Navegando por Autor "Silva, Dyonatan Fonseca"
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Dissertação Avaliação do perfil de metaloproteinases em amostras de tecidos de animais infectados experimentalmente com Trypanosoma cruzi(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-06-26) Silva, Dyonatan Fonseca; Silva, Marcelo de Sousa da; Moreno, Cláudia Jassica Gonçalves; https://orcid.org/0000-0002-1000-0149; http://lattes.cnpq.br/1295430560645312; http://lattes.cnpq.br/8302178148944713; Ribeiro, Aline Rimoldi; Moreno, Cláudia Jassica Gonçalves; Torres, Taffarel MeloA doença de Chagas (DCh) tem como agente etiológico o parasito Trypanosoma cruzi (T. cruzi) e caracteriza-se possuir fase aguda e crônica. Durante a fase aguda, o parasito se aloja em tecidos para os quais possui tropismo e desregula citocinas e metaloproteinases de matriz (MMPs), sendo esses os principais fatores de risco para o desenvolvimento de cardiopatias, que são as complicações mais frequentes na fase aguda e crônica da doença. Métodos diagnósticos para predizer a possibilidade de danos aos órgãos do paciente pelo parasito são necessários, mas atualmente só se dispõe de exames de imagem para avaliação dos danos após o desenvolvimento da doença. Portanto, a busca de novos biomarcadores proteicos associados à DCh constitui uma das várias estratégias para melhores prognósticos. O presente estudo teve como objetivo a otimização de métodos baseados em gel, como SDS-PAGE e zimografia, para avaliar se a infecção por T. cruzi seria capaz de alterar o perfil de metaloproteinases de órgãos durante a fase aguda da DCh. Para isso, obteve-se o extrato proteico total das formas epimastigotas da cepa Y de T. cruzi provindas de cultivo axênico e realizou-se a infecção experimental com formas tripomastigotas sanguíneas em camundongos fêmeas que foram separados em três grupos. Coração, baço, fígado e sangue dos animais de todos os grupos foram coletados para a produção de extrato total e plasma sanguíneo. A otimização permitiu a determinação do perfil proteico de T. cruzi, o que revelou bandas com pesos moleculares aproximados de 95, 85, 63, 57, 48 a 52, 43 a 45, 40 a 41 e 29 kDa, que foram discutidas quanto a sua possível identificação e função na infecção. Os resultados também revelaram os perfis proteicos do tecido cardíaco, esplênico, hepático e do plasma nos três grupos analisados. O zimograma de T. cruzi revelou 3 bandas de atividade com pesos moleculares aproximados de 66 kDa, 55 kDa e 35 kDa. No grupo dos animais infectados, diversas metaloproteinases capazes de degradar gelatina foram observadas no zimograma dos tecidos e plasma, em especial no tecido esplênico. Observou-se ainda diferença significativa na atividade enzimática presente no tecido esplênico e cardíaco, sendo a alteração ocorrida no tecido cardíaco relacionada com o aumento na expressão da protease de 93 kDa, provável pró-MMP-9, e de 69 kDa, provável pró-MMP-2 e, no baço, de uma protease desconhecida de aproximadamente 146 kDa. Portanto, com a detecção da existência de alterações na atividade de metaloproteinases nos órgãos analisados durante a fase aguda da DCh, surgem novas questões a serem respondidas acerca do papel dessas MMPs na patogênese da doença, do impacto que inibidores sintéticos de MMPs específicas teriam no desenvolvimento das megalias e cardiopatias e se tais padrões se repetem na fase crônica da DCh, para que então seja possível pensar em tratamentos voltados na inibição de MMPs e na identificação de alterações proteicas características de danos cardíacos da DCh.