Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular por Assunto "Alga marrom"
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Dissertação Avaliação da atividade do alginato conjugado com ácido gálico como agente antioxidante e modulador da formação de cristais de oxalato de cálcio(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-05-16) Lisboa, Lucas dos Santos; Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira; https://orcid.org/0000-0003-2252-1221; http://lattes.cnpq.br/4651814546820796; http://lattes.cnpq.br/4996483838368546; Santos, Pablo de Castro; http://lattes.cnpq.br/6456286305129050; Pinto, Talita Katiane de BritoO alginato ou ácido algínico é um polissacarídeo carboxilado que pode ser extraído de algas marinhas marrons (Phaeophyceae) ou bactérias. Este é polímero linear constituído por dois monossacarídeos: ácidos manurônicos e ácidos gulurônicos. O alginato já vem sendo bastante utilizado nas indústrias alimentícia, têxtil e farmacêutica. Porém, o alginato não apresenta uma característica desejada: atividade antioxidante proeminente. Outra molécula comercial interessante é o ácido gálico. Este é um composto fenólico com baixa toxicidade, de fácil obtenção, encontrado em várias fontes de alimentos e potente atividade antioxidante. Contudo, a atividade antioxidante do ácido gálico in vivo não é tão proeminente devido a sua baixa biodisponibilidade. O que impõe a ingestão de grande quantidade do mesmo para que esse possa atuar e, mesmo assim, devido a sua fácil degradação, o que dificulta sua ação, pode-se não ter o benefício esperado. Foi observado que este composto tem a capacidade de se conjugar a outras moléculas, o que é interessante, pois essa conjugação pode melhorar sua atividade/biodisponibilidade. A ideia do presente trabalho foi então conjugar o ácido gálico ao alginato, favorecendo assim uma melhor atividade antioxidante do alginato potencializando-o, e concomitantemente, melhorando a biodisponibilidade do ácido gálico. Para tal, foi realizado da conjugação do ácido gálico ao alginato por meio de uma modificação redox, gerando assim, um composto denominado de alg-GA. Sua caracterização foi feita por espectroscopia de infravermelho e cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), sendo sua massa determinada ~33,28 KDa. Nos testes antioxidantes in vitro o alg-GA exibiu uma elevada atividade como quelante de ferro, bem como de cobre, e como sequestrador de peróxido de hidrogênio. Não se detectou citotoxicidade desses compostos (300 µM) contra células renais de macaco verde africano (Vero CCL-81). Quando estas células foram expostas a estresse oxidativo induzido por H2O2 (2 mM) observou-se que alg-GA (300 µM) protegeu as células (~70%) de danos celulares. Com relação a modulação da formação de cristais de oxalato de cálcio, verificou-se que o alginato, em baixas concentrações (100 e 300 µM) induz a maior formação de cristais COM (cristais de oxalato monohidratado) e em altas concentrações (600 µM) induz a formação de cristais COD. Já o alg-GA induziu apenas a formação de cristais COD independente das concentrações avaliadas (de 300 µM a 1,5 mM). Com relação ao tamanho dos cristais, observou-se uma diminuição proporcional do tamanho dos COD (cristais de oxalato dihidratado) com o aumento da concentração do alg-GA utilizado, o que não foi observado com o alg. Os dados obtidos indicaram que a conjugação do alginato com ácido gálico promoveu a síntese de um composto com maior atividade antioxidante que o alginato e que esse promove a formação de cristais COD, que estão relacionados com a não formação com cálculos renais. Em estudos futuros pretende-se avaliar a atividade do alg-GA in vivo para indicar o seu possível uso em diversas aplicabilidades.Tese Desenvolvimento de blends contendo fucoidan A e avaliação da atividade antioxidante in vitro e in vivo em modelo Caenorhabditis elegans e zebrafish (Danio rerio)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-09-30) Silva, Cynthia Haynara Ferreira da; Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira; https://orcid.org/0000-0003-2252-1221; http://lattes.cnpq.br/4651814546820796; https://orcid.org/0000-0002-6764-5749; http://lattes.cnpq.br/7171255005743711; Gomes, Dayanne Lopes; Costa, Leandro Silva; Negreiros, Marília Medeiros Fernandes de; Ferreira, Éder GalinariO estresse oxidativo é um processo fisiológico importante na regulação e manutenção de diversos processos básicos nos organismos e em doenças como as cardiovasculares, neurodegenerativas e câncer. Há um interesse crescente em identificar novas moléculas, principalmente de fontes naturais, que tenham propriedades antioxidantes. As macroalgas marinhas já se destacam como alimento funcional e como fonte de moléculas ativas com diversas propriedades, como os polissacarídeos sulfatados (PS). Um exemplo, é o PS fucoidan A (FucA), extraído da alga Spatoglossum schröederi que tem sido estudado pelo seu potencial antitrombótico, anti-inflamatório e antigenotóxica. Entretanto, FucA não demonstra uma atividade antioxidante significativa. A presença dessa propriedade antioxidante poderia potencializar os efeitos das atividades biológicas já identificadas. Uma estratégia de potencializar os efeitos de uma molécula é a modificação química pela adição de grupos funcionais e pela elaboração de blends que combinem as propriedades de dois componentes. Com o objetivo de potencializar a atividade antioxidante de FucA, utilizou-se uma ferramenta de planejamento fatorial e gráfico de superfície de respostas para elaborar blends contendo FucA e Dextrana modificada com ácido gálico (Dex-Gal). Análises químicas e estruturais confirmaram que Dex-Gal foi modificada com adição de 3% de AG e apresentou capacidade antioxidante total (CAT) 3,2 maior do que a Dex não modificada. Dex-Gal e FucA foram submetidas ao planejamento fatorial para combinação de diferentes proporções para desenvolver cinco blends (BLD1, BLD2, BLD3, BLD4 e BLD5). Dois blend, BLD1 e BLD5 apresentaram baixa atividade nos testes antioxidantes realizados. No teste CAT, três blends se destacaram: BLD4 (22 Eq. AA), BLD3 (17 Eq. AA), e BLD2 (13 Eq. AA). No teste de poder redutor, BLD4 se destacou com 28% de redução, contra 17% do BLD2 e 15% do BLD3. Notavelmente, BLD4 também se destacou no teste de sequestro de radical hidroxila com cerca de 100% de atividade. A análise dos gráficos de superfície confirmou que a proporção ideal do blend de FucA e de Dex-Gal é a formulada no BLD4, com 1:1 de cada componente. BLD4 foi selecionado para os testes antioxidantes em células da linhagem 3T3 e em modelo biológico Caenorhabditis elegans e zebrafish (Danio rerio). BLD4 não apresentou citotoxicidade em células 3T3 e protegeu preventivamente as células contra estresse oxidativo induzido por H2O2; protegeu as larvas de C. elegans aumentando a sobrevivência em estresse oxidativo com álcool terc-butil hidroperóxido (T-BOOH) e diminuiu em 30% a quantidade de espécies reativas de oxigênio intracelular; e, por fim, protegeu embriões de zebrafish contra estresse oxidativo por H2O2. Portanto, em célula e em modelo C. elegans, BLD4 apresentou melhor desempenho quando comparado com seus componentes de forma isolada.