Navegando por Autor "Silva, José Romerito"
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Tese Abordagem funcionalista da oração adjetiva: descrição e ensino(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-12-21) Silva, Lígia Maria da; Bispo, Edvaldo Balduino; ; ; http://lattes.cnpq.br/4472234779612619; Silva, José Romerito; ; Lucena, Nedja Lima de; ; Oliveira, Mariangela Rios de; ; Lacerda, Patrícia Fabiane Amaral da Cunha;Nesta pesquisa, desenvolvemos uma interface entre a descrição e o ensino da oração adjetiva, objetivando caracterizá-la em termos morfossintáticos, semânticos e discursivo-pragmáticos e contribuir para a melhoria do ensino desse tópico gramatical por meio de uma abordagem funcionalista. Para tanto, temos por base a Linguística Funcional norte-americana, inspirada em Givón, Bybee, Traugott, entre outros. Consideramos, também, as orientações de documentos norteadores do ensino de Língua Portuguesa para a Educação Básica: as Orientações Curriculares Nacionais (BRASIL, 2006) e a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018). A descrição da oração adjetiva com base em pesquisas funcionalistas, como as de Oliveira (2001), Bispo (2009, 2014a, 2014b, 2018) e Souza (2009), contempla aspectos de diferentes naturezas, relacionados ao nível de encaixamento morfossintático, à classificação semântica, às estratégias de relativização, dentre outros. Quanto ao ensino, os documentos orientam que a prática de análise linguística possa expandir as possibilidades de uso da linguagem, ampliando a capacidade crítica do aluno. A hipótese geral de trabalho é que a descrição e a análise funcionalista das adjetivas contemplam os diferentes modos de organização desse tipo oracional bem como aspectos estruturais e funcionais vinculados a essas formas de expressão e que a abordagem das adjetivas em sala de aula, nessa perspectiva, deve partir de usos efetivos dessas formas, canônicas ou não, associando-as aos diferentes contextos comunicativos e aos efeitos de sentido que se pretende alcançar. A partir disso, elaboramos uma proposta didática que foi aplicada em turmas dos níveis fundamental e médio de uma escola pública da rede estadual em Natal/RN. Trata-se de uma pesquisa de cunho quali-quantitativo, tendo em vista a interpretação e análise do material obtido na intervenção. Quanto à descrição da adjetiva, esta tese resultou na proposição de um continnum de integração com base nas discussões sobre as diferentes configurações da adjetiva em pesquisas funcionalistas. Foram considerados os critérios de definitude do Sintagma Nominal (SN) antecedente, informatividade do SN antecedente, presença/ausência de pronome relativo, fundidade da adjetiva, pausa, inserção e ruptura sintática. As adjetivas foram dispostas nesta sequência, do menor ao maior nível de encaixamento: desgarrada > explicativa finita prototípica > explicativa não finita > explicativa finita não prototípica > relativa livre > restritiva finita não prototípica > restritiva finita prototípica > restritiva não finita. Em relação à proposta didática, os resultados revelam que, após as aulas fundamentadas na abordagem funcional, a maioria dos alunos conseguiu correlacionar usos linguísticos a motivações cognitivas e comunicativas quanto aos diferentes modos de organização das orações adjetivas e, em particular, quanto ao emprego das diferentes estratégias de relativização. Ademais, os resultados denotam a necessidade de ajustes devido à realidade das turmas e ao atendimento às bases teóricas que fundamentaram a intervenção. Tais ajustes incluem, por exemplo, o tempo destinado às atividades e a readequação de algumas questões dos exercícios.Dissertação O adjetivo em gêneros argumentativos no ambiente virtual(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-12) Oliveira, Ana Catarina Ferreira Cabral; Silva, José Romerito; http://lattes.cnpq.br/3019853017228573; http://lattes.cnpq.br/2312923434005570; Cunha, Maria Angélica Furtado da; http://lattes.cnpq.br/3577280515125308; Cezario, Maria Maura da Conceição; http://lattes.cnpq.br/7183632335615140; Lucena, Nedja Lima de; http://lattes.cnpq.br/3755188969702068O adjetivo tem sido tradicionalmente visto como adjunto adnominal, modificando o conteúdo de um substantivo, ou como predicativo, incidindo sobre o sujeito ou sobre o objeto da oração. Embora já existam estudos linguísticos que busquem apresentar outros aspectos dessa classe lexical, entre estes, sua função textual, por exemplo, a maioria limita-se a descrevê-la em seus aspectos morfológicos, sintáticos e/ou semânticos. Diante disso, esta Dissertação tem por objetivo geral analisar o uso do adjetivo como suporte argumentativo em gêneros textuais do ambiente virtual da web, buscando mostrar a influência dessa classe na construção argumentativa do texto. O aporte teórico baseia-se na Linguística Funcional norte-americana (GIVÓN, 1995; BYBEE, 2010, entre outros), adicionando-se a essa estudos sobre argumentação (GRÁCIO, 2010; FIORIN, 2014), face e polidez (GOFFMAN, 1980), o conceito do continuum oralidade e escrituralidade (KOCH; OESTEREICHER, 2013), uma vez que alguns gêneros se apresentam mais próximos da oralidade, embora estejam na forma gráfica, além de estudos específicos sobre o adjetivo (SILVA; PRIA, 2001; SILVA, 2019 e outros). No tocante aos procedimentos metodológicos, este trabalho é de caráter qualitativo-interpretativo com suporte quantitativo, com a finalidade de verificar frequência de uso, regularidades e tendências da realização do adjetivo argumentativo dentro do ambiente analisado. O corpus é formado por textos opinativos, na modalidade escrita, retirados da internet, tendo sido selecionados 6 (seis) gêneros: post, reclamação, comentário do leitor, crítica de filmes, editorial e anúncio. Com este estudo, busca-se abranger certa pluralidade de usos do adjetivo, ainda não analisado nesse contexto, o que pode contribuir também para o ensino dessa categoria linguística.Tese Alternância entre futuro do pretérito e pretérito imperfeito do indicativo no domínio funcional da condição contrafactual em comentários no facebook(2018-07-05) Brito, Nara Jaqueline Avelar; Tavares, Maria Alice; ; ; Carvalho, Hebe Macedo de; ; Silva, José Romerito; ; Alves, Maria da Penha Casado; ; Mendes, Wellington Vieira;Nesta tese, abordamos o domínio funcional da condição contrafactual codificada linguisticamente através da construção “se p, então q”, em que a primeira oração indica a situação condicionante e a segunda oração a situação condicionada. Visamos analisar a alternância das formas verbais futuro do pretérito do indicativo (simples e composta) e pretérito imperfeito do indicativo (simples e composta) na codificação da situação referida na oração condicionada, avaliando influências exercidas por fatores sociais (sexo, idade e escolaridade), estruturais (ordem das orações e estruturação da prótase) e semântico-pragmáticos (postura subjetiva, tópico/assunto e tipo de contrafactualidade) sobre o uso dessas formas verbais. Nosso aparato teórico-metodológico se fundamenta em pressupostos da Sociolinguística variacionista e do Funcionalismo linguístico norte-americano. Essa interface teórico-metodológica pode ser denominada Sociofuncionalismo. A amostra de dados desta pesquisa é composta por 346 construções condicionais contrafactuais “se p, então q” extraídas do meio digital, o que confere ao nosso trabalho um pioneirismo na exploração do fenômeno da condição contrafactual em um gênero textual, o comentário no Facebook, no contexto da Comunicação Mediada por Computador. Os resultados, obtidos por meio de análise quantitativa, revelaram haver influência do princípio da marcação linguística sobre a seleção de FP e PI no condicionado contrafactual no que se refere aos fatores semântico-pragmáticos. Fatores definidos como mais marcados favorecem FP, a forma mais marcada no contexto dos comentários no Facebook, enquanto fatores definidos como menos marcados favorecem PI, a forma menos marcada no contexto em questão. Quanto aos fatores sociais, os resultados referentes aos fatores idade e sexo apontam para a possibilidade de mudança em progresso liderada por mulheres na direção do aumento de uso de PI em comentários no Facebook. No que diz respeito à escolaridade, os resultados mostram que FP é favorecido entre escreventes com ensino superior e PI entre escreventes com ensino fundamental e médio. Os grupos de fatores estruturais não foram significativos para o fenômeno variável investigado.Tese Caminhos a trilhar: um estudo sobre os verbos de movimento no português brasileiro(2017-02-20) Araújo, Fabiano de Carvalho; Cunha, Maria Angelica Furtado da; http://lattes.cnpq.br/6413661638480941; Silva, José Romerito; http://lattes.cnpq.br/3019853017228573; Costa, Marcos Antonio; http://lattes.cnpq.br/2063417297534959; Silva, Camilo Rosa da; Vidal, Rosângela Maria BessaEste trabalho tem como objeto de estudo os verbos de movimento e seu objetivo é analisar o estatuto sintático-semântico e discursivo-pragmático das orações com verbos de movimento. A hipótese adotada é que os verbos de movimento constituem uma classe de verbos heterogênea, cujas subclasses apresentam características próprias. A pesquisa segue uma abordagem cognitivo-funcional da linguagem, por reconhecer as contribuições dadas tanto por linguistas funcionais como Talmy Givón, Paul Hopper, Sandra Thompson, quanto por linguistas cognitivos como Michael Tomasello, George Lakoff, entre outros. Os dados foram retirados de duas fontes: (i) Corpus Discurso & Gramática: a língua falada e escrita na cidade do Natal (FURTADO DA CUNHA, 1998); (ii) notícias publicadas em sítios eletrônicos. As orações com verbos de movimento encontradas nesses textos foram submetidos às seguintes análises: (i) classificação desses verbos, de acordo com a visão tradicional de transitividade; (ii) distinção dos tipos semânticos dos verbos de acordo com a proposta de Borba (1996); (iii) identificação dos papéis semânticos dos argumentos dos verbos de acordo Givón (2001), Andrews (1985) e Cançado (2005); (iv) análise dos traços semânticos presentes no significado do verbo em conformidade com Talmy (1985); (v) análise do status informacional dos argumentos nominais dos verbos de movimento pela proposta de Prince (1981); (vi) aferição do grau de transitividade das orações segundo a proposta de Hopper e Thompson (1980); (vii) averiguação da adequação das orações às restrições da estrutura argumental preferida; e (viii) retomada dos parâmetros estudados que favorecem uma categorização dos verbos de movimento. Esta pesquisa revelou que os verbos estudados não constituem uma categoria uniforme, sendo possível definir subclasses com características semelhantes entre si. As diferenças entre os verbos de diferentes subclasses se deram de duas formas: (i) uma classe apresenta um parâmetro e as outras não; (ii) todas as subclasses apresentam o mesmo parâmetro com intensidade diferente.Dissertação O complemento de lugar dos verbos de movimento: implicações para o ensino de língua materna(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-08-26) Araújo, Fabiano de Carvalho; Cunha, Maria Angélica Furtado da; ; http://lattes.cnpq.br/3577280515125308; ; http://lattes.cnpq.br/6413661638480941; Silva, José Romerito; ; http://lattes.cnpq.br/3019853017228573; Gomes, João Bosco Figueiredo; ; http://lattes.cnpq.br/7975659088185082Este trabalho segue uma abordagem funcionalista da linguagem, inspirada nos trabalhos de Givón (1979, 1993), Hopper (1987) e Chafe (1979). O objetivo geral da presente dissertação é analisar o estatuto sintático-semântico dos complementos preposicionados dos verbos de ação que indicam movimento proposital da entidade representada pelo sujeito gramatical. Os dados foram retirados do Corpus Discurso & Gramática: a língua falada e escrita na cidade do Natal (FURTADO DA CUNHA, 1998). Esse banco de dados é constituído de cinco tipos textuais: narrativa de experiência pessoal, narrativa recontada, descrição de local, relato de procedimento e relato de opinião. Os dados foram extraídos de quarenta textos dos estudantes da oitava série do ensino fundamental, vinte da modalidade oral e vinte da modalidade escrita. Os dados foram analisados primeiramente de acordo com sua estrutura argumental. Então, essas SPrep foram agrupados de acordo com o papel semântico que desempenham na oração e, no caso dos complementos preposicionados, que tipo de correlação eles mantêm com o núcleo do Sintagma. Além disso, examinou-se as preposições regidas pelos verbos, relacionando esse exame às prescrições feitas por lexicógrafos e gramáticos. Por fim, observou-se o grau de integração do sujeito gramatical com o verbo de movimento e entre esse e o adjunto adverbial de lugar. Em seguida dedicou-se às questões relativas ao ensino da língua materna. Os resultados das análises demonstraram que a grande maioria dos verbos de movimento pede como complemento de lugar um Sintagma Preposicional com papel semântico direcional meta e, esse complemento é tão integrado ao verbo quanto o sujeitoDissertação A construção [X-vel]Adjetivo: uma abordagem funcional centrada no uso(2017-05-30) Jovem, Manuella Soares; Silva, José Romerito; http://lattes.cnpq.br/3019853017228573; http://lattes.cnpq.br/6081686458660699; Sousa, Ada Lima Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/8548168476594896; Silva, Camilo Rosa daEste estudo tem como foco central adjetivos formados pelo sufixo -vel no português brasileiro, tomando-os como uma construção, ou seja, como o pareamento de forma e função. O objetivo principal é descrever e explicar formal e funcionalmente a construção [X-vel]Adjetivo. Como aporte teórico, recorre-se à Linguística Funcional Centrada no Uso, conforme defendida, por exemplo, em Cezario e Furtado da Cunha (2013), e em Oliveira e Rosário (2015). Essa corrente de pesquisa conjuga o Funcionalismo norte-americano, representado por linguistas como, por exemplo, Talmy Givón, Paul Hopper, Joan Bybee, Sandra Thompson, e a Gramática de Construções, na linha de Adele Goldberg, William Croft, Elizabeth Traugott e Graeme Trousdale. Apoiada nessa perspectiva, a investigação se baseia na ideia de que as línguas são constituídas por uma rede de construções hierarquizadas e inter-relacionadas. Nesta pesquisa, toma-se como base a orientação metodológica da pesquisa qualitativa com suporte quantitativo. Os dados utilizados para a análise foram coletados, principalmente, do Corpus Discurso e Gramática, composto de textos orais e escritos, subdivididos em cinco tipos textuais, produzidos por informantes de cinco cidades brasileiras e de variados níveis de escolaridade. Além disso, foram utilizados também textos de tipologias diversas disponíveis em ambiente eletrônico, por meio do servidor de dados Google. Os resultados desta pesquisa comprovam a importância do estudo dos adjetivos em -vel a partir de seus aspectos formais e funcionais, revelando diferentes motivações implicadas em seus usos. Ademais, algumas ocorrências atestam a presença do processo de extensão semântica relacionado a cenas transitivas e à estrutura argumental subjacente às bases derivacionais na formação desses adjetivos. Desse modo, corrobora-se a ideia de que os adjetivos formados pelo sufixo -vel preservam a semântica de passividade e de possibilidade, uma vez que se relacionam com referentes passivos/não agentivos.Tese A construção estativa com o verbo ser no português brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-07-20) Sabino, Marília Campos; Silva, José Romerito; ; http://lattes.cnpq.br/3019853017228573; ; http://lattes.cnpq.br/7680101229469049; Cunha, Maria Angélica Furtado da; ; http://lattes.cnpq.br/3577280515125308; Lucena, Nedja Lima de; ; http://lattes.cnpq.br/3755188969702068; Gomes, Dioney Moreira; ; http://lattes.cnpq.br/8981925310366979; Costa, Sheyla Patricia Trindade da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/5836536935416996Nesta tese, toma-se como objeto de estudo a construção estativa com o verbo ser. Até o momento, grande parte do material disponível e das pesquisas já empreendidas enfatiza, sobretudo, a análise do processo de gramaticalização desse verbo e o classifica, de um ponto de vista apenas morfossintático, como o representante mais geral dos verbos relacionais ou como um verbo auxiliar, semanticamente desbotado e com valor procedural. Entretanto, amostras da construção estativa com o verbo ser no português contemporâneo revelam um processo de variação em seus usos. Nesse sentido, busca-se analisar padrões construcionais (gramaticais e lexicais) instanciados por essa construção na atualidade, considerando sua multiplicidade semântica, aspectos cognitivos e interacionais, bem como a gradiência léxico – gramática. A análise proposta tem natureza quali-quantitativa e se fundamenta na Linguística Funcional Centrada no Uso, que conjuga a tradição funcionalista norte-americana, representada por pesquisadores como Talmy Givón, Paul Hopper, Joan Bybee, Elizabeth Closs-Traugott, com a Linguística Cognitiva, em especial, a corrente vinculada à Gramática de Construções, conforme postulada por Adele Goldberg, William Croft, Jan-Olla Östman, entre outros. Os dados advêm de textos reais extraídos do Corpus Discurso & Gramática – Corpus D&G (VOTRE; OLIVEIRA, 1995, 1996, 1997, 1998; FURTADO DA CUNHA, 1998), em sua modalidade escrita, do Banco Conversacional de Natal – BCN (FURTADO DA CUNHA, 2011) e de canções coletadas na internet. Os resultados obtidos indicam que os padrões da construção em estudo evidenciam um deslizamento semântico que vai, em uma gradiência, de verbo predicador a verbo relacional e a verbo auxiliar, havendo ainda ocorrências em construções das parcialmente especificadas e flexíveis às mais idiossincráticas. Ratifica-se, nesse sentido, a relevância da interface entre os aspectos formais e funcionais na análise dos usos linguísticos.Tese A construção medial no português do Brasil: usos no padrão reclamação digital(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-27) Melo, Nádia Maria Silveira Costa de; Cunha, Maria Angélica Furtado da; ; http://lattes.cnpq.br/3577280515125308; ; http://lattes.cnpq.br/1868232750766520; Bispo, Edvaldo Balduino; ; http://lattes.cnpq.br/8914149462152107; Silva, José Romerito; ; http://lattes.cnpq.br/3019853017228573; Gomes, João Bosco Figueiredo; ; http://lattes.cnpq.br/7975659088185082; Oliveira, Leonor de Araújo Bezerra; ; http://lattes.cnpq.br/1338364568405552Esta tese examina a construção medial do português do Brasil (PB). Trata-se de uma construção que descreve um evento causativo, em que um participante sujeito não-humano é afetado por uma ação que não emana dele. Interessa-nos investigar essa construção a partir de suas funções semântico-cognitivas e discursivopragmáticas, suas características específicas, motivações e contexto discursivo em que seu uso é recorrente. Para tanto, buscamos responder às seguintes questões: qual a configuração estrutural prototípica da construção medial (CM) no Português do Brasil? Quais são suas funções discursivas específicas? Qual é o grau de transitividade da CM com base nas propriedades propostas por Hopper e Thompson (1980)? Partimos do pressuposto de que a construção medial possui estrutura própria que particulariza sua dimensão significativa, garantindo um certo distanciamento entre o responsável pelo evento e a entidade afetada. A fundamentação teórica provém da Linguística Funcional Centrada no Uso (FURTADO DA CUNHA; BISPO; SILVA, 2013). É uma pesquisa de natureza qualitativo-interpretativista que tem como prioridade a análise de ocorrências oriundas de textos produzidos por usuários da língua portuguesa do Brasil em situação efetiva de comunicação. Os dados empíricos analisados provêm de textos eletrônicos disponíveis no sítio www.reclameaqui.com.br. Os resultados revelaram a existência de diferentes configurações em português para a construção medial, sendo a prototípica a formada por SN+V. Do ponto de vista morfossintático e semântico, a construção expressa um sujeito afetado por uma ação que não parte dele. Quanto ao aspecto pragmático, a construção expressa um evento que parece ter como propósito enfatizar o argumento afetado e ignorar, intencionalmente ou não, o agente ou o causativo, por ser irrelevante para o falante/ouvinte na situação de comunicação.Dissertação A construção temporal [XTEMP + (EM) + QUE + O] no português brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-16) Moreira, Beatriz de Lucena; Bispo, Edvaldo Balduino; ; http://lattes.cnpq.br/8914149462152107; ; http://lattes.cnpq.br/4080425846865547; Silva, José Romerito; ; Cezario, Maria Maura;Neste trabalho, focalizo a construção temporal [XTEMP + (EM) + QUE + O], em seus aspectos formais e funcionais. Objetivo analisar aspectos estruturais, semântico-cognitivos e pragmáticos envolvidos em seu uso. Em termos metodológicos, esta pesquisa envolve tanto o viés quantitativo - relacionado à verificação da frequência de uso da construção em foco e sua descrição - como o qualitativo, que diz respeito ao estabelecimento das motivações implicadas no uso dessa construção. O banco de dados utilizado para análise consiste de exemplares escritos do corpus mínimo do Projeto Para a História do Português Brasileiro (PHPB) e de textos escritos e falados do português contemporâneo, coletados no Corpus Discurso & Gramática. O trabalho fundamenta-se no aporte teórico da Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU), conforme caracterizada por Furtado da Cunhas, Bispo e Silva (2013). Ademais, agrego contribuições da Gramática de Construções, conforme Croft (2001), Goldberg (2006) e Traugott e Trousdale (2013). Os resultados mostram, dentre outros aspectos, que a construção temporal investigada licencia dois padrões subesquemáticos (distintos pela presença ou não de preposição em antes de que), os quais apresentam especificidades semântico-cognitivas e pragmáticas, estando seu uso correlacionado ao gênero textual e à modalidade de língua em que foram produzidos. Esses dois subesquemas convivem, pelo menos, desde o século XIX, e parecem representar formas em competição, revelando um caso de mudança construcional. Também parece haver um processo de construcionalização no interior da construção em estudo, envolvendo estruturas menores, no caso [XTEMP] e [EM QUE], que passam a constituir um novo pareamento forma-função [XTEMP + QUE], o qual funciona como conector oracional.Dissertação A construção transitiva comitativa sob a ótica da linguística funcional centrada no uso(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-05-31) Cavalcante, Ana Luíza de Andrade; Silva, José Romerito; http://lattes.cnpq.br/3019853017228573; http://lattes.cnpq.br/6571344314406444; Bispo, Edvaldo Balduino; http://lattes.cnpq.br/8914149462152107; Costa, José da Luz da; http://lattes.cnpq.br/1595937586117375; Santos, Ricardo Yamashita; http://lattes.cnpq.br/3306875710446682Neste trabalho, faz-se um estudo a respeito da Construção Transitiva Comitativa (CTC). A tradição gramatical dá pouca atenção ao verbo transitivo relativo/oblíquo, sendo a exceção disso Rocha Lima (2011). Na fronteira entre a gramática tradicional e a Linguística, encontram-se Bechara (2009) e Azeredo (2009), que fazem breve exposição sobre o complemento relativo. Tratando desse tipo de verbo e de seu complemento em suas gramáticas, de base linguística, Mateus et al. (2003) e Castilho (2012) denomina-os, respectivamente, como verbo transitivo oblíquo e complemento oblíquo, examinando aspectos semânticos e morfossintáticos a eles relacionados. Em abordagens avulsas no campo linguístico, existem os trabalhos de Souza (2011), Jarnalo (2014) e Lerner (2015). Em todos eles, o verbo transitivo relativo e/ou o complemento relativo são vistos ressaltando-se unicamente seus aspectos semântico-sintáticos. Afastando-se, em parte, dessas abordagens, a oração com verbo transitivo relativo/oblíquo (incluindo seu complemento) é tratada aqui em perspectiva construcional. Para tanto, utilizase o aparato teórico-metodológico da Linguística Funcional Centrada no Uso de viés construcionista, conforme se encontra em Furtado da Cunha, Bispo e Silva (2013), Rosário e Oliveira (2016), entre outros. O material de análise é composto por dados do Corpus Discurso e Gramática em suas versões do Rio de Janeiro (VOTRE; OLIVEIRA, 1995), Rio Grande (VOTRE; OLIVEIRA, 1996), Juiz de Fora (VOTRE; OLIVEIRA, 1997) e Natal (FURTADO DA CUNHA, 1998). Os dados do corpus indicam que a CTC apresenta certa variedade semântica relacionada à extensão de seu significado básico. Ademais, seu complemento parece exibir diferentes graus de integração sintática com o verbo a que se vincula bem como links de herança diversos. Em tais fenômenos, estão implicados fatores de natureza cognitiva (como chunking, analogização, metonimização e metaforização) e discursivo-interacionais (entre eles, perspectivização, intersubjetividade e inferência pragmática).Tese A construção transitiva no PB: uma abordagem funcional centrada no uso(2016-02-26) Lucena, Nedja Lima de; Cunha, Maria Angelica Furtado da; ; ; Silva, José Romerito; ; Costa, Marcos Antonio; ; Souza, Maria Medianeira de; ; Nogueira, Márcia Teixeira;Esta tese examina um tipo de construção pertencente à subclasse das construções de estrutura argumental: a construção transitiva. O trabalho assume que a construção transitiva - pareamento entre forma e significado - é uma construção do português, de maneira que há aspectos sintáticos-semânticos dessa construção que não podem ser atribuídos a outra. Desse modo, são examinadas as instanciações da construção transitiva, compostas por orações simples formadas sintaticamente por Sujeito - Verbo - Objeto, oriundas das modalidades de fala e de escrita, e coletadas de corpora diversos. A pesquisa é orientada pelo quadro teórico da Linguística Funcional Centrada no Uso, que abriga a concepção de que as línguas são moldadas pela complexa interação de princípios cognitivos e funcionais que desempenham um papel basilar na manifestação dos fenômenos linguísticos. Sendo assim, a tese ancora-se fundamentalmente no modelo da gramática de construção e no modelo dos protótipos para explicar a configuração da construção transitiva. À luz desse quadro, este trabalho parte do princípio de que a manifestação discursiva das diferentes instanciações da construção está diretamente ligada à conceptualização da experiência humana, isto é, ao modo como os seres humanos apreendem o mundo e falam sobre ele. Parte-se da hipótese de que distintos tipos semânticos de verbos e seus papéis participantes interagem com a construção transitiva, de maneira que essa interação pode motivar a emergência de novos sentidos atribuídos às instanciações. Por sua vez, essas instanciações estão ligadas entre si por meio de elos de polissemia, o que pode justificar uma organização hierárquica da construção transitiva em subesquemas e microconstruções. Além disso, processos cognitivos de domínio geral são subjacentes à manifestação discursiva da construção em tela e, por isso, são examinados na pesquisa. O trabalho conclui que a construção transitiva é altamente esquemática e produtiva, tanto em termos de types quanto de tokens, o que justifica o alto número de verbos licenciados por essa construção, bem como atesta que a aproximação e/ou afastamento entre as instanciações são motivados preponderantemente por propriedades semânticas. A proposta de investigar como a construção transitiva se manifesta no uso interativo da língua tem por finalidade contribuir para a descrição das construções do português.Tese Construções gramaticais com ir no português brasileiro contemporâneo(2017-08-29) Andrade, Maria Aparecida da Silva; Silva, José Romerito; Cunha, Maria Angelica Furtado da; ; ; ; Bispo, Edvaldo Balduino; ; Costa, Marcos Antonio; ; Oliveira, Leonor de Araújo Bezerra; ; Vidal, Rosângela Maria Bessa;Esta tese examina construções gramaticais com o verbo ir no português brasileiro contemporâneo. A hipótese é que esse verbo, acompanhado de outros elementos linguísticos (como ver, que, lá e ainda) mais outra oração, forma construções gramaticais, nos termos de Goldberg (1995, 2003). Assim, interessa investigar funções semântico-cognitivas e discursivo-pragmáticas dessas construções, examinando-se: 1) os elementos constitutivos da construção em seus aspectos morfossintáticos e semânticos; 2) contextos de uso dessas construções e suas instanciações; 3) processos cognitivos envolvidos para a diferenciação categorial e semântica; e 4) motivações discursivo-pragmáticas implicadas nos usos dessas construções. A pesquisa fundamenta-se teoricamente nos pressupostos da Linguística Funcional Centrada no Uso articulada ao modelo teórico da Gramática de Construções. A metodologia é de base qualitativo-interpretativista, na qual se analisam exemplares encontrados em alguns padrões discursivos constantes em jornais e revistas, provenientes do Buscador Google, produzidos em situações reais de comunicação. Os resultados apontam que as construções gramaticais com ir podem ser consideradas, em certa medida, parcialmente especificadas, de produtividade limitada e gradientes quanto à composicionalidade. Ademais, indicam que essas construções resultam de extensões de sentido (metonímicas e metafóricas), estando fortemente vinculadas à (inter)subjetividade.Tese Desinformação tem tratamento: leitura crítica contra a pandemia de fake news e pós-verdade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-09-22) Silva, Francisco Geoci da; Medeiros, Glicia Marili Azevedo de; http://lattes.cnpq.br/1417959539739192; http://lattes.cnpq.br/9602651350365971; Silva, José Romerito; https://orcid.org/0000-0002-2507-9742; http://lattes.cnpq.br/3019853017228573; Oliveira, Maria do Socorro; http://lattes.cnpq.br/2466431637840602; Kleiman, Angela Del Carmen Bustos Romero de; http://lattes.cnpq.br/4416353554838830; Kersch, Dorotea Frank; https://orcid.org/0000-0002-9335-4646; http://lattes.cnpq.br/4951080302973564A sociedade está em processo de digitalização acentuada. Com isso, diversas possibilidades de interações instantâneas em espaços virtuais se abrem aos indivíduos, assim como o acesso a informações provenientes de fontes diversas. Não obstante, não se pode desconsiderar que, para além do potencial benéfico dessas interações, isso tem feito emergir novos problemas, agravados pela grande difusão de conteúdos em rede e à formação de espaços de afinidade, as chamadas bolhas, pouco permeáveis a pensamentos divergentes. Um dos resultados disso é a criação de grupos cujos indivíduos, mutuamente, reforçam vieses de confirmação compartilhados, os quais se fundam em aspectos intersubjetivos, como crenças, valores e ideologias. Nesse contexto, torna-se notável a formação de “ecossistemas” em que fake news e pós-verdades se proliferam com maior intensidade justamente por se servirem desses vieses para manipular a percepção das pessoas em relação à realidade, propondo fatos e verdades alternativas sem o lastro de situações concretas. O resultado disso é uma desestabilização do debate público acerca de temas de grande relevância para a sociedade brasileira, como as opções de enfrentamento da pandemia desencadeada pelo SARS-CoV-2, causador da Covid-19, cujo resultado, como se viu, foi o agravamento dos problemas de saúde pública por levarem parte da população a comportamentos de risco nos momentos mais delicados da pandemia. A crença em panaceias e em discursos anticiência - promovida, inclusive, por figuras políticas - motivou, em parte, o relaxamento quanto a medidas de biossegurança, como o distanciamento social e o uso de máscaras, em contrapartida, estimulou a adoção de supostos tratamentos (sem qualquer eficácia comprovada) em detrimento das medidas anteriormente citadas e da vacinação, principal medida profilática para evitar quadros graves de Covid. Dentre outras consequências, o Brasil teve de lidar com um número de perdas bastante expressivo. Diante disso, e visto que fake news e pós-verdades continuam a influenciar negativamente os rumos do país, tomamos como objeto de estudo a assunção de princípios de leitura crítica voltada à identificação de desinformações veiculadas em textos compartilhados em redes sociais e mensageiros. Em decorrência do cenário descrito e do objeto de pesquisa apresentado, nesta tese, temos como objetivo geral investigar, a partir da análise dos dados, a emergência de princípios de leitura crítica responsivos a fake news e pós-verdades. Para alcançá-lo, traçamos dois objetivos específicos: identificar estratégias recorrentes na construção discursiva de pós-verdades e sua articulação com fake news; e analisar de que forma os princípios emergentes dos dados, se houver, podem ser utilizados para desvelar estratégias adotadas na construção de pós-verdades. A fim de alcançarmos esses objetivos, estabelecemos uma interface, no seio da Linguística Aplicada, entre os estudos de letramento de vertente sociocultural, a pedagogia dos multiletramentos, a Nova Retórica e a argumentação como processo interacional. Quanto aos dados do corpus, eles foram gerados com base nas metodologias documental e bibliográfica, contemplando algumas fake news de grande alcance, compartilhadas em redes sociais e em grupos de mensageiros, e a análise dos discursos veiculados se deu com base no paradigma qualitativo e interpretativista. Nosso estudo identificou a emergência de alguns princípios que podem fundamentar o ensino-aprendizagem de leitura crítica, voltados à formação de leitores capazes de identificar conteúdos falsos e de (re)agir responsivamente diante deles. Ademais, com base nos resultados da pesquisa, elaboramos, como produto destacável, um e-book com 10 oficinas de multiletramentos voltadas ao ensino-aprendizagem dos princípios de leitura crítica inferidos a partir da análise dos dados e em consonância com as estratégias identificadas e mapeadas.Tese Evento de movimento transitivo: uso, cognição e rede construcional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-06-24) César, Alan Marinho; Cunha, Maria Angélica Furtado da; ; ; Rosário, Ivo da Costa do; ; Silva, José Romerito; ; Cezario, Maria Maura da Conceição; ; Rodrigues, Tiago de Aguiar;Nesta tese, examino a codificação semântico-sintática do evento de movimento transitivo, com o objetivo de tratar da relação entre o tipo de evento expresso pela construção de movimento transitivo (CMT) e os esquemas cognitivos por ela acionados. Conceituo o verbo de movimento transitivo (VMT) como aquele predicador de dois ou três argumentos que implica o movimento de, pelo menos, uma entidade de um lugar a outro. A partir da observação dos contextos de uso de construtos com esse tipo de verbo, proponho uma rede construcional hierárquica que acomode os diferentes padrões que podem instanciar a construção de movimento transitivo (CMT), tendo em vista aspectos da configuração argumental dos VMT e dos esquemas cognitivos subjacentes a esses padrões. A base teórica que fundamenta esta tese conjuga pressupostos advindos da Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU), da Linguística Cognitiva (LC) e da Gramática de Construções (GC). As categorias de análise adotadas dizem respeito, principalmente, à transitividade, aos papéis semânticos, à prototipicidade, à semântica de frames, aos esquemas imagéticos e às metáforas conceptuais. A investigação empreendida é de natureza dedutiva, com caráter metodológico que parte de uma abordagem mista (qualiquantitativa). Os dados que fundamentam a análise foram coletados de fontes diversas: o Corpus Discurso & Gramática, o Banco de Sentenças da Justiça Federal do Rio Grande do Norte (JFRN), o Banco de Dados do Programa de Estudos Sobre o Uso da Língua da UFRJ (Projeto PEUL) e textos disponíveis on-line em sites de revistas de ampla circulação. Os resultados da pesquisa revelaram a existência de um esquema construcional, organizado sintaticamente como SNSUJEITO + VMOV + SNOD + (SP), o qual sanciona três subesquemas e sete microconstruções que, por sua vez, revelam noções de movimento causado, movimento percorrido e movimento associado.Artigo Intensificação do verbo e mudança construcional(SOLETRAS – Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística – PPLIN, 2019-04-24) Silva, José RomeritoNeste trabalho, temos como foco central a intensificação de verbos com super. Partimos da hipótese de que se trata de um fenômeno de mudança construcional. Temos como objetivo mostrar que essa forma de intensificar o verbo difere do modo convencional – em que super é prefixo participante da formação lexical do verbo –, configurando-se, portanto, uma nova microconstrução no português brasileiro contemporâneo. Para tanto, valemo-nos do aparato teórico-metodológico da Linguística Funcional Centrada no Uso. Como material de análise, utlizamos textos de gêneros variados nas modalidades falada e escrita. Investigações preliminares apontam que a intensificação verbal com super parece ainda se limitar à fala espontânea pouco monitorada ou à escrita mais próxima dessa forma de oralidadeTese Marcadores da organização do padrão discursivo narrativo: uma abordagem funcional centrada no uso(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-06-21) Oliveira, Leonor Araújo Bezerra; Cunha, Maria Angélica Furtado da; ; http://lattes.cnpq.br/3577280515125308; ; http://lattes.cnpq.br/1338364568405552; Silva, José Romerito; ; http://lattes.cnpq.br/3019853017228573; Costa, Marcos Antonio; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798549T9; Souza, Maria Medianeira de; ; http://lattes.cnpq.br/5875520624340562; Oliveira, Mariangela Rios de; ; http://lattes.cnpq.br/5470485171881359Esta tese tem como objeto os Marcadores da Organização do Padrão Discursivo Narrativo (MON), a partir de sua ocorrência em corpora orais e escritos de diferentes realizações do discurso narrativo, considerando seu lócus de ocorrência na narrativa e sua função discursiva. A pesquisa norteia-se pela Linguística Funcional Centrada no Uso, abordagem para a qual a organização da língua é ligada diretamente à experiência do usuário, de modo que a gramática é moldada pelo discurso. Foram examinados apenas os trechos narrativos de Relatos de experiência, Contos e Lendas nas modalidades oral e escrita, conforme descrito a seguir: 3 inquéritos do Corpus Relatos dos Remanescentes Quilombolas (RN); 11 lendas do Corpus Lendas do Amazonas , 14 Contos do Corpus Contos Brasileiros e 21 Relatos de experiência do Corpus Discurso e Gramática, com cerca de 10.000 palavras em cada um dos Corpus. No total, foram identificados 22 marcadores, os quais foram: (1) classificados segundo o lócus de ocorrência na estrutura narrativa, conforme Labov (1972); (2) relacionados, de acordo com o tipo de padrão discursivo narrativo em que ocorrem; (3) descritos a partir da função discursiva que desempenham. A pesquisa tem sua relevância, na medida em que toma como base de análise o discurso e oferece propostas para o ensino produtivo de língua materna no qual alunos e professores possam, fundamentados nos estudos linguísticos, considerar a língua viva, como objeto de estudo, baseando-se nas Orientações Curriculares Nacionais (OCN) e fazendo uso das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC)Dissertação Motivações competidoras entre a construção relativa passiva e a construção de adjetivo deverbal de particípio passado(2018-07-31) Lira, Arthur Rasec Cavalcante de; Silva, José Romerito; ; ; Costa, José da Luz da; ; Costa, Sheyla Patricia Trindade da Silva;Um fenômeno recorrente no português brasileiro – e praticamente não investigado – é a suposta variação entre a construção relativa na voz passiva, como em “[d]a menina que foi queimada pelos sequestradores”, e a construção de adjetivo deverbal de particípio passado, como em “um congresso de jovens organizado pela diretoria da jubaleste”, ambas na função de modificador nominal. Mesmo que tais construções sejam vistas como intercambiáveis, percebemos que elas apresentam propriedades formais distintas e desempenham funções semântico-cognitivas e discursivo-pragmáticas diferentes. Em razão disso, o foco central deste trabalho é a construção relativa na voz passiva (CRVP) e a construção de adjetivo deverbal de particípio passado (CAPP). Nosso objetivo é identificar motivações para os usos dessas construções, considerando fatores que favorecem ou restringem o recurso a uma e à outra. Para fundamentar nossa análise, valemo-nos do aporte teórico-metodológico da Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU), integrando contribuições da Gramática de Construções, com base em pesquisadores como Croft (2001), Goldberg (1995, 2003, 2006), Bybee ([2010] 2016), Traugott e Trousdale (2013), entre outros. Metodologicamente, a pesquisa caracteriza-se como qualitativa com suporte quantitativo. O material de análise é proveniente do Corpus Discurso & Gramática – Seção Natal, constituído de textos falados e escritos de informantes de diferentes níveis de escolaridade.Dissertação Motivações semântico-cognitivas e discursivo-pragmáticas no uso de sufixos graduadores nominais(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-02-25) Carvalho, Vanessa Guedes de; Bispo, Edvaldo Balduino; ; http://lattes.cnpq.br/8914149462152107; ; http://lattes.cnpq.br/2163811893652960; Silva, José Romerito; ; http://lattes.cnpq.br/3019853017228573; Vidal, Rosângela Maria Bessa; ; http://lattes.cnpq.br/7320853753425091Neste trabalho, estudamos o uso de sufixos graduadores nominais, a exemplo de -inho, -ão, - íssimo, -ílimo, -érrimo, em textos escritos do Português Brasileiro, focalizando aspectos semânticos, cognitivos, discursivos e pragmáticos envolvidos no uso desses sufixos. Em linhas gerais, objetivamos identificar fatores semântico-cognitivos e discursivo-pragmáticos implicados no uso de sufixos graduadores nominais e contribuir para o estudo do grau em aulas de Língua Portuguesa da Educação Básica. A perspectiva teórica que fundamenta nossa pesquisa é a da Linguística Funcional Centrada no Uso, conforme concebida por pesquisadores do grupo Discurso & Gramática (FURTADO DA CUNHA, BISPO, SILVA, 2013; MARTELOTTA, 2011). Segundo essa vertente teórica, os usos linguísticos modelam a forma da gramática de uma língua ao mesmo tempo em que são contingenciados por ela. Nesse sentido, discurso e gramática influenciam-se mutuamente. Em termos metodológicos, fazemos uma pesquisa de cunho eminentemente qualitativo com suporte quantitativo como evidência de tendência de uso. Caracteriza-se ainda pelo viés descritivo e interpretativista do fenômeno sob estudo. Os dados empíricos de nossa análise provêm de um corpus constituído de textos escritos extraídos da revista Veja, edições de janeiro a junho de 2011, particularmente das seções Carta do Leitor e Gente, esta última representante da Coluna Social da revista. Os resultados de nossa análise mostram que os usos dos sufixos graduadores nominais estão relacionados a fatores semântico-cognitivos (construção de determinados sentidos do texto, associação a aspectos mais ancorados na experiência concreta ou a sentidos mais abstratos, por exemplo), a questões discursivo-pragmáticas (alcance de determinados propósitos comunicativos, como criticar, julgar, ironizar, reivindicar, envolvendo o leitor, buscando-lhe a adesão a determinado ponto de vista). Além disso, verificamos que os usos desses elementos mórficos nos gêneros textuais da amostra analisada relacionavam-se à subjetividade do redator e a questões intersubjetivas, envolvendo escrevente e leitor, conforme Traugott e Dasher (2005). Por fim, contemplamos discussão acerca da abordagem de nosso objeto de estudo em aulas de Língua Portuguesa na Educação Básica.Artigo A mudança linguística sob a ótica da Linguística Funcional(Laborhistórico, 2019-06-24) Silva, José Romerito; Cunha, Maria Angélica Furtado daNeste trabalho, temos como foco central o tratamento da mudança linguística sob a ótica da Linguística Funcional. Nosso objetivo é traçar um breve histórico da abordagem desse fenômeno a partir de vieses distintos no âmbito do paradigma funcionalista, procurando identificar avanços e aprimoramentos das pesquisas sobre esse tema. Para tanto, recuperamos, primeiramente, estudos da gramaticalização no quadro da Linguística Funcional clássica, ou de vertente norte-americana. Em seguida, focalizamos a proposta que buscou articular o estudo da gramaticalização ao conceito de construção. Por fim, apresentamos a abordagem construcionista de mudança linguística, especialmente na linha de Traugott e Trousdale (2013) bem como na de Hilpert (2013a, 2013b)Artigo O pareamento forma-função nas construções: questões teóricas e operacionais(Revista Linguística, 2016-12) Silva, José Romerito; Cunha, Maria Angélica Furtado da; Bispo, Edvaldo BalduínoNeste artigo, discutimos o conceito de construção na perspectiva construcionista de Goldberg (1995, 2006) e Croft (2001). Nesse sentido, tratamos, primeiramente, de aspectos relativos à natureza e às propriedades da construção; prosseguindo, concentramo-nos em questões que dizem respeito à relação forma-função, mais especificamente no que se refere à tensão entre arbitrariedade e iconicidade e ao status desses dois componentes da construção. Do ponto de vista teórico-metodológico, fundamentamo-nos na recente tendência de abordagem denominada Linguística (Funcional) Centrada no Uso, a qual se caracteriza pela articulação entre o Funcionalismo norte-americano e a Gramática de Construções, conforme se encontra em Cezario e Furtado da Cunha (2013), Oliveira e Rosário (2015). A discussão tem como objetivo definir acomodações conceituais e analíticas para a investigação de fenômenos linguísticos