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Título: Fatores de risco para o declínio da mobilidade durante a caminhada em idosos institucionalizados
Autor(es): Araújo, José Rodolfo Torres de
Orientador: Lima, Kenio Costa de
Palavras-chave: Idoso;Limitação da mobilidade;Caminhada;Instituições de longa permanência para idosos;Geriatria
Data do documento: 3-Jun-2022
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: ARAÚJO, José Rodolfo Torres de. Fatores de risco para o declínio da mobilidade durante a caminhada em idosos institucionalizados. 2022. 83f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.
Resumo: A mobilidade durante a caminhada representa uma necessidade humana básica indispensável à manutenção da qualidade de vida e quando prejudicada necessita de suporte multiprofissional. O presente estudo objetivou identificar a prevalência das limitações da mobilidade e fatores associados e analisar a trajetória das mudanças na mobilidade durante a caminhada (ou seja, manutenção, recuperação ou declínio) de idosos institucionalizados e verificar a incidência e os fatores de risco para o declínio da mobilidade. Foram realizados dois estudos, o primeiro transversal com uma amostra de 305 idosos e o segundo um estudo longitudinal, do tipo coorte prospectiva, com uma amostra de 358 idosos na linha de base, desenvolvido ao longo de dois anos em dez instituições de longa permanência para idosos (ILPI) do município do NatalRN, nordeste do Brasil. Nos dois estudos a mobilidade foi avaliada por meio do item “andar” do Índice de Barthel. Foram usados o teste qui-quadrado (primeiro e segundo estudo), regressão logística múltipla (primeiro estudo) e regressão de Poisson (segundo estudo). A regressão logística múltipla e de Poisson foram usadas para construir um modelo múltiplo. O primeiro estudo identificou uma prevalência de limitação de mobilidade em idosos de 65,6% (intervalo de confiança de 95% [IC], 59,6- 70,4), sendo associada com a desnutrição/risco de desnutrição (1,86, IC 95%, 1,54 - 2,26, P <0,001) e idade ≥81 anos (1,35, IC 95%, 1,12 - 1,63, P = 0,002). O segundo estudo apontou que a incidência de declínio da mobilidade foi de 10,6% (IC 95%: 7,4 – 13,8) em 12 meses e 37,7% (IC 95%: 18,0 – 40.0) em 24 meses. Os fatores preditores de risco ao declínio foram: idade ≥83 anos (RR: 1.58; IC 95%: 1.25 – 2.02; p<0,001) e hospitalização (RR: 3.16; IC 95%: 1.55 – 6.45; p=0,002). A taxa de manutenção da mobilidade foi de 31,8% (IC 95%: 31,8 - 42,9), com 12 meses e 23,2% (IC 95%: 26,8 – 38,5) em 24 meses, e a taxa de melhora, 2,5% (IC 95%: 1,0 – 5,0) e 1% (IC 95%: 0,2 - 2,6), com 12 e 24 meses, respectivamente. Conclui-se que a limitação da mobilidade teve alta prevalência entre os idosos residentes em ILPI no Brasil e se associou à idade avançada e ao estado nutricional deficiente. Já a trajetória da mobilidade durante a caminhada de idosos institucionalizados no nordeste do Brasil foi dinâmica (ou seja, aumento da incidência de declínio da mobilidade após 24 meses) e associada à idade avançada e hospitalização.
Abstract: Mobility during walking represents a basic human need that is essential for maintaining quality of life and, when impaired, requires multiprofessional support. The present study aimed to identify the prevalence of mobility limitations and associated factors and to analyze the trajectory of changes in mobility during walking (ie, maintenance, recovery or decline) of institutionalized older adults and to verify the incidence and risk factors for decline of mobility. Two studies were carried out, the first cross-sectional with a sample of 305 older adults and the second a longitudinal study, of the prospective cohort type, with a sample of 358 older adults at baseline, developed over two years in ten long-stay institutions for elderly (ILPI) in the city of Natal-RN, northeast of Brazil. In both studies, mobility was assessed using the item “walking” of the Barthel Index. The chi-square test (first and second study), multiple logistic regression (first study) and Poisson regression (second study) were used. Multiple logistic and Poisson regression were used to build a multiple model. The first study identified a prevalence of mobility limitation in older adults of 65.6% (95% confidence interval [CI], 59.6-70.4), being associated with malnutrition/risk of malnutrition (1.86, CI 95%, 1.54 to 2.26, P < 0.001) and age ≥81 years (1.35, 95% CI, 1.12 to 1.63, P = 0.002). The second study showed that the incidence of mobility decline was 10.6% (95% CI: 7.4 - 13.8) in 12 months and 37.7% (95% CI: 18.0 – 40.0) in 24 months. The risk factors for decline were: age ≥83 years (RR: 1.58; 95% CI: 1.25 – 2.02; p<0.001) and hospitalization (RR: 3.16; 95% CI: 1.55 – 6.45; p=0.002). The mobility maintenance rate was 31.8% (95% CI: 31.8 -42.9) at 12 months and 23.2% (95% CI: 26.8 - 38.5) at 24 months , and the improvement rate, 2.5% (95% CI: 1.0 – 5.0) and 1% (95% CI: 0.2 - 2.6), at 12 and 24 months, respectively. It is concluded that mobility limitation had a high prevalence among the older adults residing in ILPI in Brazil and was associated with advanced age and deficient nutritional status. On the other hand, the mobility trajectory during the walk of institutionalized older adults in northeastern Brazil was dynamic (ie, increased incidence of mobility decline after 24 months) and associated with advanced age and hospitalization.
URI: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48659
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