Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48326
Título: Efeitos de um protocolo de exercícios domiciliares com acompanhamento remoto e presencial de indivíduos com Esclerose Lateral Amiotrófica: ensaio clínico randomizado
Autor(es): Souza, Aline Alves de
Orientador: Ribeiro, Tatiana Souza
Palavras-chave: Doenças neuromusculares;Telerreabilitação;Fisioterapia
Data do documento: 31-Mar-2022
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: SOUZA, Aline Alves de. Efeitos de um protocolo de exercícios domiciliares com acompanhamento remoto e presencial de indivíduos com Esclerose Lateral Amiotrófica: ensaio clínico randomizado. 2022. 63f. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.
Resumo: Introdução: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa progressiva com manifestações clínicas complexas e que requer uma abordagem multidisciplinar. O tratamento presencial nessa população pode encontrar algumas barreiras, como a dificuldade de deslocamento até os centros de tratamento. Devido a isso, novas estratégias vêm sendo implementadas, como a telerreabilitação, para facilitar o tratamento e o acompanhamento fisioterapêutico desses indivíduos de forma remota. Objetivo: Avaliar os efeitos de um protocolo de exercícios domiciliares com acompanhamento presencial e remoto sobre desfechos clínicos e adesão ao tratamento em pacientes com ELA. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado e cego, onde foram incluídos indivíduos adultos, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 80 anos, com diagnóstico clínico definido, provável ou possível de ELA. Após avaliação inicial presencial, os participantes foram randomizados em dois grupos, que realizaram um protocolo de exercícios domiciliares (de acordo com a fase da doença), três vezes por semana durante seis meses. A execução do protocolo de exercícios foi acompanhada semanalmente (1x/semana), de forma remota (via telefonemas) para o grupo experimental (GE) e de forma presencial (com visitas da equipe) para o grupo controle (GC). As medidas de desfecho avaliadas foram: capacidade física funcional (Amyotrophic Lateral Sclerosis Functional Rating Scale – Revised– ALSFRS-r), gravidade da doença (Escala de gravidade na Esclerose lateral amiotrófica - Egela), fadiga (Escala de severidade da Fadiga – ESF) e dor (Escala Visual Analógica e Diagrama corporal). As reavaliações dos desfechos ocorreram de maneira remota a cada dois meses durante o período de intervenção, e um mês após o término das intervenções. A estatística descritiva foi utilizada para apresentação dos dados preliminares e será utilizado o modelo linear misto para comparar as medidas de desfecho entre os grupos e entre os momentos de avaliação ao final da intervenção, com α=5%. Resultados: Foram avaliados seis participantes, de ambos os sexos, com idade média de 57,8 (± 9,1) anos, com predominância de apresentação da doença em sua forma espinhal (66,6%) e tempo médio de início dos sintomas entre 1 e 2 anos. Os dados referentes às medidas de desfecho parecem demonstrar diminuição das pontuações da escala de capacidade funcional e dor, um aumento dos escores da escala de fadiga e manutenção das pontuações da escala de gravidade da doença, quando comparados os momentos de avaliação inicial e reavaliação a cada dois meses. Quanto à intervenção, os participantes apresentaram uma boa adesão ao tratamento domiciliar, realizando o protocolo de exercício, de 2 a 3 vezes na semana, seguindo o que foi proposto. 5 participantes relataram fadiga durante ou após a intervenção e não houve relato de dor. Conclusão: De acordo com os resultados preliminares, pode-se concluir que os achados do estudo estão semelhantes ao que se encontra na literatura. Até o momento, o tempo de intervenção ao qual os participantes foram submetidos não foi suficiente para detectar alterações nas medidas de desfecho analisadas. Contudo, a aderência ao protocolo de exercícios domiciliares tem sido alta, e os exercícios tem sido bem tolerados.
Abstract: Introduction: Amyotrophic Lateral Sclerosis (ALS) is a progressive neurodegenerative disease with complex clinical manifestations that requires a multidisciplinary approach. Face-to-face treatment in this population may encounter some barriers, such as the difficulty of traveling to treatment centers.Due to this, new strategies have been implemented, such as telerehabilitation, to facilitate the treatment and physical therapy monitoring of these individuals remotely. Objective: To evaluate the effects of a home exercise protocol with face-to-face and remote monitoring on clinical outcomes and treatment adherence in patients with ALS. Methods: This is a randomized, blinded clinical trial, which included adult individuals of both sexes, aged between 18 and 80 years, with a definite, probable or possible clinical diagnosis of ALS. After the initial face-to-face assessment, the participants were randomized into two groups, which performed a protocol of home exercises (according to the stage of the disease), three times a week for six months. The execution of the exercise protocol was monitored weekly (1x/week), remotely (via phone calls) for the experimental group (EG) and in person (with visits from the team) for the control group (CG). The outcome measures assessed were: functional physical capacity (Amyotrophic Lateral Sclerosis Functional Rating Scale – Revised – ALSFRS-r), disease severity (Amyotrophic Lateral Sclerosis Severity Scale – Egela), fatigue (Fatigue Severity Scale – FSS) and pain (Visual Analog Scale and Body Diagram). Outcome reassessments took place remotely every two months, during the intervention period, and one month after the intervention ends. Descriptive statistics were used to present the preliminary data and the mixed linear model will be used to compare the outcome measures between the groups and between the evaluation moments at the end of the intervention, with α=5%. Results: Six participantswereincluded, ofbothsexes, with a mean age of 57.8 (± 9.1) years, whohad a predominanceofthedisease in its spinalform (66.6%), with a mean time of onset of symptoms between 1 and 2 years. Data related to outcome measures seem to demonstrate a decrease in the scores on the functional capacity and pain scale, an increase in the scores on the fatigue scale, and maintenance of the scores on the disease severity scale, when comparing the moments of initial assessment and reassessment after two months. As for the intervention, the participants showed good adherence to home treatment, performing the exercise protocol 2 to 3 times a week, following what was proposed. Only 5 participants reported fatigue during or after the intervention and there was no report of pain. Conclusion: According to the preliminary results, it can be concluded that the findings of the study are similar to what is found in the literature. So far, the intervention time to which the participants were submitted was not sufficient to detect changes in the outcome measures analyzed. However, adherence to the home exercise protocol has been high, and the exercises have been well tolerated.
URI: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48326
Aparece nas coleções:PPGFS - Mestrado em Fisioterapia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Efeitosprotocoloexercicios_Souza_2022.pdf1,72 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons