Programa de Pós-Graduação em Nanotecnologia Farmacêutica
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Nanotecnologia Farmacêutica por Assunto "Anfotericina B"
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Tese Chemical stability of amphotericin B in lipid-based media(2017-12-14) Alencar, Éverton do Nascimento; Egito, Eryvaldo Sócrates Tabosa do; ; ; Oliveira, Elquio Eleamen; ; Ramaldes, Gilson Andrade; ; Kirsch, Lee E.; ; Verissimo, Lourena Mafra; ; Magalhães, Nereide Stela Santos;Esta tese foi gerada como parte dos esforços em gerar conhecimentos de estudos de estabilidade química e cinética de degradação que possam ser aplicados a microemulsões contendo Anfotericina B (AmB). O objetivo desta tese foi determinar as vias de degradação da AmB em óleo, visto que microemulsões são multifásicas e de composição complexa. Esta tese mostra esforços experimentais em determinar as vias de degradação da AmB em óleo, assim como determinar o esquema de degradação e o modelo matemático que reflita o comportamento de degradação desta molécula em solução lipídica. Diferentes soluções contendo AmB em óleo foram preparadas e armazenadas em diferentes condições de temperatura e luz, assim como presença e ausência de co-solutos. Estudos analíticos foram feitos por Espectrofotometria UVVis e por método validado em Cromatografia Líquida de Alta Pressão. Foi possível observar que o uso de antioxidantes doadores de hidrogênio no meio reacional aumentou a estabilidade de AmB sob estresse térmico ao longo do tempo. Entretanto, a cinética de degradação da AmB em triglicerídeo de cadeia média não foi linearmente dependente da temperatura. A adição de um iniciador radicalar aumentou a degradação da AmB em metanol. Adicionalmente, baseado em estudos de adsorção e agregação, foi possível observar que estes fenômenos não estão diretamente relacionados a degradação da AmB em óleo. Em armazenamento protegido da luz, a via de degradação mais provável por ser responsável pela perda de AmB do meio reacional é a auto-oxidação. Enquanto sob luz visível e UV, a oxidação catalisada pela luz é predominante. Modelos cinéticos foram construídos baseados nestas evidências experimentais. O modelo complexo para condições protegidas de luz mostrou que a AmB sofre não somente auto-oxidação, mas perda reversível, que pode estar relacionada à hidrólise por água residual. O modelo para degradação sob exposição à luz foi de pseudo-primeira ordem. Os modelos teóricos representaram os dados experimentais adequadamente e as constantes cinéticas foram estimadas. Entretanto, devido a degradação ocorrer por vias de degradação múltiplas e concomitantes, os parâmetros cinéticos de cada processo envolvido não foram estimados. As informações geradas por esta tese ajudarão a estimar adequadamente a cinética de degradação em sistemas de liberação complexos quando associados aos dados cinéticos nas demais fases em que o fármaco esteja presente. Além disto, este estudo sugeriu possíveis produtos oriundos da oxidação da AmB. Portanto, estudos de identificação e síntese devem ser realizados a fim de investigar a relação da toxicidade da AmB e seus produtos de degradação.Tese Desenvolvimento de sistemas terapêuticos para leishmaniose cutânea(2019-09-26) Alexandrino Júnior, Francisco; Egito, Eryvaldo Sócrates Tabosa do; ; ; Rocha, Helvecio Vinicius Antunes; ; Pohlmann, Adriana Raffin; ; Lima, Eliana Martins; ; Frezard, Frederic Jean Georges;Este trabalho objetivou desenvolver alternativas terapêuticas contendo anfotericina B (AmB) para o tratamento da leishmaniose cutânea. Para tanto, sistemas poliméricos formados a partir de polímeros com distinta hidrofilicidade (poli(álcool vinílico) e poli(ácido lático)) e geometria (filme e fibra) foram produzidos. Posteriormente, seus respectivos perfis cinéticos de liberação foram avaliados e correlacionados com esses parâmetros de produção e parâmetros termodinâmicos. Os dados demonstraram que a liberação da anfotericina B (AmB) se apresentou como um processo endotérmico e nãoespontâneo, com as fibras e filmes ajustando-se ao modelo de Peppas–Sahlin e Higuchi, respectivamente. Dos sistemas avaliados os hidrogéis de PVA foram os que demonstraram melhor controle na liberação. Assim, suas propriedades como potencial sistema terapêutico foram avaliadas in vitro. Esse sistema foi capaz de controlar a permeação ao vapor d’agua em níveis compatíveis com a pele em seu estado fisiológico, agir como barreira física contra microorganismos presentes no ambiente e simultaneamente apresentou eficiente atividade antifúngica e leishmanicida, sem apresentar citotoxicidade potencial para células renais (linhagem VERO). Paralelamente, foram desenvolvidas microemulsões (ME) contendo poloxamer 407 na concentração de 14%p/p, o qual permitiu atribuir ao sistema um comportamento termorreversível, com gelificação in situ em ~ 25°C, facilitando sua aplicação tópica. A adição desse polímero atenuou os fenômenos de instabilidade na ME durante o período de estocagem a 2°C, sem afetar o tempo de meia-vida do fármaco. No que se refere a retenção dérmica ex vivo, foi possível inferir que a ME atuou como agente permeabilizante permitindo, após 24h de contato, uma retenção dérmica da AmB de ~ 1,37 ± 0,75 g/cm2 . Contudo, a presença do polímero no sistema reduziu a velocidade de difusão da AmB, inviabilizando sua detecção durante o período avaliado. Assim, os resultados aqui obtidos demonstram que embora haja a necessidade de comprovação in vivo, os hidrogéis de PVA e as ME termorresponsivas são sistemas promissores para serem usados em uma terapia combinada, permitindo um tratamento tópico ambulatorial da leishmaniose cutânea.