PPGEUR - Doutorado em Estudos Urbanos e Regionais
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Navegando PPGEUR - Doutorado em Estudos Urbanos e Regionais por Assunto "Cooperação"
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Tese O "novo cangaço" e a atuação da Polícia Judiciária no combate ao crime organizado no estado do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-17) Araújo, Douglas da Silva; Suassuna, Rodrigo Figueiredo; Jesus, Cláudio Roberto de; https://orcid.org/0000-0002-0145-8457; http://lattes.cnpq.br/6041105387732908; https://orcid.org/0009-0006-0889-5920; http://lattes.cnpq.br/9927708693539364; https://orcid.org/0000-0002-5711-1153; http://lattes.cnpq.br/8845939328554043; Barbosa, Wendell de Freitas; Gama, Arnaldo Costa; Guimarães, Patrícia Borba VilarSão inúmeras as cidades do Brasil que já experimentaram algum tipo de ação criminosa relacionada à atuação do que, na retórica policial e midiática, denomina-se “novo cangaço”. Grupos fortemente armados invadem cidades, em especial de médio e pequeno porte, no intuito de subtrair valores e bens de instituições financeiras e estabelecimentos similares, utilizando um “modus operandi” que faz do evento um marco para os que vivem naquele determinado lugar. Assim como em todo Brasil, o estado do Rio Grande do Norte experimentou desde o início da última década, forte atuação do novo cangaço em eventos de arrombamento, saques e assaltos a instituições financeiras e agências credenciadas em várias cidades. O novo cangaço pode ser interpretado a partir das teorias criminológicas, a exemplo da teoria do etiquetamento social, que reflete os estigmas associados aos criminosos e os impactos das respostas institucionais, e a teoria da escolha racional, que analisa as decisões estratégicas dos envolvidos, considerando os riscos e benefícios das ações criminosas. Nesse contexto, essa pesquisa teve como objetivo principal avaliar a narrativa das agências estatais responsáveis pelo controle do crime, em especial da polícia judiciária, em face às mudanças e transformações advindas da dinâmica do “novo cangaço”. Metodologicamente, a pesquisa utilizou-se de entrevistas – semiestruturadas – como técnica principal de coleta de dados. Foram entrevistados os agentes estatais que lidam com o controle do crime, em especial agentes que compõe a polícia judiciária (polícia civil e polícia federal). Ao final, os resultados apontam para um controle desse fenômeno criminoso pautado numa lógica reativa, centrada na repressão imediata e no enfrentamento armado. Embora iniciativas como a criação do Plano de Defesa de Domínio de Cidade demonstrem um esforço de articulação nacional entre as forças de segurança, prevalece uma abordagem enérgica e letal, em detrimento de estratégias preventivas e integradas que envolvam a modernização das práticas policiais e a cooperação com outros organismos estatais e não estatais.