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Título: Efeitos da estimulação elétrica neuromuscular na dor femoropatelar: ensaio controlado randomizado
Autor(es): Melo, Samara Alencar
Orientador: Brasileiro, Jamilson Simões
Palavras-chave: Eletromiografia;Fisioterapia;Joelho;Músculo quadríceps
Data do documento: 13-Ago-2021
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: MELO, Samara Alencar. Efeitos da estimulação elétrica neuromuscular na dor femoropatelar: ensaio controlado randomizado. 2021. 88f. Tese (Doutorado em Fisioterapia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.
Resumo: Introdução: A Dor Femoropatelar (DFP) é uma disfunção musculoesquelética debilitante e bastante frequente, que afeta a funcionalidade e pode comprometer a realização das atividades da vida diária. Essa condição acomete, sobretudo, a população feminina. A estimulação elétrica neuromuscular (EENM) tem sido sugerida como recurso complementar à abordagem terapêutica, contudo, as evidências do seu uso na DFP são controversas. Objetivo: Analisar os efeitos da adição da estimulação elétrica neuromuscular a um programa de exercícios terapêuticos com ênfase nos grupos extensores do joelho e abdutores do quadril, em mulheres portadoras da DFP. Métodos: Trata-se de um ensaio controlado randomizado, no qual 34 mulheres com DFP, com média de idade 23,8 (± 4,1) foram distribuídas aleatoriamente em 2 grupos: exercícios associados a EENM (GEE) e apenas exercícios (GEx). O GEx realizou um protocolo de exercícios voltados para o treinamento dos extensores do joelho e abdutores de quadril, enquanto o GEE realizou os mesmos exercícios, porém associados à EENM no vasto medial oblíquo (VMO) e glúteo médio (GM). As intervenções foram realizadas em ambos os grupos, duas vezes por semana, durante oito semanas, totalizando 16 sessões de tratamento. Medidas de desfecho primário foram a intensidade da dor e incapacidade funcional. Medidas de desfecho secundário incluíram incapacidade funcional, atividade eletromiográfica do VMO, vasto lateral (VL), GM e desempenho muscular isocinético dos extensores do joelho e abdutores do quadril. Esses parâmetros foram mensurados 72h antes do início da intervenção (avaliação 0 semana), após 4 (avaliação 4 semanas) e 8 (avaliação 8 semanas) do início do protocolo e após 8 semanas do final da intervenção (avaliação 16 semanas). Resultados: Não observamos diferença significativa entre os grupos avaliados com relação às variáveis de intensidade da dor, incapacidade funcional, atividade eletromiográfica, desempenho isocinético dos extensores do joelho e dos abdutores do quadril (p>0,05). Evidenciamos redução da intensidade da dor (p<0,01; F=42,9; ηp2=0,57) e melhora da incapacidade funcional (p<0,01; F=43,0; ηp2=0,57) na comparação intragrupo, para ambos os grupos. Conclusão: A EENM não demonstrou efeitos adicionais significativos que justifiquem a sua associação a exercícios no tratamento da DFP. Contudo, os exercícios terapêuticos propostos foram eficazes na redução da dor e melhora da incapacidade funcional, com efeito residual que se manteve após oito semanas do término do tratamento.
Abstract: Introduction: Patellofemoral Pain (PFP) is a very frequent and debilitating musculoskeletal disorder that affects functionality and can compromise the performance of activities of daily living. This condition mainly affects the female population. Neuromuscular electrical stimulation (NMES) has been suggested as a complementary resource to the therapeutic approach, however, evidence of its use in PPD is controversial. Objective: To analyze the effects of adding neuromuscular electrical stimulation to a therapeutic exercise program with emphasis on the knee extensor and hip abductor groups, in women with Patellofemoral Pain. Methods: This is a randomized controlled trial, in which 34 women with PFP, mean age 23.8 (SD 4.1), were randomly distributed into 2 groups: exercises associated with NMES (ESG) and exercises (ExG). The ExG performed an exercise protocol aimed at training the knee extensors and hip abductors, while the ESG performed the same exercises, but associated with the NMES in the vastus medialis oblique (VMO) and gluteus medius (GM). Interventions were carried out in both groups, twice a week, for eight weeks, totaling 16 treatment sessions. The primary outcome measure was pain intensity and functional disability. Secondary outcome measures include VMO, vastus lateralis (VL), GM electromyographic activity, and isokinetic muscle performance of the knee extensors and hip abductors. These parameters were measured 72h before the beggining of the intervention (0 weeks evaluation- baseline), after 4 weeks (4 weeks evaluation), after 8 weeks (8 weeks evaluation) and after 16 weeks (16 weeks). Results: We did not observe any significant difference between the evaluated groups regarding pain intensity variables, functional disability, electromyographic activity, isokinetic performance of the knee extensors and isokinetic performance of the hip abductors (p>0.05). We evidenced a significant difference in the intragroup comparison for pain intensity (p<0.01; F=42.9; ηp2=0.57) and functional disability (p<0.01; F=43.0; ηp2=0, 57), in both groups. Conclusion: NMES did not demonstrate significant additional effects that justify its association with exercise in the treatment of PFP. However, the proposed therapeutic exercises were effective in reducing pain and improving functional disability, with a residual effect that remained eight wee ks after the end of treatment.
URI: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46661
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