Navegando por Autor "Silva, Nilvânia dos Santos"
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Tese Formação moral das crianças: construção de regras fundamentais aos valores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-09-15) Silva, Nilvânia dos Santos; Pernambuco, Marta Maria Castanho Almeida; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780490E9; ; http://lattes.cnpq.br/4259047744522889; Batista, Maria do Socorro Xavier; ; http://lattes.cnpq.br/6786292528944682; Barreto, Sônia Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/0571272868007108; Medeiros, Cynthia Pereira de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4779809E6&dataRevisao=null; Ribeiro, Márcia Maria Gurgel; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785976J0O processo de formação moral de um indivíduo é um dos aspectos essenciais à construção de sua Identidade Social. Interagindo com o seu meio, ele constrói alicerces para a sua escolha moral e ética. Nesse sentido, uma criança que se relaciona com pessoas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que luta pela Reforma Agrária e a transformação da sociedade pode ter oportunidades para adotar a cultura, a moral e a ética desse Movimento. Partindo disso, buscamos compreender como as crianças pensam e incorporam as regras que fundamentam os valores e princípios do MST, considerando a diversidade das situações e os limites e possibilidades de se vivenciar os valores no cotidiano pedagógico. Jean Piaget embasa o referencial teórico que utilizamos para compreender como ocorre o processo de construção cognitiva das regras que permeiam o pensar de uma criança. Segundo esse autor, o desenvolvimento moral é seqüencial, passando pelos seguintes estados de consciência moral: a anomia (0 a 2 anos de idade), marcado pela ausência de regras; a heteronomia (2 aos 6/7 anos), no qual a adoção de regras se dá devido à obediência a uma autoridade externa, como um familiar, uma instituição, ou um Movimento; e a autonomia (a partir dos 6/7 anos), no qual a regra é obedecida por reconhecê-la como legítima. De nossa pesquisa participaram crianças que têm vínculo familiar com pessoas ligadas ao MST. A investigação se dividiu em duas partes. Na primeira etapa, observamos o comportamento de três grupos de crianças, enquanto realizavam atividades em suas respectivas Cirandas infantis espaços educativos sistematizados pelo Movimento para a educação de suas crianças menores de seis anos de idade. No segundo momento, entrevistamos vinte crianças (entre três e dez anos de idade). Utilizamos cartões com cenas, contamos histórias e levantamos questões morais envolvendo as posturas dos personagens. Percebemos que o respeito unilateral e a coerção externa estão entre os definidores das decisões morais de uma criança. A empatia e a redução do egocentrismo auxiliam a ver a situação do ponto de vista do outro, o que necessariamente não implica em se posicionar favoravelmente a ele. Na tomada de decisão da criança também se consideram outros fatores, como o espaço de socialização (família, escola). Mesmo que ela ainda não trabalhe nem seja do MST, já apresenta opiniões acerca da postura de pessoas que vivenciam essas unidades de socialização. A interação com os familiares e educadores estão entre os aspectos que contribuem para a formulação de posicionamentos morais necessários para a adoção de valores essenciais à ética desse Movimento