Programa de Pós-Graduação em Biologia Estrutural e Funcional
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Biologia Estrutural e Funcional por Assunto "Ácido valpróico"
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Dissertação O estresse oxidativo e o desenvolvimento do córtex auditivo em ratos modelo de autismo: efeito do extrato antioxidante de Libidibia ferrea na formação das redes perineuronais(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-28) Cortez, Lorena Nobre; Anomal, Renata Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/6437989445919424; http://lattes.cnpq.br/5292951752742899; Kragelund, Fabiana Santana; Cavalcante, Judney Cley; http://lattes.cnpq.br/7975576082142180Introdução: O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado principalmente por deficiências na comunicação social, comportamentos repetitivos e percepção sensorial alterada. Pessoas com autismo frequentemente apresentam alterações na acurácia auditiva, ou hiper/hipossensibilidade ao som. Sabe-se que os mapas topográficos e a acuidade dos sistemas sensoriais no cérebro são refinados durante o período crítico, no início da vida pós-natal, por meio do amadurecimento dos neurônios inibitórios parvalbumino-positivos e da rede perineuronal ao seu redor. Alterações no período crítico mediadas, por exemplo, pelo estresse oxidativo aumentado, podem ter grande impacto no desenvolvimento da percepção sensorial, retardando o desenvolvimento das redes perineuronais nos córtices sensoriais. Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo investigar se a administração de moléculas antioxidantes durante o período crítico do desenvolvimento do córtex auditivo primário pode influenciar no desenvolvimento das redes perineuronais ao redor dos neurônios do córtex auditivo primário (Au1), secundário dorsal (AuD) e secundário ventral (AuV) de roedores modelo de autismo. Metodologia: Para a pesquisa, utilizamos um modelo roedor de autismo tratado com ácido valpróico no 12º dia embrionário (ratos VPA) para induzir características do autismo nos animais. No período crítico do desenvolvimento de Au1, dias pós natais 10 a 12 (P10 a P12), injetamos, por via intraperitoneal, exossomos de macrófagos tipo M2 para transportar o extrato de frutas da planta Libidibia ferrea com moléculas antioxidantes ao tecido cerebral - grupo de ratos tratados com antioxidantes (VPA cOxi). Também injetamos, no mesmo período, exossomos sem o extrato antioxidante, no grupo VPA sOxi. O grupo Controle não recebeu injeção de ácido valpróico nem de exossomos. Para analisar o desenvolvimento das redes perineuronais em AuD, Au1 e AuV realizamos histoquímica para Wisteria floribunda, e quantificamos o número e a densidade de células marcadas com rede perineuronal na camada IV e em todo o córtex AuD, Au1 e AuV dos grupos experimentais Controle, VPA sOxi e VPA cOxi. Resultados: Como resultado observamos que o número e a densidade de células envolvidas pela rede perineuronal em Au1 e AuV era maior no grupo Controle do que nos grupos VPA sOxi e VPA cOxi, tanto na quantificação de todas as camadas corticais ou da camada IV. Não houve diferença no número e na densidade de células do grupo tratado com antioxidante, VPA cOxi, e não tratado, VPA sOxi. Conclusão: No presente trabalho foi possível concluir que os ratos modelo de autismo apresentaram prejuízo na formação da rede perineuronal ao redor dos neurônios do córtex auditivo, indicando um déficit no período crítico do desenvolvimento do mapa tonotópico. A administração de extrato de frutas com ação antioxidante no período e/ou na dosagem utilizada em nosso estudo não foi capaz de impedir o desenvolvimento das alterações na rede perineuronal ao redor dos neurônios do córtices auditivos dos ratos modelo de autismo.