Navegando por Autor "Souza, Ana Raquel de Oliveira"
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Dissertação "Não é porque a gente não passa que não quer estudar!" juventudes na EJA: pronúncias e sentidos atribuídos à escola(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-02-25) Souza, Ana Raquel de Oliveira; Azevedo, Alessandro Augusto de; http://lattes.cnpq.br/3521226970305887; Bezerra, Edneide da Conceição; http://lattes.cnpq.br/3759724967134898; Andrade, Erika dos Reis Gusmão; http://lattes.cnpq.br/0778953049451033; Nascimento, José Mateus do; http://lattes.cnpq.br/9176401714554967; Silva, Rosalia de Fatima e; http://lattes.cnpq.br/2560174506689869A presente dissertação objetiva identificar os sentidos atribuídos à escola por jovens com idades entre 15 e 17 anos, matriculados/as na Educação de Jovens e Adultos, na Escola Municipal Erivan França, cujas trajetórias escolares são atravessadas por situações de fracasso escolar, que provocam sua “migração” para a modalidade, em um processo que, a um só tempo, possibilita sua permanência na escola e aprofunda o fenômeno denominado de juvenilização da EJA. O objetivo da pesquisa foi, com base na escuta reflexiva de suas trajetórias escolares, compreender os sentidos por eles atribuídos à escola, aos saberes por ela propiciados. No processo de investigação, apoiamo-nos na pesquisa qualitativa etnográfica, realizando observações diretas na escola, entrevistas exploratórias, aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas que nos permitiram transitar entre diferentes lugares, olhares e escutas em torno das singularidades dos interlocutores. Como aporte teórico, buscamos os estudos sobre a noção de sentido, em Augé (1999) e Vygotsky (2008), as relações com o saber, a partir da leitura de Charlot (1999, 2000), e juventudes e juvenilização na EJA, em Dayrell (2003) e Arroyo (2017). Nossas conclusões acerca dos sentidos atribuídos à escola foram norteadas por quesitos como a juvenilização e o papel da escola na EJA, a escola como lugar de conhecimentos científicos e expectativas de futuro, as aprendizagens relacionais, distorção idade-série e as reprovações. Assim, delineamos até onde foi possível um entendimento acerca do universo dos jovens na EJA, seus sentidos e como se percebem inseridos na modalidade, sem deixarmos, no entanto, de considerar suas trajetórias escolares e de vida. Apesar da obviedade dos sentidos atribuídos, concluímos que a escola não consegue atender às expectativas do/as educandos/as de aprender as habilidades que julgam necessárias e consonantes com suas demandas pessoais e sociais. Eles e elas buscam obter o diploma, valorizam os saberes científicos, saberes que envolvem dominar habilidades de leitura, de escrita, de uma língua estrangeira, do uso de tecnologia, de uma profissão, de um modo de expressar sua arte, seu movimento e sua voz. Valorizam o aprender a estar no mundo e com os outros, bem como a convivência com base em valores fundamentais, por exemplo, o respeito, a tolerância e a educação. Buscam experiências que fazem parte da sua existência e que dialoguem com suas necessidades individuais e seus sonhos aparentemente impossíveis.