Essas crianças que dançam e brincam na tela: midiatização e o engendramento de infâncias contemporâneas pelo Instagram
dc.contributor.advisor | Lacerda, Juciano de Sousa | |
dc.contributor.advisor-co1 | Pavan, Maria Ângela | |
dc.contributor.advisor-co1Lattes | http://lattes.cnpq.br/2258546985285753 | pt_BR |
dc.contributor.advisorID | https://orcid.org/0000-0002-0876-377X | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/9310055597414010 | pt_BR |
dc.contributor.author | Araújo, Emily Gonzaga de | |
dc.contributor.authorID | https://orcid.org/0000-0001-5730-904X | pt_BR |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/1198937163531489 | pt_BR |
dc.contributor.referees1 | Aires, Janaine Sibelle Freires | |
dc.contributor.referees2 | Faxina, Elson | |
dc.contributor.referees3 | Fonsêca, Mayara de Sousa Guimarães | |
dc.contributor.referees4 | Foletto, Rafael | |
dc.date.accessioned | 2025-02-14T22:00:17Z | |
dc.date.available | 2025-02-14T22:00:17Z | |
dc.date.issued | 2024-06-28 | |
dc.description.abstract | This work addresses the various childhood images which circulates in digital social media (Recuero, 2018; Recuero; Bastos; Zago, 2020), specifically on the Instagram platform, based on a case study of three children's profiles, notably of children represented there as digital influencers (Abidin, Karhawi; 2021; Bareta, 2021; Jorge, Marôpo, Nunes, 2018); The aim is to understand how these images promotes specific perspectives on the social construction of childhood in the digital context; we point out a situation of frank mediatization (Fausto Neto, 2008; Santi, 2016; Sodré, 2002), in which the media acquired has a reinforced sense of windows to the world, ordering everyday life; we are conceiving the relationship of children with the media and their culture through the lens of symbolic consumption (Canclini, 1999; Silverstone, 2005), so that the media elements that the individual appropriates are intertwined with others from their experience (Martín -Barbero, 2006); we tense a theoretical-methodological approach that overcomes manichaeism towards children (Buckingham, 2012a), considering them as active and competent in the process; we treat childhood as a social construction and also a structural and analytical category, corroborating the view that there is no “universal” or “natural” child, but rather a plurality of ways of being a child and of living childhood (Sarmento, 2007; Heywood, 2004; Corsaro, 2011); we understand the child as a producer of culture, children's cultures (Barbosa, 2007; Sarmento, 1997); we deal with the media as a social entity linked to the constructions of meanings, values and practices related to the individual's experience, to the fabric of ways of life in society, in its various spheres of socialization; in terms of methodology, we used a qualitative approach, using bibliographic research techniques (Stumpf, 2006) and content analysis (Bardin, 2011); the profiles analyzed are open, that is, accessible to anyone on Instagram; our corpus was constituted by the compilation of posts related to the month of June 2023, considering only posts from each profile's “feed”, so that 29 posts were counted in total; among the conclusions, we realized that digital child influencers allowed us to visualize the double movement between child agency/empowerment and restriction, especially from the point of view of parental intervention, of autonomy in the sense of producing effectively their own, self-centered discourses; we pointed out influence as a form of child labor and the need to develop a legal device to regulate this activity, in order to safeguard child and adolescent influencers from exploitation; we observed the issue of performative play, of mediatized play, where we find children's cultures and glimpse playfulness resignified within the process of mediatization; we also highlight the predominance of the perspective of childhood as a product/child as a consumer to the detriment of other angles that favor more plural and comprehensive representations of childhood, in its various intersections of race, gender and socioeconomic level; this primacy of consumption has enabled progress in bridging the gap between the world of adults and that of children, since there are many similarities between adult and child digital influencers (in practices, language, and the aesthetics of content); we have verified the maintenance of inequalities, as the visibility of diverse childhoods made possible by the democratization of access to the means of production does not necessarily translate into equal opportunities within the digital environment; the intersections of race, gender and socioeconomic order have a direct impact on this. | pt_BR |
dc.description.resumo | O presente trabalho aborda as diversas imagens de infância postas em circulação no âmbito das redes sociais digitais (Recuero, 2018; Recuero; Bastos; Zago, 2020), especificamente na plataforma Instagram, a partir de um estudo de caso de três perfis infantis, notadamente de crianças ali representadas como influenciadoras digitais mirins (Abidin, Karhawi; 2021; Bareta, 2021; Jorge, Marôpo, Nunes, 2018); objetiva-se assim compreender de que maneira essas imagens fomentam perspectivas específicas acerca da construção social da infância no contexto digital; assinalamos uma conjuntura de franca midiatização (Fausto Neto, 2008; Santi, 2016; Sodré, 2002), no qual as mídias adquiriram um reforçado sentido de janelas para o mundo, ordenadoras da vida cotidiana; estamos concebendo a relação dos sujeitos infantis com os meios e sua cultura pelo viés do consumo simbólico (Canclíni, 1999; Silverstone, 2005), de modo que os elementos midiáticos dos quais o indivíduo se apropria entrelaçam-se com outros de sua experiência (Martín-Barbero, 2006); tensionamos uma aproximação teóricometodológica que supere o maniqueísmo em relação às crianças (Buckingham, 2012a), tomando-as como ativas e competentes no processo; tratamos da infância como uma construção social e também categoria estrutural e analítica, corroborando a visão de que não há uma criança “universal” ou “natural”, mas sim uma pluralidade de formas de ser criança e de viver o tempo da infância (Sarmento, 2007; Heywood, 2004; Corsaro, 2011); compreendemos a criança como produtora de cultura, as culturas infantis (Barbosa, 2007; Sarmento, 1997); tratamos das mídias enquanto um ente social vinculado às construções de significados, valores e práticas relacionadas à experiência do indivíduo, à tessitura dos modos de vida em sociedade, nas suas diversas esferas de socialização; em termos de metodologia, utilizamos uma abordagem qualitativa, lançando mão das técnicas de pesquisa bibliográfica (Stumpf, 2006) e análise de conteúdo (Bardin, 2011); os perfis analisados são abertos, isto é, acessíveis a qualquer pessoa que esteja dentro do Instagram; nosso corpus foi constituído pela compilação de postagens referentes ao mês de junho de 2023, considerando apenas as postagens do “feed” de cada perfil, de maneira que foram contabilizadas 29 postagens no total; dentre as conclusões, percebemos que as crianças influenciadoras digitais nos possibilitaram visualizar o duplo movimento entre o agenciamento/o empoderamento infantil e a restrição, sobretudo do ponto de vista da intervenção parental, da autonomia no sentido de produzir discursos efetivamente seus, autocentrados; pontuamos acerca da influência enquanto modalidade de trabalho infantil e a necessidade de elaboração de um dispositivo legal para regulamentar essa atividade, de modo a salvaguardar crianças e adolescentes influenciadores da exploração; observamos a questão do brincar performático, da brincadeira midiatizada, onde encontramos as culturas infantis e vislumbramos a ludicidade ressignificada dentro do processo de midiatização; destacamos ainda o predomínio da perspectiva da infância-produto/criança-consumo em detrimento de angulagens outras que privilegiem representações mais plurais e abrangentes de infância, em seus diversos atravessamentos de raça, gênero e nível socioeconômico; tal primazia do consumo possibilitou um avanço no encurtamento entre o mundo dos adultos e o das crianças, uma vez que há muitas similaridades entre os influenciadores digitais adultos e os infantis (nas práticas, na linguagem, na estética dos conteúdos); verificamos a manutenção das desigualdades, à medida que a visibilidade de diversas infâncias possibilitada pela democratização no acesso aos meios de produção não necessariamente se traduz em uma equiparação de oportunidades dentro da ambiência digital; os atravessamentos de raça, gênero e de ordem socioeconômica impactam diretamente nisso. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES | pt_BR |
dc.identifier.citation | ARAUJO, Emily Gonzaga de. Essas crianças que dançam e brincam na tela: midiatização e o engendramento de infâncias contemporâneas pelo Instagram. Orientador: Dr. Juciano de Sousa Lacerda. 2024. 113f. Tese (Doutorado em Estudos da Mídia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/62733 | |
dc.language | pt_BR | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal do Rio Grande do Norte | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFRN | pt_BR |
dc.publisher.program | PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA MÍDIA | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Infância | pt_BR |
dc.subject | Consumo | pt_BR |
dc.subject | Instagram (rede social on-line) | pt_BR |
dc.subject | Midiatização | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO | pt_BR |
dc.title | Essas crianças que dançam e brincam na tela: midiatização e o engendramento de infâncias contemporâneas pelo Instagram | pt_BR |
dc.type | doctoralThesis | pt_BR |
Arquivos
Pacote Original
1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
- Nome:
- Essascriancasdancam_Araujo_2024.pdf
- Tamanho:
- 1.65 MB
- Formato:
- Adobe Portable Document Format
Nenhuma Miniatura disponível