Navegando por Autor "Silva, Thuany Matias da"
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Dissertação Alimentos, fontes de vida ou doença? Avaliação do risco de ingestão de resíduos de agrotóxicos em alimentos oferecidos em restaurantes institucionais(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-03-25) Silva, Thuany Matias da; Rolim, Priscilla Moura; Seabra, Larissa Mont'Alverne Jucá; https://orcid.org/0000-0002-1878-4283; http://lattes.cnpq.br/1066492425111929; https://orcid.org/0000-0002-3847-5744; http://lattes.cnpq.br/9630151999290632; http://lattes.cnpq.br/7928328442936500; Maia, Juliana Kelly da Silva; Cavalli, Suzi BarlettoO Brasil, maior consumidor de agrotóxicos do mundo, possui produção de alimentos hegemônica devido ao agronegócio, fato que aumenta consequentemente o uso de agrotóxicos na agricultura, com reflexos danosos à saúde. Dados sobre a exposição crônica aos agrotóxicos são limitados, sendo fundamental investigar sobre os efeitos desses compostos na saúde humana. A estimativa de ingestão de resíduos de agrotóxicos por meio da alimentação pode ser uma ferramenta para ampliar a atuação de nutricionistas e auxiliar o planejamento de cardápios saudáveis e sustentáveis. O objetivo do estudo foi avaliar o risco de exposição à agrotóxicos em alimentos oferecidos em cardápios de restaurantes institucionais por meio da estimativa da ingestão de resíduos. A pesquisa de natureza transversal, quantitativa e descritiva, foi realizada por meio da análise de 120 cardápios de almoço, de 06 restaurantes institucionais, quanto à permissão de ingredientes ativos (IA) de agrotóxicos nos alimentos oferecidos, caracterização toxicológica e potencial de bioacumulação, além do risco de exposição crônica. Para a avaliação dos agrotóxicos autorizados no país para uso nos alimentos foram coletados dados de Limite Máximo de Resíduo (LMR) e Ingestão Diária Aceitável (IDA) nas monografias de Agrotóxicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA e na base do Codex Alimentarius. Para análise da estimativa de Ingestão Diária Teórica Máxima (IDTM), foi verificada por meio da relação entre LMR do IA e quantidade per capita do alimento. O IDTM foi expresso em mg/Kg de peso corporal e comparado com a IDA para avaliação do risco de exposição. Foram calculadas as estimativas de ingestão diária máxima considerando a refeição do almoço e identificados 263 ingredientes ativos permitidos para uso nos alimentos, sendo 43% inseticidas, 40% fungicidas, 14% herbicidas, 1% nematicidas e 1% acaricidas. Dos resíduos possivelmente mais presentes nos alimentos oferecidos nos cardápios, 4% são extremamente tóxicos, 5% altamente tóxicos e 14% moderadamente tóxicos à saúde. A análise apontou 42 compostos com alto potencial de bioacumulação, sobretudo para aqueles autorizados uso em alimentos de origem animal. Verificou- se a possível presença de múltiplos resíduos de agrotóxicos em um único alimento, sendo o arroz, feijão, trigo, batata inglesa, tomate, leite e molho ultraprocessado, alimentos cotidianos com maior quantidade de agrotóxicos permitidos. Para a estimativa da ingestão diária, analisou-se os IA como o 2,4D, acefato, bifentrina, carbaril, metomil, cipermetrina, clorotalonil, clorpirifós, glifosato, imidacloprido, tebuconazol e terbufós. Nossos achados apontam que 99% dos ingredientes ativos possivelmente presentes nos alimentos encontrase dentro do aceitável para faixa de IDA, no entanto, alertam para os efeitos tóxicos, sinérgicos e cumulativos destas substâncias. O inseticida metomil apresentou possível risco de ingestão inaceitável somente na refeição do almoço, com valores de IDMT médio de 0,264 mg/Kg de peso corporal. Conclui-se que há exposição crônica aos agrotóxicos por meio da alimentação, particularmente para o metomil no feijão e arroz. Os dados reforçam a importância do monitoramento de agrotóxicos na alimentação, bem como a necessidade de mudanças nos modos de produção dos alimentos, de forma a promover aquisição de alimentos mais saudáveis e seguros para a alimentação coletiva.TCC Avaliação da exposição aos resíduos de agrotóxicos em alimentos de origem animal: um olhar sustentável para aquisição de alimentos em ambiente institucional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-18) Dias, Ana Luiza Araújo; Rolim, Priscilla Moura; Marinho, Thaís de Gois Santos; https://lattes.cnpq.br/0878824965995200; http://lattes.cnpq.br/9630151999290632; http://lattes.cnpq.br/4038561887162966; Rolim, Priscilla Moura; http://lattes.cnpq.br/9630151999290632; Maia, Juliana Kelly da Silva; http://lattes.cnpq.br/9575492220366110; Silva, Thuany Matias da; http://lattes.cnpq.br/7928328442936500Os agrotóxicos são substâncias químicas que ocasionam impactos negativos à saúde humana e sua utilização intensiva na agricultura brasileira é motivo de preocupação devido ao potencial risco crônico de exposição por meio da alimentação. Embora o impacto dos agrotóxicos tenha maior foco nos alimentos vegetais, os alimentos de origem animal também representam relevante via de exposição, particularmente pela utilização dos agrotóxicos em toda cadeia produtiva da pecuária. Além disso, alguns agrotóxicos por serem lipofílicos e com alto potencial de bioacumulação, possuem grande afinidade pelo tecido adiposo, favorecendo a bioacumulação e consequentemente aumentando o risco de sua persistência e contaminação química. Este estudo avaliou o risco de exposição aos resíduos de agrotóxicos em produtos de origem animal, a partir da avaliação dos alimentos adquiridos em um restaurante institucional. O estudo seguiu a metodologia proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS), na qual o risco de exposição foi avaliado com base na análise da Ingestão Diária Teórica Máxima (IDTM) de ingredientes ativos de agrotóxicos permitidos nos alimentos in natura de origem animal, no Limite Máximo de Resíduos (LMR) e a Ingestão Diária Aceitável (IDA), estes dados foram coletados da base de dados do Codex Alimentarius. A estimativa foi analisada conforme os valores dos per capita da oferta de alimentos de origem animal nos cardápios, encontrados a partir da quantidade total em kg dos alimentos adquiridos no período da aquisição dividida pelo total de refeições ofertadas no mesmo período. A partir do cálculo da IDTM, foi avaliado o risco de exposição a partir da verificação do percentual de contribuição da IDA, considerando o peso corpóreo de um indivíduo adulto de 60 kg proposto pelo método da OMS, sendo considerado como risco inaceitável quando a contribuição da ingestão foi acima de 100% da IDA do agrotóxico. Foram avaliados os ingredientes ativos de agrotóxicos permitidos para uso nas culturas alimentares de carne bovina, carne suína, carne de aves, ovos e leite. Destacando se os seguintes resultados: para as carnes bovina e suína, cinco ingredientes ativos apresentaram IDA acima de 100%, a saber: aldrin e dieldrin, haloxyfop, heptacloro, novaluron e dicloro difenil-tricloroetano (DDT). Para a carne de ave estimou-se o risco inaceitável para aldrin e dieldrin, haloxyfop e heptacloro, enquanto em ovos e leite os valores estimados não demonstraram risco inaceitável na ingestão, porém o ingrediente ativo haloxyfop contribuiu com mais de 50% da IDA no leite. Tais resultados demonstraram que a partir da alimentação de um único gênero alimentício, possivelmente existe um risco de ingestão acima do aceitável para indivíduos adultos. Esses resultados podem ser mais alarmantes devido ao elevado consumo de carnes na população brasileira e no contexto da alimentação coletiva, a qual fornece grandes volumes de refeições e valores elevados de per capita de carnes diariamente. Conclui se que é urgente promover a diversificação alimentar, reduzindo a oferta de carne bovina, suína e aves nos cardápios, além de contribuir com o debate contra o uso de agrotóxicos, visando transformação dos sistemas alimentares e alcance do desenvolvimento sustentável.