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https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/17537
Título: | Experiências maternas de perda de um filho com câncer infantil: uma compreensão fenomenológico-existencial |
Autor(es): | Silva, Patricia Karla de Souza e |
Orientador: | Melo, Symone Fernandes de |
Palavras-chave: | Luto materno. Câncer infantil. Fenomenologia. Hermenêutica heideggeriana. Morte;Motherly mourn. Childhood cancer. Phenomenology. Heidegger s hermeneutics. Death |
Data do documento: | 5-Abr-2013 |
Editor: | Universidade Federal do Rio Grande do Norte |
Referência: | SILVA, Patricia Karla de Souza e. Experiências maternas de perda de um filho com câncer infantil: uma compreensão fenomenológico-existencial. 2013. 229 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia, Sociedade e Qualidade de Vida) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2013. |
Resumo: | A morte em decorrência de câncer infantil reflete um desfecho precoce da vida, evento este que pode provocar forte repercussão na existência da mãe, figura a qual, comumente, é atribuída a maior parte das responsabilidades durante o adoecimento do filho. Esse estudo tem por objetivo compreender a experiência de mães que perderam um filho em decorrência de câncer infantil, aproximando-se dos sentidos pessoais desta vivência. Seguindo os moldes de um delineamento qualitativo, com enfoque exploratório e compreensivo, utilizou-se como procedimento de construção dos dados o método da narrativa , obtida a partir de entrevista semiestruturada. A pesquisa contou com a participação de três mães adultas que perderam seus filhos por câncer infantil, após um período mínimo de seis meses de tratamento oncológico. A proposta de análise segue os parâmetros do método fenomenológico e a compreensão dos dados é fundamentada na analítica existencial de Martin Heidegger. Os resultados foram estruturados em três eixos temáticos: História prévia, adoecimento infantil e suas repercussões; A rede de apoio e o cuidado; A perda e o depois: enfrentamento e significação. Foi possível compreender que o surgimento do câncer na infância promove, desde o diagnóstico, uma ruptura dos significados cotidianos, evidenciando a frágil condição da vida humana. Nesta circunstância específica de adoecimento infantil, todas as participantes restringiram suas possibilidades de ser-no-mundo, dedicando-se exclusivamente ao exercício da maternidade. Na relação com os filhos em situação de tratamento, as narrativas desvelaram, de maneira convergente, a existência de um cuidado no modo substitutivo. No âmbito da rede de suporte, constituída primordialmente pela família, equipe de saúde e instituições de apoio, as relações foram marcadas por movimentos de proximidade e distanciamento. Com a morte do filho, as mães passam a vivenciar uma forma de ser-com o filho ausente , garantindo a continuidade da relação com o filho morto. Tomando-se os resultados expostos acima, pode-se compreender o luto materno como uma experiência singular em constante ressignificação, na qual o tempo subjetivo sobrepõe-se ao tempo cronológico. O incremento da angústia, decorrente do confronto da mãe com a questão da finitude, mobiliza um processo de mudança em seu modo de ser-no-mundo, promovendo a abertura de novas possibilidades em sua vida. Uma atenção singular à mãe, durante o processo de adoecimento e perda do filho, revela-se, portanto, primordial |
Abstract: | Death due to childhood cancer reflects an early outcome of life, which can cause a strong repercussion in the mother s existence - figure to whom the greatest part of responsibilities during the child s illness is commonly allocated. The aim of this study is to understand the experience of mothers who have lost a kid as a consequence of childhood cancer, approaching the personal senses of this fact. Following a qualitative research design, with an exploratory and comprehensive approach, the study used the narrative method, which was obtained from a semi-structured interview, as the data generation procedure. The research counted on the participation of three adult mothers who had lost their kids because of childhood cancer, after - at least - a six-month period of oncologic treatment. The proposal of analysis follows the parameters of the phenomenological method and the data are based on Martin Heidegger s existential analytic. The results were structured into three thematic axes: previous History, child illness and its repercussions; The network of support and care; Loss and after loss: facing and signifying. It was possible to comprehend that the emergence of cancer in childhood promotes, since the diagnosis, a disruption of everyday meanings, accentuating the fragile condition of human life. In this specific circumstance of childhood illness, all the participants restricted their possibilities of being-in-the-world, dedicating exclusively to the practice of maternity. Concerning their relationship with their children in treatment, the narratives unveiled, in a convergent manner, the existence of care in a substitutive mode. In the network of support - primarily constituted by family, the health team and the support institutions - the relations were marked by proximity and detachment movements. With the child s death, mothers began to live a way of being-with the absent child , ensuring the continuity of the relationship with the dead infant. From the results exposed above, we can understand the motherly mourn as a singular experience in constant resignification, in which the subjective time overlaps the cronological time. The increment of anguish, resulting from the mother s confrontation to the question of finitude, mobilizes a process of change in their way of being-in-the-world, promoting an openness to new possibilities in their lives. Singular attention to the mother, during the process of illness and child loss, turns out to be fundamental |
URI: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/17537 |
Aparece nas coleções: | PPGPSI - Mestrado em Psicologia |
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