Navegando por Autor "Silva, José Ítalo Francolino da"
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Dissertação Vivência, subjetivação e autogerenciamento subordinado: um estudo com os entregadores por aplicativo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-28) Silva, José Ítalo Francolino da; Lima, Fellipe Coelho; https://orcid.org/0000-0001-7763-4050; http://lattes.cnpq.br/5116689205242979; https://orcid.org/0000-0002-7884-1796; http://lattes.cnpq.br/2671970688745820; Castro, Matheus Fernandes; Maheirie, KatiaO mundo do trabalho é marcado por constantes transformações que tensionam o envolvimento do ser humano ao estar em atividade modificando sua realidade material e subjetiva. A uberização do trabalho demarca um importante momento de transição onde a vida no trabalho passa a estar mais intimamente ligada aos meios de tecnologia de informação e comunicação (TICs), enquanto assimila características dos marcos transformadores anteriores. Concebida como um novo modelo de gestão, produção, organização e controle do trabalho que – atualmente – é mediada por plataformas digitais, a uberização implica em trabalhadores sob demanda que atuam como autogerentes de si mesmos em sua laboração. Contudo, este trabalhador está subordinado às plataformas digitais que, verdadeiramente, estão gerenciando a atividade. Desse modo, o objetivo desta dissertação é analisar as vivências de trabalhadores que melhor experienciam este modelo, os entregadores motoboys uberizados. A pesquisa é ancorada teoricamente pela Psicologia Histórico-Cultural de Vygotsky, e conta com a participação de 15 entregadores de aplicativo que atuam na cidade de Natal/RN. A metodologia adotada foi a de entrevistas semiestruturadas realizadas presencialmente nos pontos de concentração dos motoboys pela cidade. Os dados coletados foram transcritos e categorizados com a ajuda da plataforma QDA miner e Excel, e posteriormente analisados através da Análise do Discurso Dialógica Bakhtiniana. Onde se evidenciou a busca por maior autonomia na vida fortemente ligada à oportunidade de ganhar mais dinheiro ao trabalhar com a imprevisibilidade. O trabalhador acredita firmemente que tem mais liberdade, dando-lhe a capacidade não apenas de controlar seu presente no trabalho, mas também de influenciar ativamente seu futuro e qualidade de vida. Além de se configurar como um obelisco contra as opressões e estratificações existentes na precarização do emprego assalariado. Sendo também um ato de resistência ao modelo de trabalho atual no mundo capitalista periférico latino-americano-brasileiro.