Navegando por Autor "Silva, Maria Leidinice da"
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Tese Avaliação do impacto das mudanças climáticas na América do Sul Tropical usando downscaling dinâmico: histórico e futuro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-06-24) Silva, Maria Leidinice da; Oliveira, Cristiano Prestrelo de; Silva, Cláudio Moisés Santos e; https://orcid.org/0000-0002-2251-7348; http://lattes.cnpq.br/1394248306018449; http://lattes.cnpq.br/2461244145338043; https://orcid.org/0000-0002-9495-3974; http://lattes.cnpq.br/8364369192283433; Gonçalves, Weber Andrade; Freitas, Ana Carolina Vasques; Ambrizzi, TercioVários estudos têm apontado a América do Sul (AS) como uma das regiões continentais com maior grau de vulnerabilidade face às mudanças climáticas. Diante disso, simulações regionalizadas com o Regional Climate Modeling system versão 4.7 (RegCM4.7) acoplado ao Community Land Model versão 4.5 (CLM4.5) sob os cenários de baixa (RCP2.6) e alta (RCP8.5) emissões que interagem com o Fifth Assessment Report do Intergovernmental Panel on Climate Change (AR5-IPCC) foram realizadas sobre a AS tropical (AST). O objetivo é avaliar o Added Value (AV) da modelagem regional por meio do downscaling dinâmico durante o período histórico (1986–2005), bem como analisar os aspectos regionais projetados pelo modelo em reportar as mudanças climáticas no futuro distante (2080–2099). Diante disto, esta pesquisa constituiu de três etapas principais: i) inicialmente, o método Technique for Order Performance by Similarity to Ideal Solution (TOPSIS) – entre outras análises – foi usado para avaliar e ranquear os General Circulation Models (GCM) integrantes do Coupled Model Intercomparison Project Phase 5 (CMIP5) ao reproduzir variáveis de superfície sobre sub-regiões da AST; ii) além de demonstrar uma metodologia de seleção que evita os modelos de entrada menos realísticos, após a seleção do GCM foi realizado o downscaling dinâmico sobre o domínio da AST e, consequentemente a validação das simulações; iii) por fim, os extremos climáticos foram avaliados. O clima sobre o domínio de interesse foi caracterizado com base nas variáveis de precipitação e temperatura do ar próximo à superfície. O clima médio do período histórico foi confrontado com o conjunto de dados mensais do Climate Research Unit versão ts4.02 (CRU). Por sua vez, o conjunto de dados diários do Climate Prediction Center (CPC) foi utilizado para validar os extremos climáticos. Os resultados do método TOPSIS apontam os GCMs BNU-ESM, CSIROACESS1.0, HadGEM-ES, INMCM4, NorESM-ME e MME, como um dos melhores para representar precipitação e/o temperatura sobre sub-regiões da AST. Levando em consideração as limitações computacionais, apenas o HadGEM-ES foi selecionado para dirigir o RegCM4.7 e gerar as simulações e projeções climáticas necessárias para as etapas seguintes deste estudo. Com relação ao downscaling dinâmico, o RegCM4.7 apresenta AV na representação espacial da precipitação e temperatura sobre a região Nordeste do Brasil e parte da Cordilheira dos Andes, principalmente no inverno. No entanto, não representa adequadamente a precipitação sobre a bacia Amazônica, principalmente no verão. As projeções do clima médio indicam que a simulação mais refinada do RegCM4.7 melhora significativamente os padrões espaciais projetados da simulação de resolução mais grosseira do HadGEM2-ES e até modifica o sinal de precipitação em alguns casos, e.g., no outono. Com relação à temperatura, ambos os modelos projetam aumento com maior magnitude para RCP8.5. Com relação aos extremos climáticos, o RegCM4.7 projeta mudanças mais significativas nos índices de precipitação e temperatura do que o HadGEM2-ES de condução, indicando maior sensibilidade às mudanças nos extremos. Embora ainda persistam algumas diferenças e vieses, o RegCM4.7 configurado adequadamente é uma ferramenta viável para estudos climáticos.Dissertação Energia eólica e sustentabilidade: impacto dos parques eólicos na temperatura da superfície e na vegetação da caatinga(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-26) Siqueira, Marina de; Oliveira, Cristiano Prestrelo de; https://orcid.org/0000-0003-2871-1595; http://lattes.cnpq.br/2461244145338043; http://lattes.cnpq.br/9651892429509278; Mutti, Pedro Rodrigues; Gonçalves, Weber Andrade; Amaro, Venerando Eustaquio; Silva, Maria Leidinice daNos últimos anos, a expansão das tecnologias de energia renovável tem sido notável em escala global. A energia eólica, em especial, tem desempenhado um papel crucial na busca pela descarbonização da matriz energética. No entanto, é importante reconhecer que a construção e operação de parques eólicos exercem impactos significativos no meio ambiente e no clima local, alterando as propriedades da superfície terrestre e perturbando as interações entre a superfície e a atmosfera. Este estudo se dedicou a investigar os efeitos desse crescimento e da instalação de parques eólicos sobre a temperatura da superfície terrestre (LST) e na vegetação do bioma Caatinga do Rio Grande do Norte (RN), uma região particularmente vulnerável às mudanças climáticas. Foram utilizados dados de geolocalização das torres eólicas localizadas no RN, fornecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). As torres foram agrupadas em 34 clusters pelo método de DBSCAN. Os dados de LST e Vegetação foram obtidos do sensor MODIS, a bordo dos satélites Aqua e Terra, ao longo do período de 2004 a 2023, para LST e 2022 para vegetação, utilizando-se medidas diurnas e noturnas. Esses dados foram comparados com valores de referência extraídos da Floresta Nacional do Açu. Os resultados apontaram para uma tendência de aquecimento noturno e uma diminuição dos valores do Índice de Vegetação Melhorado (EVI) ao longo dos anos. Estas análises oferecem uma compreensão mais abrangente dos impactos ambientais associados aos parques eólicos, considerando o contexto específico da Caatinga e suas interações com as mudanças climáticas.Tese Extremos climáticos de precipitação e suas projeções sobre o Brasil utilizando as gerações de modelos do CMIP(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-28) Medeiros, Felipe Jeferson de; Oliveira, Cristiano Prestrelo de; https://orcid.org/0000-0003-2871-1595; http://lattes.cnpq.br/2461244145338043; http://lattes.cnpq.br/2451224020373508; Silva, Cláudio Moisés Santos e; Diaz, Álvaro Javier Avila; Silva, Maria Leidinice da; Silva, Wanderson LuizA ocorrência de eventos climáticos extremos de precipitação normalmente ocasionam enormes prejuízos econômicos e sociais, especialmente em localidades vulneráveis e com medidas de adaptação ainda incipientes, como é o caso do Brasil. É nesta perspectiva que o presente estudo surge, apresentando como objetivo principal investigar o padrão e as tendências dos extremos climáticos de precipitação sobre o Brasil e suas mudanças futuras ao longo do século XXI através das projeções com o conjunto de modelos do Coupled Model Intercomparison Project (CMIP). Dentro deste escopo, vários modelos de circulação geral oriundos das diversas gerações do CMIP foram utilizados. Com os dados diários desses modelos, foram calculados condições climáticas extremas de precipitação, como número de dias secos e com chuvas intensas, e diversos indíces climáticos extremos sugeridos pelo Expert Team on Climate Change Detection and Indices (ETCCDI) para o período histórico (1981-2005) e suas projeções até o final do século XXI considerando cenários distintos de emissões. Métricas estatísticas como erro médio (BEM), enviesamento percentual (PBIAS), razão da raiz quadrática média pelo desvio padrão da observação (RSR), índice refinado de concordância (dr) e coeficiente de correlação de Pearson (CORR) foram utilizados para analisar o desempenho dos modelos. Além disso, foi aplicado a métrica da classificação de modelos (Mr rank) para sintetizar se a evolução dos modelos do CMIP resultou em melhor simulação dos extremos climáticos. Os resultados indicaram que o número de dias secos deverão aumentar em todo o NEB, especialmente durante DJF e MAM, e mais pronunciadamente na costa leste, com projeções que estas condições sejam mais severas no cenário SSP5-8.5. O número de dias secos poderá aumentar até 15%. Com relação aos dias com chuvas intensas, embora os resultados sugiram que esta condição será mais frequente no futuro (o aumento pode exceder 140%), as projeções mostraram que, nos cenários de SSP2-4.5 e SSP3-7.0, o número de dias com chuvas intensas poderá ser mais elevado do que no cenário mais pessimista (SSP5-8.5). Com relação ao desempenho dos índices climáticos extremos de precipitação, os resultados revelaram que o CDD foi o índice mais difícil de ser simulado, enquanto os melhores foram PRCPTOT e R20mm. O desempenho do modelo mostrou que a geração de modelos do CMIP3 teve melhor habilidade sobre o Nordeste do Brasil, o CMIP5 para o Centro-Oeste, e o CMIP6 para as regiões Norte, Sudeste e Sul. Portanto, pelo menos para o Brasil, a evolução dos ESMs do CMIP não refletiu uma melhoria substancial na representação dos extremos climáticos de precipitação em todas as regiões brasileiras. Além disso, todos os modelos das gerações do CMIP apresentaram dificuldade em simular as tendências observadas. Isso evidencia que ainda são necessárias melhorias nos modelos do CMIP. Apesar do relativo baixo desempenho no clima histórico, as projeções climáticas indicaram sinal de consenso entre a maioria dos extremos climáticos de precipitação e as gerações do CMIP, o que aumenta sua confiabilidade. No geral, os eventos extremos de precipitação são projetados para serem mais severos, frequentes e duradouros em todas as regiões brasileiras, com as mudanças mais pronunciadas sendo esperadas nas chuvas fortes e secas severas na porção centro-norte do Brasil e no setor sul.