Navegando por Autor "Silva Filho, Álvaro Ricardo Cruz da"
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Dissertação O estilo da negação: o papel do desvio e da vanguarda na superação da arte proposta por Guy Debord(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-12) Silva Filho, Álvaro Ricardo Cruz da; Pellejero, Eduardo Anibal; Caux, Luiz Philipe Rolla de; http://lattes.cnpq.br/1224372202417906; http://lattes.cnpq.br/1787646740986182; Aquino, João Emiliano Fortaleza de; Velloso, Rita de Cássia LucenaO objetivo deste trabalho é analisar a contribuição das discussões sobre a arte moderna e a experiência dos movimentos de vanguarda do início do século XX na teoria política do pensador e estrategista francês Guy Debord. Observamos que para compreender a crítica ao capitalismo tardio desenvolvida por ele a partir de seu conceito de “espetáculo”, presente em seu livro de 1967, A Sociedade do Espetáculo, é indispensável um entendimento da crítica da cultura desenvolvida por Debord durante sua participação na Internacional Situacionista (IS). Tendo isso em vista, fez-se uma análise da passagem de Guy Debord pelo Letrismo e pela Internacional Letrista, para demonstrar o pano de fundo das discussões que deram origem às noções de “deriva”, “psicogeografia”, “desvio” (détournement) e “construção de situações” – essenciais para a criação da IS. A partir disso, examinamos a crítica à cultura da segunda metade do século XX, exposta no Relatório sobre a construção de situações (1957), para compreender como as experiências do surrealismo e do dadaísmo, bem como o estágio de dominação do homem sobre a natureza e o movimento de deperecimento das formas artísticas, foram essenciais à noção de “superação da arte” defendida por Debord e por seus companheiros. Por último, vemos como a análise da vanguarda, enquanto forma de organização artística e política, e a utilização do desvio, enquanto um método de ação que ultrapassa o seu uso meramente artístico, possibilita uma forma de retomada ao que havia de avançado no pensamento revolucionário presente na prática vanguardista do início do século XX, elaborando, assim, uma maneira de recolocar em jogo uma reivindicação pelo uso direto da vida, já enunciado pelas vanguardas históricas.