Navegando por Autor "Silva, Augusto César da"
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Dissertação Grupos florísticos e suas relações ambientais na vegetação sazonalmente seca da caatinga, nordeste da América do Sul(2018-02-20) Silva, Augusto César da; Souza, Alexandre Fadigas de; ; ; Fonseca, Carlos Roberto Sorensen Dutra da; ; Moro, Marcelo Freire;Objetivo: A regionalização biogeográfica é uma representação da organização dos organismos no espaço geográfico em função de diversos fatores ecológicos e abióticos. O objetivo foi propor uma biorregionalização da vegetação da Caatinga baseada em dados florísticos, identificando os principais fatores que determinam o padrão de distribuição desses grupos. Localização: domínio fitogeográfico da Caatinga. Métodos: compilamos 266 inventários florísticos que compõe a base de dados “Caaporã”. Os inventários florísticos foram usados para construir uma matriz de espécie por local, e usamos técnicas de ordenação e agrupamento para identificar o número de grupos florísticos na Caatinga. Aplicamos um método de interpolação para mapear eixos de variação composicional em toda a extensão da Caatinga e depois classificamos a dissimilaridade composicional de acordo com o número de grupos florísticos identificado a priori. Além disso, fizemos um UPGMA para verificar a relação entre os grupos. Utilizamos modelos de regressão logística multinomial com critérios de AIC e wAICc para investigar a influência da produtividade contemporânea, complexidade topográfica, mudanças climáticas históricas e pegada humana na explicação dos grupos. Resultados: encontramos um total de 2872 espécies de plantas organizadas em nove grupos florísticos, alguns se distribuem de forma latitudinal (Norte-Sul), enquanto outros são restritos a determinadas regiões específicas na porção sul e oeste do domínio. Os resultados da regressão multinomial mostram que o índice de aridez contemporâneo (IAC) foi a variável que melhor explica o padrão de distribuição dos grupos. Portanto a produtividade foi o modelo significativo que melhor descreve o padrão de distribuição dos grupos. Os modelos avaliando variáveis do solo, topografia e históricas não foram significativos. Conclusões: o padrão de distribuição dos grupos biogeográficos da Caatinga mostrou-se ser determinado em boa parte pela aridez. Devido a sua variabilidade climática e a instabilidade ao longo do domínio é possível que muitos dos grupos florísticos presentes hoje na Caatinga sejam compostos por grupos de espécies provenientes da Mata Atlântica, do Cerrado ou até mesmo da Amazônia. No geral, a regionalização da Caatinga em grupos florísticos fornece uma representação espacial coesiva das distribuições biogeográficas na Caatinga. Portanto, a nossa proposta de classificação juntamente com as demais propostas contribuem para uma melhor compreensão dos padrões de distribuição florística da caatinga e dos processos que regem esses grupos florísticos.Tese Padrões biogeográficos e estratégias ecológicas no domínio caatinga e na diagonal seca brasileira(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-16) Silva, Augusto César da; Souza, Alexandre Fadigas de; Silva, José Luiz Alves; https://orcid.org/0000-0003-0314-7625; http://lattes.cnpq.br/4301953905374285; http://lattes.cnpq.br/7844758818522706; Versieux, Alice de Moraes Calvente; Vitória, Angela Pierre; Ganade, Gislene Maria da Silva; Lopes, Sérgio de FariaA distribuição e o funcionamento das vegetações em ambientes sazonalmente secos, sua estrutura interna e a organização de seus atributos funcionais ainda são pouco compreendidos. Esta tese está dividida em três capítulos, e teve como objetivo contribuir para a compreensão dos padrões de dominância e estruturação funcional e seus principais determinantes na Caatinga e diagonal seca Brasileira. O primeiro capítulo teve como objetivo realizar o delineamento de sub-regiões de dominância no domínio Caatinga, considerando as abundâncias das espécies, e avaliar os determinantes de sua distribuição espacial. As sub-regiões foram identificadas e mapeadas, particionando eixos de ordenação NMDS interpolados usando o método “K-means”. Usamos uma seleção de modelos GLM para identificar o conjunto de variáveis que explicaram o desvio nas subregiões. Identificamos 10 sub-regiões de dominância reguladas pelas frações combinadas da aridez, topografia e solo, estabilidade do bioma no pleistoceno e o efeito histórico das atividades indígenas. No segundo capítulo, identificamos as estratégias funcionais das espécies na Caatinga no âmbito da teoria Competidor, Estressor e Ruderal (CSR) e espectro funcional global. A classificação das espécies em estratégias CSR e no espectro funcional utilizou dados funcionais foliares (área foliar, conteúdo de matéria foliar seca, nitrogênio foliar, massa foliar por área) e estruturais (altura máxima da planta e densidade da madeira). Utilizamos a matriz StratFY e um PCA filogenético para gerar as estratégias CSR e correlações funcionais. Na Caatinga 47% das espécies apresentaram a predominância de estratégias competirdor-estressor. Além disso, dois grupos funcionais separaram espécies com folhas grandes e pequenas ao longo do espaço funcional. Atributos foliares foram determinantes para organização das estratégias funcionais das espécies na Caatinga. No terceiro capítulo, testamos como a relação dos filtros ambientais e humanos atuais ou históricos determinam a estruturação dos atributos funcionais na diagonal seca Brasileira (Caatinga-Cerrado-Pantanal). Estas relações foram identificadas e testadas através de uma análise RLQ estendida. Encontramos dois gradientes funcionais ao longo da diagonal seca, relacionados a atributos categóricos da folha (simples e composta), fruto (seco e carnoso), e presença de látex são filtrados pela elevação, granulometria e evapotranspiração. Nesta tese pudemos observar que os padrões de estruturação espacial de abundância e suas estratégias funcionais são regulados por múltiplos filtros ambientais e humanos. Além disso, ressaltamos aqui a importância de atributos foliares para organização das estratégias das espécies na Caatinga, assim como, atributos categóricos de folha, fruto e látex na estruturação das comunidades na diagonal seca Brasileira.TCC Variação da estrutura da vegetação de restinga no gradiente edáfico-topográfico litorâneo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015) Silva, Augusto César da; Souza, Alexandre Fadigas de; Silva, Adriano Caliman Ferreira da; Cestaro, Luiz AntonioApesar de suas implicações para o armazenamento de carbono, conservação animal, e regeneração de plantas, a variação na estrutura da vegetação de restinga costeira do nordeste do Brasil ainda é pouco estudada. Neste estudo analisei como características topográficas e edáficas deste ambiente influenciam a variação estrutural da vegetação de restinga que ocorrem em campos de dunas costeiras em Parnamirim, Rio Grande do Norte. Uma Análise de Componentes Principais foi conduzida com variáveis da estrutura da vegetação, e uma regressão múltipla foi conduzida tendo cada eixo da ACP como variável dependente e variáveis topográficas e edáficas como variáveis explicativas. Os solos são ácidos e de baixa fertilidade; a ACP gerou três eixos significativos que, juntos, explicaram 69% da variação da vegetação. Os eixos representaram gradientes de biomassa, cobertura de herbáceas, e proporção de plantas inclinadas, respectivamente. A resposta da estrutura desta vegetação em relação a variáveis ambientais esta ligada em sua maior extensão a características do solo, sendo a comunidade lenhosa mais influenciada por fatores edáficos como cálcio e nitrogenio. Os resultados sugerem que diferentes grupos de plantas possuem respostas diferentes aos gradientes abióticos que estão expostas. O efeito do conjunto de fatores topográficos e nutrientes do solo parece não apresentar de imediato uma forte influência sobre a estrutura da vegetação, especialmente sobre a comunidade herbácea. Ao que parece um pequeno conjunto de fatores do solo são os principais fatores responsáveis pela variação sobre estrutura da vegetação de restingas litorâneas.