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Título: Avaliação do desenvolvimento infantil e a influência dos fatores biopsicossociais em crianças com cardiopatia congênita
Autor(es): Mari, Mariana Alievi
Orientador: Alchieri, João Carlos
Palavras-chave: Desenvolvimento infantil;Cardiopatias congênitas;Medicina do comportamento;Psicologia da criança
Data do documento: 27-Abr-2015
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: MARI, Mariana Alievi. Avaliação do desenvolvimento infantil e a influência dos fatores biopsicossociais em crianças com cardiopatia congênita. 2015. 100f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.
Resumo: O desenvolvimento infantil é o resultado da interação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Ambiente hostil, renda, estímulos oferecidos, bem como a presença de uma doença crônica são questões que podem interferir significativamente. Considerando as doenças crônicas, podemos identificar a cardiopatia congênita (CC) que se caracteriza por malformações cardíacas anatômicas e funcionas e atualmente tem apresentado uma incidência de até 1% na população de nascidos vivos. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o desenvolvimento infantil e verificar uma associação com o comprometimento por fatores biopsicossociais de crianças com e sem CC. Fizeram parte do estudo crianças de zero a seis anos, divididas em três grupos: Grupo1- 29 crianças cardiopatas congênitas pré-cirúrgicas, Grupo2- 43 crianças cardiopatas póscirúrgicas e Grupo3- 56 crianças saudáveis. Os instrumentos utilizados foram um questionário biopsicossocial e o Teste de Triagem de Denver II. Do total de 128 crianças avaliadas, 66 (51,56%) são meninas, sendo que a idade variou dos dois meses aos seis anos (mediana 24,5 meses). No G1 e G2 houve predomínio de cardiopatias acianóticas (55,2% e 58,1%). Em relação as avaliações do Denver II, as crianças cardiopatas tiveram mais classificações de desenvolvimento “suspeito” e “suspeito/anormal”, sendo que 41,9% das crianças que já passaram por procedimento cirúrgico tiveram seu desenvolvimento caracterizado como “suspeito/anormal”. No grupo das crianças saudáveis 53,6% foram classificadas com perfil desenvolvimental “normal” (p=˂0,0001). Sobre os domínios do Denver II, entre as crianças cardiopatas houve maior alteração nas áreas motoras (p= 0,016, p=˂0,001). As variáveis biopsicossociais que se mostraram relacionadas a um possível atraso no desenvolvimento foram: sexo (p=0,042), idade da criança (p=0,0001) e renda per capita (p=0,019). Não foram encontradas associações entre as variáveis relacionadas ao tratamento da cardiopatia, informação, compreensão da doença e do modo como os pais tratam os filhos. Já no grupo das crianças saudáveis evidenciou-se que crianças que passaram por internação hospitalar tiveram mais índices de alterações no desenvolvimento (p=0,025) e quanto maior o número de internações mais essas alterações se intensificaram (p=0,023). Os resultados sugerem que crianças com cardiopatia congênita tenham provável atraso no desenvolvimento. Também foi possível verificar que existe uma diferença significativa entre as crianças que passaram por procedimento cirúrgico, daquelas que ainda aguardam cirurgia fazendo somente acompanhamento clínico. As alterações de o desenvolvimento estarem mais ligadas as áreas motoras podem ser explicadas por aspectos característicos da doença e do tratamento, como dispneia, cansaço, cuidados e limitações nas atividades diárias. As variáveis sexo e idade parecem ser determinantes no desenvolvimento, bem como, crianças saudáveis passarem por experiência de hospitalização. Já nas crianças cardiopatas, se percebeu que as variáveis sociais que envolvem a doença e o tratamento não comprometeram o desenvolvimento. Essa questão pode ser entendida por meio de fatores protetores e de resiliência, já que essa população recebe apoio familiar e social.
Abstract: Child development is the result of the interaction of biological, psychological and social factors. Hostile environment, income, offered stimuli, as well as the presence of a chronic illness are issues that may interfere significantly. Considering the chronic diseases, we can identify congenital heart disease (CHD) is characterized by anatomical heart defects and functional and currently has presented an incidence of up to 1% of the population of live births. This research aimed to evaluate child development and verify an association with the commitment by biopsychosocial factors of children with and without CHD. Study participants were children from zero to six years, divided into three groups: Group1- 29 children pre-surgical congenital heart disease, Group2- 43 children post-surgical cardiac patients and Group3- 56 healthy children. The instruments used were a biopsychosocial questionnaire and the Screening Test Denver II. Of the total of 128 children evaluated, 66 (51.56%) are girls, and ages ranged from two months to six years (median 24.5 months). In G1 and G2 predominated acyanotic heart disease (55.2% and 58.1%). Regarding the Denver II reviews, children with heart disease had more development ratings "suspicious" and "suspect/abnormal", and 41.9% of children who have gone through surgery had characterized its development as "suspect/abnormal" . In the group of healthy children 53.6% were classified as developmental profile "normal" (p = ˂0,0001). On the areas of Denver II, among children with heart disease was greatest change in motor areas (p = 0.016, p = ˂0,001). The biopsychosocial variables that were related to a possible developmental delay were gender (p = 0.042), child's age (p = 0.0001) and income per capita (p = 0.019). There were no associations between the variables related to the treatment of disease, information, understanding of the disease and the way parents treat their children. In the group of healthy children showed that children who underwent hospitalization rates were more changes in development (p = 0.025) and the higher the number of admissions over these changes have intensified (p = 0.023). The results suggest that children with congenital heart disease have likely delayed development. It was also observed that there is a significant difference between the children who have gone through surgery, those who are still waiting for surgery only doing clinical follow-up. Changes in the development are more connected motor areas can be explained by the characteristic features of the disease and treatment, such as dyspnea, fatigue, care and limitations in daily activities. The gender and age appear to be decisive in the development as well as healthy children go through hospitalization experience. Already in children with heart disease, it was realized that social variables involved in the disease and the treatment did not affect the development. This question can be understood by means of protective factors and resiliency, as this population receives family and social support.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20148
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