Navegando por Autor "Silva, Lígia Maria da"
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Tese Abordagem funcionalista da oração adjetiva: descrição e ensino(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-12-21) Silva, Lígia Maria da; Bispo, Edvaldo Balduino; ; ; http://lattes.cnpq.br/4472234779612619; Silva, José Romerito; ; Lucena, Nedja Lima de; ; Oliveira, Mariangela Rios de; ; Lacerda, Patrícia Fabiane Amaral da Cunha;Nesta pesquisa, desenvolvemos uma interface entre a descrição e o ensino da oração adjetiva, objetivando caracterizá-la em termos morfossintáticos, semânticos e discursivo-pragmáticos e contribuir para a melhoria do ensino desse tópico gramatical por meio de uma abordagem funcionalista. Para tanto, temos por base a Linguística Funcional norte-americana, inspirada em Givón, Bybee, Traugott, entre outros. Consideramos, também, as orientações de documentos norteadores do ensino de Língua Portuguesa para a Educação Básica: as Orientações Curriculares Nacionais (BRASIL, 2006) e a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018). A descrição da oração adjetiva com base em pesquisas funcionalistas, como as de Oliveira (2001), Bispo (2009, 2014a, 2014b, 2018) e Souza (2009), contempla aspectos de diferentes naturezas, relacionados ao nível de encaixamento morfossintático, à classificação semântica, às estratégias de relativização, dentre outros. Quanto ao ensino, os documentos orientam que a prática de análise linguística possa expandir as possibilidades de uso da linguagem, ampliando a capacidade crítica do aluno. A hipótese geral de trabalho é que a descrição e a análise funcionalista das adjetivas contemplam os diferentes modos de organização desse tipo oracional bem como aspectos estruturais e funcionais vinculados a essas formas de expressão e que a abordagem das adjetivas em sala de aula, nessa perspectiva, deve partir de usos efetivos dessas formas, canônicas ou não, associando-as aos diferentes contextos comunicativos e aos efeitos de sentido que se pretende alcançar. A partir disso, elaboramos uma proposta didática que foi aplicada em turmas dos níveis fundamental e médio de uma escola pública da rede estadual em Natal/RN. Trata-se de uma pesquisa de cunho quali-quantitativo, tendo em vista a interpretação e análise do material obtido na intervenção. Quanto à descrição da adjetiva, esta tese resultou na proposição de um continnum de integração com base nas discussões sobre as diferentes configurações da adjetiva em pesquisas funcionalistas. Foram considerados os critérios de definitude do Sintagma Nominal (SN) antecedente, informatividade do SN antecedente, presença/ausência de pronome relativo, fundidade da adjetiva, pausa, inserção e ruptura sintática. As adjetivas foram dispostas nesta sequência, do menor ao maior nível de encaixamento: desgarrada > explicativa finita prototípica > explicativa não finita > explicativa finita não prototípica > relativa livre > restritiva finita não prototípica > restritiva finita prototípica > restritiva não finita. Em relação à proposta didática, os resultados revelam que, após as aulas fundamentadas na abordagem funcional, a maioria dos alunos conseguiu correlacionar usos linguísticos a motivações cognitivas e comunicativas quanto aos diferentes modos de organização das orações adjetivas e, em particular, quanto ao emprego das diferentes estratégias de relativização. Ademais, os resultados denotam a necessidade de ajustes devido à realidade das turmas e ao atendimento às bases teóricas que fundamentaram a intervenção. Tais ajustes incluem, por exemplo, o tempo destinado às atividades e a readequação de algumas questões dos exercícios.Dissertação Orações relativas no português brasileiro em perspectiva histórica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-11-20) Silva, Lígia Maria da; Bispo, Edvaldo Balduino; ; http://lattes.cnpq.br/8914149462152107; ; http://lattes.cnpq.br/4472234779612619; Rosário, Ivo da Costa do; ; http://lattes.cnpq.br/3573087642345531; Costa, Marcos Antonio; ; http://lattes.cnpq.br/2063417297534959Neste trabalho, focalizamos as estratégias de relativização, em corpus diacrônico do Português Brasileiro (PB). Em linhas gerais, objetivamos investigar o uso das relativas em perspectiva histórica no PB, focalizando motivações cognitivas e interacionais implicadas e a correlação com as tradições discursivas. A perspectiva teórica que fundamenta o nosso estudo é a da Linguística Funcional de vertente norte-americana, inspirada em Talmy Givón, Sandra Thompson, Paul Hopper, Joan Bybee, Elizabeth Traugott, Mário Martelotta, Angélica Furtado da Cunha, entre outros, conjugada a contribuições das Tradições Discursivas, com base em autores como Kabatek, Koch e Oesterreicher. Quanto à metodologia, a nossa pesquisa é eminentemente qualitativa, no sentido de que busca elucidar motivações discursivo-pragmáticas e cognitivas relacionadas ao uso das estratégias de relativização no PB; e tem suporte quantitativo, no que se refere ao aspecto mensurável dos dados e caracterização do objeto de estudo e sua frequência de uso. Para esta investigação, utilizamo-nos dos corpora do projeto Para a História do Português Brasileiro (PHPB), de modo mais específico, das cartas particulares, oficiais, de leitor e de redator escritas entre os séculos XVIII e XX, de quatro estados: Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e Rio de Janeiro. Os resultados desta pesquisa revelam a variação no domínio da relativização, tendo em vista o aumento do percentual de relativas cortadoras no corpus desta investigação, ainda que a ocorrência dessa estratégia esteja mais restrita às cartas particulares. Além disso, verificamos fatores de natureza cognitiva como redução do custo cognitivo e economia relacionados à ocorrência da relativa cortadora, principalmente, nas cartas particulares; aspectos como a necessidade de expressividade e clareza relacionados ao uso, mesmo que pouco frequente, da copiadora, principalmente nas cartas oficiais; e fatores de ordem comunicativa como a esfera pública de circulação de parte das cartas da amostra, como nas cartas de redator e do leitor, e o distanciamento entre os interlocutores implicados mais diretamente no uso das relativas padrão da nossa amostra.