Navegando por Autor "Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque"
Agora exibindo 1 - 12 de 12
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
postGraduateThesis.type.badge Avaliação da capacidade funcional e mobilidade de idosos comunitários na atenção primária à saúde(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-02-25) Silva, Laize; Sousa, Ana Carolina; Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque; Garcia, Tulia Fernanda Meira; Batista, Almaria MarizObjetivo: avaliar a capacidade funcional e a mobilidade de idosos atendidos na atenção primária à saúde e a associação de desfechos adversos (dependência funcional e mobilidade reduzida) com aspectos sociodemográficos e condições de saúde. Método: Estudo epidemiológico de caráter transversal e analítico, realizado no município de Caicó-RN. Foram investigadas variáveis sociodemográficas, presença de comorbidades, prática de atividade física, capacidade funcional (Escala de Lawton) e mobilidade (Time Up and Go Test). Para análise dos dados foi empregada a estatísitica descritiva, seguida de análise bivariada para investigar variáveis de associação e análise multivariada (regressão logística). Resultados: Dentre os 109 idosos avaliados, 29,4% apresentaram dependência para realização das atividades instrumentais da vida diária (AIVD) e 67,9% tiveram mobilidade reduzida. O presente estudo constatou associação significativa entre dependência para realizar as AIVD e idade igual ou superior a 75 anos; e não praticar atividade física manteve-se como fator de associação com a mobilidade reduzida, independente do sexo, da idade e da presença de coormobidades. Conclusão: Diante dos achados, enfatiza-se a relevância da prática de atividade física, da construção de espaços de promoção e prevenção para idosos, além da abordagem multi e interprofissional para a atenção integral à saúde da pessoa idosa.Dissertação Avaliação da cultura de segurança do paciente na Atenção Primária à Saúde: identificando oportunidades de melhorias(2019-05-30) Fernandes, Ana Lígia Maia; Freitas, Marise Reis de; Azevedo, Dulcian Medeiros de; ; ; ; Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque; ; Ribeiro, Helen Cristiny Teodoro Couto; ; Gama, Zenewton André da Silva;INTRODUÇAO: A segurança do paciente é um tema amplamente estudado no contexto atual. Apesar do crescente interesse no assunto, ainda é generalizada a falta de sensibilização para o problema, por isso grande é a importância de trabalhar essa temática, a fim de diminuir os danos e eventos adversos causados pela assistência à saúde. Esta pesquisa traz como objetivo avaliar a cultura de segurança do paciente na Rede de Atenção Primária do Município de Currais Novos-RN, a fim de Identificar os pontos fortes e as oportunidades de melhoria. Este trabalho, pioneiro na região do Seridó, poderá tornar-se uma referência para a melhoria do sistema de saúde, além de impactar diretamente a formação dos profissionais da Residência Multiprofissional, estudantes de medicina e de enfermagem vinculados à Escola Multicampi de Ciências Médicas e a Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que desenvolvem seus estágios e atividades nas Unidades Básicas de Saúde em questão. METODOLOGIA: Pesquisa observacional com abordagem quantitativa, para o qual se utilizou o questionário Medical Office Survey on Patient Safety Culture, traduzido, adaptado e validado por Timm & Rodrigues (2016), para avaliação da cultura de segurança do paciente na Atenção primária no Brasil, aplicado aos profissionais efetivos das Equipes de Saude da Família, da zona urbana do município. RESULTADOS: As seções referentes à troca de informações com outras instituições e apoio de gestores, administradores e líderes tiveram média de respostas positivas abaixo de 50%; em relação às questões sobre segurança do paciente e qualidade, a média de respostas positivas chegou a 55,7%; nos quesitos relacionados ao trabalho nos serviços de saúde, essa média foi de 65,6%, enquanto as seções comunicação e acompanhamento e avaliação global tiveram as maiores médias, totalizando 77,5% e 87,8% de respostas positivas para segurança do paciente, respectivamente. Os dados analisados destacaram fragilidades e potencialidades para embasar sugestões à gestão local, para melhoria da cultura de segurança do paciente na atenção primária em questão. CONCLUSÃO: A percepção geral dos profissionais sobre a segurança na APS de Currais Novos apontou como pontos fortes os relacionados com a comunicação, acompanhamento e avaliação; por outro lado, fragilidades foram observadas na troca de informações com outras instituições e, como ponto mais críticos, destacam-se os suporte e apoio de gestores, administradores e líderes.Dissertação Ciclo de melhoria no atendimento de pacientes com acidente vascular encefálico isquêmico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-09-11) Souza, Maria Fernanda Aparecida Moura de; Nunes, Vilani Medeiros de Araújo; Pennafort, Viviane Peixoto dos Santos; https://orcid.org/0000-0002-5187-4766; http://lattes.cnpq.br/4210339574579951; https://orcid.org/0000-0002-9547-0093; http://lattes.cnpq.br/8169308778262070; https://orcid.org/0000-0003-2333-3329; http://lattes.cnpq.br/0344593092637045; Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque; Castro, Susane de Fátima Ferreira deIntrodução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença altamente prevalente, considerada a segunda etiologia mais frequente de mortalidade. O subtipo isquêmico é o mais comum e, se não tratado de maneira rápida e eficaz produz sequelas e incapacidades permanentes. Uma das modalidades do tratamento mais eficaz é a trombólise endovenosa. Intervir no nível da melhoria da qualidade e segurança dos serviços implica na redução de tempo, com consequentes repercussões em termos da eficiência e desempenho dos serviços. Objetivo: Avaliar os impactos no tempo porta-agulha, porta-tomografia e portalaboratório, de pacientes com Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVCI) submetidos ao tratamento trombolítico, após implementação de melhorias no fluxo de atendimento inicial ao paciente na emergência de um hospital. Metodologia: Estudo observacional retrospectivo tipo coorte no qual foi avaliado se houve diminuição no tempo porta agulha, porta tomografia e porta laboratório após aplicação de ciclos de melhorias no fluxo de atendimento inicial ao paciente com acidente vascular encefálico isquêmico pela equipe gestora da instituição. A população estudada foi constituída por todos os pacientes submetidos à terapia trombolítica no período de novembro de 2021 a maio de 2023. A partir da aplicação da ferramenta Brainstorming com a equipe multidisciplinar foram detectadas oportunidades de melhorias no fluxo de atendimento inicial ao paciente com AVCI submetido à terapia trombolítica. Os achados foram inseridos no diagrama de Ishikawa para definição de causas raízes dos problemas levantados. Após reuniões estratégicas com equipes multidisciplinares foi definida a implementação dos ciclos de melhorias: implantação de aviso sonoro após admissão de paciente candidato à trombólise, realização de trombólise na sala vermelha e destinação de leitos de trombólise. Após estabelecer o monitoramento dos indicadores de tempo porta-agulha, porta tomografia e porta laboratório por meio de gráficos de tendência/controle de forma a gerenciar o protocolo de trombólise. Os dados foram obtidos a partir do banco de dados do setor de gerência de riscos assistenciais da instituição. O banco de dados em questão não possui nenhuma informação/identificação dos participantes. A coleta e análise dos dados ocorreram em Agosto e Setembro de 2023. Resultados e discussão: Após a aplicação do ciclo de melhoria houve uma redução de 36% no tempo porta tomografia, 11% no tempo porta agulha e 4% no tempo porta laboratório. No entanto, apenas o tempo porta tomografia apresentou melhoria sustentada até o fim do período analisado necessitando, portanto de análise e gerenciamento periódico do indicador com as equipes responsáveis pelos processos. Conclusão: A implementação do aviso sonoro associado às mudanças do fluxo de atendimento ao paciente em janela neurológica trouxe efetividade e eficácia ao processo por meio da redução dos tempos porta-tomografia e porta agulha.Tese Comprimento do telômero e curso de vida: relações com condições de saúde, marcadores inflamatórios e desempenho físico em idosas da comunidade(2016-11-25) Oliveira, Bruna Silva; Guerra, Ricardo Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/4265185619165890; ; http://lattes.cnpq.br/2548666579617149; Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque; ; http://lattes.cnpq.br/3934508395223787; Pereira, Daniele Sirineu; ; http://lattes.cnpq.br/2171027311100046; Barbé-tuana, Florência María; ; http://lattes.cnpq.br/0541621833997095; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de; ; http://lattes.cnpq.br/8488760386226790Introdução: o comprimento do telômero (TL) tem sido apontado como um possível biomarcardor do envelhecimento celular, pois ocorre encurtamento fisiológico e progressivo do seu tamanho com o decorrer das replicações celulares. Adicionalmente a esse encurtamento fisiológico, a disfunção do TL também é favorecida pela exposição ao estresse oxidativo, a inflamação e após o estresse psicossocial crônico. Existe ainda uma lacuna de conhecimento sobre as alterações do TL durante o curso de vida em populações de mulheres idosas brasileiras, havendo a necessidade de estudos que possibilitem melhor entendimento da influência de contrastes sociais, condições socioeconômicas desfavoráveis, bem como exposição ao estresse social crônico no TL. Objetivos: 1) desenvolver uma revisão sistemática para explorar as evidências sobre associações entre estresse crônico durante o curso de vida e TL; 2) investigar possíveis associações entre TL e adversidades na infância (social e econômica) em mulheres idosas com diferentes níveis de escolaridade; 3) avaliar se o TL está relacionado com doenças crônicas e biomarcadores inflamatórios em mulheres idosas; e 4) verificar se telômeros mais curtos estão associados com pior desempenho físico e maior autorrelato de limitações funcionais em idosas. Materiais e métodos: foi desenvolvida uma revisão sistemática seguindo protocolo publicado em 2014. Concomitantemente, realizou-se um estudo observacional analítico de caráter transversal com uma amostra de mulheres (n=106) com diferentes níveis de escolaridade (ensino médio incompleto e ensino médio completo) na faixa etária de 64-74 anos e residentes no município de Natal (Rio Grande do Norte). Os dados foram coletados no período de maio de 2014 a março de 2015. A quantificação relativa do tamanho dos telômeros (T/S) de leucócitos foi realizada por meio da qPCR em tempo real em 83 mulheres. O questionário padronizado incluiu informações sociodemográficas, adversidades na infância, medidas antropométricas, autorrelato de saúde, função cognitiva, hábitos de vida, condições crônicas de saúde, capacidade funcional e desempenho físico (short physical performance battery, velocidade da marcha e força de preensão manual). Foram analisados também biomarcadores inflamatórios (interleucina-6 e proteína c reativa). Para análise estatística, foram considerados p<0,05 e intervalos de confiança de 95%. A normalidade dos dados foi verificada por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov. Uma vez que o TL apresentou distribuição não normal, foi realizada a transformação da medida em logaritmo natural para as análises subsequentes. Foram aplicados os testes T de Student para amostras independentes, Qui-quadrado e realizados modelos de regressão linear múltipla ajustados pelos potenciais fatores de confusão. Resultados: na revisão sistemática, os resultados foram relatados de acordo com o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses. Considerando os dezoito estudos incluídos na revisão, no geral, observou-se que indivíduos expostos ao estresse crônico, caracterizado por pobreza, exposição à violência e cuidar de familiar doente apresentaram telômeros mais curtos em relação aos indivíduos não expostos às adversidades. Análises do estudo transversal sobre TL e curso de vida mostraram que as idosas com ensino médio incompleto apresentaram maior TL em comparação com o grupo de ensino médio completo (2.8 ± 0.9 e 2.0 ± 0.9, respectivamente; p = 0,0001). As mulheres que não concluíram o ensino médio foram expostas a mais adversidades na infância, e entre estas, as que sofreram duas ou mais adversidades apresentavam TL mais longo do que as mulheres expostas a ≤1 adversidades (p = 0,03); entre as mulheres com, no mínimo, ensino médio completo, essa diferença não foi significativa (p = 0,49). Em análises ajustadas por idade, escolaridade e abuso parental de álcool, observou-se tendência linear de maior TL com maior número de adversidades (p = 0,02) e a diferença no TL entre os níveis de escolaridade permaneceu significativa (p = 0,002). Não se observou diferença entre os grupos educacionais em relação às seguintes variáveis: colesterol, triglicérides, glicemia em jejum, hemoglobina glicada, proteína c reativa e interleucina-6 (p>0,05). Condições crônicas de saúde, medidas antropométricas, fatores de risco cardiovasculares e marcadores inflamatórios não foram associados com o TL, mesmo após o ajuste para idade, escolaridade e adversidades na infância (p>0,05). Igualmente, o TL não foi relacionado com nenhuma das variáveis utilizadas para avaliar o desempenho físico e a capacidade funcional (p>0,05). Conclusões: a relação positiva inesperada entre menor escolaridade e adversidades na infância com TL sugere que os participantes sobreviveram a duras condições de vida e que, provavelmente, essas mulheres têm o TL mais longo em relação ao daquelas de sua coorte de nascimento. A ausência de relação entre TL e doenças crônicas, risco cardiovascular, inflamação e desempenho físico, não deu suporte à hipótese de que o TL é um biomarcador do envelhecimento na população em estudo, porém corrobora outros estudos que revelaram que o TL pode ser considerado um marcador de longevidade, independentemente de condições de saúde e desempenho físico.Tese Desempenho físico em idosos com diferenciados perfis epidemiológicos: análise do estudo IMIAS International Mobility in Aging Study sob a perspectiva do curso da vida e de biomarcadores da inflamação e do estresse(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-02-05) Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque; Guerra, Ricardo Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/4265185619165890; ; http://lattes.cnpq.br/3934508395223787; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; ; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; Pereira, Daniele Sirineu; ; http://lattes.cnpq.br/2171027311100046; Pereira, Leani Souza Máximo; ; http://lattes.cnpq.br/2753210204183457; Bruno, Selma Sousa; ; http://lattes.cnpq.br/4056770607573210O crescimento demográfico de idosos é um fenômeno mundial e exerce influência sobre o desenvolvimento e funcionamento das sociedades. Fatores sociais, econômicos, ambientais, biológicos e culturais influenciam o processo de envelhecimento, que pode vir acompanhado de contínua perda na capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, de maior vulnerabilidade ao estresse, limitações funcionais e diminuição da qualidade de vida do indivíduo. Todavia, ao longo do curso da vida, o indivíduo vivencia múltiplas exposições adversas à saúde, e o declínio da mobilidade surge como um dos primeiros sinais do envelhecimento, repercutindo na saúde física e mental do indivíduo. Para contribuir com o conhecimento sobre os desfechos relacionados ao envelhecimento e mobilidade, o estudo IMIAS investiga idosos em quatro países com diferentes perfis epidemiológicos. O presente estudo abordou os possíveis fatores associados ao declínio físico em idosos de distintas sociedades, sobre a perspectiva epidemiológica do curso da vida e dos biomarcadores da inflamação e do estresse. Objetivos: 1) Analisar as relações entre as adversidades sociais e econômicas, vivenciadas durante a infância, a fase adulta e a velhice, com o baixo desempenho físico em populações idosas, de diferentes contextos sociais, econômicos e culturais. 2) Verificar a associação entre os níveis elevados da proteína c-reativa (PCR) com o desempenho físico em idosos de diferentes populações. 3) Avaliar se a desregulação nos níveis de cortisol diurno exerce influência sobre o desempenho físico em idosos com distintos perfis epidemiológicos. Métodos: Foram utilizados dados da linha de base do IMIAS – Estudo Internacional de Mobilidade no Envelhecimento, composto por 1.995 indivíduos entre 65 e 74 anos de idade, residentes em comunidades de quatro países (Albânia, Brasil, Canadá, Colômbia). O desempenho físico foi avaliado através do Short Physical Performance Battery (SPPB) e da força de preensão manual. As adversidades durante o curso da vida foram estimadas a partir de eventos e exposições sociais, econômicas e culturais ocorridas durante a infância, fase adulta e velhice. Para avaliar o percurso biológico e suas associações com a mobilidade, a proteína c-reativa e o cortisol foram considerados como biomarcadores da inflamação e do estresse, respectivamente. No sentido de responder as questões de investigações, foram conduzidas análises de estatística descritiva, bivariada e multivariada, mediante técnicas de distribuição de frequências, teste qui-quadrado, odds ratio e regressões logística, linear e multinível. Resultados: O desempenho físico foi menor nos participantes que vivem na Colômbia, Brasil e Albânia do que nos que vivem no Canadá, mesmo quando ajustados por idade, sexo e adversidades durante o curso da vida. O baixo nível de desempenho físico (SPPB < 8) foi associado a ter sofrido adversidade social e econômica na infância, ter tido ocupação semiqualificada na fase adulta, morar sozinho e possuir renda insuficiente na velhice. A PCR esteve associada com a baixa força de preensão manual e com o SPPB<8. Entretanto, a associação entre a PCR e a força de preensão manual não se manteve quando ajustada por fatores socioeconômicos e hábitos de saúde. As associações negativas entre SPPB e PCR permaneceram significativas mesmo após ajustes por idade, sexo, escolaridade, local de pesquisa e condições de saúde. O baixo desempenho físico (SPPB ≤ 8) foi associado com uma significativa diminuição nos níveis de cortisol ao acordar, em comparação com os níveis de cortisol de idosos com bom desempenho físico (SPPB > 8), mesmo após modelos controlados por local de estudo, sexo, depressão, hábitos de saúde, uso de psicotrópicos e índice de massa corporal. Conclusões: Os resultados evidenciaram associação entre a inflamação, o estresse e as desigualdades sociais e econômicas na infância, sobre o desempenho físico de idosos com diferenciados perfis epidemiológicos. Enfatizamos que a promoção do envelhecimento saudável requer considerar políticas e práticas que favoreçam o bem-estar econômico e social para crianças, adultos e idosos.Tese Desempenho físico, composição corporal e incapacidade funcional em idosos de diferentes contextos epidemiológicos: resultados do estudo International Mobility in Aging Study (IMIAS)(2018-02-15) Barbosa, Juliana Fernandes de Souza; Guerra, Ricardo Oliveira; ; ; Monte, Aline do Nascimento Falcão Freire; ; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; ; Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque; ; Pereira, Daniele Sirineu;Introdução: O envelhecimento é caracterizado por um acúmulo gradual de danos moleculares e celulares que resultam em comprometimento progressivo e generalizado em muitas funções corporais. Dentre as mudanças mais clinicamente significativas destacam-se o declínio na força e massa muscular (definido como sarcopenia) e o aumento da adiposidade corporal, que são relacionadas ao maior risco de incapacidades e deficiências, acarretando a perda da independência funcional do indivíduo. O estudo IMIAS, busca analisar as diferenças na mobilidade e fatores associados em idosos de diferentes contextos sociais, econômicos e culturais. Por conseguinte, fornece uma grande oportunidade de examinar os aspectos relacionados ao envelhecimento do sistema músculo esquelético, além de fatores relacionados a incapacidade funcional em populações de idosos tão distintas entre si. Objetivos: a) Estimar a capacidade de pontos de corte de força de preensão palmar para identificar a lentidão na velocidade da marcha em diferentes populações de idosos; b) Explorar quais das medidas de desempenho físico propostas para identificação de Sarcopenia prediz melhor a massa muscular em idosos comunitários após 4 anos de seguimento; c) Explorar a relação longitudinal entre obesidade abdominal com a incapacidade na mobilidade e nas atividades de vidas diárias (AVDS) relacionadas à mobilidade, controlando por desempenho físico e depressão, em idosos inicialmente livres de incapacidade. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo analítico, observacional de caráter longitudinal, no qual 2002 idosos foram acompanhados durante 4 anos. Os dados da linha de base foram coletados no ano de 2012. As reavaliações ocorreram com o intervalo de 2 anos entre si, nos anos de 2014 e 2016. As medidas de desempenho físico utilizadas foram a força de preensão palmar e velocidade da marcha. A massa muscular foi mensurada por meio da análise de bioimpedância elétrica. As medidas de incapacidade funcional foram realizadas a partir de auto relato das dificuldades quanto à mobilidade e atividades de vida diária relacionadas à mobilidade, a medida de obesidade foi definida pela circunferência de cintura. Análises de árvores decisão pelo método Classification and Regression Tree (CART), foram utilizadas para identificar pontos de corte para a força de preensão associada à lentidão na amostra do IMIAS e regressões logísticas multivariadas foram realizadas para verificar a capacidade dos pontos de corte estabelecidos pelo FNIH em identificar a lentidão de velocidade da marcha. Regressão linear múltipla foi utilizada para verificar quais medidas de desempenho físico na linha de base predisseram melhor o índice de massa muscular após 4 anos. Equações de estimativa generalizada foram utilizadas para modelar as associações longitudinais entre incapacidade de mobilidade e nas AVDs com obesidade abdominal, ajustada por sintomas depressivos e medidas de desempenho físico e outras covariáveis, por fim, regressão logística multinominal foi realizada para avaliar o valor preditivo da obesidade na linha de base para o status de incapacidade em 2016. Resultados: Os pontos de corte de força de preensão palmar < 26kg (para homens) e < 16 kg (para mulheres) foram capazes de identificar lentidão na velocidade da marcha na amostra de idosos participantes do IMIAS. Além disso, a força de preensão palmar medida na linha de base foi significantemente relacionada a massa muscular mensurada 4 anos depois (β.=0,003; p-valor < 0,05). E por fim, a presença de obesidade abdominal foi um fator de risco para a incapacidade na mobilidade (OR=1.47, 95% CI 1.01-2.15) no decorrer de 4 anos de seguimento, mas não foi associada ao risco de desenvolver incapacidade nas AVDS (OR: 1.40, 95% CI 0.90-2.18). Conclusões: Os pontos de corte propostos para força de preensão podem ser considerados uma ferramenta útil para rastrear idosos com risco de alterações funcionais. Ainda, a força de preensão palmar foi capaz de predizer a massa apendicular muscular após 4 anos de seguimento. Finalmente, a presença de obesidade abdominal é associada longitudinalmente e prediz o risco de incapacidade na mobilidade, mesmo em um curto período de tempo (4 anos) em idosos comunitários.Artigo Early life adversity and C-reactive protein in diverse populations of older adults: a cross-sectional analysis from the International Mobility in Aging Study (IMIAS)(BMC, 2015-08-19) Li, Annie; Tu, Mai Thanh; Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque; Alvarado, Beatriz; Kone, Georges Karna; Guralnik, Jack; Zunzunegui, Maria VictoriaBackground: Recent studies suggest potential associations between childhood adversity and chronic inflammation at older ages. Our aim is to compare associations between childhood health, social and economic adversity and high sensitivity C-reactive protein (hsCRP) in populations of older adults living in different countries. Methods: We used the 2012 baseline data (n = 1340) from the International Mobility in Aging Study (IMIAS) of community-dwelling people aged 65–74 years in Natal (Brazil), Manizales (Colombia) and Canada (Kingston, Ontario; Saint-Hyacinthe, Quebec). Multiple linear and Poisson regressions with robust covariance were fitted to examine the associations between early life health, social, and economic adversity and hsCRP, controlling for age, sex, financial strain, marital status, physical activity, smoking and chronic conditions both in the Canadian and in the Latin American samples. Results: Participants from Canadian cities have less adverse childhood conditions and better childhood self-reported health. Inflammation was lower in the Canadian cities than in Manizales and Natal. Significant associations were found between hsCRP and childhood social adversity in the Canadian but not in the Latin American samples. Among Canadian older adults, the fully-adjusted mean hsCRP was 2.2 (95 % CI 1.7; 2.8) among those with none or one childhood social adversity compared with 2.8 (95 % CI 2.1; 3.8) for those with two or more childhood social adversities (p = 0.053). Similarly, the prevalence of hsCRP > 3 mg/dL was 40 % higher among those with higher childhood social adversity but after adjustment by health behaviors and chronic conditions the association was attenuated. No associations were observed between hsCRP and childhood poor health or childhood economic adversity. Conclusions: Inflammation was higher in older participants living in the Latin American cities compared with their Canadian counterparts. Childhood social adversity, not childhood economic adversity or poor health during childhood, was an independent predictor of chronic inflammation in old age in the Canadian sample. Selective survival could possibly explain the lack of association between social adversity and hsCRP in the Latin American samplesTese Impact of hospitalization in functional and mobility capacity of older adults(2017-07-13) Menezes, Karla Vanessa Rodrigues Soares; Guerra, Ricardo Oliveira; http://lattes.cnpq.br/6888604661874226; Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque; Andrade, Armele de Fátima Dornelas de; Araújo Filho, Irami; Moreira, Mayle AndradeIntroduction: As people get older, it remains a challenge maintaining functional capacity. Functioning consists of the ability to perform self-care activities (i.e. activities of daily living - ADLs) classified inside the level of “activity and participation” of the International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF). Previous studies have identified different risk factors for worsening functional capacity during hospitalization, including older age, sociodemographic characteristics, pre-existing impairment, cognitive loss, delirium, and comorbidity. In-hospital mobility has received particular attention due to its important association to loss of functional capacity. Few studies about hospitalization effects on older adults have been done in Brazil. Identifying older adults at risk for loss in functional capacity during hospitalization will help researchers and clinicians in order to make informed decisions. Objectives: This study contemplates three objectives: first, to provide an updated review to identify and appraise relevant instruments for measuring older adults’ mobility based on the ICF conceptual framework in the context of an acute care or intensive geriatric rehabilitation unit, and to appraise and compare their measurement properties; second, to evaluate if in-hospital mobility assessed at admission is predictive of loss in functional capacity during hospitalization of older adults and to verify if other variables combined with in-hospital mobility can better predict loss in functional capacity; third, to assess functional changes of hospitalized older adults from pre-admission (baseline) until discharge and identify predictors of loss in functional capacity. Methods: This cohort prospective study was conducted at the Onofre Lopes University Hospital (HUOL), Natal/RN, Brazil, between January 1, 2014 and April 30, 2015. The study enrolled all consecutive patients aged 60 years and older who were acutely admitted and met the following inclusion criteria: 1) ability to provide informed consent; 2) admitted directly from the community; 3) screening for study eligibility performed in the first 24 hours of admission. Independent variables included personal characteristics, domestic living activities (i.e. instrumental activities of daily living – IADL) evaluated by Lawton and Brody’s scale, cognition evaluated by Leganés cognitive test, depression assessed by Geriatric Depression Scale (GDS-15), and in-hospital mobility evaluated by the Short Physical Performance Battery (SPPB). The dependent variable of functional capacity was assessed by the Katz scale. These instruments were applied at two different times: at admission (first 24 hours) and at discharge (12-24 hours before). Analysis included descriptive statistics, bivariate and multivariate analysis by means of frequencies, means ± standard error, receiver-operating characteristic (ROC), logistic binary regression and Generalized Estimating Equation (GEE). Data were entered into the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 18.0 for Windows. Results: From the 1256 included at discharge, 65 (5.1%) died during hospitalization, thus the final sample consisted of 1191 older adults. The mean age was 70.02 (±7.34) and mean length of hospital stay was 7.65 days (±9.94). Our sample had a high prevalence of surgery (70.1%). Regarding the best instruments to assess mobility, the De Morton Mobility Index (DEMMI) and SPPB presented the best balance between mobility coverage, measurement properties and applicability to acute care and intensive geriatric rehabilitation units. A SPPB cutoff point of 6.5 (62% sensitivity, 54% specificity) identified 593 (49.8%) patients at risk for loss in functional capacity. In logistic regression, SPPB alone presented a statistically significant prediction loss of functional capacity between admission and discharge. Finally, regarding changes in functional capacity, 52.5% of the older adults were discharged with worse functional capacity than baseline. Being dependent for domestic life activities, presence of depression symptons, low levels of cognition and in-hospital mobility were risk factors for greater loss in functional capacity after a hospitalization event. Conclusion: We conclude that DEMMI and SPPB were the best instruments to assess mobility in hospitalized older adults. Regarding functional capacity, half the sample presented loss in functioning between baseline and discharge, while in-hospital mobility evaluated by SPPB can predict loss of function in hospitalized older adults. In addition to in-hospital mobility, dependence for domestic living activities, low levels of cognition and depression improve the detection of cases for being at risk of loss in functional capacity.postGraduateThesis.type.badge Isolamento social em idosos comunitários no contexto da pandemia de Covid-19: um estudo de revisão integrativa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-02-24) Bezerra, Gisele Kariny de Souza Davi; Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque; Lima, Núbia Maria Freire Vieira; Garcia, Tulia Fernanda MeiraIntrodução: O processo de senescência leva ao declínio capacidade funcional, cognitiva e de respostas adaptativas que são necessárias para a execução de atividades de vida diária, levando ao maior risco de morbidade e mortalidade. Estudos comprovam que o envelhecimento pode estar associado ao isolamento social, no qual leva a diversos prejuízos para saúde física e mental. Em 31 de dezembro de 2019 o primeiro caso do novo coronavírus foi registrado e pouco tempo depois foi associado a maior risco de morte para idosos, e em decorrência disso foram adotadas medidas sanitárias, dentre elas o isolamento social. Objetivo: Investigar os efeitos do isolamento social para a saúde física e mental em idosos comunitários durante a pandemia de COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão integrativa, realizada de forma sistemática elaborada a partir da pergunta norteadora “ Quais os efeitos para a saúde física e mental do isolamento social em idosos comunitários durante a pandemia de covid19?”. Resultados: Os estudos que abordavam dois principais temas saúde mental no envelhecimento e isolamento social durante a pandemia de COVID-19.Artigo Monitoramento de indicadores de saúde em Instituições de Longa Permanência para Idosos(Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), 2016-08-30) Ferreira, Karla Cristina Marques Afonso; Nunes, Vilani Medeiros de Araújo; Gama, Zenewton André da Silva; Costa, Nilma Dias Leão; Piuvezam, Grasiela; Sousa, Ana Carolina Patricio de AlbuquerqueO presente estudo avaliará como as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) do município de Natal estão se comportando frente à avaliação e monitoramento de indicadores. Trata-se de um estudo descritivo e longitudinal realizado junto à Vigilância Sanitária (VISA) e as ILPI no município de Natal. O estudo utilizou os relatórios enviados pelas instituições à VISA no período de 2013 a 2014. A população desse estudo foi as 16 ILPI cadastradas no município de Natal, RN. O período de coleta dos dados se deu nos meses de junho a agosto de 2015. Quanto aos indicadores, observou-se que as ILPI apresentaram, em 2013 e 2014, respectivamente, uma elevada taxa de mortalidade (3,9%; 11%), altas taxas de incidências de diarreia (5,8%; 24,5%), desidratação (3,9%; 23,6%), úlcera de decúbito (2,6%; 21,6%) e desnutrição (11%; 27,3%) sobre o total de idosos institucionalizados. Em se tratando de quedas com lesão, poucas instituições notificaram a ocorrência desse evento, o que inviabiliza o monitoramento de um dos agravos de maior prevalência no meio institucional. Todos esses esforços poderão contribuir com ações que favoreçam a melhoria da atenção e assistência aos idosos institucionalizados, na perspectiva de que possam ser realizadas atividades conjuntas de promoção da saúde e prevenção de agravos à saúdeDissertação Perfil de casos de suicídio na região do Seridó potiguar (2000-2015)(2019-06-28) Lins, Janiceia Lopes Simplicio; Pinto, Tiago Rocha; Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque; ; ; ; Azevedo, Dulcian Medeiros de; ; Faria, Maria Luisa Vichi de Campos;O suicídio tem sido visto como um problema de saúde pública em todo o mundo, pelo crescente número de casos, principalmente entre os jovens. No Brasil, em especial no interior do Rio Grande do Norte, não tem sido diferente, com destaque para o município de Caicó. O objetivo deste trabalho foram analisar os casos de suicídio, no período de 2000 a 2015, e caracterizar a rede de atenção psicossocial, na região do Seridó /RN, subsidiando uma proposta de prevenção a novos casos de suicídio. Para tanto, foram selecionados os casos de suicídio atendidos pelo ITEP/RN-Caicó, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2015, no qual o óbito se deu por suicídio. A análise estatística utilizou as medidas de tendência central, incluindo: média e desvio padrão, além de suas frequências absolutas individuais para cada item avaliado. O presente estudo somou 397 casos de suicídio. Caicó e Currais Novos apresentam maior frequência de casos absolutos. O sexo masculino corresponde a 82,1% dos casos. A média de idade foi calculada em 43,7 anos (desvio padrão ± 18,9). A principal etnia encontrada foi de brancos, e os solteiros somaram 48%. Os agricultores correspondem à maioria dos casos de suicídio (30,2%), seguidos por aposentados, do lar e estudantes. A rede de atenção psicossocial na Região do Seridó apresenta várias falhas, entre elas a falta de leitos psiquiátricos nos principais hospitais regionais, nas cidades de Caicó e Currais Novos, falha na comunicação formal para fluxo de pacientes e falta de matriciamento com a atenção básica. Propõem-se algumas intervenções, como criação e implementação de fluxograma de casos de alto risco de suicídio nos hospitais regionais, educação permanente continuada para toda RAPS, instrumentalização da notificação compulsória das tentativas de suicídio na RAPS, fortalecimento do apoio matricial, treinamento para identificação e rastreio de casos de riscos pela atenção básica. É sabido que o perfil epidemiológico do suicídio é intrínseco a cada região estudada, devido diversos fatores. Para a região do Seridó Potiguar, e com destaque ao município de Caicó, a desassistência, aliada à falta de preparo dos profissionais, dos serviços especializados e da atenção básica, surgem como fatores importantes a serem considerados e que podem influenciar o número destas ocorrências. São necessários mais estudos, em especial na classe de agricultores da região do Seridó e que os dados do mestrado possam subsidiar políticas públicas regionais na prevenção ao suicídio.Tese Prevalência de fragilidade em idosos e fatores associados sob a perspectiva do curso da vida: análises do International Mobility in Aging Study - IMIAS(2018-07-20) Gomes, Cristiano dos Santos; Guerra, Ricardo Oliveira; ; ; Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque; ; Fittipaldi, Etiene Oliveira da Silva; ; Lisboa, Lilian Lira; ; Araújo, Maria das Graças Rodrigues de;Introdução: A síndrome de Fragilidade, um estado de vulnerabilidade e de respostas homeostáticas deficientes após um evento estressor que ocorre como consequência do declínio cumulativo de múltiplos sistemas fisiológicos ao longo da vida, é uma das expressões mais problemáticas do envelhecimento populacional. Essa síndrome constitui um tópico importante a partir de uma perspectiva social, pois identifica grupos de pessoas com necessidade de atenção médica adicional e em alto risco de apresentarem desfechos adversos em saúde. Nesse contexto, a epidemiologia do curso da vida estuda os efeitos na saúde em longo prazo de experiências biológicas, comportamentais e psicossociais no decorrer da vida. O estudo “International Mobility In Aging Study – IMIAS” faz uso da abordagem do curso da vida para contribuir com o conhecimento acerca dos desfechos relacionados à saúde de idosos em quatro países com distintos perfis epidemiológicos. Objetivos: Estimar a prevalência de fragilidade nos idosos participantes do estudo, examinar as associações entre fragilidade e violência doméstica, identificar possíveis mediadores dessas associações (artigo 01); Examinar as associações entre variáveis da história reprodutiva (idade em que deu a luz ao primeiro filho, paridade e histórico de histerectomia) e fragilidade na velhice (artigo02); Identificar fatores sociais e econômicos como preditores da acentuação do fenótipo de fragilidade em dois anos (artigo 03) Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal aninhado a um estudo de coorte (Estudo IMIAS) do qual participaram na primeira avaliação (n= 2002) idosos de ambos os sexos com faixa etária entre 65 e 74 anos residentes na comunidade em localidades distintas (Kingston e Saint-Hyancinthe, Canadá; Tirana, Albânia; Manizales, Colômbia e Natal, Brasil). Foram coletadas informações referentes a variáveis sociodemográficas, econômicas e de saúde experienciadas ao longo do curso da vida. A síndrome de fragilidade foi operacionalizada de acordo com os critérios propostos por Linda Fried para o fenótipo físico de fragilidade. Medidas de dispersão e de tendência central foram utilizadas para caracterização da amostra, análises bivariadas, multivariadas e de mediação. Resultados: A prevalência de fragilidade variou de acordo com os locais de estudo sendo menor no Canadá (4.9% para homens e 6.6% para mulheres em Kingston e 2.1% para homens e 4.8% para mulheres em Saint Hyacinthe) e maior no Brasil (6.8% para homens e 16% para mulheres). Apenas na Colômbia a prevalência de fragilidade foi equivalente para homens e mulheres (6.4%). Após análise multivariada ajustada por covariáveis, os idosos que reportaram ter sofrido abuso físico na infância apresentaram maior prevalência de fragilidade na velhice (OR=1.68; 95% CI: 1.01; 2.78) e o mesmo foi observado entre aqueles expostos a violência psicológica perpetrada pelo parceiro íntimo (OR= 2.07; 95% CI: 1.37; 3.12). Os efeitos da violência física na infância foram totalmente mediados pela presença de condições crônicas e sintomatologia depressiva enquanto que os efeitos da violência perpetrada pelo parceiro íntimo foi parcialmente mediada por estas mesmas variáveis. Entre as mulheres, ter filho antes dos 20 anos foi associado com maior prevalência de fragilidade (OR 2.15, 95%CI: 1.24-3.72), aquelas que tiveram 1-2 filhos apresentaram menores índices de pré-fragilidade status (OR 0.54, 95%CI 0.36-0.82) e fragilidade (OR 0.43 95%CI 0.22-0.86) e ter realizado histerectomia foi considerado um fator que contribui de forma independente para uma maior prevalência de fragilidade em todos os modelos. Após ajustes (idade, sexo e local do estudo) a insuficiência de renda (RR 1.40; 95%IC 1.00-1.96) e ter apoio do parceiro (RR 0.80; 95%IC 0.64-1.01) foram considerados preditores da acentuação do fenótipo de fragilidade. Conclusões: Abuso físico na infância, experiências de violência psicológica na vida adulta deixam marcas na trajetória de vida levando a desfechos adversos a saúde na velhice. Idade do primeiro filho, paridade e histerectomia são fatores que devem ser considerados como indicadores de saúde da mulher e parecem contribuir para a maior prevalência de fragilidade em mulheres quando comparada aos homens. Idade, sexo, residir em Natal e insifuciência de renda foram considerados fatores de risco enquanto contar com o suporte social do parceiro foi considerado fator de proteção para acentuação do fenótipo de fragilidade. Portanto medidas que visem a redução das desigualdades sociais e econômicas são necessárias pois podem ter impacto sobre a saúde da população em especial dos idosos.