Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/19725
Título: Correlação entre a resposta imunológica e as manifestações clínicas na Leishmaniose Visceral Canina
Autor(es): Albuquerque, Talyta Delfino Rolim de
Orientador: Guedes, Paulo Marcos da Matta
Palavras-chave: Leishmania infantum;Imunopatogenia;Citocinas;Quimiocinas;Mossoró/RN
Data do documento: 22-Mar-2013
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: ALBUQUERQUE, Talyta Delfino Rolim de. Correlação entre a resposta imunológica e as manifestações clínicas na Leishmaniose Visceral Canina. 2013. 70f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2013.
Resumo: Cães são os reservatórios primários dos parasitos do gênero Leishmania. A resposta imune induzida pela infecção por Leishmania infantum nestes animais não está completamente elucidada, e poucos estudos tem investigado a correlação entre a expressão de citocinas e quimiocinas e as manifestações clínicas dos animais portadores de leishmaniose visceral canina (LVC). O objetivo deste estudo foi correlacionar os achados clínico em cães naturalmente infectados por L. infantum (das áreas rurais do município de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte, Brasil) com os níveis de expressão de citocinas (IFN-γ, TNF-α, IL-10 e IL-17), iNOS, quimiocinas (CCL1, CCL2, CCL3, CCL4 , CCL5, CCL17, CCL20, CCL24, CCL26, CXCL9, CXCL10), receptores de quimiocinas (CXCR3, CCR3, CCR4, CCR5, CCR6, CCR8), e parasitismo no fígado e no baço. Inicialmente, foi realizado levantamento soroepidemiológico de cães de 12 assentamentos rurais de Mossoró-RN, totalizando 398 cães examinados. A positividade dos cães para o parasito foi determinada pela reatividade em dois testes sorológicos (RIFI e ELISA). Todas as localidades rurais apresentaram cães positivos para L. infantum, com positividade variando entre 6,6% a 49% dos animais examinados por localidade, e um total de 27% de cães de todas as localidades. Posteriormente, vinte e um cães foram clinicamente avaliados e classificados como assintomáticos (n = 11) ou sintomáticos (n = 10). A infecção foi confirmada pela realização de imprint no baço, e observação de formas amastigotas. Esplenomegalia, perda de peso e onicogrifose foram os sinais clínicos mais frequentes. No fígado, os níveis de expressão de RNAm de citocinas (IFN-γ, TNF-α, IL-10 e IL-17), iNOS e quimiocinas (CCL1, CCL17, CCL26, CCR3, CCR4, CCR5, CCR6, e CCR8) foram mais baixos nos animais sintomáticos do que nos animais assintomáticos. Em comparação com os animais não infectados, cães sintomáticos obtiveram níveis mais baixos de expressão de quase todas as moléculas analisadas. Além disso, foi observada alta carga parasitária e baixa inflamação hepática em animais sintomáticos, quando comparado aos assintomáticos. Conclui-se que a diminuição da expressão de citocinas, quimiocinas e receptores de quimiocinas resultaria na migração e ativação deficiente de leucócitos, dificultando o controle do parasitismo e conduzindo ao desenvolvimento da doença.
Abstract: Dogs are the primary reservoirs of the parasites of the genus Leishmania. The immune response induced by infection with Leishmania infantum in these animals is not completely understood, and few studies have investigated the correlation between the expression of cytokines and chemokines and clinical manifestations of animals with canine visceral leishmaniasis (CVL). The aim of this study was to correlate the clinical status of dogs naturally infected with L. infantum (rural municipality of Mossoro, Rio Grande do Norte, Brazil) with the expression levels of cytokines (IFN-γ, TNF-α, IL-10 and IL-17), iNOS, chemokines (CCL1, CCL2, CCL3, CCL4, CCL5, CCL17, CCL20, CCL24, CCL26, CXCL9, CXCL10), chemokine receptors (CXCR3, CCR3, CCR4, CCR5, CCR6, CCR8), and parasitism in the liver and spleen using real-time PCR. Initially, we conducted seroepidemiological survey of dogs from 12 rural settlements from Mossoró-RN, totaling 398 dogs examined. The positivity of dogs for the parasite was determined by reativity in two serological tests (ELISA and IFA). All rural localities showed dogs positive for L. infantum, with positivity varying between 6,6% and 49% of the animals examined by location, totalizing 27% of dogs from all settlements. Subsequently, Twenty-one dogs were clinically evaluated and classified as asymptomatic (n = 11) or symptomatic (n = 10). The infection was confirmed by performing imprint in the spleen, and observation of amastigotes. Splenomegaly, weight loss and onychogryphosis were the most frequent clinical signs. In the liver, levels of mRNA expression of cytokines (IFN-γ, TNF-α, IL-10 and IL-17), iNOS and chemokines (CCL1, CCL17, CCL26, CCR3, CCR4, CCR5, CCR6, CCR8 and) were lower in symptomatic animals than in asymptomatic animals. In comparison with uninfected animals, symptomatic dogs had lower levels of expression of almost all molecules tested. In addition, the parasitic load was observed high and low symptomatic hepatic inflammation in animals when compared to asymptomatic. In conclusion, the decreased expression of cytokines, chemokines and chemokine receptors result in poor migration and activation of leukocytes, hindering control of parasitism and leading to the development of the disease.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19725
Aparece nas coleções:PPGCB - Mestrado em Ciências Biológicas

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
CorrelacaoRespostaImunológica_Albuquerque_2013.pdf2,23 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.