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Título: "Não delegar": o protagonismo da classe trabalhadora na defesa da saúde e da vida
Autor(es): Keppler, Isabel Lopes dos Santos
Orientador: Yamamoto, Oswaldo Hajime
Palavras-chave: Saúde do trabalhador;Marxismo;Processo saúde-trabalho
Data do documento: 24-Fev-2021
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: KEPPLER, Isabel Lopes dos Santos. "Não delegar": o protagonismo da classe trabalhadora na defesa da saúde e da vida. 2021. 154f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.
Resumo: O campo da Saúde do Trabalhador (ST) surge em 1970 no Brasil e uma de suas premissas é a “não delegação”, que indica um método para intervir no processo saúdetrabalho, em que os trabalhadores não devem delegar nem ao patrão, nem ao Estado o cuidado com a saúde, sendo peças fundamentais para obter conquistas efetivas para eliminar aspectos nocivos do processo saúde-trabalho. O objetivo dessa tese é analisar a atualidade do princípio de não delegação, que sintetiza a premissa do protagonismo dos trabalhadores acerca da defesa da saúde e da vida. Como objetivo específicos, nos propomos a (1) desenvolver de que forma o protagonismo dos trabalhadores se apresenta como uma questão chave frente ao processo saúde-doença no trabalho; (2) refletir sobre as estratégias adotadas nas décadas de 1970 e 1980 pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC frente à pauta da saúde e sua aplicabilidade na atualidade. Para tanto, realizamos (1) um estudo teórico articulando categorias de Marx com o campo da ST e (2) confrontamos essa análise empiricamente com o caso particular da categoria metalúrgica do ABC nas décadas de 1970-80, através de análise documental de resoluções dos congressos e imprensa do sindicato sobre a pauta da saúde do trabalhador. Indicamos a orientação do sindicato às bases e para dentro das fábricas como fator que fez com que a saúde aparecesse como expressão cotidiana das contradições capital-trabalho. Esse processo não só serviu para intervir nos processos de trabalho como mostrou a pauta da saúde como forma de mobilização, atrelando a luta por maiores salários com a luta pelas condições de trabalho.
Abstract: The field of Workers' Health (ST) emerged in 1970 in Brazil and one of its premises is the "non-delegation", which indicates a method to intervene in the health-work process, in which workers should not delegate health care to the employer or the State, being it a fundamental element to obtain effective achievements to eliminate harmful aspects of the health-work process. The objective of this thesis is to analyse the relevance today of the principle of non-delegation, which synthesizes the premise of the leading role of workers in the defence of health and life. As specific objectives, we propose to (1) develop in which way the workers' protagonism is presented as a key issue facing the health-disease process at work; (2) reflect on the strategies adopted in the 1970s and 1980s by the Metalworkers Union of ABC facing the health agenda and its applicability nowadays. To do so, we conducted (1) a theoretical study associating Marx's categories with the ST field and (2) we confronted this analysis empirically with the particular case of the metalworkers category in the ABC region in the decades of 1970-80, through a documental analysis of the resolutions of the congresses and press of the union about the worker's health agenda. We point out the union's orientation towards the bases and inside the factories as a factor that made health appear as a daily expression of the capital-labour contradictions. This process not only served to intervene in the work processes but also showed the health agenda as a form of mobilization, linking the struggle for higher wages with the struggle for working conditions.
URI: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32453
Aparece nas coleções:PPGPSI - Doutorado em Psicologia

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