Navegando por Autor "Trindade, Paula Freira"
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TCC A influência da mineralogia e da geoquímica na susceptibilidade magnética de granitos de tipo-A: o caso do Complexo Morro Redondo, Sul do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-12-12) Trindade, Paula Freira; Vivalva, Frederico Castro Jobim; Cavalcante, Rogério; Souza, Zorano Sérgio deOs plútons graníticos de tipo-A, que compõem a Província Graciosa entre as regiões sudeste e sul do Brasil, em especial, os Plútons Papanduva e Quiriri, focos deste trabalho, têm-se revelado importantes fontes de informação sobre a relação entre a susceptibilidade magnética (K) e a assinatura química (alcalina vs. subalcalina) e mineralógica de rochas graníticas. Esses corpos em conjunto com rochas vulcânicas contemporâneas constituem o Complexo Morro Redondo, aflorante entre os estados do PR e SC. O Plúton Papanduva é formado por álcali-feldspato granitos peralcalinos, com egirina e arfvedsonita como máficos principais, enquanto que o Plúton Quiriri compreende sieno- a monzogranitos levemente peraluminosos, com biotita ± anfibólio como fases máficas típicas. Os minerais opacos presentes nesses plútons são, essencialmente, ilmenita (Papanduva) e magnetita (Quiriri). Em rochas graníticas, os fatores que controlam a intensidade de K incluem desde a geoquímica, mineralogia, até eventos pós-magmáticos (hidrotermalismo, intemperismo, deformação). Este trabalho se propõe a caracterizar a intensidade da susceptibilidade magnética nos granitos dos Plútons Papanduva e Quiriri, bem como investigar a influência da mineralogia, da composição (rocha-total e química mineral) e alterações hidrotermais e intempéricas nas variações de K observadas. Medições individuais de K em amostras de mão e afloramentos revelam valores de K, em sua maioria, entre 19 – 249 x 10-6[SI], com média de 239 x 10-6 [SI] para o Plúton Papanduva. Valores anomalamente altos em torno de 6272 x 10-6 [SI] são registrados localmente para amostras portando grande quantidade de magnetita pós-magmática. Já para o Plúton Quiriri, a K situa-se principalmente entre 173 – 6910 x 10-6[SI], com média em torno de 2633 x 10-6 [SI]. Este marcado contraste favorece o uso susceptibilidade magnética como uma ferramenta auxiliar ao mapeamento geológico. Para o Plúton Papanduva, a K varia positivamente com Fe3+, Mn e Na e mostra-se influenciada pela mineralogia paramagnética, especialmente clinopiroxênios sódicos. Nestes minerais, o incremento de Fe3+ e álcalis junto às bordas cristalinas (i.e. condições mais oxidantes e peralcalinas) acompanha um aumento na intensidade de K. Por sua vez, no Plúton Quiriri a susceptibilidade magnética é controlada essencialmente pela mineralogia ferrimagnética, em especial a magnetita. Ademais, eventos pós-magmáticos (hidrotermalismo e intemperismo) parecem exercer influência adicional sobre as intensidades de K nos granitos do Plúton Quiriri.