O AEE e o trabalho articulado na educação infantil: por uma escuta ao corpo e um olhar sensível às diferenças
dc.contributor.advisor | Dias, Maria Aparecida | |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/1131977255034974 | pt_BR |
dc.contributor.author | Peixoto, Sara Maria Pinheiro | |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/3578244122989097 | pt_BR |
dc.contributor.referees1 | Magalhães, Rita de Cássia Barbosa Paiva | |
dc.contributor.referees1Lattes | http://lattes.cnpq.br/0351736925269307 | pt_BR |
dc.contributor.referees2 | Fonseca, Gessica Fabiely | |
dc.contributor.referees3 | Machado, Roseli Belmonte | |
dc.contributor.referees4 | Fonseca, Michele Pereira de Souza da | |
dc.date.accessioned | 2023-11-16T20:11:46Z | |
dc.date.available | 2023-11-16T20:11:46Z | |
dc.date.issued | 2023-08-24 | |
dc.description.abstract | Starting from the assertion that the body is the axis of relation with others and the environment, considering time, space, culture, and the individuals' experiences, we defend the understanding that it is through the body that one comes to know the world, and the world is embodied in the body through its experiences and subjective relationships established by it. From this perspective, this doctoral research emerged with the objective of analyzing the dimensions of a collaborative training proposal, considering the body in the learning processes of children with/without disabilities and its implications for the practices of Special Education teachers and regular classroom teachers in Early Childhood Education. Methodologically, we anchor ourselves in the alterity and dialogical dimensions of qualitative research, through the lens of collaborative research, defending the thesis that when we consider the body as the protagonist of the educational act, we are contributing to the learning processes of children with/without disabilities (BOGDAN; BIKLEN, 1994; IBIAPINA, 2008; GASPAROTTO; MENEGASSI, 2016). Considering this, we seek the realization of formative work within the inclusive perspective, integrating the practices of the Special Education Teacher (AEE) with the regular classroom at a Municipal Center for Early Childhood Education in the city of Natal. The teacher training was grounded in the theoretical epistemology of philosopher MerleauPonty (1999), considering that the teacher needs to sensitize their pedagogical practice through paths that take into account the body in motion, in light of the phenomenology of perception. This includes considering the experience of feeling and perceiving beyond a physical and biological body, but a body that is constituted by the stories, affections, and memories built upon their learning, intertwined in a relationship of senses and meanings (NÓBREGA, 2015). Regarding the collaborative nature, we developed formative moments through an extension course, considering the ten workshops, theoretical studies, planning sessions, and the development of a work plan that could be implemented in the Specialized Educational Assistance (AEE) alongside the regular classroom, thus comprising a group of seventeen participants. In order to gather data, we utilized document analysis, interviews, and observations, as well as the reflective records in the Portfolios, which constituted Field Journals 1 and 2 (GIL, 2008; TRIVIÑOS, 2007; ARAÚJO, 2013). The data was triangulated and categorized following the frameworks of Bardin (2016) and Franco (2018), fostering the theoretical discussions that underpin the thesis. As results, we highlighted that the formative process led to changes in conceptions and the breaking of stigmas regarding the corporealities of children with/without disabilities. Reflective and critical attitudes towards practices emerged, permeating dialogue and the exchange of experiences, guided by the action-reflection of the act itself, resonating in the planning and implementation of the developed work plan, which reaffirms the thesis defended in this study. Bringing this knowledge about the body as sense and meaning was to invest in the experiences of sensitivity (MERLEAU-PONTY, 1999). These experiences provided an opportunity to bring a sensitive gaze and listening to this body, starting from early childhood, as a fundamental act for the child to establish this encounter with oneself, with others, embracing the diversity of bodies, expanding their knowledge, and constituting themselves in relationships of being and being in the world as a thinking and learning subject who, despite limitations, has potentialities. We inferred that the research aimed not only to bring forth the discussion and importance of working on this object of study but also to articulate the dimension of this body within pedagogical practices in different spaces within the school. This was anchored in collaborative and coordinated work for and with all children, providing visibility and giving voice to these bodies, contributing to their learning processes in the pursuit of building the inclusive school we aspire to. | pt_BR |
dc.description.resumo | Partindo da assertiva de que o corpo é o eixo de relação com o outro e com o meio, considerando-se o tempo, espaço, cultura e as experiências dos sujeitos, defendemos o entendimento de que é pelo corpo que se conhece o mundo e o mundo é incorporado ao corpo através de suas experiências e relações subjetivas estabelecidas por ele. Sob essa perspectiva, despontou essa pesquisa de doutorado que teve como objetivo analisar as dimensões de uma proposta de formação colaborativa, considerando o corpo nos processos de aprendizagem das crianças com/sem deficiência e suas implicações para as práticas de professores do AEE e da sala regular da Educação Infantil. Metodologicamente, ancoramonos nas dimensões alteritárias e dialógicas de uma pesquisa qualitativa, pelo viés da pesquisa colaborativa, defendendo a tese de que, quando consideramos o corpo como protagonista do ato educativo, estamos contribuindo nos processos de aprendizagens da criança com/sem deficiência (BOGDAN; BIKLEN, 1994; IBIAPINA, 2008; GASPAROTTO; MENEGASSI, 2016). Pensando nisso, buscamos a realização de um trabalho formativo na/para a perspectiva inclusiva, articulando as práticas do professor do AEE e junto à sala regular de um Centro Municipal de Educação Infantil da cidade do Natal. A formação docente esteve alicerçada na epistemologia teórica do filósofo Merleau-Ponty (1999), considerando que o professor precisa sensibilizar sua prática pedagógica por caminhos que considere o corpo em movimento à luz da fenomenologia da percepção, considerando a experiência do sentir e do perceber para além de um corpo físico e biológico, mas um corpo que se constitui nas histórias, afetos e memórias construídas a partir das suas aprendizagens, imbricadas em uma relação de sentidos e significados (NÓBREGA. 2015). Quanto à natureza colaborativa, desenvolvemos momentos formativos por meio de um curso de extensão, considerando as dez oficinas, os estudos teóricos, os momentos de planejamentos e a elaboração de um Plano de trabalho que pudesse ser desenvolvido no AEE junto à sala regular, constituindo, assim, um corpus de dezessete partícipes. Para fins de construção dos dados, fizemos uso da análise documental, das entrevistas e observações, assim como dos registros nos Portfólios reflexivos, que constituíram os Diários de Campo 1 e 2 (GIL, 2008; TRIVIÑOS, 2007; ARAÚJO, 2013). Os dados foram triangulados e categorizados à luz de Bardin (2016) e Franco (2018), fomentando as discussões teóricas que alicerçam a tese. Como resultados, evidenciamos que o processo formativo provocou mudanças de concepções e rompimento de estigmas a respeito das corporeidades das crianças com/sem deficiência, destacando-se atitudes reflexivas e críticas das práticas, permeando o diálogo e a troca de experiências, pautando-se na ação-reflexão do próprio fazer, reverberando no planejamento e na execução do Plano de trabalho elaborado que veio ratificar a tese defendida neste trabalho. Trazer esse conhecimento sobre corpo como sentido e significado foi apostar nas experiências da sensibilidade (MERLEAUPONTY, 1999). As experiências oportunizaram trazer um olhar e uma escuta sensível para este corpo, a começar da primeira infância, como ato fundamental para a criança estabelecer esse encontro consigo, com o outro, acolhendo a diversidade de corpos, ampliando seu conhecimento e se constituindo nas relações de ser e estar no mundo, como um sujeito pensante e aprendente que, apesar de ter limitações, tem potencialidades. Depreendemos que a pesquisa não visou apenas levar a discussão e a importância de se trabalhar sobre este objeto de estudo, mas articular a dimensão deste corpo nas práticas pedagógicas em diferentes espaços na escola, ancorados em um trabalho colaborativo e articulado para e com todas as crianças, dando visibilidades e voz a estes corpos, contribuindo em seus processos de aprendizagens, na busca de construir a escola inclusiva que tanto almejamos. | pt_BR |
dc.identifier.citation | PEIXOTO, Sara Maria Pinheiro. O AEE e o trabalho articulado na educação infantil: por uma escuta ao corpo e um olhar sensível às diferenças. Orientadora: Maria Aparecida Dias. 2023. 266f. Tese (Doutorado em Educação) - Centro de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2023. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55364 | |
dc.language | pt_BR | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal do Rio Grande do Norte | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFRN | pt_BR |
dc.publisher.program | PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Corpo | pt_BR |
dc.subject | Criança e infância | pt_BR |
dc.subject | Inclusão | pt_BR |
dc.subject | Formação docente | pt_BR |
dc.subject | Atendimento educacional especializado | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO | pt_BR |
dc.title | O AEE e o trabalho articulado na educação infantil: por uma escuta ao corpo e um olhar sensível às diferenças | pt_BR |
dc.type | doctoralThesis | pt_BR |
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