Identidade de gênero: desconstruções e reconstruções para abordagens na saúde

dc.contributor.authorBagni, Úrsula Viana
dc.contributor.authorCardoso, Felipe de Souza
dc.contributor.authorMonteiro, Renato Augusto da Silva
dc.contributor.authorMezzavilla, Raquel de Souza
dc.contributor.authorTeixeira, Michelle Teixeira
dc.contributor.authorNeves, Vivian dos Santos
dc.contributor.authorRodrigues, Paulo Rogério Melo
dc.contributor.authorPereira, Alessandra da Silva
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0002-3355-1795
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0002-5827-5352
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0002-4213-0685
dc.date.accessioned2025-06-17T19:05:15Z
dc.date.available2025-06-17T19:05:15Z
dc.date.issued2022-01-21
dc.description.abstractObjective: to elucidate publications and indicate reflections that describe and discuss the "state of the art", involving trans people and important agendas of the transsexualization process in health. Method: narrative review, with literature published in books and scientific evidence, as well as information on bills, resolutions and decrees, with reflections on the main historical perspectives, epistemological and contemporary aspects involving transgender people. Development: gender identity contemplates the essentialist, constructivist and post-structuralist perspective. In the post-structuralist perspective, gender would be a mechanism through which the notions of masculine and feminine are built, to be a woman is to become a woman insofar as the body is forced to correspond to a historical model of woman, materializing itself even within certain conditions, limits and possibilities delimited by culture. Over the decades, some rights have been achieved with the emergence of new forms of recognition of different gender identities. In the United States, in the National Transgender Discrimination Survey, one of the “Gender Not Listed Here” questions is already being considered. In Germany, the option "diverse" as a gender category, in certificates and other documents, is already part of the routine, including highlighting that binary designations would be discriminatory and violate guarantees of individual freedom. In Austria, for example, there is the option to register as a non-binary person since 2018, through the European Convention on Human Rights. In Japan, the gender considered X refers to a non-binary identity, known as an alternative to man and to woman. In Australia, the option of gender, in the passport, has already made possible some alternatives since 2003. In Brazil, some advances in ensuring respect for the gender identity of trans people can be highlighted. In 2018, a decision of the Federal Supreme Court authorized the change of the civil registry name and biological sex, without the need for surgery or a psychiatric report, dispensing with the opening of legal proceedings, and the procedure can be carried out directly at the notary's office. Science-based health is also a relevant issue and over the past 10 years, health research involving gender identity has increased significantly. This is inevitably reflected in care protocols, materials provided by the SUS, consensus and clinical guidelines. There are important data on the cardiometabolic vulnerability of the trans population, dermatoses, bone susceptibility, among other demands, due to hormone. In addition, health professionals, in most cases, are not trained with this type of content and the situation follows a vicious cycle. Final considerations: it is interesting to note how access to healthcare technologies, such as transgenitalization surgery or hormone, influence transgender identities, research about the construction of political identities, movements, highlighting the influence of social indicators of class and generation in the conflicts related to the identities of the transsexual woman and the non-binary trans. The text brings fundamental reflections and allows health professionals to acquire and update their knowledge on this topic in a short period of time
dc.description.resumoObjetivo: elucidar publicações e indicar reflexões que descrevem e discutem o "estado da arte", envolvendo pessoas trans e agendas importantes do processo de transexualização em saúde. Método: revisão narrativa, por meio de literatura publicada em livros e evidências científicas, bem como informações sobre projetos de lei, resoluções e decretos, com reflexões sobre as principais perspectivas históricas, aspectos epistemológicos e contemporâneos, envolvendo os transgêneros. Desenvolvimento: a identidade de gênero contempla a perspectiva essencialista, construtivista e pós-estruturalista. Na perspectiva pós-estruturalista, gênero seria um mecanismo pelo qual se constroem as noções de masculino e feminino, ser mulher é se tornar mulher na medida em que o corpo é obrigado a corresponder a um modelo histórico de mulher, materializando-se, inclusive, dentro de certas condições, limites e possibilidades delimitadas pela cultura. Ao longo das décadas, alguns direitos foram conquistados com o surgimento de novas formas de reconhecimento das diferentes identidades de gênero. Nos Estados Unidos, na Pesquisa Nacional de Discriminação de Transgêneros, uma das questões “Gênero não listado aqui” já está sendo considerada. Na Alemanha, a opção "diverso" como categoria de gênero, em certidões e outros documentos, já faz parte da rotina, inclusive destacando que designações binárias seriam discriminatórias e violariam a garantia de liberdade individual. Na Áustria, por exemplo, já existe o direito de se registrar civilmente como pessoa não binária, desde 2018, por meio da Convenção Europeia de Direitos Humanos. No Japão, o gênero considerado X refere-se a uma identidade não binária, conhecida como alternativa ao homem e à mulher. Na Austrália, a opção de gênero, no passaporte, já possibilitou algumas alternativas desde 2003. No Brasil, alguns avanços na garantia do respeito à identidade de gênero das pessoas trans podem ser destacados. Em 2018, uma decisão do Supremo Tribunal Federal autorizou a alteração do nome do registro civil e do sexo biológico, sem a necessidade de cirurgia ou laudo psiquiátrico, dispensando a instauração de processo, podendo o procedimento ser realizado diretamente no escritório notarial. A saúde baseada na ciência também é uma questão relevante e, nos últimos 10 anos, a pesquisa em saúde, envolvendo identidade de gênero, aumentou significativamente. Isso se reflete, inevitavelmente, em protocolos de atendimento, materiais disponibilizados pelo SUS, consensos e diretrizes clínicas. Existem dados importantes sobre a vulnerabilidade cardiometabólica da população trans, dermatoses, suscetibilidade óssea, entre outras demandas, devido à hormonização. Além disso, os profissionais de saúde, na maioria das vezes, não são capacitados com esse tipo de conteúdo e a situação segue um ciclo vicioso. Considerações finais: é interessante notar como o acesso às tecnologias na área da saúde, seja cirurgia de transgenitalização ou hormônio, influencia a formação de identidades trans, pesquisas sobre a construção de identidades políticas, movimentos, destacando a influência de indicadores sociais de classe e geração de conflitos relacionados às identidades da mulher transexual e do trans não binário. O texto traz reflexões fundamentais e permite que aos profissionais de saúde adquiram e atualizem os conhecimentos sobre este tema, em um curto espaço de tempo
dc.identifier.citationCARDOSO, Felipe de Souza; MONTEIRO, Renato Augusto da Silva; MEZZAVILLA, Raquel de Souza; TEIXEIRA, Michelle Teixeira; NEVES, Vivian dos Santos; RODRIGUES, Paulo Rogério Melo; BAGNI, Úrsula Viana; PEREIRA, Alessandra da Silva. Identidade de gênero: desconstruções e reconstruções para abordagens na saúde. Brazilian Journal of Development, [S.l.], v. 8, n. 1, p. 5709-5726, 21 jan. 2022. DOI: 10.34117/bjdv8n1-387. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/43064. Acesso em: 9 jul. 2024.
dc.identifier.urihttps://doi.org/10.34117/bjdv8n1-387
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/63978
dc.language.isoen_US
dc.publisherBrazilian Journal of Development
dc.rightsAttribution 3.0 Brazilen
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/
dc.subjectGênero
dc.subjectTransgênero
dc.subjectSexualidade
dc.subjectSaúde
dc.subjectDiversidade
dc.subjectGender
dc.subjectTransgender
dc.subjectSexuality
dc.subjectHealth
dc.subjectDiversity
dc.titleIdentidade de gênero: desconstruções e reconstruções para abordagens na saúde
dc.title.alternativeGender identity: deconstructions and reconstructions for approaches in health
dc.typearticle

Arquivos

Pacote Original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
GenderIdentity_Bagni_2022.pdf
Tamanho:
267.43 KB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Nenhuma Miniatura disponível
Baixar

Licença do Pacote

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.53 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Nenhuma Miniatura disponível
Baixar