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TCC A Importância dos programas de atividade física para pessoas idosas na atenção primária à saúde: uma revisão integrativa.(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-14) Souza, Ana Paula Camilo de; Silva, Ísis de Siqueira; Lima, Dinorah de França; Mendes, Tatiana de Medeiros CarvalhoO envelhecimento populacional no Brasil representa um dos principais desafios da saúde pública. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, mais de 31 milhões de pessoas tinham 60 anos ou mais, representando 14,7% da população brasileira. As projeções indicam que esse percentual deve ultrapassar 25% até 2060. Nesse contexto, promover o envelhecimento ativo e saudável tornou-se prioridade estratégica, sendo a prática de atividade física uma das principais ferramentas para fortalecer a autonomia, prevenir agravos e melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas. A Atenção Primária à Saúde (APS) assume papel central nesse processo, ao oferecer programas estruturados e ações interprofissionais que estimulam hábitos saudáveis no cotidiano dos territórios. Este estudo teve como objetivo mapear a influência das ações de promoção da atividade física no envelhecimento saudável, na qualidade de vida e na autonomia das pessoas idosas acompanhadas pela APS. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, A busca por estudos foi realizada entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, com atualização em junho de 2025, com o objetivo de identificar possíveis publicações recentes que pudessem ser incluídas na revisão integrativa. As bases de dados utilizadas foram o portal da Biblioteca Virtual em Saúde BVS, MEDLINE/PubMed, SciELO e Google Acadêmico. A estratégia de busca envolveu a combinação de descritores controlados em português e inglês relacionados à “Pessoa Idosa”, “Atividade Física” e “Atenção Primária à Saúde”. Inicialmente, foram identificados 115 artigos. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão e eliminação de duplicatas, 10 estudos foram selecionados para análise final. Os dados foram organizados por meio da Análise de Conteúdo Temática. Os resultados demonstraram que 90% dos estudos utilizaram metodologias quantitativas, com predominância de delineamento transversal e descritivo. Enquanto, apenas (10%) foi de caráter qualitativo. De forma geral, constatou-se que a prática regular de atividades físicas promove ganhos na funcionalidade física, na saúde mental, emocional, na cognição e na qualidade de vida das pessoas idosas. Observou-se também que os programas ofertados nas UBS fortalecem o vínculo comunitário e favorecem o protagonismo dos usuários, especialmente quando realizados por equipes das eMulti. Contudo, os estudos também destacaram desafios, como a falta de infraestrutura adequada, a baixa adesão dos usuários, a escassez de profissionais capacitados e a ausência de sistematização dessas ações no cotidiano da APS. Conclui-se que os programas de atividade física no âmbito da APS constituem uma estratégia potente para a promoção do envelhecimento saudável, desde que estejam articulados às diretrizes das políticas públicas e sejam conduzidos de forma acolhedora, contínua e sensível às realidades locais. Para tanto, são necessários investimentos estruturais, formação permanente das equipes, ações intersetoriais e estímulo ao protagonismo comunitário, garantindo o acesso equitativo e ampliando a efetividade do cuidado às pessoas idosas