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Título: A experiência de depressão na contemporaneidade: uma compreensão fenomenológico-existencial
Autor(es): Barbosa, Synara Layana Rocha
Orientador: Dutra, Elza Maria do Socorro
Palavras-chave: Experiência depressiva;Analítica existencial;Psicopatologia fenomenológica;Pesquisa fenomenológica;Depressing experience;Existential analytics;Phenomenological psychopathology;Phenomenological research
Data do documento: 23-Mar-2012
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: BARBOSA, Synara Layana Rocha. A experiência de depressão na contemporaneidade: uma compreensão fenomenológico-existencial. 2012. 160 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia, Sociedade e Qualidade de Vida) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2012.
Resumo: A depressão é um dos modos de adoecimento mais comuns na atualidade. Devido ao aumento na incidência de casos de depressão registrados em todo o mundo, este tema tem sido objeto de importantes estudos, especialmente, no tocante à descrição sintomatológica e etiologia biológica da doença. Esta pesquisa teve como objetivo compreender a experiência singular de depressão vivida por pessoas que se reconhecem em depressão, sob o enfoque da fenomenologia-existencial de Martin Heidegger. Para atingir o objetivo proposto, foram realizadas entrevistas-narrativas individuais com quatro participantes, partindo da questão disparadora: a partir de sua experiência, como é, para você, estar em depressão? . A pesquisa revelou que a depressão afeta a pessoa em sua totalidade e se relaciona a contextos de vida estressantes. A depressão foi narrada como uma experiência de despotencialização e de falta de autoestima e de valor pessoal. Os colaboradores da pesquisa se referiram à depressão a partir do humor triste, irritado, entediado e pessimista. O tempo é vivido como restrição da abertura projetiva em direção às possibilidades de ser, em que o futuro é visto como catastrófico e o passado vivido como débito e culpa. A corporeidade, na depressão, é experienciada por meio do peso, do cansaço e de dores sem motivo. O espaço é vivido a partir da noção de queda e de afundamento. Também percebemos o desejo pelo isolamento e a evitação de contato social. O suicídio é desejado e representa o fim do sofrimento em vida. A depressão se mostrou, ainda, muito estigmatizada, pois é desacreditada e incompreendida. O estigma também se dirigiu à vivência de hospitalização e pela não adequação aos padrões de beleza instituídos socialmente, o que gera bastante sofrimento à pessoa em depressão. A medicação foi descrita a partir de seus efeitos positivos, como um equilíbrio e atenuador do sofrimento, mas também como gerador de dependência. Também foram identificados, na fala dos colaboradores, traços de auto-exigência, ordenalidade e ser-por-outrem, característicos do typus melancholicus. Este estudo contribui para uma compreensão da depressão que transcende a perspectiva unicamente biológica e sintomatológica da patologia. A investigação da experiência depressiva, sob a lente da fenomenologia heideggeriana, nos relevou o fenômeno da depressão em sua singularidade, complexidade e múltiplos sentidos, mostrando a íntima relação entre a constituição da depressão e o contexto de vida pessoal e social dos participantes
Abstract: The depression is one of the most common forms of getting ill nowaday. Due to the increase in incidence of depression cases registered worldwide, this theme has been the subject of important studies, especially regarding the symptomatological description and biological etiology of the disease. This research had the objective to understand the unique experience of depression experienced by people who recognize themselves in depression, under the focus of existential phenomenology of Martin Heidegger. To reach the proposed objective, individuals narratives interviews were conducted with four participants, starting from the triggering question, "from your experience, how is for you to being depressed?". The survey revealed that depression affects the whole person and is related to stressful life contexts. Depression was narrated as an experience of disempowerment and lack of self esteem and personal worth. The collaborators of the research referred to the depression from sad, angry, bored and pessimistic mood. The time is experienced as a restriction to the projective opening towards the possibilities of being in which the future is seen as catastrophic and the past lived as debt and guilt. The corporeality, in depression is experienced through the weight, fatigue and pains for no reason. The space is lived from the notion of fall and collapse. We also realized the desire for isolation and avoidance of social contact. Suicide is desired and represents the end of the suffering in life. The depression has proved, still, very stigmatized, because it is discredited and misunderstood. The stigma also addressed to the experience of hospitalization and the unsuitability to the socially imposed standards of beauty, which generates enough suffering to the depressed person. The medication was described based on its positive effects, as a balance and suffering reducer, but also as a producer of dependence. Were also identified according to the collaborators, traces of selfdemand, ordenality and being-for-others, characteristic of typus melancholicus. This study contributes to an understanding of the depression that goes beyond the merely biological perspective and symptomatology of the pathology. The investigation of the depressive experience, through the lens of Heidegger's phenomenology, showed us the phenomenon of the depression in their singularity, complexity and multiple meanings, showing the close relationship between the formation of the depression and the context of personal and social life of the participants
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/17509
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