Toda distopia começa com uma faísca: as centelhas discursivas na construção da heroína distópica na trilogia Jogos Vorazes

dc.contributor.advisorAlves, Maria da Penha Casado
dc.contributor.advisorIDhttps://orcid.org/0000-0003-1762-5210pt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/7377731555637172pt_BR
dc.contributor.authorOliveira, Mikaela Silva de
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/8833853912168346pt_BR
dc.contributor.referees1Santos, Gabrielle Leite dos
dc.contributor.referees2Oliveira, Joaquim Adelino Dantas de
dc.date.accessioned2024-11-04T20:05:39Z
dc.date.available2024-11-04T20:05:39Z
dc.date.issued2023-08-23
dc.description.abstractDystopia is a discursive genre that, in opposition to an utopian ideal, portrays an oppressive society. Its history dates back to the 17th century, with works such as Thomas More's Utopia, which portrays an imaginary society based on equality and justice. In the 20th century, with the advent of totalitarian regimes and world wars, dystopia became popular as a form of warning about the danger of oppression and state control over society, represented by works such as George Orwell's 1984, which portrays societies controlled by the State, in which liberty and individuality are suppressed in the name of stability and security. Dystopia gained even more popularity in the 2000s, especially among young people, with works such as The Hunger Games trilogy by Suzanne Collins, portrayed as a youth dystopia taking place in an oppressive society called Panem where young people are selected to fight to the death in The Hunger Games. Katniss Everdeen, the main character, stands out as a strong and subversive feminine character that challenges the gender stereotype and leads a revolution against the oppressive Panem government. The importance of female protagonists in dystopian books is discussed in this research, as well as the role of literature on the construction of gender representations and youth in society. This research uses the discussions from the Bakhtin’s Circle on language and discursive genre to analyze how the subversion of the female character in The Hunger Games trilogy is built by the dialogue between different voices and how the contemporaneous works renew the dystopia genre. To address the concepts of dystopia and hero, this dissertation uses the concept of dystopia by Tom Moylan (2016) and the Hero’s Journey by Campbell (2007), in a comparison with the dystopian classic 1984, to analyze Katniss Everdeen character and highlight the importance of female hero representations and current themes in dystopian books. This intersection of fields is facilitated by the insertion of this research in the area of Applied Linguistics, interdisciplinary and hybrid (Moita Lopes, 2006), which opens ways for this analysis to also be based in the gender and sexuality studies of Heleieth Saffioti and Michele Perrot, and of culture and current affairs of Byung-Chul Han. Also, through the qualitative-interpretative perspective and the evidentiary paradigm of Carlo Ginzburg (1989), this research points to the subversion of the characterization and heroic journey of dystopian protagonists in the present day in relation to classic dystopias, bringing convergent elements that qualify them as dystopian but diverging positively by listing signs of hope, feminism, and active youth in youth dystopias with the protagonist Katniss.pt_BR
dc.description.resumoA distopia é um gênero discursivo que apresenta uma sociedade opressiva e oposta ao ideal utópico. Sua história remonta ao século XVII, com obras como Utopia, de Thomas More, que apresentam uma sociedade imaginária baseada na igualdade e justiça. No século XX, com o advento de regimes totalitários e guerras mundiais, a distopia se popularizou como forma de alerta sobre os perigos da opressão e do controle do Estado sobre a sociedade, representado por obras como 1984, de George Orwell, que retratam sociedades controladas pelo Estado, nas quais a individualidade e a liberdade são suprimidas em nome da estabilidade e da segurança. Nos anos 2000, a distopia ganhou ainda mais popularidade, principalmente entre os jovens, com obras como a trilogia Jogos Vorazes, de Suzanne Collins, apresentada como uma distopia juvenil que se passa em uma sociedade opressiva chamada Panem, em que jovens são selecionados para lutar até a morte nos Jogos Vorazes. A protagonista, Katniss Everdeen, destaca-se como uma personagem feminina forte e subversiva que desafia os estereótipos de gênero e lidera uma revolução contra o governo opressivo de Panem. A importância de protagonistas femininas em livros de distopia é discutida nessa pesquisa, bem como o papel da literatura na construção de representações de gênero e juventude na sociedade. A pesquisa utiliza-se das discussões do Círculo de Bakhtin sobre linguagem e gênero discursivo para analisar como a subversão da personagem feminina na trilogia Jogos Vorazes é construída através do diálogo entre diferentes vozes na obra e como as obras contemporâneas renovam o gênero distopia. Para tratar dos conceitos de distopia e herói, a dissertação utiliza-se dos conceitos de distopia de Tom Moylan (2016) e a Jornada do Herói, de Campbell (2007), em um cotejamento com a representante clássica distópica 1984, para analisar a personagem Katniss Everdeen e destacar a importância da representação de heroínas e de temáticas atuais em livros de distopia. Essa interseção de áreas é facilitada pela inserção dessa pesquisa na área de Linguística Aplicada, interdisciplinar e híbrida (Moita Lopes, 2006), que abre caminhos para esta análise ancorar-se também nos estudos de gênero e sexualidade de Heleieth Saffioti e Michele Perrot, e de cultura e atualidade de Byung-Chul Han. Através, também, da perspectiva qualitativo-interpretativista e do paradigma indiciário de Carlo Ginzburg (1989), esta pesquisa aponta a subversão da caracterização e da jornada heroica de protagonistas distópicos na atualidade em relação as distopias clássicas, trazendo elementos convergente que as qualificam como distópica, mas divergindo, positivamente, ao elencar sinais de esperança, feminismo e juventude ativa nas distopias juvenis com a protagonista Katniss.pt_BR
dc.description.sponsorshipFundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.identifier.citationOLIVEIRA, Mikaela Silva de. Toda distopia começa com uma faísca: as centelhas discursivas na construção da heroína distópica na trilogia Jogos Vorazes. Orientadora: Dra. Maria da Penha Casado Alves. 2023. 126f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/60502
dc.languagept_BRpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Rio Grande do Nortept_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUFRNpt_BR
dc.publisher.programPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEMpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectJogos Vorazes (Trilogia)pt_BR
dc.subjectDistopiapt_BR
dc.subjectGêneros do discursopt_BR
dc.subjectFemininopt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICApt_BR
dc.titleToda distopia começa com uma faísca: as centelhas discursivas na construção da heroína distópica na trilogia Jogos Vorazespt_BR
dc.typemasterThesispt_BR

Arquivos

Pacote Original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
Todadistopiacomeca_Oliveira_2023.pdf
Tamanho:
2.06 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Nenhuma Miniatura disponível
Baixar