo notável que o processo de formação em Teatro do Oprimido na Saúde Mental favoreceu processos de criação do cuidado em liberdade preconizado na Reforma Psiquiátrica. O apoio ao trabalhador, através de supervisão, subsídios de materiais e suporte teórico-prático mostrou-se fundamental para a criação de práticas em saúde mental baseadas nos princípios e fundamentos da luta antimanicomial e da PNSM. A partir desta investigação foi possível compreender a Estética do Oprimido como precursora da Luta Antimanicomial, pensando uma analogia com suas transgressões ao teatro tradicional e, com isso, verificando seus princípios antimanicomiais, libertários e focados nos direitos humanos, para outra sociedade onde não cabem os manicômios, não cabe o modo manicomial.Dissertação Modos de vida da população em situação de rua: disputas e rupturas no cotidiano da cidade em Petrolina-PE(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-07-08) Marques, Lorena Silva; Pereira, Maria Teresa Lisboa Nobre; https://orcid.org/0000-0002-5085-4296; http://lattes.cnpq.br/1234091318043836; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; https://orcid.org/0000-0002-1343-9341; http://lattes.cnpq.br/9847082748841264; Silva, Antônio Vladimir Félix daNeste estudo, propomo-nos a refletir sobre a ocupação do espaço da cidade pela população em situação de rua, discutindo sobre este fenômeno para além do lugar de carência e privação. Considera-se a possibilidade de reinvenção de territórios físicos e existenciais que a população de rua anuncia, ao deslocar as construções identitárias instituídas nas relações que ditam o universo do trabalho e da casa. A pesquisa foi realizada na cidade de Petrolina/PE e tomou contornos a partir do objetivo geral de investigar os modos pelos quais a população de rua reinventa a si e ao território no espaço da cidade. Teve como objetivos específicos 1 - Caracterizar os modos de vida da população de rua em seu cotidiano na cidade; 2 - Discutir as relações estabelecidas entre a população de rua com o espaço da cidade no contexto da pandemia da Covid-19; 3 - Conhecer a relação da população de rua com os dispositivos da rede de saúde e outras redes; 4 - Mapear saberes e práticas de resistência tecidas pela população de rua na relação com o território. Para isso, aproximamo-nos da etnografia e da cartografia enquanto métodos, utilizando-nos da observação participante/participação observante por meio do acompanhamento das atividades do Consultório na Rua, por aproximadamente seis meses, no período de julho a dezembro de 2020, compondo a partir disso diários de campo utilizados para a tessitura das análises que se desenrolaram dessa experiência. A partir dessas reflexões, foram construídos 3 eixos analíticos, que correspondem aos 3 capítulos desenvolvidos nesta dissertação, em que teoria e campo se interseccionam, trazendo experimentações vivenciadas no território, sendo estes 1- População de Rua e a normatização do espaço citadino, 2- População de rua e cotidiano: disputas e rupturas em uma cidade do sertão nordestino, 3 - Políticas públicas e reinvenções do cuidado na cidade: redes e cotidiano da População em Situação de Rua em Petrolina-PE. Conhecemos, assim, como a cidade influencia a conformação da população de rua e sua ordenação em uma cidade do sertão pernambucano, ao tempo em que se refletiu sobre como a população de rua também produz a cidade, por meio da subversão de sentidos normatizados, a partir de invenções que povoam o cotidiano e que buscam atender as necessidades e os desejos desse público. Refletiu-se também sobre as práticas das políticas públicas voltadas para a população de rua em Petrolina, discutindo-se possibilidades de que estas não se reduzam à estruturação dos serviços enquanto dispositivos de controle.Tese O que dá humanidade ao corpo? Desdobramentos do sexo-gênero para o reconhecimento da intersexualidade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-11-25) Silva, Mikelly Gomes da; Bento, Berenice Alves de Melo; ; http://lattes.cnpq.br/9597756345795906; ; http://lattes.cnpq.br/9835097920290728; Silva, Antônio Vladimir Félix da; ; http://lattes.cnpq.br/0054246163352476; Leite, Jader Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/0115447283248209; Lopes, Paulo Victor Leite; ; http://lattes.cnpq.br/7595515282110283; Lima, Shirley Acioly Monteiro de; ; http://lattes.cnpq.br/4265597484992929Esta tese possibilitou uma investigação sobre corpo, sexo, gênero e reconhecimento com objetivo de problematizar e analisar as práticas discursivas que envolvem a intersexualidade. Para tanto, documentos médicos, jurídicos e dados produzidos pelo DataSus foram analisados com intuito de interpretar os discursos que produzem invisibilidade do corpo intersexo. Nesse sentido, a pesquisa compreende que a intersexualidade aparece como desmonte da ficção biológica binária instaurada nos corpos “ditos” masculinos e femininos, pois mostra um sexo que não se encerra na diferença sexual. Trata-se de um continnum corporal naturalmente apresentado pelo corpo biológico. Metodologicamente, a intersexualidade encadeia discursos e saberes distintos e permite como produção narrativa transitar nos distintos campos, por isso buscou-se nessa investigação articular entre análise de documentos a observação de dois hospitais na cidade do Natal/RN, entrevistas semiestruturada com profissionais da área de saúde dos hospitais observados e um estudo de caso com um jovem intersexo potiguar a fim de localizar a intersexualidade no RN. A partir dos estudos queer a pesquisa pensa sexo e gênero como categorias significadas por meio da cultura e do diálogo com Mauro Cabral (2005), Aníbal Guimarães (2014), Paula Sandrine Machado (2005, 2008) fornecem uma reflexão crítica e sociológica sobre a experiência intersexo, procurando atravessar os discursos que regulam e esquartejam os corpos intersexos na pretensão de (re) criar um sexo em congruência com o gênero na lógica heteronormativa.Dissertação “Somos quem podemos ser”: os homens (trans) brasileiros e o discurso pela (des)patologização da transexualidade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-02-27) Oliveira, André Lucas Guerreiro; ; http://lattes.cnpq.br/9597756345795906; ; http://lattes.cnpq.br/2351764035993458; Silva, Antônio Vladimir Félix da; ; http://lattes.cnpq.br/0054246163352476; Lima, Rita de Lourdes de; ; http://lattes.cnpq.br/4393150155693864Esta pesquisa buscou analisar o discurso dos homens (trans) brasileiros em relação à (des) patologização das identidades (trans). Para tanto, buscou-se analisar a percepção dos sentidos atribuídos pelos homens (trans) brasileiros às suas experiências inseridas no contexto em que sua vivência é considerada uma patologia psiquiátrica, passível (ou não) de ser laudada por profissionais das áreas médica e psicológica. De tal maneira que, a obtenção deste parecer torna-se obrigatório para a realização de alterações corporais, bem como aos encaminhamentos para as modificações da documentação civil. A metodologia adotada foi a análise de discurso e as técnicas de pesquisa foram entrevistas semiestruturadas e observação sistemática das reuniões do grupo Cartografias Trans, grupo de atendimento psicoterápico à pessoas (trans) do Centro de pesquisa e atendimento à travestis e transexuais – CPATT em Curitiba, Paraná. O referencial teórico da pesquisa apoiou-se principalmente, mas não apenas, nos estudos propostos pela teoria queer. Nesse sentido a pesquisa verificou a partir da inserção no campo e da análise que os dados trouxeram, dentre outras questões, a existência de um discurso estratégico por parte dos homens (trans) brasileiros em relação à despatologização de suas identidades, manifestado principalmente na noção de que ter a identidade (trans) patologizada não os torna doentes.Dissertação A terapia comunitária e a vivência de estudantes de medicina: uma estratégia de ensino aprendizagem do cuidado humanizado na ESF?(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-12-19) Santos, Neuma Marinho de Queiroz; Silva, Geórgia Sibele Nogueira da; ; http://lattes.cnpq.br/1062059652170019; ; http://lattes.cnpq.br/3506318936091284; Silva, Antônio Vladimir Félix da; ; http://lattes.cnpq.br/0054246163352476; Trindade, Thiago Gomes da; ; http://lattes.cnpq.br/5992470800302814Diante de um cenário repleto de críticas a um modelo médico que privilegia a doença e não o doente são muitos os argumentos que defendem a necessidade de resgatar a relação humanizada entre médico e paciente. Tornou-se imprescindível formar durante a graduação médica um profissional capaz de realizar um cuidado integral, menos instrumental e mais humanizado. No entanto, apesar dos avanços do projeto pedagógico do curso de Medicina, ainda nos deparamos com inúmeros desafios no processo de formação. Este estudo teve como objetivo geral compreender se a vivência do estudante de Medicina com a Terapia Comunitária Integrativa (TCI) na Atenção Primária- APS /Estratégia Saúde da Família- ESF, apresenta potencial para se configurar enquanto estratégia de ensino-aprendizagem para o cuidado integral e humanizado. Realizou-se uma pesquisa qualitativa com estudantes do curso de Medicina do décimo ao décimo segundo período que tiveram vivência com a TCI como parte do Internato de Medicina de Família e Comunidade - MFC. Utilizamos entrevistas em profundidade com roteiro e recorremos, para análise das narrativas, à Hermenêutica Gadameriana. Foi possível constatar que até ingressarem no internato de MFC os estudantes desconheciam a TCI, e suas preconcepções revestiam-se de caráter depreciativo. A vivência com a TCI possibilitou a ressignificação dos preconceitos e construção de novos conceitos. Estagiar na ESF e participar da TCI revelou potencialidades para o aprendizado do Cuidado Humanizado por meio do exercício prático com experiências que privilegiam a construção de vínculos; a autonomia do paciente; a realização da longitudinalidade no cuidado do paciente; o reconhecimento do poder de resiliência dos pacientes, na força do coletivo, no compartilhar das dores, na força de uma boa comunicação, nos ganhos do exercício da escuta qualificada. A ausência de modelos do que fazer foi substituída por vivências de dores e alegrias no aprendizado do tornar-se médico. As dores falavam das dificuldades estruturais (insumos), no lidar com as vulnerabilidades sociais dos usuários e a dificuldade de realizar uma boa comunicação com os pacientes. As alegrias foram experimentadas na constatação do exercício do Cuidado Humanizado. Questões como dificuldades estruturais, baixo número de pessoas com formação em TCI, e pouco tempo de vivências com a TCI, aparecem como limitações para sua utilização como ferramenta pedagógica. Por sua vez, o potencial reflexivo e capaz de provocar ressignificações sobre o saber fazer diante da dor do outro está muito presente nas narrativas, sinalizando o potencial de aprendizado com a TCI. Portanto, este estudo advoga que a participação dos alunos na TCI, além de poder oferecer aos estudantes uma estratégia de ensino-aprendizagem para o Cuidado Humanizado, representa a possibilidade de ampliar os horizontes destes futuros médicos em um olhar bem mais consciente das dificuldades e potencialidades de um profissional na ESF, contribuindo para a formação de profissionais mais sensibilizados e preparados para realizar uma abordagem integral e humanizada da pessoa e de sua comunidade, contribuindo para uma APS/ESF, mais resolutiva e gratificante para todos.