Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Serviço Social por Assunto "Acolhimento institucional"
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Dissertação O exercício profissional do assistente social nos espaços de acolhimento institucional à criança e adolescente: demandas contemporâneas e respostas socioprofissionais(2016-10-27) Souza, Tábita Pollyana Alves de; Nicolau, Maria Célia Correia; http://lattes.cnpq.br/5588349874844999; http://lattes.cnpq.br/6227455720356604; Oliveira, Iris Maria de; Rego, Adna Rejane Freitas; http://lattes.cnpq.br/5038852688228164A presente dissertação realiza uma análise do exercício profissional de assistentes sociais que atuam nos espaços de acolhimento institucional para crianças e adolescentes na particularidade do município de Natal, lócus da pesquisa empírica. Considerando que nesses espaços ocupacionais se corporificam diferentes expressões da questão social que marcam a problemática do acolhimento, o exercício profissional possui características que demandam novas necessidades, novas formas de compreensão e intervenção de assistentes sociais no âmbito do acolhimento institucional, de modo que o estudo se propôs a identificar e analisar demandas postas para o Serviço Social e o conteúdo das respostas da profissão nos espaços de acolhimento institucional. A partir de uma análise crítica-dialética, sob o enfoque teórico-metodológico de base qualiquantitativa, constituiu reflexões acerca dos atuais contornos do exercício profissional do assistente social, com suas novas e tradicionais demandas, forjadas no quadro recente das relações entre o Estado e a sociedade no país, que adquirem particularidades distintas nos serviços de acolhimento à criança e ao adolescente, frente às dimensões sociais, legais e históricas que norteiam o tema. O percurso estabelecido entre o conhecimento e a realidade concreta abordada e problematizada exigiu necessárias mediações ressaltando o que se esconde por detrás dessas relações: as contradições e impasses pelos quais o exercício profissional se realiza, evidenciando a vinculação entre demandas sociais e necessidades sociais na sociedade capitalista, que se fundem em face das determinações particulares do Serviço Social e as alteram em termos das demandas, dos usuários, dos valores, dos critérios, dos padrões societários, das requisições e das condições de trabalho. Para tanto, envolvemos a revisão da literatura que abrange a proposta estudada com a pesquisa de campo, e o levantamento e análises de documentos institucionais e entrevistas semi-estruturadas com 9(nove) assistentes sociais inseridas nas equipes técnicas das Casas de Passagem de Natal/RN. Os resultados demonstram que são criadas novas demandas que necessitam de outras respostas da profissão, fazendo com que esta tenha que organizar em seu interior tais respostas, posicionando-se diante da realidade social em questão. As respostas socioprofissionais perpassam a interpretação dos profissionais sobre seus espaços profissionais, a leitura do que consideram ser suas demandas e a elaboração de respostas a elas, em um cenário de requisições institucionais que muitas vezes requer a resolutividade imediata de determinadas situações num sentido utilitário no rol da proteção e do combate de violação de direitos sociais. Essas questões apontam para a necessidade de combinação das dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa e as condições objetivas que fundamentam o exercício profissional, de modo a tornar real e concreta a possibilidade de construir no cotidiano respostas socioprofissionais e políticas que tenham um conteúdo valorativo e crítico que reconheça as necessidades individuais dos acolhidos como coletivas no conjunto das lutas sociais.Dissertação A participação da família no processo de acolhimento institucional de crianças e adolescentes(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-11-12) Mata, Sophia de Souza Macêdo; Paiva, Ilana Lemos de; http://lattes.cnpq.br/1588515627010993; http://lattes.cnpq.br/0158983270927153; Oliveira, Iris Maria de; http://lattes.cnpq.br/8333033656600950; Melo, Symone Fernandes de; http://lattes.cnpq.br/8263777288489263; Santos, Luana Isabelle Cabral dos; http://lattes.cnpq.br/2343504076877116O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é considerado um marco importante e fundamental para o atendimento e atenção a crianças e adolescentes, em virtude da mudança de perspectiva ao tratar desse público considerando-os sujeitos/as de direitos e pessoas em condição peculiar de desenvolvimento e, nesse sentido, que demandam um sistema de proteção integral de garantia de direitos. O ECA previu uma série de medidas de proteção para a infância e juventude em situação de risco, dentre elas, há a política de acolhimento institucional, que deve ocorrer apenas em última hipótese, pois significa um retrocesso quanto ao direito à convivência familiar e comunitária. A presente pesquisa se volta a analisar a participação das famílias no processo de acolhimento institucional de crianças e adolescentes e, para responder a este objetivo, foram elencados quatro objetivos específicos: a) Apreender a dinâmica de funcionamento das unidades de acolhimento desde o ingresso das crianças/adolescentes até seu desligamento; b) Identificar e analisar como é feito o acompanhamento familiar às famílias das crianças/adolescentes em acolhimento institucional; c) Identificar e analisar qual a compreensão dos profissionais sobre as famílias das crianças/adolescentes que passaram ou ainda estão no acolhimento institucional; d) Identificar se a pandemia teve impactos na participação e convivência entre família e as crianças/ adolescentes que estão no acolhimento institucional. Utilizamos o método materialista histórico e dialético, e como ferramenta metodológica realizamos entrevistas com profissionais das unidades de acolhimento de Natal/RN. Em virtude da pandemia, a entrevistas coletivas e semiestruturadas ocorreram por meio de plataforma online e participaram oito (8) profissionais. Posteriormente, as entrevistas foram transcritas e analisadas levando-se em consideração os eixos e perguntas do roteiro de entrevista que ajudaram a responder os objetivos da presente pesquisa. Podemos concluir que a participação da família no processo de acolhimento institucional de crianças/adolescentes é um movimento permeado por contradições, tal qual a inserção da família nas políticas sociais brasileiras. Como foi visto, aspectos relacionados ao entendimento de “pouca família” ou “muita família” no processo de acolhimento institucional de crianças/adolescentes pode apresentar uma diversidade de significados. Assim, de forma geral, a perspectiva familista ainda se revela muito presente. Outro aspecto que foi observado é que a família segue sendo culpabilizada, mesmo quando se verifica a ausência de políticas públicas e direitos básicos para que as famílias e suas crianças/adolescentes vivam com dignidade e com respeito ao direito à convivência familiar e comunitária. Dessa forma, percebemos que a participação da família no acolhimento institucional é vista pelos profissionais entrevistados como importante, no entanto, nos parece que ainda ocorre de forma insuficiente e também permeada por concepções moralizantes.